Guiné-Bissau não
parece estar perto da estabilidade”, diz Embaixador de Portugal
Bissau, 09 Jan 17(ANG) - O embaixador português na
Guiné-Bissau, António Leão da Rocha, considerou que o país "não parece
estar de todo perto da estabilidade política e institucional".
Embaixador de Portugal |
"O país não parece estar de todo perto da
estabilidade política e institucional", disse o diplomata durante a sessão
de abertura da Conferência anual "Governança e Mercado: Região da
CEDEAO", organizada pelo Centro de Estudos Africanos do Instituto de
Ciências Sociais e Políticas e pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal -
Guiné-Bissau.
"Apesar do esforço, não há Governo reconhecido
por todos", vincou o diplomata, lembrando a "prolongada crise com
mais de um ano e meio e que resultou da demissão do primeiro Governo
constitucional nesta legislatura".
O diplomata português deixou, no entanto, "uma
nota positiva" que surge das "perspectivas otimistas apresentadas
pelo banco central da Guiné-Bissau e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI),
fundamentadas na boa campanha do caju em 2016, pelo controlo de gastos e
fortalecimento das finanças públicas".
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO) é um agrupamento económico constituído por 15 países: Benim, Burkina
Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria,
Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
De acordo com os dados publicados pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI) no último relatório sobre a economia mundial, em
outubro, a CEDEAO tem uma riqueza de 675 mil milhões de dólares, e engloba os
lusófonos Cabo Verde, com uma Produto Interno Bruto de cerca de 1,6 mil
milhões, e a Guiné-Bissau, com 1,05 milhões de dólares.
ANG/Lusa
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