sexta-feira, 1 de outubro de 2021


Finanças pública
/ “Até 2026 a Guiné-Bissau poderá baixar o seu nivel de endividamento e do défice orçamental”, diz ministro das Finanças

Bissau, 01 Out 21 (ANG) – O ministro das Fnanças disse esperar que até 2026 a Guiné-Bissau possa baixar o seu nivel de endividamento externo, que actualmente se situa  na ordem dos 78 por cento do PIB, situação que a coloca acima da media da sub-região.

João Aladje mamadú Fadia, falava  à imprensa, no âmbito da primeira avaliação ao país do programa de referência, sob formato virtual, pela missão de Fundo Monetário Internacional (FMI).

 Fadia afirmou que  a colaboração com o FMI rendeu à Guiné-Bissau  cerca 39 milhões de dólares.

“ É bom dizer que essa nossa colaboração com o FMI já  permitiu ao país, além de ter a facilidade de acesso ao crédito rápido, beneficiar de cerca de 20 milhões de dólares em janeiro de 2021”, revelou, acrescentando que para ceder à este crédito tiveram  que manifestar logo no início, o interesse de ter um programa com o Fundo.

De acordo com o ministro das Finanças,  ainda permitiu  a Guiné-Bissau  ter o acesso aos  Direitos Especiais de Saque, em cerca de 39 milhões de dólares que já estão nas  contas do Tesouro Público.

Acrescentou que esse montante vai ser utilizado criteriosamente de acordo com o que acertaram com a missão do FMI.

“A maior parte desse fundo vai ser usado na amortização da nossa dívida externa, e isso permitirá criar mais espaço orçamental para que, em 2022, possamos ter mais investimentos com os recursos internos e o país possa baixar o seu nivel de endividamento e também o seu défice orçamental”,garantiu.

“O facto de o país  ficar muito tempo sem  programa é obrigatório passar por programa de referência para se ter as bases estatísticas que levam ao  estabelecimento de um programa financeiro de facilidade de crédito alargado”, explicou.

Segundo Mamadu Fadia, é o que está estabelecido no programa de nove meses com o Fundo Monetário Internacional, que termina em Dezembro.

O governante indicou que  a última avaliação será feita em março de 2022 e que, se as metas acordadas forem alcançadas, “automaticamente o país terá um programa financeiro com FMI”.

Entre as metas acordadas com o FMI consta a transparência e luta contra a corrupção.

O governante disse que o programa serve para assegurar uma estabilidade macroeconómica e crescimento sustentavel, e que visa,sobretudo,  atingir, em 2025, aquilo que era a prática comum na UEMOA, em que o défice orçamental devia situar, no máximo, em três por cento, e também  alcançar a redução do rácio   da dívida de 78 para  70 por cento.

“Em julho de 2021 concluimos com o FMI um programa de referência, que é acompanhado pelo staff dessa organização, e que não vai ao seu Conselho de Administração. Tem  como objectivo , o país mostrar o seu esforço de se ajustar à boas práticas e sobretudo no cumprimento das metas que permita a estabilidade macroeconómica e para ter as bases para um crescimento sustentavel”, explicou o ministro da Finanças.

A missão do Fundo Monetário Internacional, sob formato virtual, iniciou esta quinta-feira e prolonga até 11 de Outubro, a primeira avaliação à Guiné-Bissau do programa de referência em curso.ANG/LPG/ÂC//SG

 

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