quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Caso Bruno Candé/Grupo de cidadãos guineenses protesta contra racismo  à frente da Embaixada de Portugal em Bissau

Bissau, 05 Ago 20 (ANG) – Um grupo de cidadãos guineenses anti-racismo protestou hoje, pela segunda vez, à frente da embaixada de Portugal em Bissau exigindo justiça pelo assassínio de Bruno Candé Marques, ocorrido no passado dia 25 de Julho, em Moscavide(Portugal).

Na ocasião, o porta-voz do grupo, Frederico Midana Quadé procedeu a leitura de uma nota de protesto, que desta

ca que  em pleno século XXI, no mundo, sobretudo nos países mais desenvolvidos, ainda se  assiste, ao mais alto nível,  ondas de atos xenófobos, racistas, ignóbil e discriminatórios perpetrados por “homens pobres e falidos de consciência”.

Acrescentou  que perante  os factos acima expostos, os cidadãos guineenses Anti-Racismo, aos quais se  associam a UPRG-Kassaka 64 e o Movimento Federal Panafricanismo da Guiné-Bissau, apresentaram a Portugal, através da sua representação diplomática,  em Bissau uma nota de protesto contra o racismo.

Referiu  que estão a protestar contra todos os atos de racismo enraizado em Portugal e no mundo em geral.

Midana Quadé defendeu  necessidade de se acelerar os processos judiciais sobre  casos de assassinatos com sentimentos racistas e de ódio, em particular, o  do Bruno Candé Marques.

Referiu  que em Portugal os negros são mortos a tiro, em plena  luz do dia, tendo questionado se com esses e demais factos vergonhosos  não existe racismo, então, seria melhor mudar o significado da  prática desta natureza,.

“Daí se distorceria o sentido útil do termo “Racismo”ou tal como se fizera aquando da chegada, em África, das Caravelas , distorcendo tudo ao seu favor,” frisou.

Frederico Quadé disse que o assassínio de Bruno Candé é apenas um dos muitos casos(as vezes ocultados) que provam o racismo acentuado em Portugal.

O grupo Anti-Racismo fez questão de declarar que nem todos os portugueses  são racistas.ANG/JD/ÂC//SG

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