UNESCO/Rumba congolesa é aprovado património cultural imaterial mundial
Bissau, 16 Dez
21 (ANG) - A UNESCO, agência das Nações Unidas para a Cultura,Educação e Ciências,
acrescentou na terça-feira, a Rumba Congolesa à sua lista do
património imaterial da humanidade, desencadeando uma onda de entusiasmo
na República do Congo e na República Democrática do Congo.
Depois da rumba cubana, música e dança de
raíz africana, a rumba congolesa foi também integrada, no dia 14 de
Dezembro de 2021, na lista do Património Imaterial Cultural da Humanidade.
O Presidente da República Democrática do
Congo, Félix Tshisekedi, acolheu a notícia com "alegria
e felicidade", e os cidadãos das duas
Repúblicas congolesas, com capitais em Kinshasa e Brazzaville,
respectivamente, festejaram uma das músicas e danças, que mais marcaram a
história do continente africano, nomeadamente pelo papel desempenhado nas
independências dos dois Congos e não só.
O chefe de Estado da RDC, considerou que,
finalmente a música e a dança nascida nos dois Congos foi reconhecida pelo seu
valor universal.
Segundo a ministra da Cultura da República
Democrática do Congo, Catherine Furaha, a rumba faz parte da identidade
congolesa.
As origens da rumba foram identificadas no
antigo Reino do Kongo, onde as populações praticavam uma
dança chamada "Nkumba".
"Nkumba" significa "umbigo", dado
que durante os movimentos da dança, um homem e uma mulher, dançavam com os
respectivos umbigos,um contra o outro.
Foram as tradições musicais e culturais levadas pelos africanos,
através do comércio de escravos, que estão na origem do jazz na América do
Norte e da Rumba na América do Sul.
De acordo com André Yoka Lye, director do
Instituto Nacional das Artes, em Kinshasa, a primeira versão moderna da
rumba data de há 100 anos e simboliza cidades e bares.
Tabu Ley (Rochereau) e Franco Luambo estão entre as
figuras históricas da Rumba congolesa.
Luambo mais conhecido simplesmente pelo nome de Franco,
exímio guitarrista cuja influência espalhou-se pelas novas gerações de músicos
africanos, é incontestavelmente a figura patrimonial da rumba congolesa.
O pós-Franco é
marcado por uma nova geração de artistas, dos quais os mais ilustres são
Papa Wemba, Koffi Olomide e Fally Ipupa. ANG/RFI
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