Correios não consegue recuperar
dinheiro emprestado à sucessivos governos
Bissau, 12 Abr. 13 (ANG) - O Director-Geral dos Correios da
Guiné-Bissau revelou hoje que, os sucessivos governos que o país conheceu de
1996 à 2003 contraíram uma dívida aos seus serviços num montante de um milhão
de dólares, utilizados na reabilitação de estradas e em outras acções no país.
Lino Leal que falava à ANG, disse que herdou os Serviços dos
Correios com grandes dificuldades tendo neste momento 40 meses de salários em
atraso para com os trabalhadores, encontrando-se incapacitado para liquidar a
referida dívida e sem meios materiais para melhorar o desempenho dos serviços.
“Muitos funcionários se deparam com problemas de saúde e
outros até perdem a vida devido a falta do incentivo e meios financeiros “,
informou Leal.
O responsável dos Correios da Guiné-Bissau explicou que a
actual Direcção já comunicou essa situação ao Presidente da República e Primeiro-Ministro
com documentos comprovativos do empréstimo da dívida a fim de procurar uma
solução satisfatória.
Lino Leal disse que, no final destes contactos, o Chefe de Governo
assinou um documento que permite os serviços de Correios poder levantar, em
cada mês, no Tesouro Público, um montante de 15 milhões de Francos CFA para
pagamento de um mês de atrasados e o mês corrente mas que o referido documento
não foi atendido pelos serviços das Finanças, que tem alegado falta de verbas.
O Director Geral precisou que a Direcção do Sindicato de Base
dos Correios programou um encontro com o Primeiro-Ministro, Rui Duarte Barros,
para lhe manifestar a preocupação em relação ao facto que considera de
estranho, uma vez que, enquanto Chefe do Governo, autoriza um documento mas
esse não é atendido pelos serviços das finanças.
“A dívida foi confirmada pelo actual porta-voz do Governo,
Fernando Vaz que confirma os dossiers porque a sua versão final foi feita
quando exercia a função do Secretário de Estado dos Transportes “revelou.
O Director Geral precisou que, os serviços dos Correios da
Guiné-Bissau funcionam com mais de 120 funcionários e apela ao bom senso do
Governo para ajudar a encontrar uma solução satisfatória que permitirá um
grande alívio e uma motivação aos trabalhadores.
Leal informou ter iniciado uma visita às delegacias regionais
de Cacheu e Canchungo tendo constatado o estado avançado das suas instalações.
A visita deverá abranger
todas as delegações dos Correios instalada nas diferentes regiões do país.
ANG/AI
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