terça-feira, 4 de janeiro de 2022

ONU/China e Rússia sublinham importância de acordo para evitar a propagação de armas nucleares

Bissau, 04 Jan 22(ANG) – A Rússia e a China manifestaram segunda-feira a convicção de que o compromisso assumido pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para evitar a propagação de armas nucleares vai reduzir tensões e aumentar a confiança.

A Rússia disse esperar que o compromisso assumido com Washington, Pequim, Londres e Paris para impedir a propagação de armas nucleares ajude a reduzir as “tensões”, ao mesmo tempo que considera “ainda necessária” uma cimeira dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Esperamos que, nas actuais circunstâncias difíceis para a segurança internacional, a aprovação de tal declaração política contribua para a redução do nível de tensões internacionais”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, sublinhou, contudo, que Moscovo ainda considera “necessária” uma cimeira das cinco potências nucleares.

Segundo o ministério, o compromisso assumido pelas cinco potências nucleares é o resultado de uma iniciativa de Moscovo. “Este documento foi preparado por iniciativa e com a participação mais activa dos representantes russos”, refere-se no comunicado.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo disse esperar que o compromisso assumido pelos cinco países signatários “ajude a construir a confiança e a construir as bases para o futuro controlo das armas ofensivas e defensivas”.

“A declaração conjunta dos líderes dos cinco países detentores de armas nucleares ajudará a aumentar a confiança mútua e a substituir a concorrência entre as grandes potências por coordenação e cooperação”, disse, por seu turno, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Ma Zhaoxu, citado pela agência Nova China.

O compromisso para impedir a propagação de armas atómicas “aumentara a confiança” e reduz o risco de conflito nuclear, considera Pequim, qualificando o acordo de “positivo e de peso”.

A declaração “encarna a vontade política dos cinco países para prevenir a guerra nuclear e expressa a voz comum de manter a estabilidade estratégica global e reduzir o risco de conflito nuclear”, disse Ma, reforçando que “os cinco países devem assumir a declaração conjunta como um novo ponto de partida para aumentar a confiança mútua, reforçar a cooperação e desempenhar um papel activo na construção de um mundo de paz duradoura e segurança universal”.

Os cinco países comprometeram-se hoje a “evitar a propagação” das armas nucleares, num comunicado conjunto emitido antes de uma conferência de revisão do Tratado de Não Proliferação (TNP).

No comunicado, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança afirmam “que uma guerra nuclear não pode ser vencida e nunca deve ser combatida”.

O TNP, que entrou em vigor em 1970 para impedir a disseminação de armas nucleares, foi assinado por 191 Estados. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são os Estados legalmente reconhecidos como “equipados com armas nucleares” pelo tratado.

Três outros países considerados como possuindo a bomba atómica – Índia, Paquistão e Israel – não são signatários do tratado. A Coreia do Norte, por seu turno, denunciou o TNP.  ANG/Inforpress/Lusa

Saúde/“A Guiné-Bissau se depara com problemas sério de ponto de vista comportamental dos profissionais de saúde”, diz Luís Victor Quimatcha

Bissau, 04 Jan 22 (ANG) – O Administrador do Hospital Mal do Hansen, de Cumura, sector de Prabis, região de Biombo, afirmou que a tendência hoje em dia é de ter profissionais de saúde muito bons, de ponto de vista técnico, o que não é o caso em termos comportamentais na Guiné-Bissau, onde “a situação é séria”.

Luís Victor Quimatcha fez esta declaração, segunda-feira, na abertura de uma sessão de formação de sete dias destinada aos técnicos de laboratório do referido hospital, com o objetivo de reforçar as suas capacidades técnicas no dominio de Laboratório de Análises Clínicas, e contribuir para a melhoria de qualidade de prestação de serviço. 

“Ainda falta muitos valores. Temos sim que desenvolver as competências técnicas, mas também não devemos esquecer as comportamentais porque no fundo, nós servimos seres humanos. E estando ao serviço dos seres humanos temos que ter alguns valores que nos dignificam”, realçou.

Quimatcha disse ainda que, a contribuição que o hospital vai dar não é só para o país, mas sim para a humanidade inteira, justificando que o hospital tem estado a tratar, em diferentes situações, pessoas de diferentes quadrantes do mundo, nomeadamente da Europa e Ásia.

Questionado sobre a falta da corrente eléctrica pública naquele estabelecimento sanitário, situação levantada pela administração do hospital, aquele responsável confirmou que essa situação ainda não está ultrapassada, informando que tem pessoas de boa vontade a tentar, todos os dias, no sentido de resolver esta situação..

O administrador demonstra estar esperançoso  de que vai ser ultrapassada essa situação para, segundo diz, se continuar a salvar as vidas “porque seres humanos é algo de mais importante num país”.

Quematcha informou  que, neste momento, os casos de covid-19 reduziram, mas que o hospital continua a consultar e a internar  doentes desta patologia, não obstante a estrutura montada para combater a pandemia se encontrar em greve.

 “Temos uma equipa com pessoas insuficientes mas que trabalham 12 horas por dia e foram obrigadas a fazer mais tempo do que  previsto na Lei Geral de Trabalho e no Estatuto do Pessoal de Administração Pública (EPAP). Houve momento em que foram devidos um ano de salários, mas continuaram a lutar”, referiu.

Luís Quematcha informou que a capacidade de fornecimento interno e externo de oxigénio reduziu devido a avaria de 3 bocas de coletor de enchimento de garrafas e que actuaalmente  a fabrica está a funcionar só com uma.

Disse ainda que através de apoio de Portugal, o hospital tem novo redutor que contém coletores e analizador de oxigénio que vai permitir avaliar se o oxigénio tem ou não  qualidade.

Quematcha disse que  conseguiram produzir mais de 600 garrafas de oxigénio para diferentes centros hospitalares do país, explicando que para além de encher as garrafas, a fábrica tem a capacidade de fornecer diretamente para o internamento.

A formação de sete dias se realiza  no âmbito do projeto do novo laboratório de análises clínicas financiado pelo governo alemão e Co-financiado pela Ordem Franciscana de Província de Venezia(Italia) e cuja a finalidade é melhorar as prestações do  hospital de Cumura. ANG/DMG/ÀC//SG

EUA/Trump, Ivanka e Donald Jr intimados por procuradora-geral de Nova Iorque

Bissau, 04 Jan 22(ANG) – O ex-presidente norte-americano Donald Trump e os seus dois filhos mais velhos foram intimados pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, para depor no âmbito da investigação em curso sobre os negócios da família, foi hoje divulgado.

As intimações de Trump, do filho Donald Trump Jr. e da filha Ivanka Trump, resultam de uma investigação “à avaliação de propriedades pertencentes ou controladas” por Trump e a sua empresa, a Trump Organization, lê-se no documento judicial hoje tornado público, citado pela agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP).

A tentativa da procuradora-geral de obter o depoimento do ex-presidente norte-americano foi noticiada em Dezembro, mas a acção judicial hoje noticiada foi a primeira indicação de que os investigadores estão também a recolher informação sobre Ivanka e Donald Jr..

Espera-se agora que os Trumps iniciem procedimentos judiciais para anular as intimações, desencadeando uma disputa legal semelhante à registada no ano passado depois de o gabinete de Letitia James ter intimado outro filho de Trump.

Trump processou James no mês passado, tentando pôr fim à investigação depois de ela o ter intimado a comparecer a 07 de Janeiro para um depoimento.

A ação judicial de Trump, intentada num tribunal federal, alega que a investigação violou os seus direitos constitucionais “num esforço mal disfarçado para difamar publicamente Trump e os seus associados”.

O processo judicial de hoje constitui a primeira admissão pública por parte da procuradora-geral de que já anteriormente tinha intimado Trump a depor.

Letitia James, uma democrata, passou mais de dois anos a averiguar se a Trump Organization enganou bancos e autoridades tributárias quanto ao valor dos seus bens, inflacionando-o para obter empréstimos com melhores condições, ou minimizando-o para pagar menos impostos.

A equipa de James inquiriu no ano passado Eric Trump, um dos filhos do ex-presidente e executivo da Trump Organization, como parte da investigação.

O gabinete de James foi a tribunal para impor o cumprimento da intimação de Eric Trump, e um juiz ordenou-lhe que testemunhasse, depois de os seus advogados terem abruptamente cancelado um depoimento previamente agendado.

Apesar de esta investigação, civil, ser separada de uma investigação criminal conduzida pelo ministério público de Manhattan, o gabinete de James tem estado envolvido em ambos.

No início de 2021, o antigo procurador do ministério público, Cyrus Vance Jr., obteve acesso aos registos fiscais antigos do magnata do sector imobiliário, após uma disputa judicial de vários anos, que por duas vezes chegou ao Supremo Tribunal Federal.

Antes de deixar o cargo, no final do ano passado,   Vance convocou um novo grande júri para ouvir provas enquanto avaliava se haveria de formular mais acusações com base na investigação, pela qual a Trump Organization e o seu director financeiro de longa data, Allen Weisselberg, foram em Julho indiciados por fraude fiscal.

Weisselberg declarou-se inocente das acusações que alegavam que ele e a empresa teriam fugido ao pagamento de impostos sobre elevados lucros indirectos pagos a executivos.

Ambas as investigações relacionam-se, pelo menos em parte, com acusações feitas em reportagens e pelo ex-advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen, de que o multimilionário tinha um historial de deturpar o valor das suas propriedades e bens.

O gabinete da procuradora-geral de Nova Iorque emitiu intimações a administrações locais no âmbito da investigação civil para obter os registos fiscais da propriedade de Trump situada a norte de Manhattan, Seven Springs, e de benefícios fiscais que Trump obteve por colocar terras num fundo de conservação.

Posteriormente, Vance emitiu intimações relativas à obtenção dos mesmos registos.

A procuradoria-geral nova-iorquina tem estado igualmente a analisar questões semelhantes relacionadas com um edifício de escritórios de Trump na cidade de Nova Iorque, um hotel em Chicago e um campo de golfe perto de Los Angeles.

O Gabinete de Letitia James também obteve uma série de decisões judiciais favoráveis obrigando a empresa de Trump e um escritório de advogados que contratou a entregar uma grande quantidade de registos.

 Contactados pela AP, os advogados dos gabinetes de Trump e da procuradora-geral de Nova Iorque não prestaram ainda esclarecimentos sobre a intimação hoje conhecida. ANG/Inforpress/Lusa


segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

UNFPA/” O Ciclo  2016-2021 do 6º Programa foi muito complexo e desafiador” diz o representante residente, Cheikh Fall

Bissau, 03 Jan 22 (ANG) – O Representante Residente do Fundo das Nações Unidas para a População, Cheikh Fall considerou de “complexo e desafiador” o ciclo 2016-2021 do 6º Programa da organização implementado na Guiné-Bissau, devido a conjuntura sociopolítica em que o país se mergulhou, aliado a pandemia da Covid-19.

“Mas também foi uma oportunidade de servir e garantir que cada gravidez seja desejada,, cada parto seja seguro e o potencial de cada jovem seja realizado”, disse Fall, em mensagem inserida no relatório de fim  do ciclo 2016-2022, enviado à ANG.

 Segundo Fall, a pandemia obrigou a que uma nova estratégia de intervenção seja elaborada para dar resposta ao contexto da Covid-19, cujos efeitos subcarregaram  o sistema de saúde pública, onde as mulheres estão desproporcionalmente  representadas, e, consequentemente, aumentaram  o risco de exposição das mulheres à doença.

Para minimizar o impacto da pandemia, segundo o relatório, o UNFPA lançou-se no terreno com distribuição de equipamentos de protecção individual para profissionais de saúde, apoiando os esforços para melhor servir os mais vulneráveis.

O UNFPA intervêm na Guiné-Bissau em quatro àreas: Saúde sexual e reprodutiva, Igualdade de Género e empoderamento de Mulher, Dinâmica populacional, e Adolescentes e Jovens.

Em relação a Saúde Sexual e reprodutiva, o relatório indica um total de 24 acções realizada no âmbito do 6º programa concluido no ano passado, com destaque para formações de médicos,parteiras e enfermeiras em Noma , Fístula obstetrícia e partograma, para além de outras acções de formação em que os beneficiários foram os Técnicos de Saúde.

A título de exemplo, de acordo com o relatório , “332 casos de fístula obstétrica foram apoiadas e reparadas através de campanhas, dentre os quais 26 mulheres  de oito regiões sanitárias  foram apoiadas com Kit socioeconómico para sua reinserção  económica na sua comunidade, em 2016”.

Quanto ao 3º eixo de intervenção – Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher, os destaques recaem sobre a declaração  de abandono à Mutilação Genital Femenina, Casamento precoce, abandono escolar e outras práticas,  feita por centenas de comunidades .

“35.000 pessoas de diferentes camadas da população mobilizadas através de diálogos comunitários para a mudança de comportamento para o empoderamento das mulheres e da comunidade livre de práticas nefastas”, refere o relatório.

UNFPA é um órgão subsidiário da Assembeia Geral das Nações Unidas que actua nos domínios da população e desenvolvimento, saúde reprodutiva e igualdade de género. ANG//SG

Covid-19/ Guiné-Bissau regista mais 33 novos casos de infecções e duas  pessoas são dadas como recuperadas  da doença

Bissau, 03 Jan 22 (ANG) – O secretário adjunto do Alto Comissariado para a Covid-19 anunciou esta segunda-feira, em Bissau  o registo de mais 33 novos casos de infeção, para um total de 6,499  casos já registados desde o inicio da pandemia no país.

Segundo Plácido Cardoso, os 33 novos casos representam um aumento de quase três vezes de casos de infecção em comparação com dados  anteriores que eram de 4 à 8 casos de infecção por semana.

Segundo  Cardoso,  que falava  na habitual conferência de imprensa semanal de  actualilização dos dados da Covid-19,  o número de óbitos por covid-19 permanece em 149 vitimas.

Com o aumento do número de casos de infecção, Plácido Cardoso admite a possibilidade de o país enfrentar uma nova vaga da pandemia tal como acontecera no mesmo período, do ano passado.

Contudo, revelou estar em curso um conjunto das acções de reforço de vigilância ao nivel de pontos de entrada e bem como nas estruturas sanitárias, apesar da  greve em curso no sector sanitário.

Dados apresentados pelo  secretário adjunto do Alto Comissariado, demonstram que a taxa de positividade é de 3,3 por cento contra 1, 8 por cento da semana anterior.

Dos 33 novos casos de infecção, segundo Palcido Cardoso, 31 foram diagnosticados no Sector Autònomo de Bissau e dois na região de Biombo.

De acordo com Plácido Cardoso durante  nessa semana  foram testadas  978 pessoas.

Informou que a faixa etária  com maior número de casos de infecção continua a ser de 25 à 34 anos, seguida de 35 à  44 anos e diz que os óbitos  mais se verificam na população idosa de maior de 64 anos, sobretudo de sexo masculino.

Perguntado se o aumento de casos tem a ver com o surgimento da variante “Ómicron” no país, Plácido Cardoso disse que com a Ómicron ou sem a Ómicron a verdade “é que os guineenses não estão a proteger-se do virus da Covid-19”.

Apela para que as  pessoas se dirigissem  aos postos de vacinação para se imunizarem e aos que ainda não completarem as doses pede que  tomassem a segunda. “80 por cento das pessoas tomaram apenas uma dose pelo que é necessário  completarem a dose”, disse. ANG/LPG/ÂC//SG

   Cooperação/China promete doar mais 300 mil doses de vacina a Guiné-Bissau

Bissau 03 Jan 22 (ANG) – O Embaixador da República Popular da China na Guiné-Bissau prometeu que o seu país vai doar mais 300 mil doses de vacinas ChinaPharma ao país no primeiro simestre do ano em curso .

Gue Ce que  falava, no último fim de semana, no acto de entrega de materiais informáticos ao Ministério das Pescas disse que a China e a Guiné-Bissau têm colaborado em várias áreas, actualmente com maio foco  no sector da saúde, devido a pandemia de Covid-19.

“A China já ofereceu à Guiné-Bissau 300 mil doses de vacinas com longo periodo de validade que  ainda está a ser utilizada. Como  país amigo e irmão vamos continuar a apoiar esta Nação com as vacinas contra a Covid-19 na medida das nossas possibilidades “,disse o diplomata.

Ce disse que o seu país como parceiro tradicional da Guiné-Bissau no sector das pescas, não podia deixar de elogiar a medida do Governo de  proibir a pesca nas águas territoriais guineense, durante 30 dias do periodo de repouso biológico, frisando que a Embaixada da China já informou às empresas chinesas de pesca de que devem  respeitar as leis guineeses.

O diplomata disse acreditar  que, com estas medidas de repouso, os recursos pesqueiros serão sustentaveis na Guiné-Bissau .

A oferta de materiais informáticos, segundo o Secretário-geral do Ministério das Pescas irá suprir certas dificuldades inerentes ao funcionamento dos serviços daquela instituição.

Maurício Sanca agradeceu o apoio da Embaixada chinesa no país na implementação do periodo de repouso biológico que segundo ele vai contribuir para a regeneração dos recursos haliêuticos da Guiné-Bissau, tendo ainda agredecido a ajuda chinesa na construção do Porto Artesanal e da Unidade de Conservação e Transformação  do Pescado na Guiné-Bissau .

“Quero igualmente agradecer à empresa de pesca chinesa que disponibilizou uma parte da lógistica para que a implementação do periodo de repouso biológico no nosso mar seja uma realidade e estamos convicto de que vamos, de tempo em tempo, reforçar esta cooperação entre os dois países”,disse Sanca.

O donativo entregue constitui-se de sete  computadores de mesa, cinco impressoras, uma máquina fotocopiadora multifuncional, dois projectores e uma máquina  fotográfica.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Angola/Hospitais entram em colapso com 40% dos médicos infectados com covid-19

Bissau, 03 Jan 22 (ANG) – O presidente do sindicato dos médicos de  Angola, Adriano Manuel disse que muitos hospitais estão a entrar em colapso, havendo  hospitais onde a percentagem de médicos infetados com a covid-19 chega a 40%, juntando a isto o aumento sazonal de casos de málária.


"Encontramos dificuldades de uma forma geral no hospitais porque nalguns hospitais vamos observar 40% da classe médica está com covid-19, havendo já uma exiguidade de médicos. Esta situação torna-se ainda muito mais difícil se tivermos em conta que estamos em período chuvoso, no pico da malária, então juntar málária e covid-19, estamos a viver uma situação que não é nada boa para o país", disse o médico Adriano Manuel, em entrevista à RFI.

Para Adriano Manuel, o país vive há muitos anos uma situação de défice de médicos, entretanto agravada pela pandemia de covid-19.

"Há um défice de formação em Angola. Angola está nesta altura com 32 milhões de habitantes e temos cerca de 8 mil médicos. Se cumprissemos com as directivas da Organização Mundial de Saúde, que falam em um médico para cada mil habitantes, está a faltar cerca de 22 mil médicos, no entanto, a densidade populacional versus o número de médicos é extremamente insuficiente", referiu.

Adriano Manuel diz que há médicos formados em Angola que não estão a trabalhar e que não conseguem entrar nos hospitais com o Governo a justificar a falta de profissionais com a difícil situação financeira em que se encontra o país.

"Temos informações de um concurso público em que vão entrar cerca de 500 médicos", indicou o profissional de Saúde.

O sindicalista esclareceu ainda que se antes era possível contratar médicos vindos no estrangeiro de forma a reforçar os quadros angolanos, esta prática tornou-se mais difícil já que os países de origem precisam também destes profisisonais. 

"Precisamos de mais médicos e eventualmente até contratar médicos estrangeiros, no entanto, dada a pandemia, os países que normalmente mandam médicos para Angola têm alguma dificuldade a enviar. Estamos a falar de Cuba, Rússia e Coreia ou até China, mas nesses países também precisam de médicos", explicou.

O Hospital Municipal de Viana conta apenas com dois médicos, já que os restantes estão com covid-19, e e nas últimas 24 horas, mais de 3.000 pacientes procuraram os hospitais de Luanda não só devido à pandemia, mas também devido à malária, agressões físicas ou uso excessivo de alcool.

De forma a atacar as necessidade actualmente existentes no país, Adriano Manuel propõe a contratação imediata de mais enfermeiros para reforçar a rede de cuidados primários.

"O imediato é munir o sistema de saúde primário com mais quadro, no caso, enfermeiros licenciados, com alguma competência, no sentido de diminuir substancial o défice de médicos existente. Enfermeiros que possam abordar patologias como a malária, como a dengue, a chicungunha", indicou.

Para este sindicalista, o sistema de Saúde angolano é um dos piores de África, devido à sua desorganização.

"Acima de tudo, o sistema de saúde em Angola não está organizado. É dos piores, sem medo de errar, de África. Temos um sistema de saúde débil do ponto de vista de organização. O grande problema é que temos d eorganizar o sistema de saúde primário com recursos humanos e meios de diagnóstico para as principais patologias que temos", concluiu Adriano Manuel. ANG/RFI


Política
/"O pais carece de uma liderança lúcida e esclarecida" diz Domingos Simões Pereira

Bissau, 03 Jan 22 (ANG) -  O líder do Partido Africano Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), criticou que o país carece de uma “liderança lúcida, esclarecida, comprometida e virada para o atendimento e satisfação das necessidades da população”.

Num balanço político  por ocasião do fim de ano, Simões Pereira considerou 2021 como ano de "muita turbulência e incerteza ".

“Infelizmente, seguimos o rumo da autodestruição, promovendo uma degradação acelerada de todos os indicadores da nossa vida económica, política, securitária e especialmente a social”, disse Pereira.

O político disse que se registou uma ostentação pública da compra de consciência e instrumentalização de estruturas completas da sociedade guineense, sequestros, abstração à luz do dia, espancamentos de pessoas inocentes, humilhação pública de comunidades inteiras e prisões arbitrárias.

Afirmou que tudo isso ocorreu com o fito de “amedrontar e levar o povo à submissão à vontade e interesses de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos”.

O líder do PAIGC disse  que  os serviços públicos degradam a uma velocidade incrível, ao ponto de os guineenses testemunharem uma paralisia sem precedentes na saúde e na educação, com “reflexos terríveis” na vida da população.

E diz que tudo isso ocorre  na mesma altura em que se multiplicam a contratação de grandes créditos e a alimentação de uma vida de “abastança, luxo e turismo para uns quantos, em redor do regime”.

Domingos Simões Pereira afirmou ainda que "o património público é dilapidado à frente de todos, para atender a interesses particulares e por conveniência, seja por via de compensações fraudulentas de terrenos públicos, seja por alienação indevida de edifícios de utilidade pública seja mesmo pela afetação direta do dinheiro dos contribuintes".

Para o líder do PAIGC, o atual regime "não se coibiu de criar e multiplicar impostos, que chegaram à aberração de taxar o pensionista, de sancionar o pequeno produtor para aumentar a abastança dos privilegiados e de mais posse".

Pereira disse que "a justiça vai sendo silenciada, dominada e paulatinamente convertida em um instrumento ao serviço dos poderosos, para fabricar e implementar leis por encomenda e em função dos interesses do dito soberano”. ANG/MI/ÂC//SG

 

             Países Baixos/Novo Governo  tem número recorde de mulheres

Bissau, 03 Jan 22(ANG) – O novo Governo do primeiro-ministro neerlandês Mark Rutte integra um número recorde de mulheres, 14 de um total de 29 ministros e secretários de estado, segundo uma lista publicada domingo, mais de nove meses após as eleições legislativas.

A lista foi comunicada pelos quatro partidos políticos que chegaram a um acordo em meados de Dezembro com o objectivo de formar uma coligação governamental que permitirá a Rutte um quarto mandato.

O primeiro-ministro dos Países Baixos receberá cada um dos governantes na próxima semana, antes de fechar oficialmente a composição do seu Governo, que conta com 20 ministros, dos quais 10 são mulheres.

De acordo com as propostas da coligação, o actual ministro das Finanças, Wopke Hoekstra, líder do Apelo Democrata-Cristão (CDA), de centro-direita, e defensor da ortodoxia orçamental, torna-se ministro dos Negócios Estrangeiros.

Uma ex-chefe da diplomacia, Sigrid Kaag, será a nova ministra das Finanças dos Países Baixos, que é um dos quatro países ditos “frugais” (a par da Áustria, Dinamarca e Suécia), defensores do rigor orçamental na Europa e que frequentemente entram em confronto com os Estados do sul da Europa nas questões orçamentais.

Para o Ministério da Saúde, a coligação indicou o nome de Ernst Kuipers, presidente do conselho de administração do hospital de Roterdão e responsável pela distribuição de pacientes com covid-19 no país.

Kuipers, de 62 anos, sucede a Hugo de Jonge – que por sua vez se tornará ministro da Habitação, Planeamento Regional e Ambiente – na linha de frente desde o início da crise da covid-19.

O parlamento neerlandês recebeu em 15 de Dezembro o acordo entre quatro partidos de centro-direita para o Governo de coligação dos Países Baixos, liderado pelo liberal Mark Rutte pela quarta vez consecutiva desde 2010.

Os temas principais que ocupam as 50 páginas do acordo são a habitação, as alterações climáticas, a crise do nitrogénio, o investimento na educação e, em especial, as consequências que ainda sofrem mais de 47.000 famílias e as suas 97.000 crianças devido ao escândalo das ajudas aos pais, que foram infundadamente acusados de fraude fiscal e perseguidos até à ruína desde 2013.

“Cometeu-se uma grande injustiça para os pais afectados e seus filhos, com graves consequências em todas as áreas das suas vidas. Para lhes fazer justiça, é essencial uma compensação generosa e uma cicatrização emocional”, sublinha o acordo.

A perseguição das Finanças a famílias inteiras é o pior escândalo administrativo, institucional e político da história recente dos Países Baixos, e que causou a queda do Governo em Janeiro passado.

O futuro executivo abolirá, portanto, o actual sistema e financiará as creches em até 95%, para que os pais só paguem uma pequena contribuição, e os subsídios não serão pagos em forma de ajudas, mas directamente às instituições de cuidado infantil, para evitar que as famílias “se percam em regras complicadas”, como aconteceu desde 2013.

O partido liberal VVD, o progressista D66, o Apelo Democrata-Cristão (CDA) e a União Cristã (CU), que governaram em coligação de 2017 a Janeiro deste ano (quando se demitiram em bloco e ficaram em gestão corrente), demoraram nove meses a atenuar as divergências surgidas após as eleições de Março e recuperar a unidade com que governaram antes.

Do acordo, destacam-se o aumento gradual do salário mínimo em 7%, que se baseará numa semana laboral de 36 horas (como propunha a esquerda, na oposição), e a prioridade dada à resolução de desafios sociais como as alterações climáticas e a crise do nitrogénio, com 35.000 milhões e 25.000 milhões de euros adicionais, respectivamente.ANG/Inforpress/Lusa

 

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Mensagem à Nação/”Vamos saber acautelar todos os nossos legítimos interesses nacionais”, diz  Presidente da República

Bissau,31 Dez 21(ANG) – O Presidente da República defendeu ,em mensagem a Nação, que a  Guiné-Bissau precisa de unidade nacional  e do esforço construtivo de todos os seus filhos e não  de crises políticas.

“A Guiné-Bissau ainda não perdeu e nem perderá um único barril do seu petróleo quando se passar da fase de prospecção para a de exploração propriamente dita.

Vamos saber acautelar devidamente todos os nossos legítimos interesses nacionais”, garantiu o Chefe de Estado na tradicional  mansagem à Nação por ocasião de fim de ano.

O chefe de Estado exaltou a diplomacia activa feita em 2021 em prol  do desenvolvmento do país.

Disse que, tanto na CEDEAO como UEMOA, a Guiné-Bissau restaurou plenamente a sua credibilidade, como Estado membro e passou a ter uma voz activa na agenda dessas instituições.

“A Guiné-Bissau conseguiu projectar-se de novo, atraíndo as atenções, o interesse e a confiança de importantes parceiros de desenvolvimento”, enalteceu o Presidente da República.

“Num ano de grandes sucessos que foram alcançados, onde a Guiné-Bissau mais precisava de restaurar a sua imagem na comunidade internacional, nem todos quiseram acompanhar esta nova dinâmica que, como todos sabem, já não se verificava há décadas”, realçou.

Declarou que, ontem a Guiné-Bissau era desprezada, frisando que, hoje o país é elogiado por insuspeitos observadores internacionais.

“Não ajudou a Guiné-Bissau, por exemplo a decisão de internacionalizar o chamado “caso do avião airbus”, que, depois, terminou num grande fiasco. E como se isso não bastasse, agarraram-se agora ao acordo de Gestão e Exploração da Zona Conjunta entre a Guiné-Bissau  e o Senegal com um foco  na chamada “questão do petróleo”.

Umaro Sissoco Embalo disse que 2021 foi de grandes desafios, frisando que, infelizmente, o mundo continua a enfrentar a pandemia da Covid-19 e a perda de milhões de vidas humanas.

Acrescentou que a pandemia, que se arrasta há dois anos, ainda não foi vencida, e que para além de perdas de vidas humanas, continua a ter um impacto económico e social muito grande.

Umaro Sissoco Embalo sublinhou que, numa conjuntura internacional e interna que todos reconhecem ser  muito difícil, o Governo foi capaz de pagar regularmente os salários aos servidores do Estado.

Referiu  ainda que o executivo foi capaz de lançar um programa ambicioso de obras públicas, nomeadamente de requalificação de estradas urbanas e reabilitação de pistas rurais com impacto positivo na mobilidade das pessoa, no comércio, na coesão social e territorial do país.

“O recente lançamento do projecto  de Porto de Buba e a instalação das linhas de interconexão sub-regional do grande projecto de energia electrica da OMVG abrem novas e boas perspectivas para o desenvolvimento económico e social do país”, afirmou.

O Presidente da República disse que para a concretização desses projectos, é preciso enfrentar, com muita determinação, a corrupção e a ameaça que no país representa o tráfico internacional de drogas.

“O nosso ambiente institucional que resultou da reestruturação e nas recentes mudanças no Supremo Tribunal de Justiça, no Ministério Público e no Tribunal de Contas, vai permitir aumentar a eficâcia do combate que estamos a desenvolver contra a corrupção e o narcotráfico”, salientou.

Segundo Cissoco Embaló, a corrupção tornou-se uma das maiores preocupações dos guineenses o que, por si só, é fundamento para que a luta contra esse flagelo seja uma das suas prioridades,e reafirma  que, não vão, de modo algum, permitir que a corrupção ponha em causa os alicerces do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

ANG/ÂC//SG

 

Pescas/Governo sensibiliza forças de defesa para se empenharem no controlar águas territoriais do país durante “período biológico”

Bissau 31 Dez 21 (ANG) – O Governo, através do Ministério das Pescas, desenvolveu, quinta-feira, ações de sensibilização junto das  forças de defesa e segurança para se empenharem  na fiscalização e controle das águas territoriais do país, durante os 30 dias de proibição da pesca industrial devido ao repouso biológico decretado pelo Governo.

Falando à imprensa após contatos à chefias da Marinha Nacional e da Fiscap, o ministro Mário Sambé  disse que o dia é marcante uma vez que  serão interditadas  atividades pesqueiras durante um mês, para que as espécies ai existentes possam durar para as gerações vindouras, algo que diz ser inédito na  história a Guiné-Bissau desde que se tornou independente, em 1973.

Mário Fambé frisou que há países que o fazem por três meses, mas que, por ser a primeira vez, o período biológico será de 30 dias.

 “O nosso objetivo principal é proteger todos os nossos recursos marítimos    e durante este tempo teremos uma avaliação do sucesso ou não desta decisão através de informações que serão dadas por um Barco de estudo cientifico “, disse.

Questionado sobre o abastecimento do pescado no mercado nacional durante este tempo da interdição da pesca, Sambé respondeu que a pesca artesanal vai continuar para poder abastecer o mercado com peixes, acrescentando que ainda existem o stock através das mulheres que importam do Senegal.

Por seu turno, o Chefe de Estado-maior da Armada, Carlos Mandungal vulgo “Tio Bom”, disse que o Governo já fez a sua parte, tomando as medidas necessárias, e que agora é a vez das instituições operacionais fazerem os seus deveres.

 “Qualquer infracção será neutralizada e teremos operacionais a trabalhar vinte e quatro horas por dia, durante um mês, e quanto a logística tudo está mobilizado até os médicos estão mobilizados. Nós da Marinha, em colaboração com a Guarda Nacional responsáveis no controle do mar, vamos tudo fazer para honrar essa missão “, prometeu.

Além dos meios humanos, o Governo através do Ministério das Pescas recuperou as vedetas de fiscalização do Fiscap que serão coadjuvados com três barcos que vão estacionar nas três frentes a saber: zona Norte, centro e sul ..ANG/MSC/ÂC//SG

     Ucrânia/Joe Biden e Vladimir Putin querem manter solução diplomática

Bissau, 31 Dez 21 (ANG) - O Presidente norte-americano Joe Biden e o homólogo russo, Vladimir Putin, voltaram a falar por telefone  quinta-feira, 30 de Dezembro, para acabar com o clima de tensão vivido entre a NATO e a Rússia por causa da Ucrânia.

Apesar das exigências se manterem dos dois lados, Biden e Putin concordaram em manter aberta a via do diálogo.

Este segundo encontro remoto entre os dois líderes em menos de um mês debruçou-se sobre a tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

O Presidente norte-americano advertiu que "vai responder firmemente" a qualquer invasão à Ucrânia. Já Vladimir Putin respondeu que sancionar Moscovo será um "grande erro".

À medida que se aproximam as negociações russo-americanas de 10 de Janeiro, em Genebra, na Suíça, a Rússia repete que a prioridade é negociar dois tratados que voltem a definir o equilíbrio e a segurança na Europa.

Para o Kremlin, a segurança da Rússia passa por proibir que a presença da NATO se amplie na região em que Moscovo considera ser a sua zona de influência.

A primeira conversa telefónica entre Putin e Biden aconteceu no início de Dezembro, o Presidente norte-americano ameaçou Vladimir Putin com sanções se atacasse a Ucrânia.

Até agora os países ocidentais descartaram uma resposta militar a uma possível invasão russa, e o Kremlin deu pouca atenção às ameaças de sanções. A Rússia já é alvo de represálias económicas dos países ocidentais pela questão ucraniana e pela repressão no país.

As negociações marcadas para 10 de Janeiro em Genebra sobre a Ucrânia e a estabilidade estratégica anunciam ser tensas. As discussões, lideradas pela vice-secretária de Estado americana, Wendy Sherman, e pelo homólogo russo, Serguei Riabkov, vão ser seguidas por uma reunião entre representantes de Moscovo e da NATO a 12 de Janeiro e por outra, no dia seguinte, no âmbito da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.  ANG/RFI

 

 


CAN 2021
/Presidente da República considera selecção nacional  “factor de união dos guineenses”

Bissau,31 dez 21(ANG) – O Presidente da República considerou a selecção nacional de futebol “o factor de união dos guineenses”, tendo em conta que representa um desígnio nacional.

Umaro Sissoco Embaló falava quinta-feira no acto de entrega da bandeira nacional aos jogadores da selecção nacional de futebol que irão participar, pela terceira vez consecutiva, na fase final da Taça de Àfrica das Nações, a disputar-se nos Camarões.

O chefe de Estado sublinhou  que, quando se fala da seleção nacional tudo é esquecido, ou seja desconhece-se quem é do Madem G15, do PRS, e que todos se unem à volta da bandeira nacional.

“Peço-vos  jogadores e a equipa técnica que representem a Guiné-Bissau de maneira condigna nos Camarões. Não é por ocaso que quando vão para uma competição, entoam o hino do vosso país, esta bandeira que levam,  as próprias cores das camisolas, é que vos dão direitos de usufruirem do hino que pertence à todo o povo guineense”, disse.

O Presidente da República, aconselhou aos Djurtus para serem, de facto, aquela seleção disciplinada e exemplar, frisando que são factores fundamentais  a disciplina e obediência no seio do grupo.

“Esta é a terceira vez que vamos marcar presença na mais alta competição do nosso continente. Há 20 anos, se diziamos que vamos participar numa competição dessa alguém dizia que é uma loucura, mas hoje em dia estamos a constatar essa realidade”, sublinhou.

Umaro Sissoco Embalo salientou que já trouxemos para a selecção varios treinadores estrangeiros e não conseguimos grandes proezas como tem acontecido com este treinador nacional.

Prometeu deslocar-se para os Camarões para apoiar os Djurtus se conseguirem apurar para a fase seguinte da competição.

 “Estamos mais uma vez aqui, para reafirmar de que a seleção nacional de futebol é desígnio nacional e por isso estamos aqui para lhe confirmar de que temos mais um embate que é a nossa participação no CAN 2021, e desta vez o nosso objectivo e foco é ultrapassar  a fase de grupos”, sublinhou Carlos Alberto Teixeira(Caito) Presidente da FFGB.

O CAN 2021 vai decorrer entre 09 de Janeiro e 06 de Fevereiro de 2022, nos Camarões, 50 anos depois da última organização do CAN por aquele país.

As 24 seleções foram divididas em seis grupos, sendo que apenas o primeiro, o segundo e os quatro melhores terceiros classificados avançarão para os oitavos de final.

Os “Djurtus” estão no grupo D, tendo estreia marcada contra o Sudão (11 de Janeiro), antes de debater-se com o Egipto (15 de Janeiro) e Nigéria (19 de Janeiro), sempre em Garoua.

A 33.ª edição da Taça das Nações Africanas estava marcada para 2021, mas acabou por ser adiada para 2022 – apesar de manter a designação CAN 2021 – para não coincidir com a Copa América e o Euro 2020, que foram adiados devido à pandemia da covid-

ANG/ÂC//SG

 

Somália/União Africana pede solução baseada no diálogo para tensão política

Bissau, 31 Dez 21(ANG) – O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, apelou quinta-feira a um “diálogo” entre o primeiro-ministro e o Presidente somalis para encontrar “uma solução política” após o agravamento das tensões no país do Corno de África.

De acordo com um comunicado da União Africana (UA), Mahamat acompanha “com profunda preocupação” a “grave tensão política na Somália”, que se intensificou no dia 27, quando o Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo ordenou a suspensão dos poderes do primeiro-ministro, Mohamed Hussein Roble.

Após a iniciativa do Presidente – que apontou o primeiro-ministro como suposto responsável por um caso de corrupção – Roble e vários opositores acusaram Farmaajo de ter tentado dar um golpe de Estado.

O anúncio de Farmaajo foi seguido de um visível desdobramento de militares na capital, Mogadíscio, com membros das Forças Armadas a tentarem impedir o primeiro-ministro de aceder ao seu gabinete, localizado no complexo da residência presidencial, conhecido como Villa Somalia.
Por sua vez, através da rede social Twitter, o gabinete de Roble descreveu a decisão presidencial como “uma tentativa fracassada para ocupar militarmente o gabinete do primeiro-ministro” e de “uma violação da Constituição e de outras leis”.
As eleições presidenciais deste país, já adiadas várias vezes, chegaram a ser marcadas para 10 de outubro, mas não se realizaram devido a desentendimentos políticos.

A câmara baixa do parlamento aprovou em 12 de fevereiro a prorrogação do mandato do Presidente Farmaajo por mais dois anos – que havia expirado quatro dias antes -, mas o Senado [câmara alta] considerou a medida como inconstitucional por não ter o consenso das duas câmaras.

Essa situação desencadeou uma grande crise política e, em 25 de abril, os confrontos entre fações opostas do Exército – a favor e contra a prorrogação do mandato – provocaram pelo menos 13 mortos e 22 feridos em Mogadíscio, segundo fontes médicas confirmadas à Efe.

No final de abril, Farmaajo renunciou à extensão do seu mandato e ordenou que Roble dirigisse o processo de preparação das eleições.

Já em setembro passado, uma nova escalada de tensão entre os dois fez Farmaajo suspender os poderes de Roble para nomear e demitir funcionários públicos, medida que o primeiro-ministro rejeitou, acusando o Presidente de “interpretar mal” artigos da Constituição.

O adiamento sistemático das eleições desvia a atenção de outros problemas, nomeadamente a luta contra o grupo ‘jihadista’ Al-Shabab, que controla áreas rurais no centro e no sul e quer estabelecer um Estado islâmico ‘wahhabi’ (ultraconservador) na Somália.

O país vive um estado de conflito e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando a Somália sem um governo efetivo e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas, como o Al-Shabab.ANG/Inforpress/Lusa