Presidente da ANP acusa chefe de Estado de estar a perseguir dirigentes do PAIGC
Bissau, 24 Jan 17 (ANG)
– O Presidente da Assambleia Nacional Popular (ANP), acusou segunda-feira o chefe
de Estado, José Mário Vaz, de estar a
perseguir alguns dirigentes de
Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo-verde (PAIGC).
Cipriano Cassama que
falava, no dia 23 de Janeiro, em Cassaca, sector de Cacine, região de Tombali,
sul do país no acto comemorativo do início
da luta de libertação nacional, afirmou que o Presidente da República, José Mário
Vaz devidiu a sociedade guineense assim como a bancada parlamentar do PAIGC.
“Mas somos os promotores
da chegada de José Mário Vaz à cadeira da presidência da República, por isso
jamais conseguirá derrotar-nos”, disse Cipriano Cassama.
De acordo com aquele
responsavel, uma das razões da ida do
PAIGC a Cassaca, é resgatar a memória dos falecidos combatentes, entre os quais
Amilcar Lopes Cabral, Nino Vieira, Canhe na Ntungué, Osvaldo Vieira, Carmem
Pereira.
Cassama exortou o José
Mário Vaz para por fim a instabilidade política que nos últimos tempos assola o
país.
“Vencemos as eleições
com a maioria absoluta e grupinhos de pessoas entendem que devem retirar o
poder ao PAIGC para atribui-lo ao Partido da Renovação Social (PRS). Não é
possível e jamais aceitaremos isso”, disse o líder do parlamento, acrescentado
que, por isso, apela a todos para manterem a confiança em Domingos Simões Pereira.
O Presidente da ANP referiu
que durante o mandato de Domingos Simões Pereira o governo era de inclusão
nacional , integrando alguns partidos
políticos entre os quais o Partido da Renovação Social (PRS), União Para
Mudança (UM), Partido da Nova Democracia (PND), Partido da Convergência
Democrática (PCD) e tudo era aprovado pela unanimidade no hemiciclo.
“O Programa de
governação apresentado pelo Presidente do PAIGC ao parlamento foi aprovado por unanimidade,
a construção da estrada Buba/Catió e demais accoes para o sul do país assim
como das outras regiões do país, foram igualmente aprovados por unanimidade*,
destacou.
Cipriano Cassama
sublinhou que foi com esta inclusão que se conquistou a confiança da Comunidade
Internacional, e que garantiu mais de
mil milhões e meio de dólares na mesa
redonda de Bruxelas.
*Derrubaram o governo
de Simões Pereira, a fim de impedir o sucesso da sua governação”,disse Cassama.
Aquele responsável
apelou ainda a Comunidade Internacional, a assumir as suas responsabilidade,
porque o PAIGC não quer ver mais o país a mergulhar em nenhum tipo de conflito.
“Durante o encontro de
Conacri participaram as parte envolvidas na crise, assim como a Comunidade
Internacional Por isso o que foi assinado lá, deve ser respeitado doa a quem
doer”, disse o presidente de ANP.
Cassama afirmou que o
governo tem o direito de mandar as seguranças para a ANP, mas exorta que tem
que ser com conhecimento do Presidente
da referida instituição, caso contrário, pode ser qualificado de intenção de
poder aprovar o seu programa.
Cipriano Cassama
terminou o discurso apelando o Presidente de PAIGC a prosseguir com os princípios
de Cassaca que é de pôr fim aos desvios de procedimentos e de fazer respeitar a
disciplina no seio de partido.
Entretanto em
representação do presidente do partido Assembleia de Povo Unido (APU-APGB),
Marciano Indi declarou que o seu partido está disposto a juntar esforços com o PAIGC
para desenvolver o país, a fim de tirar o povo guineense do sofrimento em que se encontra.
ANG/LLA/ÂCSG
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