Ministro da Energia garante continuidade da construção da central elétrica local
Bissau 18 Jan 17
(ANG) – O ministro de Estado da Energia e Indústria garantiu terça-feira em Buba sul do país, que as obras
da construção da central elétrica no recinto do Parque Natural da Lagoas de
Cufada vai mesmo prosseguir apesar das contestações dos ambientalistas,em defesa
das áreas protegidas.
Florentino Mendes Pereira |
Florentino Mendes
Pereira falava aos jornalistas depois da visita que efectuou àquela localidade
, disse que o está-se perante um facto consumado uma vez que a central elétrica
já esta feita e as obras estão na sua fase de conclusão.
“Por isso o que se
deve fazer é pensar como é que podemos minimizar o efeito ambiental que os
nossos colegas do ambiente estão a precaver”, disse o governante.
Mendes Pereira acrescenta
que relativamente a instalação de postes de iluminação de média e baixa tensão a
preocupação dos ambientalistas tem a ver com a desmatação, acrescentando que,
aquilo que constataram no terreno não tem um impacto negativo que se esperava.
O titular da pasta da
energia salientou que visitou a localidade com a preocupacao de tentar
minimizar os efeitos ambientais, se é que existem de facto, frisando que nao
corresponde a verdade o impacto negativo que os ambientalistas dizem ter sido
provocado pela costrucao da central sobre o lencol freatico na zona.
“Digo isso porque o
lugar onde a central elétrica foi construída e a distância da Lagoa de Cufada não tem nada a ver. Portanto, isso foi
simplesmente um mau aproveitamento do que se está a passar no terreno, por isso
o correcto seria as pessoas virem
constatar antes de produzir qualquer declaração para confundir a opinião
pública”, lamentou.
Florentino Mendes
Pereira afirmou que as declarações que ouviram na imprensa em relação aos danos
ambientais, não têm nada a ver com o que se passa no terreno.
Vista da obra da central eléctrica |
O governante considera
contudo que ainda é tempo de corrigir
certos erros para poder beneficiar a população do sul concretamente os sectores
que fazem parte das regiões de Tombali e Quinara, tendo salientado que fazer
deslocar a referida central para outro
local acarreta elevados custos ao Estado.
Quanto a essa polêmica, o Inspetor-geral do Ministério
do Ambiente disse que sugeriram duas opções:
a transferência da central elétrica
para outro local ou a construção de uma outra fotovoltaica com energia limpa.
Guilherme Costa
defendeu que segundo as leis do ambiente não é admissível a implantação de
nenhuma infraestruturas desse tipo no interior de uma área protegida , *a não
que essa implantação fosse feita à margem da lei*.
*Qualquer
empreendimento que se faça, primeiro deve-se fazer um estudo do impacto
ambiental e social, o que não foi o caso. Apesar dos investimentos já feitos as
obras de construção da central elétrica pode mudar para um local fora do
Parque*, sustentou.
Guilherme Costa
garante que apesar dessa situação os trabalhos técnicos vão continuar entre as partes com vista a
encontrar uma melhor solução para o problema.
A construção da
referida central elétrica tem a duração de um ano e foi financiada por um grupo
indiano denominado “ SEFTECH INDIA”, no montante de 20 milhões de euros. ANG/MSC/ÂC/SG
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