Saúde / Gabinete do Utente lança Guia Sanitário do Sector Autónomo de Bissau
Bissau 14 Dez 21
(ANG) – A Organização não Governamental denominada de “Gabinete do Utente”
lançou hoje a segunda edição do Guia Sanitário do Sector Autónomo de Bissau,
com o objectivo de contribuir para que os cidadãos estejam mais informados
sobre seus direitos e estarem melhor preparados para promover a mudança do
Serviço Nacional de Saúde guineense.
O referido Guia Sanitário foi eleborado em 2017 e actualizado em 2021 com a intenção de fornecer informações úteis e actualizadas aos utentes do serviço nacional de saúde,relativamente às ofertas disponiveis no Sector Autónimo de Bissau (SAB), as regras de utilização desses mesmos serviços e dos seus direitos e deveres.
Em declarações aos
jornalistas, Filipa Gonçalves, em nome da ONG Ajuda Intercâmbio e
Desenvolvimento (AIDA), uma das entidades implementadoras do projecto, disse
que o documento informa a população sobre os serviços de saúde, seus custos e o
que podem obter em diferentes serviços ou seja, no fundo, é uma ferramenta de
informação para que as pessoas saibam como funciona os serviços de saúde .
“O Guia tem outra
vertente que é de fazer os utentes conhecerem os seus direitos e diveres e
conta com uma novidade em trelação a primeira edição, nomeadamente sobre
questões da pandemia da Covid-19 ,indicando postos de vacinações e lugares de
testes e os custos dos mesmos”,explicou.
Gonçalves salientou
que os utentes, pouco a pouco, estão a ganhar a consciência ,tendo lamentado a
pouca importância dada pelas estruturas de saúde à iniciativa, em termos de
informação aos utentes.
Disse que, com o documento, os utentes estarão melhor preprado para aceitar ou não,
as informações que lhes são transmitidas nos serviços sanitários, dependendo do
seu conhecimento sobre a situação em causa em cada hospital ou centros de saúde.
A reponsável
sublinhou que realizam encontros de sensebilização nos diferentes bairros de
Bissau com os animadores que ilucidam os cidadãos acerca dos seus direitos e
deveres sobre a saúde sanitária.
Segundo Filipa
Gonçalves, pretende-se que a iniciativa chegue à toda a população do país, mas a
organização se depara com falta de meios para o fazer.
O Vice-Presidente da
Liga Guineense dos Direitos Humanos igualmente entidade implementadora do
projecto Direito à Saúde, Bubacar Turé
declarou que, sendo uma organização
parceira da AIDA no processo de monitorização do funcionamento do sistema de
saúde, através do Gabinete de Utente continuarão desponíveis para apoiar
iniciativas que visem fortalecer o
sistema de saúde na Guiné-Bissau .
“Como é do conhecimento
público,o sistema de saúde guineense está doente uma vez que os sucessivos
Governos do país têm dado pouca atenção à este sector.A percentagem dada ao
sector de saúde no Orçamento Geral do Estado é manifestamente insuficiente. Para
nós constitui o primeiro obstaculo para o funcionamento eficiênte do sistema de
saúde “,disse.
Para o activista, num
país onde o sistema de saúde não é prioridade para os governantes é uma Nação
condenada ao fracasso e os seus cidadãos condenados a morte. ANG/MSC/LPG//SG
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