sábado, 20 de abril de 2013



Tráfico de Droga: Ramos Horta apela "total calma e serenidade" as autoridades e militares guineense 


Bissau, 20 Abr. 13 (ANG) - O representante da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, pediu hoje às autoridades civis e militares do país para que tenham "total calma e serenidade" em relação às acusações de tráfico de droga feitas pelos Estados Unidos da América (EUA).

António Indjai, foi acusado quinta-feira pelo procurador de Manhattan, EUA, de participação numa operação internacional de tráfico de drogas e armas.


Em resposta aos jornalistas, Ramos-Horta disse que seria contraproducente que as autoridades reagissem a essa matéria "com grande emoção".

"Como amigo e irmão digo ao Governo e à liderança das Forças Armadas para fazerem uso de total serenidade e calma", disse o ex-chefe de Estado timorense.

“Nas acusações a António Indjai deve prevalecer o princípio de direito, de inocente até se provar culpado” diz ramos Horta que acrescentou que “o facto de alguém dizer que A, B ou C é culpado não prevalece, porque o que deve prevalecer é o que é decidido num tribunal justo".

Salientando que a ONU não intervém nesse processo, Ramos-Horta considerou que até agora o Governo da Guiné-Bissau tem sabido manter a serenidade.

"Este processo só agora é que está a ser lançado pelos Estados Unidos da América em termos de acusação, ainda vai levar muito tempo o processo da justiça americana para alguma conclusão em relação a Bubo Na Tchuto e em relação às acusações ao general António Indjai", disse Ramos-Horta, frisando a "total confiança" na justiça americana, pelo que ter-se-á que provar as acusações feitas.

"Creio que os acusados e os seus familiares podem estar tranquilos", disse.


A acusação surge poucas semanas depois dos americanos terem anunciado a prisão de Bubo Na Tchuto, antigo chefe da Marinha da Guiné-Bissau, e de outros guineenses acusados de tráfico de droga.

 do secretário-geral da ONU lembrou que em Maio haverá a cimeira dos 50 anos da União Africana e que "seria altamente simbólico e positivo se a suspensão da Guiné-Bissau fosse levantada", sendo que para isso teria de haver da parte guineense um roteiro de transição e um "governo mais inclusivo".

ANG/JAM

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