Covid-19/África com decréscimo médio de 10 por cento de novas infecções
Bissau, 10 Set 20 (ANG)
– A África registou um decréscimo médio de 10 por cento nos novos casos de
covid-19,nas últimas quatro semanas segundo dados divulgados hoje pelas
autoridades, que se mantêm, no entanto, cautelosas quanto ao fim da primeira
vaga da pandemia no continente.
"Nas últimas quatro semanas, globalmente os 55 Estados-membros da União Africana registaram, em média, um decréscimo de 10
por cento no número de novos casos de covid-19", disse o director do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (UA), Jonh Nkegasong, durante a conferência de imprensa semanal.
Por regiões, Jonh
Nkegasong adiantou que o norte de África (+8,7%) e a África Oriental (+2%)
registam aumento de novos casos durante o mesmo período, enquanto na África
Central (-33%), na África Austral (-22%) e na África Ocidental (-16%) houve
diminuição.
"Vemos tendências
que vão no bom sentido, mas temos de manter e intensificar as medidas que já
comprovamos que funcionam. Já vimos isto em outras regiões, a pandemia parece
decrescer e depois ressurge. Temos de ter muito cuidado porque estamos longe de
ter acabado. Temos de continuar a intensificar os nossos esforços", disse
o responsável do África CDC.
"Apesar de
tendência ser de descida, temos de nos lembrar que são apenas tendências.
Estamos na direcção certa como continente, mas a batalha está longe de estar
ganha", acrescentou, sublinhando as muitas incertezas que subsistem
relativamente ao comportamento do novo coronavírus.
Analisando os dados da
última semana, Jonh Nkegasong disse que o continente registou 53 mil novas infecções
por covid-19, o que representa uma redução de 5,2 por cento no número de novos
contágios face à semana anterior.
Cerca de 70% dos casos
de covid-19 continuam concentrados em cinco países: África do Sul (49%), Egipto
(8%), Marrocos (6%), Etiópia (5%) e Nigéria (4%).
"Marrocos teve um
aumento muito significativo nas últimas semanas e regista agora mais 70 mil
casos, enquanto o Egipto ultrapassou os 100 mil casos", apontou o director
do África CDC.
Os países com maior
número de novos casos na última semana foram Marrocos, África do Sul, Etiópia,
Líbia e Argélia.
Entre os países com o
maior número acumulado de infeções por 100.000 habitantes mantém-se a África do
Sul (1.000), Cabo verde (746), Djibuti (549), São Tomé e Príncipe (449) e Gabão
(411).
O continente realizou
desde o início da pandemia mais de 12,7 milhões de testes, um aumento de seis
por cento em relação à semana passada.
Cerca de 80 por cento
dos testes foram feitos na África do Sul, Marrocos, Etiópia, Quénia, Egipto,
Ruanda, Gana, Nigéria e Uganda.
África registou
201 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, passando a um total de
31.902, em 1.321.736 casos de infecção, de acordo com os números mais
recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de
Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24
horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, 8.517 novos casos e
houve mais 8.770 doentes recuperados, para um total de 1.059.337.
O maior número de casos
e mortos continua a registar-se na África Austral, com 693.691 contaminações e
16.249 mortos. Só a África do Sul, o país mais afectado do continente,
contabiliza 642.431 casos e 15.168 mortos.
O norte de África, a
segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 258.298 pessoas
infetadas e 9.188 mortos e na África Ocidental o número de infeções subiu
para 166.375 e o de vítimas mortais para 2.491.
Na região da África
Oriental, o número de casos de covid-19 é de 147.794 e 2.924 mortos,
e na África Central estão contabilizados 55.578 casos e 1.050 óbitos. ANG/Angop
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