PAIGC sanciona Botche Cande e mais 10 dirigentes por violação dos estatutos do partido
Bissau, 10 Jan 17
(ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), sancionou
o actual ministro de Estado do Interior, Botche Candé e mais dez dirigentes do
partido que integram o governo liderado por Umaro Sissoco Embalo.
Botche Candé |
A posição foi tornada
pública através de um despacho produzido pelo Conselho Nacional de Jurisdicao do
mesmo partido, que alega que os sancionados violaram os estatutos daquela formação política.
De acordo com o mesmo
documento, o PAIGC informa que desde o dia 20 de Agosto de 2015, com base nas
resoluções da 4a Sessão Extraordinária do Bureau Politico (BP) do partido, na
qual tinha alertado aos militantes que a participação em qualquer governo sem a
anuência do partido, determina o incumprimento do dever básico de qualquer
militante.
O referido despacho
revela ainda que no dia 02 de junho de
2016, foi publicado o decreto presidencial nº 04/2016 no qual pode-se
constactar que Botche Candé foi nomeado
Ministro de Estado do Interior.
“A participacao do
Botche Candé no anterior governo liderado por Baciro Dja, não só pode servir
como meio de prova como também e notório por ser de conhecimento público, e ao
abrigo do artigoº 514º, nº1 do Código do Processo Civil”, lê-se no Comunicado.
O despacho refere
ainda que , em conformidade com o decreto que nomeou os membros do segundo governo
liderado por Baciro Dja, e pelo facto do arguido ter exercido o cargo de
Ministro de Estado do Interior publicamente, fica provado que o arguido foi
membro de um executivo que de antemão não podia e nem devia fazer parte porque
viola as regras que regem a organização e funcionamento do partido, e que foram aceites por todos os militantes.
“O arguido antes de
aceitar o cargo e tomar posse como Ministro de Estado do Interior, sabia que
muitos militantes do partido foram sancionados por terem participado no
primeiro governo liderado por Baciro Dja. E, mesmo assim aceitou o cargo e
tomou posse como forma de demonstrar o seu desinteresse para a coesão no
partido e a sua intenção de continuar a alimentar as guerras internas”, refere
o documento.
Entretanto no mesmo
acordão, estava plasmado os restantes nomes do militantes suspensos, entre os
quais, Maria Evarista de Sousa com “oito” anos de suspensão, Tomás Gomes
Barbosa com “oito” anos, Doménico Sanca, Marcelino Lopes Cabral, Iracema do
Rosario, Fidelis Forbs, Sandji Fati, Rui Nené Djata, Braima Malam Djassi, e
Malam Banjai ambos com quatro anos de sansão.
ANG/LLA/ÂC/SG
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