Covid-19/Pfizer aprova primeiro comprimido contra doença
Bissau,23 Dez 21 (ANG) - A autoridade norte-americana da saúde, a Food and Drug Administration, aprovou, quarta-feira, o uso do comprimido da Pfizer contra covid-19, o primeiro tratamento oral nos EUA para combate à doença.
A
FDA (na sigla em inglês) anunciou a decisão em comunicado no qual especifica
que o medicamento pode ser usado para casos moderados da covid-19 em adultos e
crianças menores de 12 anos e pelo menos com 40 quilos de peso e cuja saúde os
coloquem em perigo de ser hospitalizados.
O
comprimido do laboratório Pfizer é o primeiro tratamento oral contra a covid-19
que os norte-americanos poderão tomar em casa e pode vir a tornar-se "uma
ferramenta crucial contra a pandemia numa altura em que os casos aumentaram
vertiginosamente com a variante Ómicron", refere.
Até
agora, todos os tratamentos nos EUA contra a covid-19 eram administrados por
injecção ou por via intravenosa.
O
medicamento, que será vendido com o nome de Paxlovid, só pode ser comprado com
receita médica e os pacientes devem tomá-la assim que souberem que foram
infectados com a doença no máximo nos primeiros cinco dias após o aparecimento
dos sintomas.
Além
disso, deve ser tomado duas vezes ao dia durante cerca de cinco dias, detalha o
FDA no comunicado.
O
comprimido funciona ao bloquear a actividade de um enzima específico que o
coronavírus precisa para se replicar no organismo infectado, mecanismo
semelhante ao do comprimido desenvolvido por outra farmacêutica, a MSD (Merck
nos EUA e no Canadá).
O
FDA deve aprovar esse outro medicamento em breve, embora os dados mostrem que o
da Pfizer é mais eficaz e tem menos efeitos colaterais.
A
Pfizer afirma que está pronta para começar imediatamente a distribuir os seus
comprimidos e aumentou a sua produção de 80 para 120 milhões no próximo ano.
A
covid-19 provocou mais de 5,36 milhões de mortes em todo o mundo desde o início
da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 18.823 pessoas e foram contabilizados 1.242.545 casos de infecção, segundo dados da Direcção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma
nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), foi detectada na África Austral, mas desde que as
autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de Novembro, foram
notificadas infecções em pelo menos 89 países de todos os continentes,
incluindo Portugal.ANG/Angop
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