terça-feira, 23 de abril de 2013


Estado-Maior General das Forças Armadas refuta envolvimento de António Injai no narcoterrorismo

Bissau, 22 Abr.13 (ANG) – O Porta-Voz do Estado-maior General das Forças Armadas, Daba na Walna pede aos americanos para que efectuassem mais investigações com vista  a identificação dos   verdadeiros traficantes de armas.

Em conferência de imprensa realizada recentemente em Bissau, o Coronel Na Walna considerou graves as acusações que estão a ser feitas contra o chefe de Estado-maior General das Forças Armadas.

Ouvimos através dos órgãos de comunicação social, que o CEMGFA esteja envolvido no tráfico de drogas e armas e que estaria a conspirar contra os Estados Unidos de América “, explicou.

Na Walna disse que, não é intenção de ninguém nas Forças Armadas e não faz parte das suas posturas, apoiar conflitos, contribuir ou colaborar com as forças terroristas que ameaçam a paz no mundo.

O Coronel do exército referiu que, pelo contrário, em 2006, as FARP deram provas de combate ao terrorismo ao combater, de forma enérgica, a rebelião de Casamança, que utilizava o território da Guiné-Bissau como a sua rampa para criar instabilidade no Senegal.

“Nós não somos contra que os Estados Unidos investiguem e procurem saber, através de todos os mecanismos que têm a sua disposição e com a colaboração da polícia Interpol, das forças que estão a fomentar o terrorismo internacional, porque o tráfico de drogas e armas, incomoda a todo o mundo”, frisou.

O Porta-Voz do EMGFA disse lamentar contudo a forma como está a ser feita a operação.

“Os agentes secretos dos Estados Unidos ao chegarem ao país, não constataram nenhuma acção de tráfico de drogas e não ser a invenção de actos. Aliciaram o Bubu Na Tchuto para participar nos cenários que montaram e acabaram por detê-lo, ” disse.

 “Apelamos aos Estados Unidos e à todas as pessoas de bom senso, para que façam uma investigação séria que leva a captura de pessoas que vendem armas, e não inventem cenários porque qualquer homem é vulnerável”, vincou.

Daba Na Walna sublinhou que, mesmo os que agora batem palma e criticam, se os agentes infiltrados dos EUA, haviam contactado à eles, com promessas de pagamentos de milhões de dólares, certamente que teriam caído na mesma cilada.

 “Com isso, devo dizer que os verdadeiros traficantes de armas, estejam a rir-se agora, porque inventou-se um traficante de armas e os verdadeiros ficaram impunes em liberdade”, disse.

Explicou que a história começou de forma rocambolesca, no Estado-maior, quando um suposto empresário foi ter com o António Injai com a única finalidade de raptá-lo.

“Chegou aqui um senhor e disse que é um homem de negócios e tem acções em Libéria, Senegal entre outros. Veio com a promessa de oferecer ao CEMGFA, 12 viaturas Land Cruiser, 12 mil pares de uniformes e o Injai perguntou-lhe das contrapartidas das referidas ofertas O homem inclusive mandou-nos buscar as facturas pró-formas que levou consigo”, explicou.

Na Walna salientou que, passados alguns dias, o mesmo empresário, telefonou ao CEMGFA para saber onde é que estava, e na altura António Injai estava em Dakar de regresso à Bissau proveniente de Burkina Faso.

“Sabendo que o CEMGFA teria perdido o voo para Bissau, o homem prontificou-se a ir busca-lo no seu jacto privado". O objectivo era raptá-lo tal como fizeram ao Bubo, mas António Injai recusou a oferta de boleia.”, disse.

 “Um dia antes da detenção de Na Tchuto, o referido empresário voltaria a telefonar ao António Injai, dizendo-lhe que estaria no alto mar com o dinheiro correspondente ao número de viaturas e fardas que prometera, e pediu  ao CEMGFA para se encontrassem no alto-mar, o que o CEMGFA recusou .

 O actual CEMGFA, Tenente-General, António Injai foi acusado por um Procurador Norte-americano de narcoterrorismo. Ele e o actual chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Papa Câmara, são alvos de um mandado de captura internacional.

ANG/ÂC











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