terça-feira, 21 de janeiro de 2025

        Nigéria/Sobe para 98 o número de mortos em acidente com camião

Bissau,21 Jan 25(ANG) - O número de mortos na explosão de um camião-tanque de combustível, no sábado no estado do Níger, centro da Nigéria, subiu de 86 para 98, após mais vítimas sucumbirem aos ferimentos, informaram esta segunda-feira as autoridades.

"Foram registadas mais mortes na sequência do incêndio. A última contagem é de 98 mortos, 69 feridos e 20 estabelecimentos queimados", confirmou o diretor-geral da Agência de Gestão de Emergências do Estado do Níger (NSEMA), Abdullahi Baba-Arah, num comunicado divulgado hoje pelos meios de comunicação locais.

 No domingo, Baba-Arah disse que 80 dos mortos "foram enterrados numa vala comum no Centro de Cuidados de Saúde Primários de Dikko, enquanto cinco foram recolhidos pelos seus familiares para serem enterrados na cidade", tendo um morrido após de ter sido levado para o hospital.

A explosão ocorreu por volta das 09:00 horas locais (08:00 em Lisboa) na cidade de Gurara, num cruzamento da estrada que liga a capital do país, Abuja, à cidade de Kaduna, no norte.

Um camião que transportava gasolina capotou e, ao tentar transferir a carga para outro veículo, o combustível entrou em contacto com um gerador, provocando uma explosão.

A maioria dos mortos eram residentes da comunidade e transeuntes que se aproximaram após o capotamento do camião para tentar recolher o combustível derramado, como acontece frequentemente nestas ocasiões, e foram apanhados pelas chamas.

Num comunicado divulgado no sábado na rede social X, a Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria (NEMA) disse que a maioria dos mortos ficou irreconhecível devido às queimaduras e que os feridos foram transferidos para hospitais próximos para receberem cuidados médicos urgentes.

O governador do estado do Níger, Mohammed Umar Bago, que se deslocou ao local no sábado, emitiu uma diretiva para que os veículos não utilizassem uma ponte no cruzamento onde ocorreu o incidente, mas sim uma passagem subterrânea.

O incidente ocorreu poucos meses depois de 170 pessoas terem morrido numa explosão semelhante, na noite de 15 de outubro, no norte do país, no estado de Jigawa.

Estes incidentes com camiões-cisterna ocorrem com relativa frequência na Nigéria, uma das potências petrolíferas de África.

Embora a prática da tentativa de recolha de combustível não seja nova, a situação agravou-se após o Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, ter retirado os subsídios à gasolina no ano passado, o que fez aumentar o preço e provocou fortes protestos.

O preço do litro de combustível aumentou mais de 400%, só nos últimos 18 meses.ANG/Lusa

OMS/China defende reforço do papel da organização na sequência da saída dos EUA

Bissau, 21 Jan 25(ANG) - A China destacou hoje o papel da Organização Mundial de Saúde (OMS) em assuntos de saúde pública global, depois de o novo Presidente norte-americano, Donald Trump, ter decidido retirar os Estados Unidos daquela agência da ONU.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, sublinhou que a OMS é "a instituição internacional mais autorizada e profissional no domínio da saúde pública global" e tem desempenhado um "papel central na coordenação global da governação da saúde".

"O papel da OMS deve ser reforçado e não enfraquecido", afirmou Guo, em resposta às acusações da Casa Branca sobre a alegada falta de contribuição significativa da China para a organização.

Guo também reafirmou o compromisso da China com a instituição, dizendo que o país continuará a "apoiar a OMS no cumprimento das suas funções", ao mesmo tempo que aprofunda a cooperação internacional no domínio da saúde pública.

"A China vai aprofundar a cooperação internacional, melhorar a governação global da saúde e promover a construção de uma comunidade global de saúde para todos", acrescentou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A resposta da China segue-se à ordem de Trump para retirar os EUA da OMS, uma decisão que suscitou críticas no país e no estrangeiro, sobretudo tendo em conta a crise sanitária mundial desencadeada pela pandemia da covid-19.

Ao assinar o documento na Sala Oval da Casa Branca, o republicano justificou a sua decisão criticando o facto de os Estados Unidos contribuírem com muito mais recursos do que a China para este organismo.

Trump lembrou que durante o seu primeiro mandato (2017-2021) já tinha tomado a decisão de sair da OMS: "Eles [China] estão a pagar 39 milhões de dólares (37,6 milhões de euros). Nós estávamos a pagar 500 milhões (482 milhões de euros). Pareceu-me um pouco injusto".ANG/Lusa

Médio Oriente/Cessar-fogo em Gaza pode falhar sob peso de contradições, dizem analistas

Bissau,21 Jan 25(ANG) - Com o Hamas a demonstrar capacidade militar e Israel a prometer destruir este movimento palestiniano, diversos analistas internacionais mostram-se divididos sobre as possibilidades de sucesso do acordo de cessar-fogo entre as duas partes.

Para Mostafa Salem, analista da CNN, com a libertação dos primeiros reféns israelitas o Hamas envia duas mensagens claras: por um lado, "está longe de ser destruído" e, por outro, assumindo-se como vitorioso, dá aos árabes a ideia de que Israel saiu derrotado nos 15 meses de conflito.

Apesar de admitir que o acordo abre também a porta a novas negociações que poderão conduzir a uma retirada total de Israel de Gaza e a um cessar-fogo permanente, Salem citou Osama Hamdan, alto responsável do Hamas, que disse, após a assinatura da trégua de 42 dias, que terá de se ter em conta as reações da extrema-direita israelita.

"O principal objetivo de Israel no conflito era eliminar o Hamas. Alguns ministros israelitas, deputados e mesmo uma pequena minoria de famílias de reféns veem a aceitação de um acordo como uma derrota israelita. O ministro de extrema-direita Itamar Ben Gvir e o seu partido demitiram-se do governo e do Knesset (parlamento), apelidando as tréguas de 'rendição'. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também de direita, classificou o acordo como 'catastrófico' e um grupo de reservistas do exército rotulou-o de 'acordo de rendição'", sublinhou Salem.

No entanto, ressalvou, o Hamas, que outrora controlava militar e politicamente a Faixa de Gaza, ficou após a campanha de 15 meses de Israel reduzido a uma fração do que era e, com o enfraquecimento significativo dos seus aliados regionais Hezbollah e Irão, o grupo ficou isolado.

"O movimento tem continuado a apresentar-se aos palestinianos como o mais formidável grupo de resistência armada contra Israel, repondo as suas fileiras através do recrutamento de quase tantos novos militantes como os que perdeu. Cada vez que Israel termina as suas operações militares e recua, os militantes do Hamas reagrupam-se e reaparecem porque não há mais nada para preencher o vazio", assumiu recentemente o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

"De facto, consideramos que o Hamas recrutou quase tantos novos militantes como os que perdeu. Esta é a receita para uma insurreição duradoura e uma guerra perpétua", lembra, por seu lado, Tahani Mustafa, analista sénior do International Crisis Group (ICG), argumentando que o sofrimento infligido aos palestinianos de Gaza pela guerra de Israel cria um "terreno fértil para o recrutamento".

"O Hamas não vê a sua sobrevivência como um objetivo nesta guerra, mas para Israel a própria sobrevivência do grupo pode ser considerada uma derrota", sublinhou. 

Por seu lado, o investigador Binoy Kampmark considera, num artigo no Eurasia Review, que o cessar-fogo em Gaza representa "uma colheita amarga" e até pode parecer "uma piada obscena".

"A junção dos termos 'cessar-fogo' e 'Gaza' parece não só incongruente como uma piada obscena. Isto deve-se, em grande parte, ao facto de que o cessar-fogo poderia ter sido alcançado muito mais cedo por todas as partes envolvidas. Mas faltou vontade em Washington para forçar a mão de Israel, cujo primeiro-ministro foi repetidamente da opinião de que o Hamas tinha de ser incondicionalmente derrotado, se não mesmo extirpado por completo, para que se pudesse chegar a um acordo", sustentou o investigador na Universidade australiana RMIT. 

Peter Beaumont, analista do The Guardian, sublinhou que, apesar de o cessar-fogo em Gaza ter entrado em vigor, tem dúvidas sobre se o acordo se manterá, pois qualquer uma das três fases requer novas negociações para avançar e "é altamente vulnerável num contexto de pouca confiança entre as partes".

"Os analistas e observadores salientaram que a conceção do acordo, construído em três fases que exigem a realização de novas negociações à medida que o cessar-fogo avança, parece estar estruturada para convidar a múltiplas crises à medida que se aproxima de um terreno cada vez mais difícil. A confiança de ambas as partes tem sido, na melhor das hipóteses, insignificante", sublinha Beaumont.

"O Hamas, sem surpresa, dadas as declarações públicas de altas individualidades israelitas, receia que Israel procure assegurar o regresso dos reféns mais vulneráveis, mulheres, crianças, doentes e idosos, para depois recomeçar a combater, talvez na altura da segunda fase, ideia reforçada no domingo, após o ministro das Finanças de extrema-direita de Israel, Bezalel Smotrich, ter afirmado que Netanyahu lhe tinha garantido que a guerra iria continuar. 

Marc Lynch, diretor do programa de Estudos do Médio Oriente da Universidade George Washington, entrevistado na Foreign Affairs, está entre aqueles que não acreditam que as perspetivas de ir além da primeira fase do acordo sejam boas.

"Vai ser muito difícil. Infelizmente, a minha opinião é que é muito improvável que passemos da primeira fase e avancemos para uma paz permanente. Há infinitas possibilidades de desmancha-prazeres de ambos os lados, e continuam a existir sérias divergências sobre os pormenores dos próximos passos do acordo", sublinhou Lynch. 

"Do lado palestiniano, há muitas oportunidades para a violência por parte da linha dura, de fações militantes que não gostam da forma como as coisas estão a correr e de pessoas que apenas se querem vingar de todas as coisas horríveis que lhes foram feitas. É importante sublinhar que o acordo é uma trégua frágil e não uma cessação do conflito. Exigirá um acompanhamento contínuo e a responsabilização das partes negociadoras", afirmou Sanam Vakil, da Chatham House.

Para Vakil, o que não é claro, no momento em que Trump assume o cargo pela segunda vez, é se essa responsabilidade existe ou se o cessar-fogo acabará por se desmoronar sob o peso das suas contradições.ANG/Lusa

 

EUA/Donald Trump assina ordem executiva para retirar Estados Unidos da OMS

Bissau,21 Jan 25(ANG) - O novo presidente norte-americano assinou uma ordem executiva para retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo que Donald Trump tinha criticado duramente pela forma como lidou com a pandemia".

A OMS defraudou-nos", acusou na segunda-feira o republicano, ao assinar o decreto, poucas horas depois de ter tomado posse, justificando a retirada com a diferença entre as contribuições financeiras dos Estados Unidos e da China para a organização.

No texto, Trump pede que as agências federais "suspendam a futura transferência de quaisquer fundos, apoios ou recursos do governo dos EUA para a OMS" e orienta-as para "identificar parceiros norte-americanos e internacionais de confiança" capazes de "assumir as atividades anteriormente realizadas pela OMS".

Os Estados Unidos são o principal doador e parceiro da OMS, uma organização da ONU sediada em Genebra, na Suíça.

De acordo com a OMS, os EUA contribuem para o financiamento da instituição através de uma contribuição indexada ao seu Produto Interno Bruto, mas também através de contribuições voluntárias.

A saída dos Estados Unidos poderá obrigar a OMS uma grande reestruturação e prejudicar os esforços globais de saúde pública, incluindo a vigilância e a resposta a surtos.

A OMS desempenha um papel de coordenação particularmente central durante as emergências de saúde globais.

Durante o primeiro mandato, Donald Trump já tinha tentado retirar o país da organização, que acusou de ser "controlada pela China".

No entanto, o sucessor, Joe Biden, cancelou a retirada antes de esta entrar em vigor, uma vez que era obrigatório um período de um ano entre o anúncio e a retirada efetiva.

"A decisão de abandonar [a OMS] enfraquece a influência dos Estados Unidos, aumenta o risco de uma pandemia mortal e torna-nos mais vulneráveis", disse Tom Frieden, antigo dirigente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, na administração de Barack Obama.

Ao retirarem-se da organização, os Estados Unidos perderão o acesso privilegiado a dados importantes de vigilância epidémica, alertaram vários especialistas, o que poderá prejudicar as capacidades de prevenção de ameaças à saúde provenientes do estrangeiro.

As agências de saúde e as empresas farmacêuticas dos EUA também contam com a OMS "para obter os dados necessários para desenvolver vacinas e terapias", disse Lawrence Gostin, professor de Direito da Saúde Pública na Universidade de Georgetown.

"Em vez de sermos os primeiros a receber vacinas, ficaremos no final do pelotão. A retirada da OMS inflige uma ferida profunda na segurança norte-americana e na nossa vantagem competitiva em inovação", disse Gostin.

A retirada ocorre numa altura em que a elevada circulação do vírus da gripe aviária nos Estados Unidos está a aumentar os receios de uma futura pandemia.

O país registou no início de janeiro a primeira morte humana ligada ao vírus H5N1. ANG/Lusa

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Saúde/Presidente da República anuncia arranque do Centro de tratamento de Hemodiálise  até final de Janeiro

Bissau, 17 Jan 25(ANG) – O Presidente da República anunciou esta sexta-feira, o arranque  dos trabalhos do primeiro Centro de tratamento de Hemodiálise no país  até o final do corrente mês  de janeiro, do ano em curso.

Umaro Sissoco Embaló fez esta garantia durante a visita que efetuou as instalações do Centro de tratamento de Hemodiálise situada no Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM) em Bissau.

Na ocasião, afirmou que os aparelhos que o Centro possui, são da última geração e foram doados pelo Reino de Marrocos, com a Internet instalados bem como de outros sistemas via satélite.

Embaló revelou que, além dos materiais o Reino de Marrocos também formou 11 técnicos nomeadamente  médicos e enfermeiros que irão trabalhar no Centro nesta primeira fase.

O chefe de Estado anunciou ainda que, o Hospital Militar Sino Guineense vai ter igualmente o Centro de Hemodiálise e a sua construção já está muito avançado.

Umaro Sissoco Embalo considerou de vergonhoso um país com mais de meio século de Independência sem ter um único Centro de Hemodiálise, salientando que, mas hoje tornou-se uma realidade.

“No começo, o Centro de Hemodiálise vai ter cinco cadeiras em princípio, mas há um outro financiamento do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) que está por vir para equipar o Centro com dez cadeiras e até o final do ano veremos que vamos conseguir alargar o Centro para as regiões”, prometeu.

Lamentou a forma como muitos filhos da Guiné-Bissau estão a viver longe dos familiares de forma a beneficiar do tratamento de  Hemodiálise  que não existe no país.

Questionado sobre o preço que será praticado para os pacientes, respondeu que o Estado guineense vai financiar em parte o tratamento, frisando que se a pessoa é funcionário público ou privado pagará conforme o seu salário.

Acrescentou que, se a pessoa não tiver condições, vai com certeza
ser atendida para não  deixá-la morrer por falta de poder económico.ANG/JD/ÂC

 

      Regiões/Administrador do setor de Canchungo entrega 4 vacas ao dono

Canchungo, 17 jan 25 (ANG) – O Administrador do setor de Canchungo, região de Cacheu, norte do país, procedeu hoje  à entrega de 4 vacas ao dono, Luís Sinho, que tinham sido roubadas pelos ladrões, no dia 15 de janeiro,  na tabanca de Bajope.

De acordo com o despacho do correspondente da ANG na região de Cacheu, as vacas roubadas  foram recuperadas às 03 horas da madrugada do mesmo dia pelos agentes da Polícia de Intervenção Rápida PIR em colaboração com os jovens das comunidades nas matas do sector de Pelundo. 

No acto da entrega, o Administrador do setor de Canchungo, Albino Camepilim Mendes, enalteceu a importância da intervenção dos agentes da polícia e dos jovens comunitários, na recuperação dos gados.

Por isso, voltou a pedir  a colaboração da população do setor de Canchungo, no sentido de denunciarem junto da autoridade os malfeitores.

Albino Camepilim Mendes  assegurou ainda que vai continuar a apoiar os PIR na medida das possibilidades da administração local, sobretudo na aquisição de pneus e combustível para que possam prosseguir com combate aos roubos de gados que persiste no sector de Canchungo.

Por sua vez, o dono das vacas, Luís Sinho, agradeceu aos PIR e os jovens das comunidades do setor de Canchungo, que recuperaram as vacas e prometeu integrar à Comissão de Vigilância e bens da populações. ANG/AG/LPG/ÂC

INE/Director Geral afirma que a instituição está empenhada no processo de realização do IV Recenseamento Geral da População

Bissau, 17 Jan 25 (ANG) – O Director Geral do Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou o ano 2024 de positivo, uma vez que a instituição que dirige está empenhada no processo de realização do IV Recenseamento Geral da População e Habitação.

Roberto Vieira que falava terça-feira em conferência de imprensa em jeito de balanço relativo ao ano 2024 findo e perspectivas do ano 2025, disse que entre várias atividades que a instituição realizou, o mais importante tem a ver com a realização de testes para o quarto Recenseamento Geral da População e Habitação.

“Podemos resumir o ano de 2024 como ano de testes para a realização do quarto Recenseamento Geral da População e Habitação previsto para Abril de 2025 e primeiro tivemos um financiamento suportado pelo Banco Mundial e que criaram Unidade de Gestão que é responsável para gerir todos os fundos segundo os critérios desta organização”, disse.

Aquele responsável afirmou que, foi feito recrutamento dos peritos internacionais, dentre os quais, especialistas de aplicativos da parte informática, da área de cartografia entre outras.

"Fizemos testes para cartografia piloto, testes de recenseamento para aprovar como aplicativos funcionam tendo em conta que o recenseamento é um ato que tem que ser feito segundo as normas internacionais aceites para permitir  fazer a comparabilidade de dados e critérios da Guiné-Bissau com outros países” afirmou.

Aquele responsável disse que formaram 300 pessoas em 15 dias na área de cartografia no mês de dezembro do ano passado.

Sublinhou que, o recrutamento foram feitos na base de um concurso público realizado de forma transparente, num número total de cerca de mil e quatrocentos pessoas que depositaram candidaturas.

 Por outro lado, disse que 2025 é um ano de desafio e fase final da realização do Recenseamento Geral da População e Habitação, uma vez que  conforme o programa vai se realizar no mês de abril do ano em curso.

Disse que, para a realização do recenseamento vão mobilizar  cerca de quatro à cinco mil agentes no terreno, porque as operações vão decorrer  em duas partes, nomeadamente exaustividade e simultaneidade, porque  vão atacar todo o território nacional em vinte e um dias para que possam terminar o trabalho.ANG/MI/ÂC   


Caso 1 de Fevereiro/Advogado acredita que o processo de julgamento terminou com apresentação de alegações pelo Tribunal Militar

Bissau,17 Jan 25(ANG) - Um dos advogados dos acusados no caso `1 de fevereiro de 2022´ disse quinta-feira que o processo de julgamento acabou com a conclusão da apresentação de alegações esta quinta-feira, por parte da defesa no Tribunal Militar Superior.

Após quase quatro horas de apresentação de alegações por parte da defesa de alguns acusados presentes na sala, Marcelino Intupé, em curta declaração aos jornalistas, afiançou que em termo de julgamento o processo já terminou aguardando agora o pronunciamento do tribunal em relação ao assunto.

Em relação à proposta da Promotoria de Justiça Militar que solicitou a prisão efectiva de alguns acusados e libertação de outros, Intupé, reserva a sua posição para depois do pronunciamento do tribunal.

Entre os detidos que ainda aguardam por julgamento figura o ex-chefe da Armada, o vice-almirante José Américo Bubo Na Tchuto, acusado pelas autoridades civis e militares de ser o “líder da tentativa de golpe”.

As mesmas autoridades anunciaram que no dia 01 de fevereiro de 2022, um grupo de pessoas, militares e civis, atacaram com armas do exército o palácio do Governo onde decorria um Conselho de Ministros, presidido pelo chefe do Estado, Umaro Sissoco Embaló. Nessa ação morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos do corpo de segurança presidencial.ANG/RSM


 
Regiões/
19 escolas públicas fechadas no Setor de Boé por falta de professores

Boé,17 Jan 25(ANG) – Dezanove das vinte nove escolas públicas no setor de Boé, região de Gabú, leste do país,  estão fechadas devido à escassez de professores, revelou o Director do Centro de Ensino do setor, EB de Beli, em entrevista à Rádio Leste FM.

Bacar Camara disse que  apenas 10 instituições do ensino estão em funcionamento, de forma parcial.

“Das 29 escolas do Boé, apenas 10 estão em funcionamento. Estamos lecionando com grande dificuldade. Alguns professores que antes trabalhavam em algumas escolas se aposentaram. Por exemplo, na nossa escola, EB de Beli, temos 9 turmas e apenas 4 professores. Somos obrigados a trabalhar sobrecarregados e em dois turnos, manhã e tarde”, salientou.

A título de exemplo disse que, ele, Bacar Camara, diretor da escola, trabalha com três turmas: uma de manhã e duas turmas unidas à tarde (1º e 4º ano), frisando que tudo isso é para evitar que os alunos fiquem fora do processo educativo.

O diretor destacou a necessidade urgente de manter os professores alocados na região para garantir o funcionamento das escolas no sector de Boé.

“Nos últimos anos, muitos professores foram designados para o Boé, mas a maioria nunca chegou às escolas. Foram desviados e mantidos em Gabú ou em escolas mais próximas dos centros urbanos”, denunciou Camara.

Ele também lembrou que, no último processo de contratação, o setor de Boé foi o primeiro a receber professores designados. No entanto, muitos deles não foram encontrados nas escolas da região, agravando ainda mais a situação.

Afirmou que, a falta de professores tem comprometido o acesso à educação na região, deixando centenas de crianças sem aulas e evidenciando a necessidade de soluções urgentes por parte das autoridades educativas do país.ANG/ÂC

 

Conflito Médio Oriente/Adiada para hoje votação do acordo de paz entre Hamas e governo israelita

Bissau,17 Jan 25(ANG) - O primeiro-ministro israelita adiou para hoje a votação do governo sobre o há muito aguardado acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, esperada para quinta-feira, enquanto os militares de Israel mataram mais 72 palestinianos.  

Benjamin Netanyahu mencionou uma divergência de última hora com o Hamas para suspender a aprovação do acordo, enquanto as tensões em crescimento dentro do seu governo colocam dúvidas sobre a efetiva aplicação do acordo, apenas um dia depois de o presidente dos EUA, Joe Biden e o mediador central, o Qatar, terem garantido que estava adquirido.

Isto criou uma realidade dual: os palestinianos cansados da guerra na Faixa de Gaza, os familiares dos reféns israelitas mantidos no enclave e os líderes mundiais saudaram o resultado das conversações diplomáticas, mesmo com Netanyahu a adiar a votação do governo, que tinha sido marcada para quinta-feira, para hoje, pelo menos.

Netanyahu acusou o Hamas de renegar partes do acordo, para obter mais concessões - sem especificar quais partes.

Mas o Hamas, através de um dos seus principais dirigentes, Izzat al-Rishq, a garantir que o grupo "está comprometido com o acordo de cessar-fogo que foi anunciado pelos mediadores".

Está por esclarecer até que ponto a suspensão da aprovação do acordo - inicialmente previsto para começar a vigorar no domingo - pelo governo israelita está a refletir jogadas de Netanyahu para manter o seu Executivo.

O acordo de cessar-fogo suscitou uma resistência forte de dois dos principais membros da coligação, dos quais Netanyahu depende para se manter no cargo, os partidos de Itamar Ben-Gvir e de Bezalel Smotrich.

Aquele ameaçou demitir-se, considerando o cessar-fogo "irresponsável" e que iria "destruiu tudo o que Israel conseguiu".

A eventual saída do partido de Ben-Gvir da coligação reduziria o seu apoio parlamentar de 68 para 62, ainda com maioria. Ben-Gvir já disse que, caso saísse, regressaria à coligação se Israel retomasse a guerra.  

Smotrich, também oposto ao cessar-fogo, exigiu a Netanyahu que prometesse que retomaria as ações militares depois da primeira fase do acordo como condição para o seu partido permanecer na coligação.

Por esclarecer estão todas as questões relativas ao futuro da Faixa de Gaza, desde logo a sua governação em um eventual período de pós-guerra, mas também o financiamento e controlo da monumental obra de reconstrução.

E quanto ao Hamas, mesmo com a morte dos seus principais dirigentes, coloca-se a perspetiva de uma insurgência prolongada no caso de prolongamento da ofensiva israelita, dada a dimensão do recrutamento, que compensou parte importante das perdas sofridas.ANG/Lusa

Médio Oriente/China saúda acordo de cessar-fogo em Gaza e pede aplicação efetiva

Bissau, 17 Jan 25(ANG) - A China saudou quinta-feira o acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza, apelando à sua aplicação efetiva, enquanto o Governo israelita ainda não deu luz verde final.


"A China saúda o acordo de troca entre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, manifestando a esperança de que este acordo seja aplicado de forma efetiva e que abra caminho a um cessar-fogo completo e permanente", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, em conferência de imprensa.

Após mais de um ano de impasse, as negociações aceleraram-se na véspera da saída da Casa Branca do Presidente Joe Biden, que será substituído por Donald Trump, na segunda-feira.

Estas conversações culminaram na quarta-feira com a formalização de um acordo em três fases que prevê uma trégua a partir de domingo, a libertação de 33 reféns israelitas em troca de mil prisioneiros palestinianos e um aumento da ajuda humanitária.

 "Esperamos sinceramente que as partes envolvidas aproveitem a oportunidade oferecida pelo cessar-fogo em Gaza para promover o abrandamento das tensões na região", afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa.

Pequim "continuará a prestar assistência humanitária a Gaza, enquanto trabalha ativamente na reconstrução pós-conflito", acrescentou Guo.

Desde o início da guerra, a diplomacia chinesa tem apelado repetidamente a um cessar-fogo e à proteção dos civis.

A China, que apoia a adesão da Palestina à ONU, procurou também desempenhar um papel de mediação, tendo acolhido, em julho passado, conversações entre várias fações palestinianas, incluindo o Hamas e a Fatah.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.210 pessoas, na sua maioria civis.

Desde então, a resposta israelita devastou uma grande parte da Faixa de Gaza, causando a morte de 46.707 pessoas, também maioritariamente civis, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados fiáveis pelas Nações Unidas.ANG/Lusa

Guerra da Ucrânia/Chefe do governo britânico e Presidente ucraniano estabelecem parceria de segurança

Bissau,17 Jan 25(ANG) - No âmbito de uma visita que efectua a Kiev onde ainda quinta-feira foram ouvidas explosões, o chefe do governo britânico assinou nesta quinta-feira com o seu interlocutor, o Presidente ucraniano, um acordo "histórico" sobre uma parceria de 100 anos entre Kiev e Londres que incide nomeadamente no domínio da segurança.

"Assinamos juntos um acordo histórico, o primeiro deste género, uma nova parceria entre o Reino Unido e a Ucrânia que reflecte o enorme afecto existente entre nossas duas nações", disse Keir Starmer em declarações à comunicação social após a assinatura do documento em Kiev.

Por seu lado, Volodymyr Zelensky considerou que "hoje é um dia histórico e as relações entre a Ucrânia e a Grã-Bretanha estão mais estreitas do que nunca", referindo-se ao acordo que segundo Kiev estabelece o reforço da cooperação em matéria de defesa e segurança marítima, mas também "parcerias científicas e tecnológicas em domínios como os cuidados de saúde e as doenças, a agrotecnologia, o espaço e os drones".

A assinatura deste acordo e aquela que é a primeira visita de Keir Starmer a Kiev enquanto chefe do governo britânico acontecem apenas dois dias depois da visita à capital ucraniana de Boris Pistorius, ministro da defesa da Alemanha, outro grande parceiro de Kiev, numa altura em que os lideres europeus se questionam sobre os meios de garantir a segurança do país depois do fim da guerra.

Uma questão considerada prematura pelo Presidente ucraniano que considera que não consegue encarar "nenhuma garantia de segurança para o seu país sem os Estados Unidos" sendo que Zelensky refere "não ter tido nenhuma conversa de fundo" sobre este assunto com a administração Trump.

O magnata americano que deve regressar oficialmente à Casa Branca na próxima segunda-feira, nunca escondeu o seu cepticismo quanto à eficácia dos avultados valores colocados à disposição de Kiev para combater as tropas russas e disse recentemente que a sua administração está a preparar um encontro a breve trecho com Putin para acabar com a guerra.

Os Estados Unidos despenderam 63,5 mil milhões de Dólares para a segurança da Ucrânia desde a sua invasão pelos russos em Fevereiro de 2022. O Reino Unido, por sua vez, forneceu um apoio de cerca de 16 mil milhões de Euros ao executivo de Kiev.

Apesar do apoio fornecido por estes dois pesos pesados e restantes aliados de Kiev, as tropas ucranianas estão a conhecer dificuldades nas frentes de combate há vários meses, com os russos a progredir no leste do território ucraniano.

Uma situação perante a qual a Ucrânia não deixa contudo de reivindicar algumas vitórias. Kiev anunciou nesta quinta-feira ter capturado 27 soldados russos na região fronteiriça russa de Kursk parcialmente controlada pelas tropas ucranianas desde Agosto.

Por outro lado, Kiev também confirmou ter lançado drones ontem à noite contra um depósito petrolífero na região de Voronej, no oeste da Rússia, e ter lá provocado um incêndio. Uma informação confirmada pelo governador local que todavia disse que o ataque não provocou vítimas.ANG/RFI

 

Moçambique/Partido Podemos apresenta queixa-crime contra dirigente do CDD

Bissau,17 Jan 25(ANG) - O partido Podemos submeteu nesta quinta-feira, junto da Procuradoria Geral da República, na cidade de Maputo, uma queixa-crime contra o director-executivo do Centro para a Democracia e Direitos Humanos. Estes exigem provas das acusações que o partido e o seu presidente terão recebido 219 milhões de Meticais, o equivalente a pouco mais de 3 milhões de Euros, para pararem com a sua luta pela verdade eleitoral.

 “Acabamos de submeter aqui uma queixa-crime contra os últimos pronunciamentos do Professor Adriano Nuvunga porque alega que o Podemos e o presidente Forquilha receberam 219 milhões de Meticais para vender a verdade eleitoral. Requeremos ao professor Nuvunga que traga provas não só para o partido Podemos e o Presidente Forquilha mas também aos moçambicanos, declarou este responsável político.

O partido que é agora o maior na oposição em Moçambique, com 43 deputados eleitos sobre um total de 250, nega a acusação proferida esta semana pelo dirigente do CDD.

“Acreditamos que a justiça vai funcionar porque o Professor Adriano Nuvunga difamou tanto o Presidente como também o partido Podemos porque esta é uma denuncia muito grave e sem provas”, acrescentou Duclésio Chico.

Na terça feira, o director-executivo do centro para a Democracia e Direitos Humanos CDD submeteu uma denuncia ao gabinete Central de Combate a Corrupção sobre o alegado recebimento por parte do Presidente do partido Podemos, Albino Forquilha, de 219 milhões de Meticais, pouco mais de 3 milhões de Euros, para parar com a sua luta pela justiça eleitoral.

Adriano Nuvunga que afirma ter obtido a "informação de pessoas que se dizem próximas a esta operação" refere nomeadamente que “tendo sido o pagamento em espécie, também é fácil de rastrear”.

Em causa está a crescente divergência entre o partido e o seu candidato presidencial, Venâncio Mondlane, que continua a contestar os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que o colocam em segundo lugar a seguir a Daniel Chapo, da Frelimo, oficialmente eleito Presidente com um pouco mais de 65% dos votos.

Na semana passada, o presidente do Podemos, Albino Forquilha, reconheceu a existência de divergências na “estratégia de luta” entre o partido e Mondlane. O Podemos que defende agora o fim das manifestações, deu posse aos seus deputados na segunda-feira e esteve presente na cerimónia de investidura de Daniel Chapo como Presidente nesta quarta-feira.

Recorde-se que o processo eleitoral manchado pela suspeita de fraudes massivas tem sido altamente contestado pela população, em particular os apoiantes de Venâncio Mondlane que clama ser "o Presidente eleito pelo povo" e promete para breves "medidas governativas".

A repressão das manifestações que pautaram estas últimas semanas, resultou em cerca de 300 mortos e mais de 600 feridos, de acordo com a Plataforma Eleitoral Decide, um dos organismos da sociedade civil que acompanhou o processo.ANG/RFI

   Angola/França anuncia 430 milhões de euros em contratos com Angola

Bissau,17 Jan 25(ANG) - O Presidente francês recebeu o homólogo angolano João Lourenço esta quinta-feira, 16 de Janeiro, no Eliseu, durante a visita de Estado de dois dias. Emmanuel Macron anunciou o reforço da cooperação bilateral com Angola e avançou que 430 milhões de euros em contratos foram assinados com esta visita.

O chefe de Estado francês detalhou as áreas de investimento que incluem os recursos minerais, água, energia agricultura, telecomunicações, ensino superior e saúde, 430 milhões de euros de contratos assinados com esta visita

"Vários acordos diversificaram esta parceria, entre eles, um no domínio do ensino superior, da ciência e tecnologia e da inovação. O financiamento de 4 milhões de euros da Agência Francesa de Desenvolvimento para a preservação da biodiversidade e promoção das zonas protegidas. Assinamos um memorando de entendimento relativo a um projecto de irrigação para reforçar a segurança alimentar. Além do reforço da cooperação em matéria de segurança", indicou.

Emmanuel Macron insistiu que a França é o primeiro investidor em Angola, acrescentando que "esta visita vai permitir avançar muitos dos nossos projectos, caso de um projecto apoiado pela Suez que permitirá melhorar o acesso à água a 3 milhões de habitantes da cidade de Luanda, a construção de um hospital oftalmológico e da maternidade de Luanda".

No total foram assinados e concretizados mais de 430 milhões de euros de contratos e investimentos durante esta visita de Estado, anunciou o chefe de Estado francês.

Por seu lado, João Lourenço agradeceu o interesse da França em Angola e voltou a convidar os empresários a multiplicarem os investimentos em Angola.

"Angola reiterou o seu interesse em desenvolvermos a cooperação na área da agricultura, do turismo, da saúde, do ensino superior, dos recursos minerais, petróleo e gás no sector da marinha mercante, o sector importante da Defesa, segurança e ordem interna. O setor das águas já é uma realidade. O investimento que o Grupo Suez está a fazer para que a cidade de Luanda passe a ter mais água para atender pelo menos a mais 3 milhões de habitantes no sector energético", detalhou.

O Presidente de Angola convidou ainda "os investidores franceses não deixarem fugir a oportunidade de investir em linhas de transmissão de energia elétrica para levar o excedente de energia que Angola tem para a região da SADC.

Durante o encontro que durou mais de uma hora, os dois chefes de Estado abordaram conflitos mundiais, o terrorismo e a instabilidade política que se vive nos países do Sahel.

João Lourenço falou do conflito que opõe a República Democrática do Congo ao Ruanda e no qual Angola está a fazer mediação, sublinhando que "é preciso fazer esforços a ver se conseguimos pôr termo a este conflito que dura há décadas".

Emmanuel Macron disse que "a França apoia, sem reservas, o processo de Luanda e que a prioridade na região dos Grandes Lagos deve ser o diálogo e a procura de uma paz duradoura, no respeito da integridade territorial da RDC".

Na tarde de quinta-feira, João Lourenço manteve um encontro com a presidente da Assembleia Nacional francesa, Yael Braun-Pivet. Esta noite regressa ao Palácio Presidencial para marcar presença no jantar oficial oferecido pelo Presidente Macron.

Hoje sexta-feira, o dia é dedicado aos negócios, com o Fórum Económico França - Angola. A delegação angolana composta por um dezena de ministros, nomeadamente das Finanças, Agricultura, Saúde e Petróleo, vai explorar novas dinâmicas na parceria económica entre os dois países, nomeadamente no domínio da agricultura e do estratégico Corredor do Lobito.ANG/RFI

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Regiões/ RENLUV em parceria com AMJ organizam encontros sobre violência baseada no género com as comunidades de Fulacunda

Fulacunda, 16 Jan 25(ANG) – A  Rede Nacional de Luta contra Violência baseada no Gênero (RENLUV) em parceria com Associação  das Mulheres Juristas(AMJ) e Crianças promoveram no  setor de Fulacunda, região de Quinará, sul do país, um encontro de sensibilização com a comunidade local para debater assuntos ligados a violência baseada no género(VBG),

Em declarações à  ANG,  a Presidente da RENLUV Aissatu Camará Indjai, disse que a prática de VBG, casamento forçado e precoce está a diminuir devido fortes trabalhos que estão ser levados a cabo durante muitos anos contudo disse que continua ser vista nas regiões sul do país nomeadamente  Quinara e Tombali.

Aissatu Camará Indjai lembrou que na região de Quinará e Tombali são zonas onde, as meninas continuam a  ser levadas ao casamento precoce e forçado contudo  a responsável e ativista dos direitos humanos admite que a prática de violência está a diminuir por causa de várias denúncias que a sua organização está a receber por parte da comunidade.

O encontro de sensibilização com as comunidades de Fulacunda visa consciencializar as populações sobre a importância de radicalizar a VBG que ocorre no seio das famílias

A RENLUV  em parceria com a AMJ em colaboração com Centro de Acesso a Justiça e Ordem dos Advogados e Crianças na Guiné-Bissau vão continuar com os encontros de sensibilização nas diferentes comunidades do país sobre situação da violência baseada no gênero no quadro do Projeto Clínica Móvel financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) este é o sétimo  encontro e último da primeira fase.ANG/RC/JD/ÂC

Política/Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné” encoraja o PR na transformação do país para um desenvolvimento sustentável

Bissau, 16 Jan 25 (ANG) – A Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné”, encorajou quarta-feira o Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, para continuar o seu esforço na transformação do pais, para um desenvolvimento sustentável.


Segundo um comunicado publicado nas redes sociais, a que Agência de Notícias da Guiné (ANG), teve acesso, a Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné” constituída por 15 partidos políticos, saúdam calorosamente o Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, desejando-lhe muitas saúde e maiores êxitos neste novo ano que agora começa.

“No âmbito do inicio de mais um ano novo, reuniu-se na sua Sede Nacional,  a Conferência de Líderes dos Partidos da Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné” para analisar a situação política vigente no país, que foi antecedido com um balanço do ano transato considerado de muito positivo, porque ao nível da diplomacia colocou o país num lugar privilegiado no concerto das nações”, Lê-se no comunicado.

De acordo com o mesmo documento, a Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné”, tomou conhecimento através dos órgãos da comunicação social, dos comunicados das coligações eleitorais, cujos os conteúdos são totalmente “descabidos”, “descontextualizados” e que não passam de um simples “panfletos” com chantagens políticos, tendo como objetivo semear a confusão, tentar desinformar e manipular a sociedade guineense, bem como da comunidade internacional.

Acrescentou por outro lado que, o mandato do Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embalo a que os tais comunicados fazem referência, foi confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), a 04 de setembro de 2020, data oficial do início do seu mandato.

“Um recurso judicial, interposto pelo candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais, que só então, este veio a reconhecer a vitória do atual Presidente da República Umaro Sissoco Embaló”, revelou o comunicado.

Felicitou por outro lado, a sexagésima quinta (65) e sexagésima sexta (66) sessões ordinárias da CDEAO, de 07 de junho e de 15 de dezembro, respetivamente todos de 2024, pela decisão de apoiar e acompanhar o país na organização das próximas eleições legislativas e presidências na Guiné-Bissau.

O mesmo comunicado alertou a opinião pública, que a marcação da data das eleições tanto legislativas e assim como presidenciais na Guiné-Bissau, é da exclusiva competência do PR em conformidade com as leis do país.

A Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné”, aproveitou o momento, para condenar e denunciar o uso indevidos dos  nomes de partidos políticos legalmente afilhados na Plataforma Republicana “Nô Cumpu Guiné”, nomeadamente o PRS e o MADEM-G15, por outra Plataforma de Coligação, numa clara afronta a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).ANG/LLA/ÂC  

       

Regiões/“Chuvas intensas e inundações estão por detrás do mau ano agrícola na região de Gabú”, afirma o responsável agrícola naquela zona

Gabú, 16 Jan 25 (ANG) – As fortes chuvas que provocaram inundações nos campos e a chegada tardia das sementes na mão dos agricultores constituem principais causas do mau ano agrícola na região de Gabú, leste do país, disse o técnico da Direção Regional de Agricultura local.

Lassana Ndam falava hoje ao correspondente da ANG em jeito de balanço das ações planificadas para o ano agrícola 2024/25 naquela região, justificou a má colheita devido a intensidade das chuvas que inundaram e maltratam as plantas nos campos da lavoura.

Ndam salientou contudo que, nem tudo correu mal, uma vez que alguns lavradores aproveitaram as primeiras chuvas e tiveram boas colheitas, frisando que as sementes que chegaram tarde serviram de consumo alimentar aos camponeses.

Segundo o técnico agrícola, as dificuldades foram enormes porque a Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Gabú, tem apenas 9 tratores agrícolas muitos deles em estado precário devido a falta de manutenção pontual e segundo diz não consegue cobrir as demandas dos camponeses.

A Direcção Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Gabú, que funciona em paralelo com as repartições regionais dos serviços de Floresta e Pecuária, trabalham com escassos recursos humanos tendo mantido ainda a parceria com a Rede Fida e o Programa Alimentar Mundial (PAM).ANG/SS/MSC/ÂC

Religião/Alto Comissário para a Peregrinação considera positivo a participação no Fórum Preparatório Hajj 2025

Bissau, 16 Jan 25 (ANG) – O Alto Comissário para a Peregrinação da Guiné-Bissau considerou de positivo a sua participação no Fórum Preparatório para o Hajj 2025 que decorreu entre os dias 13 à 16 do corrente mês em Jedda(Arábia Saudita).

A informação consta na página oficial de Facebook do Alto Comissário para Peregrinação da Guiné-Bissau Califa Luís Soares Cassamá, consultada hoje pela ANG.

Informou que, o acordo assinado em Jeddah entre o vice-ministro de Hajj Umrah da Arábia Saudita Abdulfattah bin Sulaiman e o Alto Comissário da Guiné-Bissau Califa Luís Soares Cassamá oficializa a participação do país na peregrinação à Cidade Santa de Meca 2025 e que detalhes adicionais sobre a peregrinação serão divulgados em meados de fevereiro.

Disse que, o documento estabeleceu as condições para a participação dos peregrinos guineenses, incluindo a cota de vagas, as datas da peregrinação e os serviços oferecidos, como assistência médica, transporte e acomodação.

Informou que, essa parceria reforça o compromisso da Guiné-Bissau em apoiar sua comunidade muçulmana e estreitar os laços com a Arábia Saudita, e que a Guiné-Bissau deu um passo significativo para a comunidade muçulmana do país ao assegurar sua participação na peregrinação islâmica a Meca em 2025..

“Consideramos extremamente satisfatória a participação da Guiné-Bissau neste Fórum. Assinamos o contrato com as autoridades sauditas, confirmando oficialmente a nossa presença no Hajj 2025. Também participamos do lançamento oficial da edição deste ano da peregrinação”, disse.

Sublinhou que, durante o evento, o Alto Comissário estabeleceu contatos com empresas e autoridades sauditas, incluindo companhias aéreas, empresas de transporte local, acomodações, serviços de alimentação e hotéis, que prestarão suporte aos peregrinos guineenses.

O responsável para peregrinação, garantiu que, com as parcerias firmadas e os contatos realizados, serão feitos todos os esforços para melhorar as condições de viagem e estadia dos peregrinos guineenses. Ele destacou que não há bolsas para a peregrinação e que cada participante deve custear integralmente os seus gastos.

Disse que, estão a falar da peregrinação, que é um dos pilares do Islã. Apenas aqueles que possuem condições econômicas adequadas devem realizá-la. Não há bolsas; cada um é responsável pelos seus custos”, explicou.

"A peregrinação a Meca, um dos cinco pilares do Islã, é um momento de profunda espiritualidade e conexão para os muçulmanos de todo o mundo. Para os guineenses, participar do Hajj significa fortalecer sua fé, vivenciar um dos maiores eventos religiosos e compartilhar experiências com muçulmanos de diferentes nações, "disse.

Cassamá disse que as autoridades guineenses estão trabalhando intensamente para organizar o processo, desde a seleção dos peregrinos até a logística dos voos e a implementação de campanhas de vacinação obrigatória, e que a mobilização da comunidade muçulmana local também tem sido fundamental para garantir suporte aos peregrinos e celebrar esta ocasião de grande significado.

Recorde-se que a Guiné-Bissau conta com uma quota de setecentos e cinquenta
e um (751) lugares para peregrinação à Cidade Santa de Meca, prevista entre 26 de Maio e 11 de junho do ano em curso. ANG/MI/ÂC