“França apoia decisão da CEDEAO sobre a crise na Guiné-Bissau”,diz embaixador
Bissau,05
Dez 17(ANG) - O novo embaixador da França em Bissau, Jean Louis Joel, que
quarta-feira apresentou cartas credenciais, disse que Paris apoia e se revê na
decisão de líderes da Africa Ocidental para acabar com a crise política na
Guiné-Bissau.
Em
declarações aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente José Mário
Vaz, o diplomata afirmou que o seu país se revê na posição da Comunidade
Económica de Estados da
Africa Ocidental (CEDEAO) e particularmente a do Presidente da Guiné-Conacri,
Alpha Condé, para a saída da crise na Guiné-Bissau.
Na
qualidade de mediador da CEDEAO na crise política que divide os líderes
guineenses há cerca de dois anos, Alpha Condé negociou um acordo segundo o qual
o primeiro-ministro teria que ser uma figura de consenso e de confiança do
chefe do Estado, José Mário Vaz.
Quatro
dos cinco partidos com representação parlamentar não integram o Governo,
entretanto, investido pelo Presidente guineense, por não concordarem com o nome
de Umaro Sissoco Embaló, proposto para o cargo.
Na
sua última cimeira de chefes de Estado e de Governos, realizada na Nigéria, a
18 de dezembro, a CEDEAO recomendou ao Presidente guineense o cumprimento do
Acordo de Conacri, que a organização diz ser o instrumento capaz de fazer a
Guiné-Bissau sair da crise política.
O
embaixador francês afirmou que o seu país apoia a posição da CEDEAO por estar
de acordo com a do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da União Africana.
Em
relação à cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, o embaixador francês
prometeu a continuidade dos apoios do seu país nomeadamente no âmbito de
projetos de desenvolvimento europeu e do Fundo Mundial de Luta contra SIDA.
O
diplomata acrescentou que a França irá manter os programas do ensino e expansão
da língua francesa na Guiné-Bissau.
Jean
Louis Joel disse ter aproveitado também a audiência com o líder guineense para
transmitir a preocupação do seu Governo em relação à situação política na Gâmbia,
onde o Presidente cessante, Yahya Jammeh, recusa-se a abandonar o poder depois de perder as eleições.
ANG/Lusa
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