Trabalhadores da GT e GTM exortam “relançamento urgente” destas empresas estatais
Bissau, 25. Jan. 17
(ANG) – O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Públicas Guiné-Telecom (GT)
e Guiné Telecom Móvel (GTM) pedem ao governo, no sentido efectivar o
“relançamento urgente” das duas empresas, em prol da segurança nacional e de aumento
das receitas ao Estado.
Em declarações a Agência
de Noticias da Guiné (ANG), o seu Presidente, David Mingo, afirmou que “por uma
questão de soberania, a Guiné-Bissau deve voltar a ter uma empresa do Estado no
sector, para controlar todas as entradas e saídas de chamadas (tráfego
internacional).
“ Por exemplo, é o
acontece em todos os países: no Senegal é através da SONATEL, a GAMTEL na
Gambia, a SOGUITEL na Guiné Conacri, a CV Telecom em Cabo Verde e em Portugal,
através da sua empresa pública, a Portugal Telecom (PT) ”, explicou.
O sindicalista que
realça as acções do Primeiro-ministro e do Ministro da tutela, na resolução dos
seus problemas, garante que a retoma do funcionamento destas empresas dará
segurança comunicativa ao país e proporcionará mais receitas ao Estado.
“ A nossa visão é que o
Estado procure um parceiro credível ou injecte um fundo nessas empresas, porque
são rentáveis economicamente e os seus lucros podem ajudá-lo no cumprimento das
suas obrigações”, aconselhou.
Actualmente, sabe a ANG através duma fonte,
que 38 empresas estão interessadas na parceria com o Estado da Guiné-Bissau,
com vista a retomar o funcionamento da GT e GTM.
Em relação a situação
salarial dos trabalhadores, o Presidente dos Trabalhadores da GT e GTM afirma
que a situação “mantém-se na mesma”,
encontrando-se os trabalhadores com 38 meses de ordenados em atraso.
Por isso, David Mingo
pede ao governo, no sentido de, pelo menos, pagar três meses de salário aos trabalhadores
destas duas empesas estatais, por forma a minorar o seus sofrimentos.
A Guiné-Telecom e a
Guiné Telecom Móvel têm, no total, 200 trabalhadores, entre efectivos e contratados, com uma massa
salarial de 33 milhões de Francos cfa por mês. Montante que David Mingo
considera de “insignificante” se estas empresas funcionassem normalmente.
As Empresas Públicas
Guiné Telecom (GT) e Guiné Telecom Móvel (GTM) funcionavam normalmente até
2009. Já em 2010, com a saída da parceira portuguesa, a Portugal Telecom, as
duas firmas estatais de comunicações foram a falência.
ANG/QC/SG
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