Diplomacia/Xi pede a Scholz que ajude a estabilizar as relações China-UE
Bissau,
22 Dez 21(ANG) – O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu na terça-feira a
o novo
Chanceler alemão, Olaf Scholz, para desempenhar um “papel positivo” na
“estabilização” das relações entre a China e a União Europeia.
Xi e Scholz concordaram em manter a amizade e cooperação entre os dois países e em defender o multilateralismo nos assuntos internacionais, de acordo com uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês que regista a conversa telefónica entre os dois.
Esta
é a primeira conversa entre os dois líderes desde que Scholz se tornou
chanceler a 08 de Dezembro.
Xi
apelou a Scholz para adoptar “uma visão global a longo prazo” nas relações
bilaterais entre a China e a Alemanha e salientou que, para Pequim, estas são
“o barómetro dos laços entre a União Europeia e o país asiático”.
O
Presidente chinês mencionou várias áreas em que as duas potências podem
cooperar, tais como as novas energias ou a economia digital verde, e assegurou
que a China olha favoravelmente para “as empresas alemãs que aproveitam as
oportunidades criadas pela abertura da China”.
No
campo das relações internacionais, Xi reiterou a sua oposição àqueles que
mantêm “mentalidades de guerra fria” ou “procuram hegemonia”, e salientou a sua
esperança de que a Alemanha proporcione “um ambiente de negócios justo” para as
empresas chinesas naquele país.
Por
seu lado, Scholz salientou o que vê como os três pilares do desenvolvimento das
relações com a China: relações comerciais e de investimento fortes, cooperação
em matéria de alterações climáticas e comunicação fluida sobre questões
internacionais como a situação no Afeganistão e o desenvolvimento nuclear do
Irão.
Segundo
a declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Scholz afirmou que
“é de esperar” que o Acordo de Investimento UE-China “entre em vigor o mais
rapidamente possível”, embora não tenha elaborado o que seria necessário para
que tal acontecesse.
O
acordo foi concluído no final de 2020 após sete anos de negociações, mas o seu
processo de ratificação foi congelado em Maio, quando o Parlamento Europeu se
recusou a avançar com a sua aprovação enquanto Pequim mantiver as suas sanções
contra indivíduos e entidades europeias, incluindo eurodeputados críticos em
relação à China.
Durante
o mandato de Angela Merkel, a Alemanha foi um dos membros da UE mais empenhados
nas relações com a China, um país em que algumas das suas grandes empresas –
especialmente no sector automóvel, como a Volkswagen e a Mercedes – têm
interesses económicos importantes.
ANG/Inforpress/Lusa
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