Parlamento nega ter solicitado “instauração de processo-crime contra Presidente da República”
Bissau, 18. Jan. 17
(ANG) – O Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP),
Parlamento, afirma que em “nenhum momento foi pedido a instauração de um
processo-crime contra o Presidente da República”.
Em reação ao
comunicado da Procuradoria Geral da República, o Gabinete de Cipriano Cassama
acrescenta que o Ofício remetido ao Ministério Público, “foi assinado pelo
Director de Gabinete do Presidente de ANP, e limita-se a remeter os registos
sonoros das intervenções do Presidente da República no bairro de Mindará e do
líder do APU-PDGB, Nuno Nabian, na sequência da solicitação do Procurador Geral
da República ”, na audiência com o Presidente do Parlamento.
A Procuradoria Geral
da República, na sua nota à imprensa esta segunda-feira, declara “inconstitucional,
a solicitação do Presidente do Parlamento”, visando instaurar um processo crime
contra o Presidente da República, na sequência das afirmações do Chefe de Estado
durante a comemoração do seu aniversário num dos bairros de Bissau.
No passado dia 10 de
Dezembro aqui em Bissau, a quando da comemoração dos seus 59 anos, o Presidente
da República, José Mário Vaz, na sua intervenção no acto, disse aos populares, que, “não vai matar, torturar ou espancar
ninguém, apesar de ter poderes para o fazer”.
Entre outras reações
às palavras do Presidente da República, o líder do Partido APU-PDGB, Nuno
Nabian e o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto Mário da
Silvas, criticaram, na altura, as declarações de José Mário Vaz.
Em relação a alegada falta de colaboração do
Parlamento para audição judiciária do deputado e ex-Primeiro Ministro, Domingos
Simões Pereira, o Gabinete do Cipriano Cassama refuta a acusação e fala na não
observância da lei, em relação à esta matéria.
De acordo com a
Procuradoria Geral da República, Domingos Simões Pereira deve ser ouvido como
“testimunha” em processos ligados aos supostos desvios de fundos para o pagamento das obras de reparação das
embaixadas da Guiné-Bissau na Bélgica e em Portugal e alegada
compra de créditos junto de bancos comerciais no país e como “denúnciante” de
um suposto envolvimento do Presidente da República, José Mário Vaz, nos
negócios ilícitos nas pescas, madeira e areias pesadas de Varela (norte da
Guiné). ANG/QC/SG
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