História nacional /Investigador Permanente do INEP diz que é dificíl narar a história da Guiné-Bissau sem se referir ao PAIGC
Bissau, 02 Mar 23 (ANG) – O
Históriador, Antropólogo e Investigador
Permanente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), disse que é dificíl narrar a história da Guiné-Bissau sem
se referir ao movimento libertador que é o Partido Africano da Independência de
Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Em entrevista exclusiva à
Agência de Notícias da Guiné (ANG), sobre a extinção de alguns feriados, dentre
os quais o Dia dos Mártires de Pindjiguiti(03
de Agosto), João Paulo Pinto Có destacou que falar da Guiné-Bissau enquanto
Estado é indissociável a luta armada empreendido pelo PAIGC ,no que tange ao
trabalho feito para libertar o país do colonialismo português.
No que tem a ver com as
extinções e o anulamento de algumas datas históricas que marcam o país por
parte do actual regime político, aquele responsável defendeu que qualquer Povo
do mundo tem as suas histórias marcantes, frisando não vê qual é a necessidade
da mesma história e feriados com simbologia de grande tamanho para a luta de povo
guineense, serem extinguidas, por uma decisão política.
“Esse comportamento é
enquadrado como uma tentativa de distorcer a história do país mas as
respectivas datas vão permanecer porque marcaram fatos históricos e as lutas
que levaram a existência das respectias datas são fatos sociológicos”, disse o
envestigador permanente do INEP.
Para Pinto Có, quando as
datas marcadas como feriados ou seja o dia de reflexão para qualquer povo é
extinguido, e que “não respeita os preceitos legais, algo não está a andar bem,
e viola as normas legais do país”.
“Apesar destas tentativas
não terem valor jurídico, mas de ponto de vista de história considero-lhe de
uma humilhação gratuita à todos os Combatentes da Liberdade da Pátria.Portanto
essa tentativa merece uma atenção especial por parte dos educadores, professores
de história, de geografia e assim como de todos os patriotas guineenses”, disse
João Paulo Pinto Có.
Sob proposta do governo e em
decreto presidencial foram, recentemente, extinguidas muitas datas que eram
celebradas com feriados nacionais.
O 03 de Agosto de 1959, dia
de massacre de 50 marinheiros do Cais de Pindjiguiti, que reclamavam aumentos
salariais, em Bissau, o 23 de Janeiro de 1963, data de início de luta armada e dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria,
08 de Março, dia internacional das mulheres são algumas das datas abolidas da
lista de feriados nacionais. ANG/LLA/ÂC//SG
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