Pós-Brexit/Tensão entre União Europeia e
Reino Unido nas negociações
Bissau, 08 Set
20 (ANG) - A União Europeia e o Reino Unido iniciaram ,em Londres,a oitava
ronda de negociações sobre a relação no pós-Brexit, com o cenário de falta de
acordo cada vez mais próximo.
O
Primeiro-ministro Boris Johnson alertou que pode deixar as negociaçoes a meio
de Outubro se nao houver compromisso até lá.
Em declarações à rádio nacional de Fr
ança ( France Inter) o chefe das negociações,com o Reino Unido, por parte da União Europeia, Michel Barnier realçou que Bruxelas não cederá a pressão do governo de Londres.A Grã-Bretanha tenciona modificar
alguns pontos essenciais incluídos no acordo de saída do Reino
Unido da União Europeia.
Segundo os analistas, a tentativa do
governo de Londres destinada a voltar atrás sobre os compromissos assumidos no
acordo do Brexit, poderia ter um impacto negativo sobre a reputação
internacional do Reino Unido.
As instâncias europeias, em
Bruxelas, reagiram perante a notícia segundo a qual, o
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson deseja implementar uma nova
legislação, que acabaria por anular pontos do Acordo de Saída (Withdrawal
Agreement), da União Europeia, assinado em 2019 entre Londres e os
restantes vinte e sete membros do bloco europeu.
O jornal Financial Times, noticiou que o
projecto de lei do governo de Johnson, a ser apresentado esta semana ao
Parlamento britânico, ignora os compromissos assumidos com a União
Europeia, no que toca à questão aduaneira relacionada com a província da
Irlanda do norte, assim como a cláusula sobre as ajudas públicas .
De acordo com o protocolo rubricado o ano
passado entre britânicos e europeus,o citado território na ilha da Irlanda,
única fronteira terrestre com a União Europeia, deverá aplicar as mesmas regras
alfandegárias que o bloco europeu, para garantir a livre circulação entre a
província britânica e a República da Irlanda.
O negociador-chefe europeu, Michel
Barnier, numa entrevista concedida à
France Inter, rádio nacional de França, sublinhou que o acordo de saída,
assinado em 2019 com o Reino Unido, deve ser integralmente respeitado e
que a Comissão de Bruxelas não cederá a pressão de Londres.
Juristas especializados em acordos internacionais chamaram a atenção para o risco da nova legislação britânica provocar o colapso da oitava e última ronda de negociações entre as duas partes, bem como afectar a reputação da Grã-Bretanha na cena internacional. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário