terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

China/ Autoridades dizem esperar que NATO adopte "conceito de segurança comum"

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) - A China disse hoje esperar que "todas as partes adiram a um conceito comum de segurança europeia" para "alcançar uma paz e estabilidade duradouras" no continente, depois de a Hungria ter ratificado a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).


 

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, sublinhou em conferência de imprensa que a China espera que "todas as partes adoptem uma visão comum, abrangente, cooperativa e sustentável da segurança na Europa" e "respeitem os legítimos interesses e preocupações de segurança de cada um".

"Esperamos que, com base no respeito mútuo, a Suécia possa construir um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável com as outras partes através do diálogo e da consulta", afirmou Mao.

Referiu ainda que o seu país "valoriza o desenvolvimento" da sua cooperação com a Suécia em vários domínios, uma posição que Beijing tem mantido "consistentemente", acrescentou.

A intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em Fevereiro de 2022, levou a Finlândia e a Suécia a pôr fim a dois séculos de não-alinhamento militar e a solicitar a adesão à aliança atlântica.

A Turquia e a Hungria deram finalmente luz verde à adesão finlandesa na primavera passada, mas adiaram a adesão sueca devido à alegada permissividade da Suécia em relação ao terrorismo curdo, no caso de Ancara, e às críticas de Estocolmo às reformas legais do governo do Presidente húngaro, Viktor Orbán.

A China mantém uma posição ambígua desde o início da guerra, pedindo respeito pela "integridade territorial de todos os países", inclusive a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países com a segurança", referindo-se à Rússia. ANG/Angop

 

Senegal/PR anuncia amnistia geral a manifestantes detidos desde protestos de 2021

Bissau, 27 Fev 24(ANG) – O Presidente do Senegal, Macky Sall, anunciou hoje que vai propor ao parlamento uma lei de amnistia geral que abrange os fortes protestos ocorridos desde 2021 no país, para impulsionar a reconciliação nacional.

"Num espírito de reconciliação nacional, vou apresentar esta quarta-feira à Assembleia Nacional e em Conselho de Ministros um projeto de lei de amnistia geral sobre os factos relacionados com as manifestações políticas ocorridas entre 2021 e 2024", disse Sall.

O Presidente senegalês discursava na abertura do diálogo nacional que começou hoje no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf, na cidade de Diamniadio, a pouco mais de trinta quilómetros de Dacar.

Com este diálogo - boicotado pela maioria da oposição - o Presidente afirma querer pôr termo à profunda crise desencadeada no país na sequência do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para o passado domingo e fixar uma nova data para o ato eleitoral.

"O nosso país está perante uma encruzilhada importante (...) O meu desejo é que possamos avançar para eleições pacíficas, inclusivas e transparentes", afirmou perante dezenas de representantes de diferentes setores da sociedade.

"Só tenho um objetivo: chegar a um consenso sobre a data das próximas eleições presidenciais", acrescentou, reiterando que tenciona abandonar o poder quando o seu mandato terminar, em 02 de abril, como confirmou na semana passada numa entrevista televisiva.

O diálogo nacional foi, no entanto, boicotado pela grande maioria dos candidatos presidenciais cuja candidatura foi aprovada.

De facto, apenas dois deles aceitaram reunir-se hoje com Sall, antes do início do evento: Amadou Ba, atual primeiro-ministro e candidato da coligação no poder Benno Bokk Yaakaar (Unidos pela Esperança, na língua Wolof), e Mahammed Dionne, antigo primeiro-ministro também sob a presidência de Sall.

Na passada sexta-feira, a plataforma da oposição FC25, que agrupa 16 dos 19 candidatos, rejeitou o diálogo nacional, acusando o Presidente de violar a Constituição.

"O seu principal objetivo é tentar excluir os candidatos selecionados pelo Conselho Constitucional e, eventualmente, com o seu diálogo, avançar para um (novo) mandato, o que rejeitamos sistematicamente", declarou o representante do grupo, Cheikh Tidiane Youm, numa conferência de imprensa na capital senegalesa.

A rejeição da oposição à oferta de Sall surge num momento de grande tensão política devido ao adiamento das eleições decretado em 03 de fevereiro pelo Presidente e declarado ilegal pelo Conselho Constitucional.

O Conselho Constitucional considerou "contrária à Constituição" a votação parlamentar que, sob os auspícios de Sall, adiou as eleições de 25 deste mês para 15 de dezembro.

A alteração da data das eleições desencadeou violentos protestos de rua, muitas vezes dispersos com dureza pela polícia, nos quais foram mortas pelo menos quatro pessoas.

A oposição exigiu que Sall marcasse uma data antes do final do seu mandato.

O chefe de Estado defendeu a moratória eleitoral devido "à polémica sobre um candidato cuja dupla nacionalidade (francesa e senegalesa) foi revelada após a publicação da lista definitiva", algo que a Constituição senegalesa não permite aos candidatos presidenciais.

Para o Presidente, esta descoberta revelou um "alegado caso de corrupção de juízes" que punha em causa o processo de seleção dos candidatos.

No entanto, a grande maioria da oposição rejeitou o adiamento das eleições como um "golpe de Estado constitucional". ANG/Inforpress/Lusa

 

        Alemanha/Scholz rejeita entregar mísseis Taurus à Ucrânia

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) - O chanceler alemão, Olaf Scholz, rejeitou hoje o pedido da Ucrânia para a entrega de mísseis Taurus de longo alcance, defendendo que não pode seguir o exemplo de França e Reino Unido porque "não seria responsável".

"É uma arma de muito longo alcance, e o que está a ser feito em termos de seleção de alvos e de apoio a ataques por parte dos britânicos e franceses não pode ser feito na Alemanha", frisou Olaf Scholz à agência de notícias alemã DPA.

Para o chefe do Governo alemão, "não seria responsável" participar da mesma forma na gestão destes mísseis, acrescentou.

Alertando para o risco de a Alemanha se encontrar "de alguma forma envolvida diretamente" na guerra.

"Os soldados alemães não devem, em caso algum e em nenhum lugar, estar ligados aos alvos alcançados por estes sistemas", explicou Olaf Scholz.

Acrescentou ainda que "o que fazem outros países, que têm outras tradições e outras instituições constitucionais, é algo que não podemos fazer na mesma medida".

Os mísseis Taurus alemães têm um alcance de mais de 500 quilómetros e poderiam, por isso, caso a Ucrânia tivesse acesso a estes, atingir alvos bem dentro do território russo.

Por esta razão, Berlim tem recusado ao longo dos últimos meses fornecer este tipo de mísseis a Ucrânia, por receio de que o conflito se estendesse ao território russo, levando potencialmente a uma escalada.

Em contrapartida, o míssil de longo alcance Storm Shadow/Scalp, desenvolvido em paralelo pelos britânicos e franceses, tem sido entregue à Ucrânia.

Desde Maio do ano passado que Kiev obteve estes mísseis com alcance de 250 quilómetros, entregues pela França e pelo Reino Unido, bem como mísseis ATACMS norte-americanos, com alcance de 165 quilómetros.

"O que falta à Ucrânia é munições para todas as distâncias possíveis", mas isso "não virá de forma decisiva desde a Alemanha", apontou ainda Olaf Scholz.

As autoridades ucranianas lamentaram nos últimos dias os atrasos nas entregas de ajuda militar ocidental, o que forçou o Exército de Kiev a retirar-se da cidade de Avdiivka (leste), após quatro meses de combates.

Ucrânia também anunciou hoje que abandonou uma pequena aldeia perto de Avdiivka, face à pressão incessante da Rússia.

O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, declarou no domingo que metade das armas ocidentais prometidas a Kiev, foram entregues com atraso.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky lamentou hoje que a Ucrânia recebeu apenas 30 por cento dos milhões de projéteis de artilharia prometidos pela União Europeia (UE) no ano passado, depois de ter referido, na semana passada.

Os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da grande contraofensiva da Ucrânia, no verão de 2023.

A UE comprometeu-se no ano passado a enviar à Ucrânia um milhão de projéteis de artilharia  para ajudar no esforço de guerra contra a invasão russa,  antes do final de Março de 2024, antes de admitir que não conseguiria atingir este objetivo. ANG/Angop

 

 Holanda/Governo anuncia 100 milhões de euros para munições à Ucrânia

Bissau, 27 Fev 24 (ANG0 - O primeiro-ministro neerlandês cessante, Mark Rutte, anunciou que os Países Baixos vão fornecer 100 milhões de euros para munições à Ucrânia, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.

A Ucrânia enfrenta escassez de armas na sequência de um intervalo no financiamento norte-americano, devido a divergências entre republicanos e democratas no Congresso dos Estados Unidos.

"Dois anos após a invasão, as tropas ucranianas continuam a defender a sua posição com coragem. Mas também vemos que a Rússia continua a exercer pressão na linha da frente", disse Rutte, na segunda-feira, à margem da conferência de apoio à Ucrânia, em Paris.

"É essencial, antes de mais, que cumpramos o que prometemos. E ver o que mais podemos fazer. É por isso que os Países Baixos estão a contribuir com mais de 100 milhões de euros para a iniciativa checa de entregar rapidamente centenas de milhares de cartuchos de artilharia à Ucrânia", afirmou.

Rutte disse ainda que o Presidente russo, Vladimir Putin, "está a preparar-se para uma longa guerra" e que é por isso que os países europeus devem "continuar a mostrar" firmeza.

"É por isso que os Países Baixos estão a concluir um acordo de segurança com a Ucrânia para continuar a apoiar o país durante, pelo menos, os próximos dez anos. Para salvaguardar a segurança futura da Ucrânia e dos Países Baixos", concluiu o chefe de Governo neerlandês na rede social X (antigo Twitter).

A conferência de apoio à Ucrânia reuniu chefes de Estado e de Governo de cerca de 20 países, maioritariamente europeus, embora também tenham estado presentes representantes dos Estados Unidos e do Canadá.

Dois dias depois de se terem assinalado os dois anos da invasão russa do território ucraniano e numa altura em que a Ucrânia corre risco de ficar sem liquidez no final de Março, Emmanuel Macron convocou uma reunião de alto nível para "analisar os meios disponíveis para reforçar a cooperação entre os parceiros no apoio à Ucrânia", indicou a Presidência francesa. ANG/Ango

Religião/LGDH considera destruição da “Baloba de Djokú” em Mindará “atentado à  liberdade religiosa”

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humjanos (LGDH), considerou hoje de “atentado à liberdade religiosa” a destruição, com fogo, da “Baloba de Djokú”, uma localidade de prática religiosa animista da etnia Pepel, no bairro de Mindará, em Bissau.

Bubacar Turé falava  num encontro com os moradores de Mindará , em jeito de manifestação de repúdio ao ato, recentemente ocorrido, e enquanto entidade executora de um projecto denominado  “Observatório da Paz”, que tem como objectivo prevenir o radicalismo e extremismo violento .

“De acordo com a nossa Constituição, a Guiné-Bissau é um Estado laíco, onde todos os cidadãos têm o direito de exprimirem e manifestarem, livremente a religião que querem. Ou seja, deve-se respeitar o princípio da liberdade religiosa”,  disse.

Turé salientou que foi nesse quadro que através dos orgãos de comunicação social tomaram conhecimento do ocorrido que considerada de “muito perigoso, de um ato extremista, radical e sectria” que pôe em causa a liberdade religiosa e as leis da Guiné-Bissau.

Segundo o ativista, na qualidade de  organização que defende esses  valores  a Liga não podia ficar  indiferente  ao  que diz ser “ato de intolerância religiosa, que afronta os princípios democráticos e os direitos humanos” .

Bubacar Turé disse que, à semelhança do que fizeram no passado em relação aos ataques à outras religiões estão a fazer a mesma coisa em relação ao ataque à profanação a Baloba de Djokú, que considera de símbolo religioso dos animistas Pepeis.

Bubacar Turé disse que levou duas mensagens ás vitimas: primeira de solidariedade, em que  exige as autoridades competentes, nomeadamente, à Polícia Judiciaria e ao Ministério Público  investigações céleres, transparentes para indentificar e traduzir a justiça os responsáveis .

Disse que, a segunda  é a de paz, pelo que aos  moradores de Mindará a se manterem calmos e não fazerem a justiça com as suas mãos.

Em nome dos moradores, Ismael Pedro da Silva, que primeiro louvou a iniciativa da LGDH , disse que foi ele quem impedira a invasão à uma igreja de nome “Mafi “, cujos crentes,  os moradores alegam serem os autores do incêndio da Baloba de Djokú

“Digo isso porque os membros desta igreja realizaram um culto na semana passada por volta das 03 horas da manhã, um momento impróprio para tal,  incomodando os moradores e inclusivé deixaram recados de que irão voltar noutro dia e que desta vez vão incendiar a baloba”,explicou.

Questionado se viram quem deitou fogo a baloba, Ismael da Silva disse que não, mas que reitera a ameaça de incendiar a Baloba feita por crentes dessa igreja. “O primeiro e principal suspeito é o ameaçador”, sustentou, acrescentando  que encontraram vestígios  que os levam a afirmar que o incêndio foi propositado.

 Para a recuperação da Baloba, diz Ismael,  deve ser desencadeado um  processo longo envolvento muitos rituais, e que deve ser, brevemente, uma vez que a Baloba  conserva espíritos que ajudam, por exemplo, as mulheres com difculdades de se engravidarem a terem filhos.

Baloba de Djokú foi incendiada na semana  passada, o caso já é de conhecimento das autoridades judiciais.

A ANG pude constatar, no bairro, que os moradores estão revoltados, e que os mais radicais falam de retaliação assim que for possível. ANG/MSC//SG


Política
/”É mentira associar-me aos eventos de 01 de Fevereiro”, diz Braima Camará

Bissau,27 Fev 24(ANG) – O coordenador do Movimento para Alternância Democrática Madem G15, Braima Camará afirmou que  é mentira associar-lhe aos eventos de 01 de fevereiro, frisando que nunca tratou com os miliares.

“Nunca me tratei com os militares, nem sequer vou às casas de militares. Há militares com os quais tratamo-nos como irmãos, apenas neste fórum.  Se estivesse envolvido nesse caso, porque só agora resolveram associar-me a este caso”, disse Braima Camará, em declarações à imprensa, na segunda-feira, à saída de um encontro com o ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, na qual se abordou a situação dos dirigentes do  partido, que diz estarem a ser perseguidos pelas autoridades policiais.

O coordenador do Madem G15 sublinhou que fez a campanha das eleições legislativas, percorreu todo o país e os guineenses ouviram o seu discurso tendo questionado o porquê só agora é que alguém decidiu associar o seu  nome ao caso da tentativa de golpe de Estado.

“Porque alguém tem alguma estratégia de eliminação física do Braima Camará”, diz.

O Coordenador Nacional do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G 15), revelou que está a ser acusado de ser o primeiro responsável pela alegada tentativa de golpe de Estado, ocorrida a 01 de Fevereiro de 2022, razão pela qual , diz, está a ser perseguido .

“Eu não sou um homem violento e o povo guineense conhece-me. Quero aproveitar esta ocasião para deixar um pedido. Se houver um militar, guineense ou estrangeiro, branco ou preto, dentro e fora ou civis que tenham informações do meu envolvimento ou se algum dia perpetuei atos de violência, que apareça e faça denuncia, publicamente”, salientou.

Aquele político disse que no dia 01 de fevereiro estava em Toulouse (França).

A alegada tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro foi perpetrada por um grupo de homens armados que atacaram o Palácio do Governo, onde se encontrava o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, a presidir uma reunião do Conselho de Ministros.

 O caso levou à prisão  cerca de 40 militares e civis. De entre os presos, estão o antigo Chefe de Estado-maior da Armada, o Contra-almirante José Américo Bubu Na Tchuto, o ex-Chefe de Quadros do Estado-Maior General das Forças Armadas, o Brigadeiro-general Júlio Nhaté, e o Comandante Adjunto da Brigada Mecanizada,o Tenente Coronel, Júlio Mam M’Bali.

Segundo fontes partidárias, um grupo de dirigentes do MADEM-G 15 está a monte e receia que seja detido pelas forças de segurança, por alegada  organização de  manifestações políticas e  denúncias contra  um determinado político que apresentou queixas contra elelementos do grupo.

Braima Camará disse que o ministro do Interior e da Ordem Pública deu orientações aos elementos do seu gabinete para pôr cobro à situação, tendo avançado que os dirigentes notificados deverão ir ao Ministério do Interior e da Ordem Pública acompanhados dos seus advogados para prestar  declarações.

O coordenador do MADEM G15 ainda criticou que as autoridades tenham proibido reuniões e manifestações políticas de um determinado grupo e deixado outros promoverem manifestações políticas por todo o país.ANG/ÂC//SG

 

Desporto-futebol/Farinha recomenda melhor preparação dos Djurtus para próximo CAN

Bissau,27 Fev 24(ANG) - O antigo Diretor Técnico Nacional da Federação do Futebol da Guiné-Bissau, o português Guilherme Farinha, que foi substituído no cargo pelo francês Erick Maré,diz sentir triste pela prestação dos Djurtus no CAN 23, na Costa do Marfim pelo que recomenda melhor preparação para o próximo CAN.

“Sinto muito triste por aquilo que aconteceu com a Seleção Nacional da Guiné-Bissau. Eu pensava que a Guiné-Bissau podia fazer mais, mas, infelizmente, não aconteceu e agora resta a seleção dos Djurtus preparar melhor para a próxima edição.

Guilherme Farinha, falava à imprensa no fim de semana, em Bissau, à margem da abertura do torneio de sub-20 em futebol, organizado pelo clube canadense de Vancouver FC.

“Para próxima edição é preciso corrigir os erros cometidos nesta edição e  se organizar melhor”, disse.

Guilherme Farinha pediu aos guineenses para respeitarem o selecionador Baciro Candé por aquilo que  fez no comando técnico dos Djurtus, e que permitiram a Guiné-Bissau estar presente, pela quarta vez  consecutiva, no Campeonato Africano das Nações.

“Neste momento sei que os cidadãos guineenses estão muito descontentes com a prestação da Seleção Nacional da Guiné-Bissau no último CAN Costa de Marfim 2023, principalmente na pessoa do selecionador nacional Baciro Candé, que está a ser fortemente criticado quase por toda a sociedade guineense. Peço aos guineenses para respeitarem Baciro Candé pelo brilhante trabalho que realizou à frente dos Djurtus, não é  fácil qualificar a Seleção da Guiné-Bissau pela quarta vez consecutiva para CAN”, disse.

A Federação de Futebol da Guiné-Bissau já anunciou que não vai renovar o contrato  do selecionador nacional Baciro Candé, cujo vínculo contratual  termina no dia 15 de Março de 2024.

O português Guilherme Farinha se encontra em Bissau nestes dias para assistir à realização do torneio Sub’20, organizado pelo Vancouver FC de Canadá, na qualidade de Director Técnico de três pólos da Academia de FC Vancouver na Guiné-Bissau.ANG/O Golo GB

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Guerra Israel-Palestina/Sinjotecs observa minuto de silêncio em memória dos profissionais de comunicação social falecidos em Gaza

Bissau, 26 Fev 24 (ANG) – O Sindicato Nacional do Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs),observou hoje um minuto de silêncio em memoria dos jornalistas que perderam a vida em Gaza no conflito entre Israel e Palestina.

Falando à imprensa depois  da cerimónia organizada para o efeito, e que representou a  manifestação de repúdio do Sinjotecs a situação em que os profissionais exercem atividades na Faixa de Gaza, a Presidente do Sinjotecs disse que desde o início do conflito entre as partes  morreram mais de 100 jornalistas ou profissionais da comunicação social , outros tantos feridos,alguns em fuga e perdidos com a família.

Indira Correia Baldé salientou que esses profissionias de comunicação social estão a morrer porque estão a exercer as suas missões de formar,informar  e de fazer o mundo saber o que, realmente, está a passar ,mostrando os horrores da guerra.

“Queremos mostrar com essa ação que apesar de estarmos longe, estamos pertos para mostrar-lhes que não estão só nesta luta, para que haja segurança para os jornalistas e a paz em geral para o Médio Oriente “,disse.

Acrescentou que neste momento de dor e consternação a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ)pediu a cada sindicato dos jornalistas em diferentes países, para observarem   hoje um minuto de silêncio em memoria dos camaradas na Faixa de Gaza .

Correia Baldé pediu as autoridades de Israel e Palestina para pensarem nos seus povos e em particular nos profissionais da comunicação social, que estão já, há quatro meses,  a exercerem suas profissões num ambiente muito hostil.

No ato, os profissionais da comunicação social da Guiné-Bissau exibiam cartazes onde se pode ler “segurança para jornalistas em Gaza,basta da guerra ,paz em Gaza ,protecção aos jornalistas” entre outros dizeres. ANG/MSC//SG

Abuja/CEDEAO  reitera  necessidade urgente de operacionalização da Força de Prontidão para combater terrorismo na região

Bissau, 26 Fev 24 (ANG)- A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reiterou, sábado em comunicado, a urgência de operacionalizar a Força de Prontidão em modo cinético para lutar contra o terrorismo na região, incluindo os elementos da Força-Tarefa Conjunta Multinacional (MNJTF) e da Iniciativa de Acra, conforme instruído pela Autoridade.

A informação foi divulgada  através do   Comunicado Final da Sessão Extraordinária da cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO que decorreu sábado(24) em Abuja,Nigéria, sob a presidência de Bola Ahmed TINUBU, Presidente da República Federal da Nigéria e Presidente desta organização sub-regional e consagrada  a situação política,  paz e  segurança na África Ocidental.

Os chefes de Estados e de Governos participantes do encontro recomendaram a  Comissão da organização a convocação, o mais depressa  possível, de uma reunião dos Ministros das Finanças e da Defesa para propor modalidades de financiamento e equipamento da força antiterrorista.

Em relação a decisão de retirada da organização tomada por três países, a cimeira fez saber que a retirada de Burkina Faso, Mali e Níger na CEDEAO, afetará a cooperação em matéria de segurança em termos de partilha de informações e participação em iniciativas regionais de luta contra o terrorismo, tais como a Iniciativa de Acra e o Grupo de Trabalho Conjunto Multinacional.

O comunicado acrescenta que essa decisão de retirada dos três pode  levar ao isolamento diplomático e político na cena internacional, onde os países obtiveram o apoio do bloco para os seus candidatos e candidaturas na disputa por posições internacionais dentro da União Africana, das Nações Unidas e de órgãos similares.

“Os três Estados-Membros representam 17,4% dos 425 milhões de habitantes da região. Embora representem 10% do PIB da região, a sua saída constituirá uma redução do tamanho do mercado da CEDEAO. O comércio intracomunitário também pode ser perturbado, especialmente o comércio de bens não transformados, como gado, peixe, plantas, produtos agrícolas, produtos minerais e produtos artesanais tradicionais, bem como produtos industriais de origem comunitária”, lê-se no  Comunicado.

A saída pretendida dos três ainda terá consequências junto das populações destes países, na medida em que afetará, automaticamente, o estatuto de imigração dos cidadãos, uma vez que poderão ser obrigados a obter visto para viajar pela região. “Os cidadãos podem já não poder residir ou criar empresas ao abrigo dos acordos da Organização e podem estar sujeitos a diversas leis nacionais. A Conferência observa que a retirada terá implicações políticas, socioeconómicas, financeiras e institucionais para os três países, bem como para a CEDEAO como um grupo”, refere.

A cimeira ainda indica  que, no âmbito da cooperação regional contra o terrorismo, o extremismo violento e o crime organizado, os três países (Níger, Burquina e Mali) beneficiaram de 100 milhões de dólares mobilizados pela UEMOA no contexto do Plano de Acção da CEDEAO contra o terrorismo. Benefiaciaram também de  algumas dotações do Fundo (7,5 milhões de dólares) foram destinados à aquisição de equipamento para ajudar na  luta contra o terrorismo.

Esta cimeira de Abuja  apelou  a  libertação imediata do Presidente Mohamed Bazoum ( antigo Presidente da República do Níger), bem como da sua família e presos políticos.

Sobre o  Senegal, a Conferência tomou nota sobre o fim de mandato do Presidente Macky Sall, em 2 de Abril de 2024, e elogia-o pelo que considera de “enormes conquistas em infra-estruturas e desenvolvimento económico” que alcançou como Presidente da República  e pela sua “inestimável liderança em África e no mundo”.

A cimeira dirigiou um apelo as  partes interessadas senegalesas para que dessem prioridade ao diálogo com vista a preservar as conquistas democráticas, através de realização de eleições presidenciais livres, inclusivas e transparentes.

Sobre Desenvolvimento, Soberania e Unidade Africana, a Conferência apela a todos os Parceiros para que respeitem a soberania e independência dos Estados Africanos e se abstenham de interferências e intromissões que desestabilizem os Estados-Membros e tenham um impacto negativo na unidade regional. Apela  ainda a uma parceria global eficaz para o desenvolvimento socioeconómico da região através do comércio justo e da justiça climática.

Presentes na cimeira estiveram os presidentes,  Patrice TALON, do Benin, Alassane OUATTARA da Costa do Marfim, Nana Addo Dankwa AKUFO-ADDO do Ghana, Umaro Sissoco EMBALO  da Guiné Bissau,  Bola Ahmed TINUBU  da Nigéria, Macky SALL do Senegal,  Julius Maada BIO  da Serra Leoa e  Faure Essozimna GNASSINGBE do Togo. ANG/AALS//SG

 

Eleições/"Atualização de cadernos eleitorais vai racionalizar os recursos", diz Fodé Carambá Sanhá

Bissau, 26 Fev 24 (ANG/ - O Presidente do Movimento da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento disse que a atualização de cadernos eleitorais vai racionalizar os recursos disponibilizados e fazer com que as pessoas em idade de votar não ficassem  de fora, tanto no país assim como  na diáspora.

Fodé Carambá Sanhá falava falava à imprensa no Domingo,  após o  anúncio  da atualização dos cadernos eleitorais  programada para decorrer entre 25 de Março e 25 de Maio, em todo o território nacional, e 25 de Abril à 25 de Junho  na diáspora.

"Depois de eleições de 1994 até a data presente nunca aconteceu a atualização de cadernos eleitorais, porque o país sempre tem feito o recenseamento de raiz, que acarreta muitos custos para país e parceiros internacionais. Hoje estamos perante um cenário que pensamos que não vai ter muito custo ”, disse Carambá Sanhá.

Sanhá diz ser um  arranque que o Movimento da Sociedade Civil aguardava com muita expectativa  peloque pede  que toda a cartografia seja respeitada para que todos os cidadãos com  idade de recenseamento sejam registadas   e que processo nunca seja interrompido. ANG/MI/ÂC//SG   

 

Eleições/Governo prevê  atualização de cadernos eleitorais para 25 de Março à 25 de Maio

 Bissau,26 Fev 24(ANG) - O ministro de Administração Territorial e do Poder Local, anunciou no Domingo, que os trabalhos de atualização dos cadernos eleitorais deverão decorrer  de 25 de Março à 25 de Maio em todo o território nacional e na diáspora entre  25 de Abril a 25 de Junho.

Marciano Silva Barbeiro falava numa cerimónia decorrida num dos hoteis de Bissau disse que o Governo vai disponibilizar mais de 02 mil milhões de ffancos cfa para o efeito.

Na ocasião, Silva Barbeiro lembrou que depois da abertura Democrática em 1994, com a realização das primeiras eleições no país, até a presente data, apesar da imposição legal, nenhum governo conseguiu cumprir o artigo 5° da lei de recenseamento eleitoral concernente à atualização de cadernos eleitorais, que deveria decorrer de Janeiro à Março de cada ano.

O titular da pasta da Administração Territorial e Poder Loca assegurou que o Executivo decidiu dar  continuidade aos trabalhos anteriormente iniciados com vista a concretização desse desiderato.

Desafiou  o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) a trabalhar dia e noite para assegurar a parte técnica do processo.

Silva Barbeiro disse que o governo encarou este processo como uma das suas prioridades, razão pela não vai poupar esforços para criar as condições para que, pela primeira vez,  sejam atualizados o registo dos eleitores.

Acrescentou que durante o processo, os brigadistas vão cadastrar ou atualizar os dados dos eleitores que se movimentaram de uma zona para outra, aqueles que completaram ou vão completar 18 anos até a data do fim do processo, tanto a nível nacional como na diáspora, África e Europa, e os que perderam os seus cartões.

Por seu lado, o Diretor-geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Gibril Baldé disse que a partir do anúncio feito pelo Governo, o relógio começou a contagem decrescente para o fim dp processo de atualização dos cadernos eleitorais e pediu  aos técnicos a  arregaçarem as mangas, trabalhando arduamente para que no dia 25 de Março se inicie o processo em todo território nacional.

O responsável do GTAPE disse que o objetivo do governo é eliminar o recenseamento de raiz feito em todas as eleições. 

Afirmou que o país tem a base de dados da última eleição credível e aceite pelos atores políticos, tanto a nível nacional como na diáspora.

“Estamos a trabalhar para integrar as duas bases eleitorais e do registo civil para que o país possa caminhar, a fim de ter  Cartão  único do cidadão, aliviando o Orçamento Geral do Estado”, disse.

O Director-geral do GTAPE assegurou aos jornalistas que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai assumir a parte do valor global da comunicação, através de uma campanha de informação e sensibilização para melhor enquadrar os cidadãos sobre quem pode ou deve atualizar os seus dados.

As legislativas antecipadas ainda não têm data de realização mas o Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló admitiu que possa ocorrer antes de Junho.ANG/ÂC//SG

 

 

Caju/Presidente da ANAG considera de “aceitável“ preço de 300 francos CFA por quilograma junto ao produtor

Bissau,26 Fev 24(ANG) - O presidente da Associação Nacional dos Agricultores Guineense (ANAG), Jaime Boles Gomes, diz que é aceitável o preço base de 300fcfa, o quilo, anunciado pelo Executivo para a compra da castanha de caju este ano junto ao produtor.

Em declarações ao O Democrata, Boles disse contudo que pode haver mais procura da castanha guineense, o que poderá provocar a subida do preço, se houver estabilidade política e governativa na Guiné-Bissau. 

“O preço base fixado é aceitável, mas para nós o mais importante é o cumprimento do preço base, para que não seja violado, comprando a castanha a um preço inferior. Em 2023, o preço era de 375 fcfa. Um preço muito superior ao que foi anunciado para este ano, mas no ano passado o preço fixado não foi cumprido e o caju foi comprado no valor de 150 francos cfa, o que foi muito negativo para os lavradores”, disse o presidente da ANAG.

Acrescentou que o preço da castanha do caju pode aumentar, mas que tudo dependeria da estabilidade política e governativa. “Um investidor não colocará o seu dinheiro onde há fogo”, disse. 

O governo anunciou, em comunicado, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministro, realizada sexta-feira(23) que o preço de referência da castanha do caju por quilograma é de 300 francos cfa, tendo decidido ainda que a base tributária é fixada em 800 dólares por tonelada e anunciou  o dia 15 de Março próximo, como  data de abertura oficial da campanha de comercialização e exportação da castanha de cajú para este ano.

O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau e representa quase 90 por cento dos produtos exportados.

A Guiné-Bissau exportou, em 2023, 170 mil toneladas da castanha de caju que saíram oficialmente do Porto de Bissau, uma quantidade  inferior à do 2022, embora a previsão de exportação fosse de 225 mil toneladas.ANG/ODemocrata

 

 


Economia
/Preços das moedas para segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

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  Fonte:BCEAO

      Burkina Faso/Atentado durante missa faz pelo menos 15 mortos

Bissau, 26 Fev 24 (ANG) - Um atentado durante uma missa católica na
localidade de Essakane, no Burkina Faso, fez  domingo pelo menos 15 mortos, informou o portal Vatican News, que cita o bispo da diocese de Dori, Laurent Bifuré Dabire.

Os atacantes fizeram 12 vítimas mortais no local, ao passo que outras três pessoas morreram na sequência dos ferimentos causados, posteriormente, no Centro de Saúde e Promoção Social. Há, ainda, dois feridos.

"Convidamos todos a rezar pelo repouso eterno daqueles que morreram na fé, pela cura dos feridos e pelo consolo dos corações em luto. Também rogamos pela conversão daqueles que continuam a semear a morte e a desolação em nosso país. Que nossos esforços de penitência e oração durante este período de Quaresma tragam paz e segurança ao nosso país, Burkina Faso", escreveu o bispo em comunicado.

A comunidade católica da aldeia de Essakane foi vítima de um "atentado terrorista, quando se encontrava reunida para as orações dominicais", escreveu o vigário-geral da mesma diocese, num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, com um balanço provisório de "15 fiéis mortos".

O ataque terá sido realizado por homens armados, que entraram na igreja católica de Essakane, aldeia situada na chamada zona das "três fronteiras", nas fronteiras do Burkina Faso, do Mali e do Níger, onde atacam frequentemente os grupos 'jihadistas'.

Desde 2015, o Burkina Faso tem sido confrontado com uma violência 'jihadista' atribuída a movimentos armados afiliados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico, que já causou cerca de 20 mil mortos e mais de dois milhões de deslocados internos.

Estes ataques têm por vezes como alvo as igrejas do país, onde os raptos de clérigos cristãos também aumentaram.

Desde Abril de 2019 diversos ataques em igrejas católicas e protestantes em vários pontos do país resultaram num total de 39 mortos e 18 feridos.

O Burkina Faso, o Mali e o Níger têm sido todos confrontados com uma violência 'jihadista' recorrente e mortífera, situação agravada pela instabilidade política testemunhada nos três países, onde os governos civis foram derrubados por sucessivos golpes de Estado militares desde 2020.

ANG/Angop