terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Política




PAIGC e PRS divergem quanto a declaração do Chefe de Estado guineense

Bissau, 31 Jan 17 (ANG) -  Os líderes da bancada parlamentar do Partido Africano da Independencia da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido da Renovação Socia (PRS) se divergem  sobre as recentes declarações do Chefe de Estado guineense, segundo as quais  os Deputados não podem continuar a usufruir dos seus salários sem trabalhar.

Califa Seidi
Em declarações a ANG o líder da bancada do PAIGC, Califa Seidi disse que o Chefe de Estado pode não estar bem informado do papel dos deputados, que não se resume apenas na aprovação do Programa e Orçamento Geral do Estado,mas sim  muito mais do que isso.
 Seidi fez questão de enumerar  que os Deputados  têm três funções fundamentais, entre as quais,   estar em contacto permanente com os eleitores,   e fiscalizar a acção governativa.

 Para além disso, informou que as comissões especializadas, da  revisão da Constituição, Reconciliação e permanente estão sempre em função e a maioria dos deputados faz  parte das  referidas comissões. 

Califa seidi alega que  pelo facto da plenária não estar a funcionar não significa que os deputados não estão a trabalhar, e que se as comissões não trabalharem a plenária também não funciona,porque todo o que vai ser debatido na plenária é preparado pelas respetivas comissões.

“Os deputados têm direito a receber os seus salários, independentemente do funcionamento da pelnária, porque isto está plasmado na nossa Constituiução,mesmo se a  assembleia for dissolvida os deputados continuarão a receber os seus salários“,afirmou.

O dirigente do PAIGC sustenta que a  plenária nao está  a funcionar devido a crise provocada pelo próprio Presidente da República ao demitir o governo liderado por Domingos Simões Pereira, não obstante os apelos internos e externos feitos no sentido de não demitir esse governo.

“ A plenária não está a funcionar porque há choques de maiorias, isto é o Chefe de Estado  acha  que existe no parlamento uma maioria para apoiá-lo, contando  com os 15 e mais 41 deputados do PRS, mas esqueceu-se  que todos os órgãos de Assembleia Nacional Popular são  constituidos pela maioria em função dos resultados eleitorais, como por exemplo a Comissão permanente constituido de   15 elemnetos e 9 dos quais são do  PAIGC e 6 do PRS.

Por seu lado,  o Director de informção do PRS, Joaquim Batista Correia se congratula com a declaração do Presidente da República,alegando falta de produtividade dos deputados.
Disse que ANP é um órgão de fiscalização por exelencia e que deve ser na base do funcionamento,porque as tarefas das comissões especializadas corecem de relatórios a serem submetidos à plenária.

Disse que  tudo está inativo, ou os trabalhos são feitos a meio gás ou não são feitos. Acrescenta que as leis, as deliberações  não estão a ser produzidas.

Joaquim Correia considera que não  é necessário  entrar  em  choque com o Presidente da República que é responsavel para o cumprimento da lei ,e que não se pode estar, no momento em que não se faz nada, a dizer que se está a produzir.

Joaquim Baptista defende que a influencia deve ser exercida para que o parlamento volte a funcionar em pleno.

“Em Democracia ganhar  eleições não significa governar. Antes tens que apresentar e ter no hemiciclo o Programa e Orçamento Geral de Estado aprovados pelos deputados eleitos pelo povo“, disse.

ANG/LPG/JAM/SG




Sem comentários:

Enviar um comentário