quinta-feira, 7 de novembro de 2024

 
Política/Simões Pereira diz que a Guiné-Bissau está a 3 meses de ser um “não-Estado”

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) – O líder da coligação PAI- Terra Ranka disse quarta-feira que a Guiné-Bissau está a três meses de se tornar um “não Estado”, com o fim do mandato do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.

O também presidente eleito e deposto da Assembleia Nacional Popular e do PAIGC, Domingos Simões Pereira, entende que a não marcação de eleições presidenciais fará com que a partir de 27 de fevereiro todos as instituições do país fiquem a funcionar à margem da lei e da Constituição.

“Se até lá, se o povo não assumir a sua responsabilidade de sair à rua e exigir a reposição da normalidade, vai concretizar-se o tal não Estado, o que significa um quadro de anarquia total em que não há lei que sustenta absolutamente nada”, afirmou.

A coligação PAI- Terra Ranka deu na quarta-feira uma conferência de imprensa na qual se  pronunciou sobre a situação política, depois de o Presidente da República ter adiado as eleições legislativas antecipadas marcadas para 24 de novembro.

O líder da coligação que ganhou as legislativas de 2023 e foi afastada do poder com a dissolução do parlamento seis meses depois, especificou que, com o fim do mandato do Presidente, “todas as instituições que têm a vocação e responsabilidade de zelar pela aplicação da lei, ou foram sequestradas ou foram subtraídas na sua competência, ou foram simplesmente atrofiadas nas suas competências”.

“Enquanto partido político, mas também enquanto cidadão, estamos aqui a cumprir duas responsabilidades muito grandes que é alertar o povo guineense e, por via do povo guineense, alertar todos os cidadãos, incluindo os titulares de órgãos de soberania, para a necessidade de todos em conjunto evitarmos chegar a esse estado de coisas”, declarou.

Simões Pereira lembrou que “o próprio Presidente da República para ser Presidente é porque há uma Constituição” e questionou o que é que sustenta a sua continuidade “quando ele aniquila a Constituição”.

“Não podemos ter um órgão de soberania que vem pôr em causa a existência de outros órgãos e continuarmos a ouvir instâncias, que têm responsabilidade de proteger a soberania, dizer que estão a cumprir o seu dever e continuam atrás de um único órgão de soberania, que vai ficar caduco a partir de 27 de fevereiro”, acrescentou.

Domingos Simões Pereira reiterou o apelo ao povo guineense para sair à rua e reclamar o direito à reunião, manifestação e organização que “este regime tenta subtrair”.

O líder da PAI-Terra Rnka concretizou que vai conversar com as estruturas da coligação e estender este apelo a todas as forças vivas, tanto políticas como da sociedade civil, para uma manifestação nacional, cuja data será anunciada depois da reunião interna, que deverá acontecer na quinta-feira.

“Será um apelo da nação ao resgate da democracia e do Estado de direito democrático”, disse.

Simões Pereira foi adversário de Sissoco Embaló nas presidenciais de 2019 e considera que o único propósito do regime é impedi-lo de voltar a ser candidato a eleições.

Apontou o que está a acontecer com a candidatura que a coligação submeteu ao Supremo Tribunal de Justiça para as legislativas de 24 de novembro, entretanto adiadas. Apesar do anunciado adiamento, o tribunal notificou a coligação a “pôr em causa a constituição” da mesma, afirmou.

Além “desencontro” e “falta de coordenação” entre instituições, Simões Pereira estranha “a tentativa do tribunal de pôr em causa” a coligação que já tinha sido apresentada, já tinha sido validada em 2023, e ganhou as legislativas.

“Os elementos que assinaram essa coligação em 2023 são os mesmos que em 2024, fica difícil de entender com base em que análise é que se pode pôr em causa a validade desse acordo político”, salientou.

A coligação PAI- Terra Ranka voltou a denunciar o uso de gás lacrimogéneo pela polícia para dispersar reuniões e manifestações e que estão a ser usadas granadas deste produto fora do prazo de validade.

“Foram fabricadas em dezembro de 2015 e tinham como data de validade dezembro de 2020. Se foram importadas entre 2020 e 2021, provavelmente até foram já importadas fora do prazo de validade”, concretizou.

A coligação entende que “configura uma situação de atentado à própria humanidade trazer químicos que podem pôr em causa a saúde e a vida das pessoas” e anunciou que vai entregar o caso aos advogados.

Pretende “recorrer também à comunidade internacional para levar à responsabilização destes casos até às últimas instâncias do poder judicial internacional”, disse.ANG/Lusa

 

Moçambique/ Governo desmente a presença de forças ruandesas em Maputo

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) - Não há forças estrangeiras, muito menos ruandes
as, a combater as pessoas que protestam contra os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro em Moçambique, segundo o Ministro da Defesa que desmente assim, informações sobre a presença de forças ruandesas na cidade de Maputo.

Para o ministro da defesa, as informações postas a circular, sobretudo nas redes sociais e em alguma imprensa, são falsas:

A presente actuação neste ambiente de tensão política, em todo o território nacional, é feita exclusivamente pelas forças de defesa e segurança de Moçambique, sem nenhum apoio de forças estrangeiras, em particular as forças de segurança do Ruanda. Este é o nosso assunto e devemos resolver em concórdia entre nós moçambicanos”, afirmou o Ministro da Defesa.

Cristóvão Chume adverte, contudo, que os militares poderão entrar em cena para travar manifestações violentas:

Se o escalar da violência continuar não se coloca outra alternativa senão mudarmos a posição das forças no terreno e colocarmos as forças armadas a protegerem aquilo que são os fins do Estado”, concluiu Cristóvão Chume.

Em conferência de imprensa, a Ordem dos Advogados de Moçambique disse recear um banho de sangue que se pode viver, amanhã, 07 de Novembro, em Moçambique, dia em que está prevista a grande marcha pela cidade de Maputo.

A ordem tece duras críticas à actuação da polícia, e à postura do Presidente da República face ao que está a acontecer, num país em que a CNE e o Conselho Constitucional não têm qualquer credibilidade segundo a ordem, acrescentando que é preciso o Presidente da República se pronunciar para apaziguar os ânimos.

A ordem defende ser urgente avançar-se para um diálogo que envolva toda uma sociedade para se evitar o pior, isto porque o descontentamento é generalizado e tudo pode acontecer.

Os protestos contra os resultados eleitorais forçaram ao encerramento da fronteira de Ressano Garcia, a principal entre Moçambique e a África do Sul, por motivos de segurança.

De acordo com os órgãos de comunicação sul-africanos, cidadãos moçambicanos enfurecidos depois do baleamento de um deles pela polícia, destruíram e incendiaram residências e viaturas numa zona junto da fronteira. As mesmas fontes referem que os agentes das forças da ordem envolvidas nos incidentes tiveram que se refugiar na África do Sul.ANG/RFI

            Alemanha/Dissolução da coligação “semáforo” cria incerteza

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) - A Alemanha entra esta quinta-feira, 7 de Novembro, numa era de grande incerteza, após a dissolução da coligação “semáforo”, formada pelos liberais, pelo Partido Social Democrata (SPD) e pelos Verdes.

A oposição pede uma moção de confiança e o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, apela à responsabilidade dos dos políticos, sublinhado que o país “ precisa de maiorias estáveis ​e de um Governo eficaz”.  

O fim do Governo do chanceler alemão fica a dever-se à demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner, e à saída de três ministros liberais esta quarta-feira, 6 de Novembro, decisão que priva o Olaf Scholz de uma maioria.

A crise política rebenta no pior momento para a maior economia da Europa. A Alemanha efrentar uma grave crise industrial e está inquieta com as repercussões que a eleição do republicano Donald Trump possam vir a ter no comércio e na segurança do país. 

A coligação governamental alemã, que uniu social-democratas e ecologistas à esquerda com os liberais do FDP à direita, desfez-se devido a profundas diferenças entre os dois campos sobre a política orçamental e económica a seguir. Os primeiros são a favor da revitalização da economia nacional-estagnada através da despesa- enquanto os liberais defendem cortes sociais e uma disciplina orçamental rigorosa.

Confrontado com “ultimatos” do ministro das Finanças, Olaf Scholz considerou que já não havia “confiança suficiente para uma cooperação contínua”.

Porém, o chanceler alemão espera conseguir resistir durante alguns meses para liderar um Governo minoritário e aprovar alguns diplomas legislativos considerados prioritários, procurando maiorias caso a caso. Quanto ao orçamento para 2025, cuja preparação está na origem da crise atual, há incerteza. Na falta de aprovação no Parlamento, uma versão mínima e reduzida poderá ser aplicada a partir de Janeiro.

O líder da União Democrata-cristã alemã (CDU), Friedrich Merz, pediu a Olaf Scholz que não espere até Janeiro para solicitar uma moção de confiança ao parlamento, mas que o faça o mais depressa possível. O presidente do grupo parlamentar da CSU (partido irmão da CDU na Baviera), Alexander Dobrindt, considerou que o país não se pode dar ao “luxo de ter um chanceler em coma”.

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, pediu aos políticos para serem responsáveis, sublinhado que o país “precisa de maiorias estáveis ​​e de um Governo eficaz”

O chefe de Estado alemão será responsável pela dissolução do Bundestag, a câmara baixa do Parlamento, caso o Governo perca, como seria de esperar, a moção de confiança que será submetida aos deputados.

Ainda hoje, o chanceler alemã tentará dissipar as preocupações, durante uma reunião na Hungria da Comunidade Política Europeia (CPE), composta pelos 27 países da UE e pelos vizinhos, da Turquia à Ucrânia.

Será seguida por uma reunião informal apenas dos líderes dos Vinte e Sete, muitos dos quais já estão preocupados com a vitória de Donald Trump, inclinado a travar batalhas comerciais e aduaneiras com o Velho Continente. ANG/RFI

EUA/Xi Jinping felicita Donald Trump e espera maior cooperação entre os dois países

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) -  O Presidente chinês felicitou Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos desta terça-feira, 5 de Novembro.

Xi Jinping lançou um apelo para que a relação entre os dois países possa ser mais cooperativa durante o próximo mandato de Donald Trump, após anos de tensões marcadas por rivalidades económicas e disputas quanto à soberania de Taiwan. O Presidente chinêse deixou um aviso: "não haverá vencedores" numa guerra comercial.

O Presidente chinês, Xi Jinping, sublinhou a importância de os Estados Unidos e a China encontrarem formas de diálogo e entendimento, à medida que os dois maiores impérios económicos mundiais enfrentam novos desafios no contexto internacional. "A China está pronta para trabalhar com os Estados Unidos no sentido de promover a paz, a estabilidade e a prosperidade mundial, enfrentando juntos os desafios globais", afirmou Xi Jinping.

As relações "estáveis, saudáveis e duradouras" entre a China e os Estados Unidos são do interesse comum e respondem às expectativas da comunidade internacional. Xi Jinping lembrou que a história mostrou que Pequim e Washington saem sempre a perder numa confrontação directa. O Presidente chinês apelou, desta forma, ao respeito, à coexistência pacífica e à cooperação mútua.

A eleição de Donald Trump pode vir a mudar a dinâmica sino-americana, que nos últimos anos tem sido tensa devido a questões como Taiwan, o comércio, os direitos humanos, bem como a rivalidade no desenvolvimento tecnológico. Durante o primeiro mandato, Donald Trump tinha iniciado uma guerra comercial com a China. Agora, durante campanha, ameaçou impor taxas de 60% sobre todas as importações chinesas, o que poderia afectar em 500 mil milhões de dólares as mercadorias importadas.

Medidas que podem afectar a economia chinesa, actualmente fragilizada. Embora, Pequim prepare um grande plano económico, revelado depois de uma reunião parlamentar e que pode ser ainda mais ambicioso depois dos resultados das eleições americanas.

Numa altura em que Xi Jinping se mostra optimista sobre a possibilidade de um novo capítulo nas relações entre os Estados Unidos e a China, o Presidente ainda em funções, Joe Biden, faz esta quinta-feira, 7 de Novembro, uma declaração ao país na qual se vai pronunciar sobre o resultado das eleições e sobre o futuro da administração norte-americana. Nesta intervenção, Joe Biden deve esclarecer o rumo do Partido Democrata depois da derrota e das implicações para a política interna e externa dos Estados Unidos.

O discurso de ontem à noite, Kamala Harris, candidata derrotada, foi feito num espírito de resiliência. Kamala Harris defendeu que, apesar da derrota, a luta pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais vai continuar. "Está na hora de arregaçar as mangas, de não baixar os braços", afirmou a democrata, prometendo uma transição pacífica de poder e reiterando o compromisso com as causas que defendem os mais vulneráveis na sociedade norte-americana.ANG/RFI

Etiópia/ “A impunidade contra crimes cometidos contra jornalistas ainda é extremamente elevada”, diz Diretor do gabinete de ligação da UNESCO com a UA e UNECA

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) – A impunidade por crimes cometidos contra jornalistas “ainda é extremamente elevada”, alertou a Diretora do Gabinete de Ligação da UNESCO com a União Africana (UA) e a UNECA em Adis Abeba, Sra. Bissoonauth, deplorando os assassinatos de jornalistas, incluindo mulheres.


Em entrevista ao MAP por ocasião da celebração, nos dias 6 e 7 de Novembro em Adis Abeba, do 10º Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes Cometidos contra Jornalistas, co-organizado na sede da UA pela UNESCO e pela Comissão da UA sob o tema “Segurança dos jornalistas em tempos de crise e situações de emergência”, a Sra. Bissoonauth observou que 85 por cento dos assassinatos de jornalistas permanecem impunes no mundo.

Citando o Relatório do Diretor Geral da UNESCO sobre a segurança dos jornalistas e o perigo da impunidade (2022/2023), a Sra. Bissoonauth sublinhou que esta taxa de 85 por cento diminuiu apenas 4 pontos em seis anos, apelando a todos os membros. os Estados a agir e implementar as recomendações adoptadas para pôr fim a esta impunidade.

O Diretor do Gabinete de Ligação da UNESCO com a UA e a UNECA também lamentou que as mulheres jornalistas representassem 9% dos assassinatos em 2022-2023. “Infelizmente, o nível de impunidade está claramente a aumentar para as mulheres jornalistas, mas para mim o que ainda me emociona é saber que o número de mulheres jornalistas mortas nos últimos sete anos é o mais elevado”, daí a necessidade de uma acção urgente, disse ela.

Bissoonauth acrescentou que o relatório da UNESCO 2022/2023 mostra 162 assassinatos de jornalistas, a maioria deles em países em conflito, um aumento de 38 por cento em comparação com 2020 e 2021.

Anunciou que a UNESCO apresentará durante esta comemoração, em particular, um guia para psicólogos que trabalham com jornalistas em situações de emergência, com o objetivo de ajudar os psicólogos a terem ferramentas práticas para oferecer apoio psicológico em momentos de conflito e crise e especialmente com um atendimento específico. ênfase nas necessidades das mulheres jornalistas.

Segundo a UNESCO, o tema escolhido para o 10.º Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas em Adis Abeba está alinhado com os objectivos da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, em particular o Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 16, que visa “promover o advento de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, garantir o acesso à justiça para todos e estabelecer instituições eficazes a todos os níveis, responsáveis ​​e abertas a todos.

O tema está também alinhado com a Agenda 2063 da União Africana, cuja Aspiração 3 visa promover "uma África de boa governação, democracia, respeito pelos direitos humanos, justiça e estado de direito", e a Aspiração 4 visa promover "uma África viva na paz e na segurança”, com o objectivo de “fortalecer a governação, a responsabilização e a transparência como alicerce de uma África pacífica”.ANG/FAAPA

          Rabat/Marrocos eleito vice-presidente da Interpol para África

Bissau, 07 Nov 24 (ANG) – Marrocos foi eleito esta quinta-feira, por larga maioria, vice-presidente da Interpol para África, durante as eleições do comité executivo desta organização, em reconhecimento dos seus esforços para preservar a segurança e a estabilidade a nível regional e internacional e o seu papel pioneiro ao serviço da cooperação de segurança Sul-Sul.

Um comunicado da Direção Geral de Segurança Nacional (DGSN) indica que o representante do Reino foi eleito graças aos votos dos delegados de 96 países membros, com uma grande vantagem em relação aos restantes candidatos, durante a operação de votação que teve lugar por ocasião da 92ª Assembleia Geral da Interpol que se realiza em Glasgow (4 a 7 de Novembro), na Escócia.

Marrocos apresentou a sua candidatura para este cargo, impulsionado por um firme desejo de contribuir para o desenvolvimento de estruturas policiais em África, e uma determinação resoluta de reforçar a cooperação de segurança Sul-Sul e de trocar as suas experiências e conhecimentos com os serviços de segurança no seu ambiente continental. .

A candidatura marroquina inspira-se nas Altas Diretrizes Reais que estabelecem a cooperação Sul-Sul como uma escolha estratégica e uma prioridade para o Reino e os seus parceiros africanos, de acordo com uma visão pragmática baseada no desenvolvimento das relações que ligam Marrocos aos países africanos a todos os níveis. , incluindo segurança.

Com base nesta visão, o Reino apresentou uma candidatura bem construída para ocupar este cargo, assente no investimento nos recursos humanos policiais em África, no desenvolvimento de estruturas de segurança e na consolidação da cooperação policial no espaço africano com vista ao esgotamento. identificar as fontes de imigração irregular e de tráfico de seres humanos e prevenir as suas ligações com redes criminosas transfronteiriças.

Após a sua eleição para o comité executivo da Interpol como vice-presidente da Organização para África, Marrocos aspira a coordenar esforços com os escritórios centrais nacionais nos países africanos e no resto dos países do mundo, a fim de responder rápida e eficientemente às ameaças terroristas ligadas às ramificações regionais de organizações extremistas.

Trata-se também de destacar e coordenar esforços para combater os riscos não convencionais relacionados com a utilização maliciosa da inteligência artificial e das novas tecnologias por grupos de crime organizado.

A DGSN apresentou a candidatura do prefeito de polícia Mohamed Dkhissi, diretor da polícia judiciária e chefe do Gabinete Central Nacional da Interpol-Rabat, para este cargo.

O Diretor Geral de Segurança Nacional e Vigilância Territorial (DGSN-DGST), Sr. Abdellatif Hammouchi, que presidiu a delegação do Reino de Marrocos à 92ª sessão da Assembleia Geral da Interpol em Glasgow, participou em discussões multilaterais e reuniões bilaterais que se concentrou em formas de fortalecer a cooperação em segurança internacional e a acção policial conjunta, além de apoiar a candidatura de Marrocos à Vice-presidência da Interpol para África.

Criada em 1923, a Interpol é uma organização internacional de polícia criminal, cujo principal objetivo é apoiar as capacidades nacionais e o intercâmbio de informações e conhecimentos entre os serviços de segurança dos 196 países membros para melhor prevenir e combater as ramificações transnacionais de diferentes formas de crime e ameaças à segurança. ANG/FAAPA

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Ensino/ Polícia dispersa estudantes em vigília  contra aumento do valor das  mensalidade nas Escolas Superiores do Estado

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) – Agentes da Policia da Ordem Pública dispersaram hoje um grupo de estudantes que se manifestavam  em vigília no Ministério da Educação, Ensino Superior e Investigação Científica contra o aumento do valor das  mensalidades nas escolas superiores do Estado, recentemente anunciado pelo Governo.

O  grupo, de dezenas de estudantes,  exibiu cartazes com os dizeres  “não acabam com a educação, queremos ir à escola, deem-nos nossos direitos, publicam os nossos resultados”, entre outros.

No passado dia 16 de Outubro, o ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica do através de um Despacho, determinou o pagamento de propinas mensal no valor de 10.000fcfa(dez mil fcfa)   para  estudantes de licenciatura e 7.500(sete mil e quinhentos fcfa) para os de bacharelato nas sete unidades do ensino superior de educação estatal.

Anteriormente os estudantes de licenciatura pagavam 53 mil fcfa e os de bacharelato 43 mil fcfa  anualmente.

Em declarações à imprensa, o porta-voz dos estudantes  em vigília, Januário Pedro Meb, com um dos olhos inflamado devido à agressões  policiais, lamenta ter sido espancado por estar a exigir o seu direito.

Criticou o facto de alguns membros do actual Governo serem pessoas que beneficiaram do ensino gratuito do Estado, mas que hoje estão a impedir que outras pessoas  se usufruíssem do mesmo direito.

Pedro Mep considerou a dispersão dos estudantes como uma violação dos seus direitos  porque, diz,  estavam numa “vigília pacífica”.

Januário Pedro Meb encoraja aos seus colegas a continuarem a lutar pelos seus direitos.ANG/LPG/ÂC//SG

Desporto/FIFA pretende reabilitar  centro de estágios de Alto Bandim e contruir outro em  Nhacra

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) – Uma delegação da Federação Internacional das Associações de Futebol Mundial (FIFA), chegou terça-feira ao país para analisar  com a Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), a forma de reabilitar o centro de estágio da FFGB, e construir um novo nos arredores de Nhacra.

A  delegação da FIFA e dirigentes da FFGB  efetuaram hoje uma visita aos requalificados Estádios “Saco Vaz”, em Canchungo,  e  “Rei Pelé”, na cidade de Bafatá, zona leste do país.

No final da visita, o Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) Carlos Alberto Mentes Teixeira conhecido por “Caíto”, disse à imprensa acreditar que  os novos centros de estágios  a serem contruídos vão fazer aparecer muitos  miúdos “bons de bola” sobretudo do interior do país.

“Queremos mostrar com isso que a FFGB pretende alastrar o futebol para todo o canto do país, e sobretudo nas regiões”, disse Mendes Teixeira.

Acrescentou  que os maiores investimentos da FFGB com fundos da FIFA foram feitos no interior do país, isso para “fazer o país no seu todo viver o futebol”.

 “Agradeço a FIFA pela  aposta  na Guiné-Bissau. Apesar de muitas desinformações   veiculadas  nas Mídias
desportivas não desisto de continuar a apoiar o futebol nacional”, disse Carlos Teixeira..

Por sua vez, o gerente do Projeto da FIFA para África Ocidental, igualmente chefe da mesma delegação, Nataniel Nascimento Brito disse que a visita a Guiné-Bissau serve para avaliar a situação em que se encontra  o centro de estágio da FFGB.

 “Vamos fazer uma restruturação total do centro, para mais tarde poder acolher, as categorias dos jovens”, disse.

Segundo Nataniel Nascimento Brito, será feito o levantamento de tudo o que for necessário para a restruturação do centro,  assim como para a construção de novo centro em  Nhacra.

 “Penso que até  Março de 2025 a FIFA estará  em condições de dar início as respetivas obras”, disse Nataniel Nascimento Brito.ANG/LLA//SG       

     

Justiça/ STJ dá 24 horas aos candidatos a deputados da API “Cabas Garandi” para renunciaram sua filiação  noutros  partidos  

Bissau, 06 Nov 24(ANG) – O Supremo Tribunal de Justiça (STJ), deu um prazo de 24 horas aos candidatos à deputados  da Coligação da Aliança Patriótica Inclusiva “Cabas Garandi”, para as próximas eleições legislativas  para apresentarem  declaração de desvinculação das seus anteriores partidos.

O pedido do STJ vem expressa num despacho datado de 04 de Novembro de 2024,  assinado pelo seu Presidente Lima António André,  a que ANG teve acesso hoje.

Para o efeito, o Supremo Tribunal da Justiça notificou o mandatário nacional da lista desta Coligação para o efeito e os visados são militantes do Movimento para a Alternância  Democrática (MADEM-G15), ala Braima Camará, e do Partido da Renovação Social(PRS) ala Fernando Dias.

Em Outubro passado o STJ indeferiu uma providência cautelar intentada pelos apoiantes de Braima Camará contra a anotação dos resultados do  congresso da outra ala do Movimento para a Alternãncia Democrática/ Madem G-15 que elegeu Adja Satú Camará Pinto como nova Coordenadora desta formação política.

Quanto a situação dos elementos do PRS pertencentes a Coligação Cabas Garandi fundamenta-se que foi a ala do partido que num congresso elegeu Félix Nandungué como novo presidente que o STJ reconhece como nova direção dos renovadores. Sendo assim, Fernando Dias e seus apoiantes são agora obrigados a se renunciarem do partido.

As eleições legislativas antecipadas foram adiadas para uma data a anunciar, devido a atrasos e não só, da publicação da lista definitiva dos candidatos a deputados de diferentes concorrentes, pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Para o efeito o Supremo Tribunal de Justiça havia anunciado a  receção de   candidaturas de   quatro partidos e três coligações.

O ministro da Administração Territorial e do Poder Local, Aristides Ocante da Silva disse na passada semana que informou ao Presidente da República de que não estão reunidas as condições para cumprir o calendário eleitoral.

O Presidente da República revogou  na segunda-feira o Decreto número 26/2024, de 16 de Julho, que fixou a data de 24 de Novembro do ano em curso para a realização das Eleições Legislativas. A nova data para o escrutínio deverá ser  anunciada após consultas com os atores políticos e instituições envolvidas no processo. ANG/JD/ÂC//SG  

Recursos Naturais/Guiné-Bissau concede à China prospeção e exploração de minério na zona de Boé

Bissau,06 Nov 24(ANG) - A Guiné-Bissau e a China Aluminium Corporation (CAC) assinaram um "acordo de parceria estratégica" para prospeção e exploração de minas, em Boé, Leste do país, disse  terça-feira à Lusa o ministro dos Recursos Naturais, Malam Sambu.

À luz desse acordo, rubricado no início desta semana em Bissau, o Governo guineense cedeu à CAC parte de um território na localidade de Boé, onde se acredita existir um "importante jazigo" de bauxite, adiantou Sambu.

"Vão iniciar os estudos brevemente para determinar a quantidade de bauxite existente naquela mina", disse o ministro dos Recursos Naturais.

O acordo assinado entre o Governo guineense e a CAC é o seguimento do memorando de entendimento rubricado, aquando da visita do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, à China em julho passado.

Os estudos geológicos apontam que a Guiné-Bissau terá na localidade histórica de Boé - onde foi proclamada, de forma unilateral, a independência do país, em 1973 -, mais de 113 milhões de toneladas de bauxite, a principal fonte natural de alumínio.

Em 2007, o Governo guineense concedeu uma licença de exploração daquele minério à Bauxite Angola, uma empresa mista de direito angolano, que viria a interromper os trabalhos de prospeção, iniciados em abril de 2012, na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau.

Por diversas vezes, desde então, a Bauxite Angola ensaiou o seu regresso, mas o projeto nunca mais avançou, até que em dezembro de 2022, o Governo guineense anunciou, em Conselho de Ministros, a rescisão do contrato ao abrigo do qual havia concedido licença de exploração àquela empresa.

Em março último, Malam Sambu anunciou que a licença de exploração de bauxite "está livre", depois de o Governo guineense considerar que a Bauxite Angola abandonou a concessão.ANG/Lusa

Economia/“Guiné-Bissau pode perder até 7 por cento do seu Produto Interno Bruto per capita até 2050”, indica relatório

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) – O relatório sobre o clima e  desenvolvimento apresentado, na terça-feira, pelo  Governo  e o Banco Mundial indica que o país  pode perder até sete por cento do seu Produto Interno Bruto(PIB) per capita até 2050 e que cerca de 200 mil pessoas poderão  ser empurradas para a pobreza extrema.

No documento refere-se  ainda que o impacto será sentida nas áreas como a educação e a saúde, sectores já fragilizados por falta de infraestruturas e de recursos.

O relatório destaca a  importância de integrar os objectivos climáticos no processo de desenvolvimento económico, envolvendo o setor privado, em busca de recursos essenciais para garantir a resiliência do país, identificar a agricultura como um setor prioritário, representando cerca de 50 por cento do Produto Interno Bruto nacional e  empregando cerca de 80 por cento da população.

Falando no ato de apresentação do referido documento, o ministro da Economia,  Plano e Integração Regional, Soares Sambú sublinhou  que a ação representa um esforço profundo para se entender como as mudanças climáticas afectam o desenvolvimento e o que se deve fazer para enfrentar esse desafio .

Soares Sambú agradeceu à todos quanto participaram no processo que culminou com a elaboração do relatório que deverá orientar as próximas ações do Governo.

 “A Guiné-Bissau  situada na África Ocidental se destaca pela sua riqueza natural e possui o maior capital natural per capita da região. Esse património inclui ecossistemas preciosos como as florestas, mangas e Arquipélago de Bijagós que é considerada  reserva da biosfera mundial “,contou.

Segundo o governante, essas riquezas são vitais para o meio ambiente, mas igualmente para o sustento das comunidades, e diz que o relatório demonstra que o país enfrenta um enorme desafio, devido a dependência económica de uma única ou principal fonte de ingresso e principal veiculo de exportação que é a castanha de caju.

Sambú refere que o aumento das temperaturas, a variabilidades das precipitação, a intensificação das secas e a elevação do nível do mar estão a impactar diretamente a agricultura nacional, a segurança alimentar, as pescas, infraestruturas essenciais, as condições de pobreza e vulnerabilidade das populações.

O ministro da Economia disse que apesar de tudo o país assumiu  compromisso significativos  para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, uma vez que estabeleceu a meta de reduzir as emissões de gazes de efeito de estufa em 30 por cento  até 2030, com ações focadas na conservação florestal, na agricultura sustentável e no fortalecimento das comunidades.

Segundo diz, a implementação destas metas exige apoio financeiro internacional  pois a capacidade interna de financiamento é limitada.

 “As mudanças climáticas afetam não só o ambiente mas também o bem-estar da população”, frisou Soares Sambu.

Exaltou   que se deve investir na diversificação da agricultura, uma vez que é urgente investir nas tecnologias de irrigação, nas variedades de culturas adaptadas, bem como nas infraestruturas que permitam ao agricultor enfrentar melhor os desafios climáticos.ANG/MSC/ÂC//SG

Corno de África/Mais de 65 milhões de pessoas afetadas pela insegurança alimentar

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) – A insegurança alimentar afecta pelo menos 65 milhões de pessoas no Corno de África, afirma um relatório conjunto divulgado terça-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Autoridade Intergovernamental sobre Desenvolvimento na África Oriental (IGAD).


Deste total, 36 milhões de pessoas residem no Djibuti, Etiópia, Eritreia, Quénia, Somália, Sudão do Sul, Sudão e Uganda, nota o relatório.

“As condições meteorológicas extremas e as alterações climáticas, agora cada vez mais intensas e frequentes, são os principais motores da insegurança alimentar”, destaca o relatório.

O documento afirma ainda que o Grande Corno de África alberga mais de 29 milhões de pessoas deslocadas, principalmente no Sudão e na República Democrática do Congo, devido a conflitos e riscos relacionados com o clima.

Para lidar com esta insegurança alimentar, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) estimou a ajuda humanitária para o Corno de África em cerca de 9,8 mil milhões de dólares. ANG/FAAPA

             EUA/Donald Trump reivindica "vitória nunca antes vista"

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) - O candidato republicano às presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, declarou vitória, esta quarta-feira, numa altura em que as projecções dos media norte-americanos o colocavam a apenas três votos eleitorais de alcançar os 270 necessários para regressar à Casa Branca.

“É uma vitória política nunca antes vista no nosso país“, afirmou Donald Trump perante milhares de apoiantes no Centro de Convenções de Palm Beach, no estado da Florida.

De acordo com os resultados que foram sendo anunciados, o magnata nova-iorquino venceu nos estados da Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia, três dos sete estados decisivos nesta eleição presidencial. (Os chamados 'swing states' são a Geórgia, Arizona, Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e Nevada.)

O antigo Presidente dos EUA (2016-2020) somava, assim, 267 votos dos chamados "grande eleitores" do Colégio Eleitoral. A candidata democrata e vice-presidente, Kamala Harris, tinha 214 votos. O Colégio Eleitoral é constituído por 538 "grandes eleitores", representativos dos 50 estados norte-americanos. Tal como a Geórgia, a Pensilvânia teria dado a vitória ao candidato democrata, Joe Biden, em 2020.

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Kamala Harris ainda não falou aos seus apoiantes, reunidos na universidade Howard, em Washington.O co-director de campanha, Cedric Richmond, anunciou que a candidata se exprime esta quarta-feira, mas que “ainda estava a decorrer a contagem de votos”.

Donald Trump, de 78 anos, poderia, assim, tornar-se no único presidente norte-americano a ter sido alvo de dois processos de destituição e o primeiro ex-Presidente condenado. Também seria o primeiro político em mais de um século a ganhar dois mandatos não sucessivos.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, escreveu na rede social X: “Parabéns Presidente Donald Trump. Pronto para trabalharmos juntos como o fizemos durante quatro anos. Com as suas convicções e com as minhas. Com respeito e ambição. Mais paz e prosperidade.

O Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, também deu os “parabéns a Donald Trump pela impressionante vitória eleitoral”.

A porta-voz do ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zahkarova, declarou que “os Estados Unidos devem curar a sua própria democracia e não culpar os outros pelos seus erros”, em referência às acusações americanas de inferência russa nas presidenciais.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, felicitou Trump pelo “maior regresso da história”, um “regresso histórico à Casa Branca que oferece um novo início à América e um compromisso forte a favor da grande aliança entre Israel e a América”.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, também felicitou Donand Trump e lembrou que “a União Europeia e os Estados Unidos são mais do que simples aliados” e que estão “unidos por uma parceria real entre os povos”.ANG/RFI

Angola/RDC nega proposta para entrada sem visto de camiões angolanos em Kinshasa

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) - A República Democrática do Congo rejeitou um pedido do consulado angolano naquele país, para a entrada provisória de camiões saídos de Angola, com destino ao antigo Congo belga.


Recentemente, a RDC passou a pedir visto de entrada a todos os transportadores angolanos, que pretendem entrar para Kinshasa, visto que Angola já exige, há algum tempo, este documento aos camionistas congoleses.

Mais de 500 camionistas angolanos, que se encontram retidos na fronteira entre a Angola e a República Democrática do Congo, com mercadorias diversas, continuam com dificuldades em entrar para a Kinshasa, devido à falta de visto de imigração, documento que, actualmente, é exigido pelo governo congolês.

Licínio Fernandes, um dos responsáveis da Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), diz que, passados mais de quinze dias, o impasse persiste e sem fim à vista.  A ATROMA revela que já há muitos produtos a se deteriorarem nos camiões frigoríficos, causando prejuízos avultados aos proprietários.

Os congoleses tiveram uma medida musculada. Os camiões que estão a meio do caminho a ir para o Congo nem vão, nem vêm. Existem mais de 500 camiões neste momento e muitos deles estão carregados com contentores frigoríficos, já se nota o descongelamento da carga”, lamentou a ATROMA. 

O responsável explicou que, há diasa RDC rejeitou um pedido do consulado angolano, que visava a entrada provisória de camiões de carga de Angola para a República Democrática do Congo.

Os camiões angolanos, que já estavam carregados na fronteira do Noqui (Zaire), na fronteira do Luvo (Lunda Norte) não entram, porque os motoristas têm que vir a Luanda tratar dos passaportes e, posteriormente, dos vistos. Fomos ao consulado angolano no Congo Central, tentámos, junto das autoridades congolesas, pedir que os camiões que estavam na fronteira, pelo menos, fossem descarregar, regressassem, e a partir daí, então, começassem a entrar com visto e, ainda assim, foi-nos negado”, revelou Licínio Fernandes, financeiro da Associação dos Transportadores Rodoviários de Mercadorias de Angola. ANG/RFI

 

Costa do marfim/10ª avaliação anual da UEMOA dedicada à implementação de reformas e projetos comunitário


Bissau, 06 Nov 24 (ANG) -  A capital económica da Costa do Marfim, Abidjan, acolhe, desde segunda-feira  os trabalhos da 10ª avaliação anual da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) destinada a avaliar a implementação de vários projetos e programas comunitários, bem como reformas políticas.

Criada em 2013, esta revisão anual da UEMOA visa promover a aceleração das reformas políticas, dos programas e projectos comunitários dentro da referida União, com o objectivo de aprofundar e promover ainda mais a integração regional.

Constitui uma oportunidade adequada para os Estados membros da UEMOA fazerem um balanço dos progressos realizados e identificarem e definirem as diversas acções a realizar.

Num discurso  na abertura desta reunião, o Representante Residente da Comissão da UEMOA na Costa do Marfim, Gustave Diasso, sublinhou que esta "fase técnica" da revisão visa recolher toda a informação necessária para a avaliação dos projetos comunitários .

Indicou que as conclusões da Revisão serão registadas num memorando consensual, "que destacará os desempenhos alcançados pela Costa do Marfim na implementação das reformas, políticas, programas e projectos da UEMOA".

Representando o Ministro da Economia, Planeamento e Desenvolvimento da Costa do Marfim, o Diretor-Geral da Economia, San Oguié, elogiou a mobilização de todas as partes interessadas, observando que as avaliações anuais realizadas desde 2014 revelaram um claro progresso da Costa do Marfim na implementação de reformas, e, consequentemente, o processo de integração regional.

Reiterou o compromisso do seu país com a integração sub-regional.

Durante esta revisão, os participantes irão concentrar-se na análise de cerca de 132 textos comunitários, incluindo um novo texto, nomeadamente o regulamento do código mineiro.

A implementação efectiva destes textos é suscetível de melhorar o nível e a qualidade das reformas políticas e dos programas e projectos da UEMOA e, acima de tudo, promover e facilitar a transposição das disposições dentro dos prazos estipulados, fortalecer o diálogo e a consulta nacional com o Comissão UEMOA.

O esforço também se concentrará na identificação de dificuldades e armadilhas que impedem a execução adequada de projectos e projectos comunitários. ANG/FAAPA

   

África do Sul/Príncipe Willliam anuncia apoio financeiro aos guarda-florestal

Bissau, 06 Nov 24 (ANG) -  O Príncipe William anunciou, terça-feira na Cidade do Cabo , por ocasião da Cúpula Mundial Unidos pela Vida Selvagem 2024 (UfW),  apoio financeiro e formação para guardas florestais africanos.

Durante a Cimeira de quatro dias, o Príncipe William também anunciou o lançamento da iniciativa de cinco anos de Bem-Estar e Normas para Guarda-parques, que deverá proporcionar a 10.000 guarda-parques em todo o continente acesso a “seguros contínuos adequados e acessíveis”.

Em discurso na ocasião, declarou: “Essas pessoas fazem muito mais do que proteger a flora e a fauna. Eles são educadores.” “Não podemos proteger o nosso planeta sem eles, e é por isso que esta iniciativa visa garantir que os guardas-florestais tenham a tão necessária cobertura de seguro de vida”, disse ele.

A United for Wildlife foi criada pelo Príncipe William e pela Royal Foundation em 2013 para proteger espécies ameaçadas do comércio ilegal de vida selvagem. A sua missão é promover a colaboração intersetorial para evitar que os traficantes transportem, financiem ou lucrem com produtos ilegais da vida selvagem.

A Cúpula Global Unidos pela Vida Selvagem 2024 (UfW) começou na Cidade do Cabo na segunda-feira, com a participação de mais de 300 líderes globais de agências de aplicação da lei, organizações conservacionistas, ONGs e empresas do setor privado, que fazem parte da rede UfW.

O programa deste importante evento inclui discursos, apresentações e painéis de discussão, centrados em três áreas principais: "Ações globais para acabar com o tráfico de vida selvagem", "O papel essencial na linha de frente dos guardas florestais e outros conservacionistas" e "A colaboração crucial entre o financiamento , sectores dos transportes e da aplicação da lei” que tornarão possível o fim do crime ilegal contra a vida selvagem. ANG/FAAPA