quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

        Ómicron/Imunidade de grupo pode ser uma hipótese em Portugal

Bissau, 29 Dez 21 (ANG) - A Organização Mundial de Saúde garante que o risco de transmissão da variante Ómicron é elevado mas o epidemiologista Manuel Carmo Gomes assegura que a nova variante da Covid 19 provoca menos doença grave do que a variante Delta, e admite a possibilidade de “deixar que as pessoas se imunizem naturalmente”.

Em declarações à Agência Lusa, Manuel Carmo Gomes diz que nunca advogou “teorias de imunidade de grupo por infecção natural”. Porém, como as hospitalizações em Portugal são agora menos preocupantes, e como a população está quase toda vacinada, o epidemiologista coloca essa hipótese.

Segundo o especialista, os sintomas apresentados fazem lembrar “grandes constipações” com febre e dores de cabeça. Contudo, Manuel Carmo Gomes alerta que é preciso aguardar mais alguns dias e analisar os casos do Reino Unido e da Dinamarca, onde a transmissão da Ómicron está mais avançada.

Carmo Gomes adianta que Portugal pode chegar rapidamente “às dezenas de milhares de casos”, e “esgotar os recursos de saúde pública, inclusive, “os cuidados de saúde primários podem ser postos em causa.

O especialista considera que, em Portugal, não existem recursos humanos para acompanhar o aumento exponencial da testagem, o isolamento de casos e a vigilância.

Para o especialista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, medidas mais duras, como confinamentos, dificilmente se podem justificar perante a “transmissibilidade elevadíssima” desta nova variante do vírus.

 Para a organização Mundial de Saúde, o risco de contaminação da variante Ómicron é também “muito elevado”.

Segundo a OMS, esta variante duplicou já o ritmo de crescimento da variante Delta num prazo de dois a três dias.

A OMS prevê também um aumento grande do número das hospitalizações por Covid 19.ANG/RFI

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