Campanha
de caju/Governo e actores
de fileira de caju estudam mecanismos de
acesso aos 15 mil milhões de francos CFA
Bissau,01 Jun.20(ANG) – O
Governo e actores da fileira de caju
reuniram-se no último fim de semana visando encontrar mecanismos de acesso aos 15 mil milhões de
francos CFA, disponibilizados recentemente pelo executivo para financiar a
campanha de comercialização deste produto estratégico para economia do país.
O referido montante foi
depositado nos cinco bancos comerciais do país e deve ser usado em crédito aos comerciantes que operam na campanha de
comercialização da castanha.
À saída do encontro, o
ministro da Economia Victor Mandinga disse que a reunião visa a criação de
um quadro legal que permita ao Governo
assumir as suas responsabilidades para
financiar a campanha de caju nos limites dos seus recursos.
“O executivo irá assegurar
os fundos no sentido de aumentar a liquidez e igualmente servir de garantias em
caso de força maior e como pessoa de bem junto dos bancos, de forma a facilitar
a saída da castanha das mãos dos produtores”, garantiu.
Victor Mandinga informou que
o Governo vai assegurar ainda que os bancos paguem e trabalhem em condições de
segurança de crédito e de exportação de cajú e que ganhem os rendimentos nesta
fase de crise da pandemia de Covid-19.
Por seu lado , o ministro do
Comércio e Indústria, Artur Sanhá promete tolerância zero para qualquer
comerciante apanhado com arroz impróprio para o consumo humano, neste período
de campanha.
“Temos informações que neste
momento grande quantidade de caju já se encontra estocado em diferentes armazéns
e que foram adquiridos pelos comerciantes que precipitaram a campanha sem que
tenham sido concedidas Alvarás e sem esperar pelo anúncio do preço indicativo”,
revelou o ministro do Comércio.
Sanhá disse que ninguém tem
o direito de desvirtuar o Estado das suas funções, tendo prometido tomar
medidas duras contra os comerciantes que transportam arroz impróprio para o
terreno.
Para o Presidente da
Associação Nacional dos Exportadores e Importadores da Guiné-Bissau, Amadu Iero
Jamanca, o Governo terá que tomar uma decisão política sobre o que será melhor
para a sua população e para a campanha de caju.
“Falou-se do financiamento,
taxas e impostos mas tudo ficou na responsabilidade do Governo.Portanto resta
ao executivo avançar para o real tendo em conta que não estamos num ano normal,
mas sim num período com extremas dificuldades, porque a crise da pandemia veio
complicar as coisas”, explicou.
Aquele responsável sublinhou
que o Governo tem que assumir as suas responsabilidades para salvar a presente
campanha de caju, porque “dispõe de condições mínimas para o efeito”,
acrescentando que é imaginável a crise que o atraso da campanha já causou na
economia do país.
O Presidente da Associação
Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau, Lássana Sambu exortou,
exortou, por sua vez, o Governo no sentido de, junto dos bancos, agilizar o
acesso aos créditos de forma a facilitar o escoamento da castanha da mata para
Bissau.
O caju é o principal produto
de exportação da Guiné-Bissau e o país produz anualmente mais de 200 mil toneladas deste produto.ANG/ÂC//SG
Mais una campanha difícil
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