quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Telecomunicações


Trabalhadores da GT e GTM exortam “relançamento urgente” destas empresas estatais

Bissau, 25. Jan. 17 (ANG) – O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Públicas Guiné-Telecom (GT) e Guiné Telecom Móvel (GTM) pedem ao governo, no sentido efectivar o “relançamento urgente” das duas empresas, em prol da segurança nacional e de aumento das receitas ao Estado.
 
Em declarações a Agência de Noticias da Guiné (ANG), o seu Presidente, David Mingo, afirmou que “por uma questão de soberania, a Guiné-Bissau deve voltar a ter uma empresa do Estado no sector, para controlar todas as entradas e saídas de chamadas (tráfego internacional).

“ Por exemplo, é o acontece em todos os países: no Senegal é através da SONATEL, a GAMTEL na Gambia, a SOGUITEL na Guiné Conacri, a CV Telecom em Cabo Verde e em Portugal, através da sua empresa pública, a Portugal Telecom (PT) ”, explicou.

O sindicalista que realça as acções do Primeiro-ministro e do Ministro da tutela, na resolução dos seus problemas, garante que a retoma do funcionamento destas empresas dará segurança comunicativa ao país e proporcionará mais receitas ao Estado.

“ A nossa visão é que o Estado procure um parceiro credível ou injecte um fundo nessas empresas, porque são rentáveis economicamente e os seus lucros podem ajudá-lo no cumprimento das suas obrigações”, aconselhou.

 Actualmente, sabe a ANG através duma fonte, que 38 empresas estão interessadas na parceria com o Estado da Guiné-Bissau, com vista a retomar o funcionamento da GT e GTM.

Em relação a situação salarial dos trabalhadores, o Presidente dos Trabalhadores da GT e GTM afirma que a situação “mantém-se na mesma”,  encontrando-se os trabalhadores com 38 meses de ordenados em atraso.

Por isso, David Mingo pede ao governo, no sentido de, pelo menos, pagar três meses de salário aos trabalhadores destas duas empesas estatais, por forma a minorar o seus sofrimentos.

A Guiné-Telecom e a Guiné Telecom Móvel têm, no total, 200 trabalhadores, entre  efectivos e contratados, com uma massa salarial de 33 milhões de Francos cfa por mês. Montante que David Mingo considera de “insignificante” se estas empresas funcionassem normalmente. 

As Empresas Públicas Guiné Telecom (GT) e Guiné Telecom Móvel (GTM) funcionavam normalmente até 2009. Já em 2010, com a saída da parceira portuguesa, a Portugal Telecom, as duas firmas estatais de comunicações foram a falência.
ANG/QC/SG

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