quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

       Cooperação/ Itália disponível para continuar a apoiar a Guiné-Bissau

Bissau, 15 Jan 25(ANG) - O Governo Italiano, na pessoa da nova Embaixadora para a Guiné-Bissau manifestou, terça-feira, a  disponibilidade deste país europeu de  continuar a apoiar a Guiné-Bissau nas áreas económica e social.

Catarina Bertolini fez esta declaração à Rádio Sol Mansi, após uma reunião  com o Bispo de Bissau, Don José lampra Cá e com missionários  italianos.

Bertolini  está em Bissau no quadro da entrega de Cartas Credenciais que o habilitam a exercer as suas funções, a partir de Dacar, no Senegal.

 “A cooperação italiana visa continuar a apoiar a Guiné-Bissau nas áreas económicas e social, um esforço que vem sendo realizado há muitos anos”, afirmou a diplomata.

Em relação ao Ano Jubilar, proposto pelo Papa Francisco, que incentiva os líderes mundiais a perdoarem ou reduzirem as dívidas dos países mais pobres, Bertolini disse que o tema foi discutido com o Bispo de Bissau e missionários italianos, mas destacou a necessidade de se reforçar apoios aos projetos voltados para jovens e suas famílias.

A embaixadora também aproveitou a ocasião para visitar as instalações da Rádio Sol Mansi. ANG/Sol Mansi

 

Moçambique/Daniel Chapo investido hoje como quinto presidente da República

Bissau,15 Jan 25(ANG) - Daniel Chapo é investido hoje, em Maputo, como quinto Presidente da República de Moçambique, o primeiro nascido já depois da independência do país, numa cerimónia com cerca de 2.500 convidados e a presença de dois chefes de Estado.

Atual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo era governador da província de Inhambane quando, em maio de 2024, foi escolhido pelo Comité Central para ser candidato do partido no poder à sucessão de Filipe Nyusi, que cumpriu dois mandatos como presidente da República.

Em 23 de dezembro, Daniel Chapo, 48 anos, foi proclamado pelo Conselho Constitucional como vencedor da eleição a presidente da República, com 65,17% dos votos, nas eleições gerais de 09 de outubro, que incluíram legislativas e para assembleias provinciais, que a Frelimo também venceu.

Formado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, em 2000, Daniel Francisco Chapo nasceu em Inhaminga, província de Sofala, centro de Moçambique, em 06 de janeiro de 1977, sendo por isso o primeiro presidente da República nascido já depois da independência do país (1975).

Em entrevista exclusiva à Lusa em 04 de outubro, Daniel Chapo afirmou que nunca tinha equacionado concorrer à presidência, mas que recebeu essa "missão" para "servir o povo".

"Na Frelimo recebe-se missões. Nunca imaginei que seria um administrador distrital, mas depois, como membro da Frelimo, fui chamado a esta missão, de dirigir o distrito de Nacala-Velha, em Nampula. Depois também recebi a missão de dirigir o distrito de Palma, em Cabo Delgado, quando começaram os projetos de gás, e depois também governador de Inhambane", explicou.

A cerimónia de investidura vai decorrer na Praça da Independência, no centro de Maputo, e arranca, segundo o programa oficial, às 08h00 locais (menos duas horas em Lisboa), com atividades culturais, prolongando-se até às 12h20.

Pelas 10h40 está prevista a entrega dos símbolos do poder pelo presidente cessante, Filipe Nyusi, à presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, que, de seguida, fará a investidura de Daniel Chapo como novo presidente da República de Moçambique, seguindo-se discursos oficiais, momentos culturais, 21 salvas de canhão e a revista à Guarda de Honra das Forças Armadas de Defesa de Moçambique pelo novo comandante-em-chefe.

Os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, foram anunciados pela vice-presidente da Comissão Interministerial para Grandes Eventos, Eldevina Materula, como os únicos chefes de Estado que confirmaram a presença na cerimónia de hoje.

Estarão ainda presentes três vice-presidentes, nomeadamente da Tanzânia, Maláui e Quénia, bem como os primeiros-ministros de Essuatíni e do Ruanda e pelo menos oito ministros de diversos países, incluindo o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, e o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do presidente de Angola, Adão de Almeida.

O Brasil faz-se representar pelo seu embaixador em Maputo, enquanto Cabo Verde envia uma mensagem do chefe de Estado.

Questionada se Venâncio Mondlane, candidato presidencial que rejeita os resultados e lidera manifestações pós-eleitorais, estará presente, Materula disse que o evento é aberto a todos, seja ao político, que "é um cidadão moçambicano e está convidado", seja à "'mamã' [vendedora] do mercado", garantindo que a segurança do evento está acautelada.

Venâncio Mondlane convocou três dias de paralisação e manifestações, desde segunda-feira, contestando a tomada de posse dos deputados eleitos à Assembleia da República e a investidura do novo presidente da República, hoje.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane - que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória - a exigirem a "reposição da verdade eleitoral", com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que já provocaram 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.ANG/Lusa

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Religião/Guiné-Bissau participa na Conferência de Apresentação do Fórum Meca-2025

Bissau, 14 Jan 25 (ANG) – A Guiné-Bissau, através do seu Alto Comissário para a Peregrinação, Califa Luís Soares Cassamá, participou, segunda-feira, na Conferência de Apresentação do Fórum Meca-2025, que teve lugar em “Jeddah” na Arábia Saudita.

Segundo uma nota enviada à Redação de Agência de Notícias da Guiné (ANG), o evento que já está na sua quarta edição, serviu como plataforma para o Reino da Arábia Saudita apresentar as empresas selecionadas para prestar serviços durante a peregrinação à Cidade Santa de Meca.

A mesma nota acrescenta que a exposição e o fórum do Hajj-2025, programado para Maio e Junho, visa garantir uma organização eficiente e a segurança dos milhões dos peregrinos que terão a oportunidade de visitar lugares santos.

Um acordo para oficialização da participação, este ano, de fiéis muçulmanos guineenses na peregrinação à Cidade Santa de Meca, foi assinado na manhã de domingo, em Jeddah, pelo Alto Comissário para a Peregrinação, Califa Soares Cassamá e o vice-ministro saudita  de Meca e Umrah, Abdulfattah bin Sulaiman .

O acordo  detalha as condições para a participação dos peregrinos guineenses, incluindo números de vagas, as datas da peregrinação, e os serviços que serão oferecidos tais  como assistência médica e acomodação.

A Guiné-Bissau, refere a nota, dispõe, este ano, de 751 lugares para a peregrinação, que deve decorrer entre os dias 26 de Maio e 11 de Junho.

“As autoridades guineenses estão a trabalhar intensamente para garantir que a peregrinação seja um sucesso, e também na seleção dos peregrinos, na campanha de vacinação e logísticas dos voos. ”, refere a Nota.

A peregrinação à Meca “Hajj”, é um dos cinco pilares do Islã e representa um momento de grande espiritualidade para os muçulmanos.ANG/LLA/ÂC//SG     

Regiões/Esquadra da Polícia do Setor de Bissorã sem meios de transporte

Bissorã, 14 Jan 25 (ANG) -  A Esquadra  da Policia da Ordem Pública do sector de Bissorã, região de Oio, norte do país, não tem carros para deslocações de seus agentes, pelo tem recorrido à   motos de particulares para fazer os seus  serviços.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Oio, a revelação  foi feita  por um  cidadão de nome Mussa Djaló.

De acordo com Mussa Djaló além de falta de meios de transportes o edifício da esquadra local  apresenta uma degradação parcial, provocado pelas chuvas acompanhadas de vento forte, em Setembro passado.

Esta situação, conforme  Djaló, pode por em causa o normal funcionamento da instituição na próxima época chuvosa, por isso exorta ao Governo, através do Ministério do Interior para minimizar a situação da referida Esquadra.

“Sem carro para circular, os meios usados são doados por empréstimo e há situações que já duram  cerca de dois anos", disse Mussa que questiona: "se houver um caso em que um cidadão estiver em perigo como é que os agentes de policia podem socorrê-lo?.

Segundo este cidadão  que diz ser lamentável as condições em que os agentes da POP trabalham em Bissorã, a viatura da polícia ficou  avariada  na sequência de um acidente de viação. “Este acidente  deixou a Esquadra quase sem condições para combater o roubo de gados que persiste  no sector de Bissorã”, disse.

Perante esses factos, a ANG tentou sem sucesso ouvir o Comandante da Esquadra da Polícia de Sector de Bissorã sobre essas  preocupações apresentadas por Mussa Djaló.ANG/AD/LPG/ÂC//SG

Regiões/Governador de Quinara entrega mãe de água à comunidade de Bairro Alto em Buba

Buba, 14 Jan 25 (ANG) - O governador da região de Quinara, sul do país, procedeu, segunda-feira, a entrega de uma mãe de água com a capacidade de quatro mil litros para os populares da comunidade do Bairro Alto pertencente ao setor de Buba.

Na ocasião, segundo o despacho do correspondente da ANG na região de  Quinara, António Mustafa Jaló disse que a concretização da entrega de uma mãe de água para essa comunidade foi possível graças a Agência Abdullah Aid do governo de Inglaterra.

O governador apelou  entendimento no seio dos moradores do Bairro Alto, tendo agradecido a Agência inglesa pelo apoio  prestado, uma vez que contribuirá para minimizar os problemas de carência de água que a população local enfrenta.

O representante da comunidade de Bairro Alto manifestou a sua satisfação com o gesto  e pediu que a mesma solução seja encontrada para outras zonas do mesmo bairro.

Dada a carência da água potável na cidade de Buba, a  Agência Abdullah Aid ofereceu anteriormente a comunidade de Bairro de Nema uma mãe de água , com a mesma capacidade de quatro mil litros de água para o consumo diário.ANG/RK/AALS/ÂC//SG

Posse de terra/ Advogado alerta para iminente confronto comunitário no setor de Safim

Bissau, 14 jan 25 (ANG) – O advogado representante dos populares da aldeia de Monte Cristo, nos arredores de Djaal, setor de Safim, região de Biombo, alertou para a possibilidade de um confronto comunitário entre os moradores de Monte Cristo e a secção do Reino de Safim, devido a um desentendimento sobre a posse de aproximadamente 20 hectares de terra.

A advertência foi feita  em conferência de imprensa, realizada, segunda-feira por Vítor Embana, que  relacionou a tensão com as contradições jurídicas entre os tribunais responsáveis pelas duas secções, o que, segundo ele, mina a credibilidade do sistema da justiça.

Nesta conferência de imprensa um dos moradores de Monte Cristo, Quintino M’betna, pediu ao poder judicial para resolver o impasse, devido os riscos de haver situações mais graves,  se o caso não tiver uma solução judicial.

Os populares da secção Reino de Safim estão a ser acusados de desrespeitar uma decisão judicial que proíbe o uso da área em disputa. Em resposta às acusações, o coletivo de advogados que representa os populares do Reino prometeu emitir uma declaração posteriormente.

Problemas relacionados à posse de terras continuam a ser uma constante na Guiné-Bissau, resultando, frequentemente, em confrontos violentos com vítimas mortais. Em Safim, episódios anteriores já colocaram as autoridades nacionais à prova.

Um caso recente no setor de Empada, região de Quinará, sul do país, levou à morte de duas pessoas e deixou vários feridos, com a população local a responsabilizar a  justiça guineense .pelo agravamento das tensões. ANG/Sol Mansi

    Brasil/Lula assina lei que proíbe uso de telemóvel nas escolas brasileiras

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O presidente brasileiro, Lula da Silva, assinou esta terça-feira uma lei que proíbe o uso de telemóveis e outros aparelhos eletrónicos nas escolas públicas e particulares, tanto durante as aulas como nos intervalos.

Numa cerimónia no Palácio do Planalto, transmitida nos canais oficias da Presidência, Lula da Silva enalteceu a coragem dos deputados e senadores que aprovaram este projeto de lei.

“Essa sanção significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, que querem cuidar das crianças e dos adolescentes”, defendeu.

A proposta restringe o uso não pedagógico do telemóvel e de outros aparelhos eletrónicos portáteis por estudantes em todos os ciclos escolares pré-universitários.

O texto prevê exceções, permitindo o uso em atividades pedagógicas autorizadas pela escola em situações de “estado de perigo, de necessidade ou caso de força maior” e para garantir acessibilidade, inclusão e questões saúde dos estudantes.

O regulamento entrará em vigor no presente ano letivo.

"Nós vamos possibilitar que as crianças possam voltar a brincar, interagir entre si”, frisou o chefe de Estado brasileiro.ANG/Inforpress

 

Guerra da Ucrania/Ministro da Defesa alemão vai a Kyiv para assinalar continuidade do apoio

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O ministro da Defesa alemão chegou hoje de manhã a Kyiv para discutir a continuação do apoio militar à Ucrânia, dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, anunciou o ministério.

"É importante para mim mostrar com esta viagem que continuamos a apoiar ativamente a Ucrânia", disse Boris Pistorius à chegada, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

"Este é um sinal de que a Alemanha, como maior país da NATO na Europa, está ao lado da Ucrânia", acrescentou.

Pistorius terá conversações bilaterais "sobre a continuação da cooperação e do apoio" à Ucrânia, e "sobre a indústria de defesa ucraniana", disse um porta-voz do ministério alemão à agência francesa AFP.

Os contactos entre as autoridades ucranianas e europeias estão a intensificar-se antes da tomada de posse do bilionário republicano como Presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.

Kyiv teme perder o apoio dos Estados Unidos com o regresso de Trump (que foi presidente entre 2017 e 2021) e ser forçada a fazer concessões à Rússia.

A Alemanha é o segundo maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos.

Mas a escala e a natureza do apoio alemão têm sido objeto de hesitações do Governo de Olaf Scholz nos últimos três anos e, mais uma vez, no período que antecedeu as eleições parlamentares de 23 de fevereiro.

O ministro alemão já se tinha encontrado com o homólogo ucraniano na semana passada, durante uma reunião dos apoiantes internacionais da Ucrânia na Alemanha, na base aérea militar de Ramstein.

Pistorius participou na segunda-feira numa reunião na Polónia sobre o fornecimento de armas a Kyiv com os homólogos polaco, francês, italiano e britânico.

Os cinco países declararam que pretendem incentivar a capacidade de produção de armamento em solo ucraniano e promover uma colaboração mais estreita entre os fabricantes de armas ucranianos e europeus.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também se encontrou com o homólogo francês, Emmanuel Macron, na segunda-feira à noite, para discutir o possível "envio de contingentes militares estrangeiros" para o país, uma ideia lançada nos últimos meses pelos aliados de Kyiv.

A Ucrânia tem contado com o apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais para fazer frente à Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.

Os aliados ocidentais também têm decretado sanções contra interesses russos, incluindo na área da energia, para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A Rússia opõe-se à adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO, a Organização do Tratado do Atlântico Norte. ANG/Lusa

Conflito Médio Oriente/Ministro da Segurança rejeita eventual acordo de tréguas com Hamas

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O ministro israelita da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, apelou hoje aos aliados de extrema-direita para que ajudem a travar o eventual cessar-fogo em Gaza e o acordo de libertação de reféns que está a ser negociado no Qatar.

"Durante o ano passado, usando o nosso poder político, conseguimos impedir que este acordo fosse aprovado", disse o líder do partido ultranacionalista Poder numa mensagem que difundiu nas redes sociais.

Ben Gvir qualificou a proposta de trégua, que prevê a libertação gradual de reféns israelitas em troca de prisioneiros palestinianos em Israel, de "horrível" e uma "rendição" face ao Hamas.

Itamar Ben Gvir pediu ao ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, para que "informe o primeiro-ministro, de forma clara e firme, que se o acordo for aprovado" não resta outra saída a não ser a demissão. 

Smotrich rejeitou na segunda-feira a proposta de tréguas que está a ser negociada no Qatar, mas não se comprometeu a abandonar o governo de coligação, tal como Ben Gvir lhe pede.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reuniu-se com os dois ministros no sábado para tomar conhecimento formal da oposição a um acordo sobre os reféns.

Segundo o jornal israelita Walla, a equipa do presidente acredita que Ben Gvir abandonaria o governo se Israel aceitar um acordo com o Hamas, razão pela qual Netanyahu tenta convencer Smotrich a limitar-se a votar contra a proposta, sem abandonar a coligação, a fim de evitar eleições antecipadas.

Hoje, Ben Gvir reconheceu que a saída do partido Poder Judaico da coligação, por si só, não impediria a aplicação do acordo.

O ministro apelou ainda a Netanyahu para que impeça completamente a entrada de ajuda humanitária e de combustível, eletricidade e água em Gaza.

O enclave palestiniano enfrenta uma crise humanitária sem precedentes após mais de 15 meses de guerra.

Uma última ronda de negociações entre Israel e o Hamas sobre tréguas em Gaza deve realizar-se hoje no Qatar, disse à Agência France Presse (AFP) fonte próxima das negociações.

As conversações, a decorrer no Qatar, têm como objetivo pôr fim a 15 meses de guerra no enclave palestiniano. 

"Uma última ronda de negociações deve ter lugar hoje em Doha", entre os chefes dos serviços secretos israelitas, os mediadores norte-americanos e o primeiro-ministro do Qatar, por um lado, e os mediadores e o movimento palestiniano Hamas, por outro.

A fonte que falou à France Prece, e que não quis ser identificada, acrescentou que o encontro pretende "finalizar os últimos pormenores do acordo".ANG/Lusa



    Migração/Entradas irregulares na UE recuam 38% para 239 mil em 2024

Bissau,14 Jan 25(ANG) - O número de travessias irregulares das fronteiras externas da União Europeia (UE) recuou 38% em 2024 face ao ano anterior para 239 mil, o nível mais baixo desde 2021, segundo dados hoje divulgados pela Frontex.

De acordo com a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex), no ano passado foram detetadas mais de 239 mil entradas irregulares na UE, regressando a valores ao nível da pandemia da covid-19.

As chegadas à UE através da rota do Mediterrâneo Central foi apresentou a segunda maior redução anual apresentou, de 59% para as 66.766 travessias, na sua maioria migrantes oriundos do Bangladeche, Síria e Tunísia e que tentam chegar por barco a Itália.

Também a rota, por terra, dos Balcãs Ocidentais sofreu um corte nas tentativas de entrar na UE, com um corte de 78%, para as 21.520 travessias, principalmente sírios, turcos e afegãos.

Através do Mediterrâneo Oriental (para a Grécia) foram intercetadas mais 14% de passagens irregulares da fronteira, para as 69.436, em 2024, de sírio, afegãos e egípcios, na sua maioria.

Através da rota de África Ocidental, para as ilhas espanholas das Canárias, entraram irregularmente 46.877 pessoas, maioritariamente do Mali, Senegal e Marrocos, um crescimento homólogo de 18%.

A rota do Mediterrâneo Ocidental (para Espanha), por outro lado, viu as travessias aumentar 1%, para as 17.026, da Argélia, Marrocos e Mali.

Através da fronteira terrestre oriental, as travessias irregulares aumentaram 192%, para as 17.001, principalmente da Ucrânia, Etiópia e Somália.ANG/Lusa

 


São Tomé e Príncipe
/ Presidente nomeia novo governo liderado por Américo Ramos

Bissau,14 Jan 25(ANG) -  O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, nomeou, segunda-feira, novo governo composto por dez ministros, quatro dos quais do executivo anterior.

O novo governo vai ser liderado por Américo Ramos, antigo ministro das Finanças, cuja nomeação contraria a indicação do partido ADI, vencedor das últimas eleições legislativas.

Entre os dez ministros nomeados, seis são homens e quatro mulheres, marcando um equilíbrio de género da composição do novo governo. Entre os ministro que se mantém do executivo anterior destacam-se Ilza Amado Vaz, agora ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, e Isabel de Abreu, que mantém a pasta da Educação, Cultura, Ciência e Ensino Superior. Entre as novas caras, figuram Vera Cravid, que assume a pasta da Justiça, Assuntos Parlamentares e Direitos da Mulher, e Celso Matos, novo responsável pela Saúde.

A cerimónia de tomada de posse decorre esta terça-feira, 14 de Janeiro, terminando com uma semana de instabilidade política, que começou com a demissão do governo liderado por Patrice Trovoada.

A nomeação de Américo Ramos como primeiro-ministro gerou controvérsias. O partido ADI, liderado por Patrice Trovoada, classificou a decisão como um "golpe de Estado palaciano". O novo primeiro-ministro são-tomense, antigo ministro das Finanças, esteve seis meses em prisão preventiva sob acusações de corrupção que acabaram por ser arquivadas. Recentemente, foi indemnizado em cerca de 400.000 euros em virtude de decisões judiciais relacionadas ao caso.

Embora a ADI continue a questionar a legitimidade do novo governo, os partidos da oposição, como o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP) e o Movimento Basta, reconheceram a nomeação de Américo Ramos, apesar de, inicialmente, defenderem que o ADI deveria formar o executivo.

O Presidente Carlos Vila Nova quer reorganizar a liderança política do país, que enfrenta grandes desafios económicos e sociais. A comunidade internacional diz estar a acompanhar a transição política.ANG/RFI

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Ensino/Governo e União Africana lançam Projeto Piloto para Integração da Carta Africana sobre Democracia e Governação(CADEG) nos currículos escolares

Bissau,13 Jan 25(ANG) – O Governo, através do Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica e a União Africana, lançaram hoje a Fase Piloto do Projeto para Integração da Carta Africana sobre a Democracia, as Eleições e a Governação(CADEG), nos currículos escolares do país.

No ato de abertura do evento, o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica Herri Mané disse que a implementação desse projeto da União Africana tem como objetivo a  promoção da  adesão de cada Estado parte aos valores e princípios universais da democracia, e o respeito dos direitos humanos e à Constituição da República nos Estados que fazem parte da União Africana.

A realização regular das eleições transparentes, livres e justas, a promoção e proteção da independência do poder judicial, restauração, reforço e consolidação da base de governação, a promoção  e desenvolvimento durável dos Estados partes e a segurança humana e promoção da luta contra a corrupção, de acordo com a Convenção da União Africana, são outros objetivos do referido projeto.

Heri Mané salientou que é com estes objetivos que o projeto CADEG que emana das recomendações da Reunião do  Comité Técnico Especializada em Educação Ciência e Tecnologia, realizada em 30 de Outubro de 2015, em Adis-Abeba(Etiópia), incentivou a Comissão da União Africana a promover a inclusão da CADEG nos currículos escolares bem como na formação dos professores.

O governante frisou ainda que, para assegurar a implementação dessa iniciativa, o Departamento para os Assuntos de Defesa da União Africana, em conformidade com o seu mandato, adoptou uma  estratégia baseada num roteiro continental que visa certificar-se da sua exclusividade
assim como na elaboração de materiais didáticos, guias do professor e manuais de aluno imprescindíveis à sua implementação.

O representante Especial do Presidente da Comissão da União Africana na Guiné-Bissau, Ovídio Pequeno exprimiu a sua gratidão ao Governo guineense por ter aceite desempenhar esse papel na fase piloto do projeto que diz ser crucial para o futuro do continente africano.

“Hoje marcamos uma etapa importante na educação e democracia no continente africano, Para o efeito, é uma resposta à um declínio notável dos valores democráticos no contexto atual que os Estados membros julgaram essencial promover a integração da Carta Africana da Democracia, Eleições e a Boa Governação nos programas escolares”, disse Pequeno.

Afirmou que o projeto visa reforçar os princípios democráticos do continente africano tendo em conta que os jovens representam atualmente mais de 60 por cento da população africana e são mais atingidos pelas questões de democracia â escala continental.

O seminário que decorre entre os dias 13 e 16 do corrente mês, agrupa mais de 50 técnicos do Ministério da Educação que irão abordar os temas sobre a Visão Geral do Projeto CADEG e próximas etapas de sua implementação. ANG/ÂC//SG

Religião/Guiné-Bissau oficializa participação na peregrinação/2025 à cidade Santa de Meca

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) – A Guiné-Bissau  oficializou, no domingo, a participação, este ano, de fiéis muçulmanos na peregrinação à Cidade Santa de Meca.

Segundo uma nota enviada à ANG, um acordo para o efeito foi assinado na manhã de domingo, em Jeddah, pelo Alto Comissário para Assuntos de Meça, Califa Soares Cassamá e o vice-ministro saudita  de Meca e Umrah,Abdulfattah bin Sulaiman .

O acordo  detalha as condições para a participação dos peregrinos guineenses, incluindo números de vagas, as datas da peregrinação, e os serviços que serão oferecidos tais  como assistência médica e acomodação.

A Guiné-Bissau, refere a nota, dispõe, este ano, de 751 lugares para a peregrinação, que deve decorrer entre os dias 26 de Maio e 11 de Junho.

“As autoridades guineenses estão a trabalhar intensamente para garantir que a peregrinação seja um sucesso, e também na seleção dos peregrinos, na campanha de vacinação e logísticas dos voos. ”, refere a Nota.

A peregrinação à Meca “Hajj”, é um dos cinco pilares do Islã e representa um momento de grande espiritualidade para os muçulmanos.ANG/LLA//SG 

Política/ “As eleições presidenciais decorrerão entre Outubro e Novembro de 2025”, diz PR

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) -  As eleições presidenciais  decorrerão entre Outubro e Novembro, de acordo com as leis do país, anunciou, sexta-feira, o presidente Umaro Sissoco Embaló, à saída da reunião do Conselho de ministros.

“O meu mandato de cinco anos termina no dia 4 de Setembro e, de acordo com as leis do país, a votação deverá realizar-se entre Outubro e Novembro”, afirmou o presidente guineense.

Além disso, o Presidente da República convidou “aqueles que não concordam com esta data a recorrerem para o Supremo Tribunal de Justiça e disse que a medida  visa garantir a transparência e o respeito pelas regras eleitorais do país.

Segundo a Agência Marroquina de Notícias(MAP(,Umaro Sissoco Embalo que se dirigia à imprensa, também confirmou que as eleições legislativas terão lugar este ano, sem contudo indicar uma data precisa. ANG/FAAPA

São Tomé e Príncipe/ADI diz que o país vive situação "anormal" e que nomeação de Américo Ramos é uma "surpresa"

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) - O imbróglio político em São Tomé e Príncipe é uma "situação anormal" segundo o partido maioritário ADI, motivado por "razões pessoais" do Presidente Carlos Vila Nova, segundo explicou à RFI o secretário-geral do ADI, Elísio Teixeira.

Numa semana, São Tomé e Príncipe teve três primeiros-ministros diferentes. Na segunda-feira passada, Patrice Trovoada foi destituído pelo Presidente Carlos Vila Nova com acusações de deslealdade institucional, com a nomeação, entretanto, sob indicação do partido maioritário ADI, de Ilza Amado Vaz. Com a divulgação da lista de ministro da então primeira-ministra a acontecer antes do aval final do Presidente, Ilza Amado Vaz apresentou a sua demissão que levou depois à sua exoneração, com o Presidente a escolher no final do dia de ontem Américo Ramos como novo primeiro-ministro.

Do lado do ADI, mesmo se se trata de um antigo secretário-geral do partido, esta decisão não se compreende, já que o partido tinha sugerido o nome do advogado Adelino Pereira. Em entrevista à RFI, Elísio Teixeira, actual secretário-geral do ADI, admite que o partido foi surpreendido pela decisão do Presidente e que não ajudará a formar o próximo Governo.

RFI: Como descreve a situação política em São Tomé e Príncipe?

Elísio Teixeira: Claro que, do nosso ponto de vista, é uma situação anormal, porque o ADI ganha as eleições em 2022 com maioria absoluta e apresentou o candidato a primeiro ministro. Logo, tem toda a legitimidade para cumprir o mandato até 2026. Obviamente que havendo a demissão do primeiro ministro Patrice Trovoada e o ADI enquanto partido vencedor, apresenta um outro nome para dar continuidade ao programa sufragado em 2022, mas tendo em conta a natureza do conflito - que em certa medida não se consegue perceber porque parece que deixou de ser institucional e em parte passou a ser um conflito quase de natureza pessoal - então há nomes que foram rejeitados e pelo que o Presidente da República indicou, o primeiro ministro, pese embora seja oriundo do ADI, não foi indicado pela direcção atual do partido.

Portanto, podemos confirmar que o nome de Américo Ramos não foi indicado pelo ADI. Confirma isso?

Nós tínhamos indicado ontem o nome do advogado Adelino Pereira, que foi o nome da direcção do partido indicou ontem ao Presidente da República. Mas, entretanto, o Presidente da República nomeou o Dr. Américo Ramos, que é uma figura oriunda do ADI e para as funções de primeiro ministro.

Vocês tiveram alguma razão para essa renúncia em relação a Adelino Pereira.

Nós não tivemos retorno do Presidente e, embora tenhamos enviado o nome de Adelino Pereira, fomos depois digamos que surpreendidos com a nomeação do Dr. Américo Ramos.

E no vosso entender porque é que a escolha do Presidente recaiu sobre Américo Ramos? 

Obviamente que entendemos que ele quer dizer que deve ser o ADI a continuar o programa sufragado em 2022 até 2026. Logo, digamos que escolheu uma figura oriunda do ADI, que foi recentemente secretário geral do partido. Até há bem pouco tempo, Américo Ramos foi deputado eleito pelo partido ADI. O Presidente da República indigitou-o como primeiro ministro talvez por ele ser oriundo do partido, pese embora não tenha sido indicado pela direcção do partido.

No vosso ponto de vista, trata se de um governo de iniciativa presidencial?

Tecnicamente sim, porque se a direcção do partido indica o nome e o nome do partido não é tido e se indica um outro nome... Neste momento entendemos que há aqui um Governo que foi formado de iniciativa presidencial.

Do vosso lado vocês pensam agora participar no processo de construção do Governo? Ou seja, reunirem se com Américo Ramos e tentar atribuir pastas a membros do ADI?

Não, não nos cabe a nós indicar nomes neste momento, tendo em conta que não foi o nome escolhido pela direção que é primeiro-ministro. Portanto, caberá ao primeiro ministro indigitado pelo Presidente formar o seu elenco e depois tratar de tudo o resto. Poderá ser que chame pessoas do ADI, mas neste momento a direção do partido não assume responsabilidades em relação à nomeação de quaisquer nomes para o Governo.

Então como é que vocês vão continuar a proceder, sendo que vocês são o partido mais votado e foram o partido que ganhou as eleições em 2022?

O ADI tem maturidade política suficiente para não querer que o país entre numa situação de instabilidade permanente que não nos interessa. Então nós, nos próximos tempos, nos próximos dias, analisaremos a situação Vamos ouvir ponderadamente e veremos o que será melhor para São Tomé e Príncipe acima de tudo.

Diz que ADI então vai esperar para ver. Em relação também à questão da importância da estabilidade política em São Tomé e Príncipe, vocês não pensam censurar um Governo com o qual não concordem?

Bem, neste momento não posso afirmar com certeza, até porque os órgãos do partido não reuniram ainda para analisar no seu todo este rol de acontecimentos. Digamos que só o futuro dirá. Mas nós vamos fazer de tudo para evitar ao máximo qualquer situação de instabilidade no país.

Vocês fizeram um recurso em relação à destituição de Patrice Trovoada perante as autoridades são tomenses. Como é que está esse recurso? No vosso entender, essa destituição foi legítima por parte do presidente?

Nós entendemos que não, porque, pese embora o Presidente tenha competências constitucionais para demitir o Governo, nós entendemos que não foram preenchidos os requisitos legais previstos na própria Constituição. Daí que nós pedimos ao Tribunal para sufragar esta decisão para que tenhamos a certeza de que ou estamos enganados, ou que, na verdade, houve aqui uma violação às normas e aos princípios constitucionais.

Tem uma ideia de quando é que haverá uma decisão?

Não, não porque os tribunais têm prazos legais impostos e, se não estou em erro, a decisão para este tipo de recurso deve ser analisado no prazo máximo de 30 dias. Logo, não sabemos em quanto tempo eles terão uma resposta para que se saiba qual é o posicionamento do Tribunal Constitucional. Mas nós estamos a aguardar porque o tempo da Justiça é diferente do tempo da política. É daí que aguardamos a todo o tempo o resultado do Constitucional.

Claro, quando se fala da instabilidade política em São Tomé e Príncipe, fala-se também da questão da credibilidade internacional. São Tomé e Príncipe é um país que depende do financiamento de várias instituições internacionais. Considera que esta questão política pode acabar por afectar também financeiramente São Tomé e Príncipe e a própria credibilidade internacional do país?

Nós acreditamos que sim, porque o último Governo desdobrou-se em vários esforços para para elevar a imagem do país a nível internacional, para dar credibilidade junto às instituições bancárias e financeiras internacionais e também junto empresários internacionais. Então estamos em crer que muitas dessas situações, que assentam na base da confiança e da estabilidade política, com a queda do governo que já tinha começado um processo, possa haver situações que sejam interrompidas ou que depois levem a uma renegociação da perspectiva actual dos investidores em São Tomé e Príncipe.

Tendo em conta todas estas possíveis consequências na sua. Na sua perspetiva, qual é que era o objetivo de Carlos Villanova no meio disto tudo?

Não sei precisar. Não consigo perceber. Só ele saberá das suas motivações. E eu acredito que deve ter ponderado, mas na nossa perspectiva, do partido ADI, obviamente que houve aqui um desvio às regras do Estado de Direito democrático. ANG/RFI

Moçambique/Posse dos novos deputados  marcada por boicote da Renamo e MDM

Bissau, 13 Jan 25 (ANG) - Os deputados da Renamo e do Movimento Democrático de Moçambique boicotaram a cerimónia de investidura dos membros do Parlamento para a X legislatura. 


Apenas a Frelimo, declarado vitorioso pela CNE e o Conselho constitucional, assim como o Podemos tomaram posse, apesar do seu candidato presidencial, Venâncio Mondlane, rejeitar os resultados eleitorais e ter apelado novamente a três dias de manifestações a partir de hoje. 

Apenas 210 dos 250 deputados tomaram posse na Assembleia da República em representação do partido Frelimo que suporta o governo e do estreante Podemos. 

Conforme já tinham anunciado, a Renamo e o MDM, na oposição, não participaram na cerimónia de tomada de posse dos parlamentares eleitos a 9 de Outubro.

“Os dados apurados indicam que estão presentes nesta sala 210 deputados eleitos, sendo 171 da bancada parlamentar da Frelimo e 39 do partido Podemos, zero da Renamo e zero do MDM”, confirmou o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, que dirigiu esta manhã a investidura da nova Assembleia da República.

Ao pedir "responsabilidade", o chefe de Estado preconizou que se “adoptem reformas legislativas que reforcem a credibilidade das instituições do Estado democrático e não permitam a manipulação política que muitas vezes degenera em violência e no descrédito dos nossos processos eleitorais”.

Filipe Nyusi considerou ainda que “a Assembleia da República como órgão e os senhores deputados como mandatários do povo moçambicano devem assumir o papel crucial para desencorajar a desordem que provoca mortes e destruição no tecido económico e social”.

No âmbito da cerimónia de investidura dos novos parlamentares, também foi eleita a nova Presidente da Assembleia da República. Margarida Talapa, antiga ministra do trabalho e segurança social, prometeu trabalhar para acabar com a crise pós-eleitoral.

“Vamos ter de optar por um sistema de inclusão participativa, onde todos os deputados, independentemente das suas cores políticas, estejam unidos em torno daquilo que são as aspirações dos moçambicanos”, disse Margarida Talapa em declarações à imprensa, momentos antes da oficialização da sua eleição como Presidente do parlamento.

Pela primeira vez, Moçambique deveria contar com quatro partidos representados no parlamento, Frelimo, Podemos, Renamo e MDM. Essa diversificação de partidos na Assembleia da República dá-se contudo em pleno contexto de violência pós-eleitoral, com um balanço que se eleva segundo a sociedade civil a quase 300 mortos e mais de 600 feridos a tiro.ANG/RFI

EUA/Pelo menos 24 mortos nos incêndios de Los Angeles sem acalmia à vista

Bissau, 13 jan 25 (ANG) - A Califórnia, prepara-se para o regresso a partir de amanhã dos ventos fortes e um possível recrudescimento dos incêndios que desde a semana passada lavram certas zonas de Los Angeles, segunda cidade mais povoada dos Estados Unidos, onde já se contabilizam 24 mortos, segundo um novo balanço estabelecido neste domingo à noite. 

A medicina legal de Los Angeles aumentou ontem à noite para 24 o balanço oficial das vítimas mortais dos incêndios que reduziram a cinzas vários bairros da cidade, esta sendo considerada desde já a catástrofe natural mais devastadora da história dos Estados Unidos.

De acordo com as autoridades, cerca de 12.300 estruturas foram destruídas ou danificadas, cerca de 100 mil pessoas foram evacuadas das suas casas e estima-se que os danos materiais e prejuízos financeiros se elevem a pelo menos 135 mil milhões de Dólares.

Nesta segunda-feira, os bombeiros continuam a lutar contra o fogo nomeadamente em Altadena, no nordeste da cidade, onde já arderam quase 6 mil hectares, mas também e sobretudo em Pacific Palisades, no oeste, com 23 mil hectares já ardidos e onde as chamas alastraram substancialmente no fim-de-semana, ameaçando agora estender-se para a vizinha área densamente povoada de San Fernando.

A tarefa dos bombeiros corre o risco de tornar-se ainda mais difícil, os serviços meteorológicos prevendo um novo aumento da força dos ventos para 110 km/hora a partir desta terça-feira. Além de prever a possível evacuação de milhões de pessoas, os socorros alertaram que os ventos vão impedir qualquer retorno dos habitantes às suas casas antes de quinta-feira, por motivos de segurança.

Perante a dimensão da catástrofe cujas circunstâncias estão a investigadas pelo FBI, o governador democrata da Califórnia preconizou um "plano Marshall" para a reconstrução das zonas destruídas. As autoridades locais não deixam, contudo, de ser alvo de críticas. 

A autarca democrata de Los Angeles, Karen Bass, garantiu no sábado que os seus serviços estão a actuar "em sintonia". Na véspera, a chefe dos bombeiros da cidade apontou o orçamento insuficiente reservado à sua acção pelo município.

Ontem, na sua rede social, o republicano Donald Trump tornou a denunciar "os políticos incompetentes que não têm ideia de como apagar" os incêndios.

Os ventos de Santa Ana que alimentam estes incêndios são um fenómeno recorrente dos outonos e invernos californianos. Mas desta vez, segundo os especialistas,  eles atingiram uma intensidade inédita desde 2011, com uma força que atingiu os 160 km/hora esta semana.ANG/RFI