quarta-feira, 15 de dezembro de 2021


ANP
/ Deputados anulam  acordo de exploração de petróleo que terá sido assinado pelos  presidentes da Guiné-Bissau e  do Senegal

Bissau, 15 Dez 21 (ANG) – Os deputados anularam o alegado acordo de exploração de petróleo na zona maritima comum, que terá sido assinado entre o chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló e o presidente do Senegal, Macky Sall.

Reundos em plenária, 70 deputados votaram contra o referido  acordo, dois se abstiveram.

“Nesta conformidade e na defesa de superiores interesse da nação guineense, os Deputados e a ANP declaram o referido acordo nulo e sem qualquer efeito de sua validação”, refere o Deputado  Armando Mango, da bancada parlamentar do APU-PDGB, quem apresentou a resolução sobre a apreciação do referido acordo.

Mango referiu que foi com estranhesa que os deputados tomaram conhecimento sobre  a confirmação da assinatura do referido acordo, à revelia da Constituição  da República .

Acrescentou  que os Deputados  lamentam o silêncio e o que diz ser “grave tentativa” de ocultação do conteúdo do mesmo documento aos cidadãos guineenses.

Uma polémica sobre o referido acordo se instalou quando se revelou que o Presidente da República terá assinado em Dacar, no Senegal,um acordo de exploração do petróleo descoberto na zona comum de exploração de recursos halieuticos e petrolíferos entre a Guiné-Bissau e Senegal.

O chefe de Estado guineense já afirmara  não ter assinado nenhum acordo com o homólogo senegalès nesse sentido.

Na terça-feira, o representante da Guiné-Bissau na Agência de Gestão e Coperação da zona comum, Inussa Baldé disse que Umaro Sissoco Embaló não assinou  acordo com Macky Sall para o efeito.

Baldé ainda afirmou que nem está confirmada a existência de petróleo na zona em questão.

Contrariamente as duas posições, o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam afirmou recentemente perante deputados que o referido acordo foi lhe entregue, em envelope fechado, pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa.

Trata-se de uma zona que se diz ser rica em recurssos haliêuticos e petrolíferos e que foi objecto de disputa judicial em tribunais internacinais, tendo as autoridades senegalesas ganho a causa.

Apesar de se encontar na situação  de quem perdeu a causa, as autoridades de Bissau, em diferentes ocasiões, tentaram reduzir a diferência estabelecida com a partilha dos bens, em caso de descoberta de petróleo na zona.

Com os presidentes Abdu Diuf e Nino vieira a partilha foi de 15 por cento para a Guiné-Bissa e 85 por cento para o Senegal.

Segundo Inussa Baldé, o Presidente Umaro Sissoco Embaló conseguiu que a parte guineense beneficicasse de mais 15 por cento prefazendo 30 por cento contra os 70 por cento do Senegal.ANG/LLA//SG  

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