Política/Presidente da Repúbica nega ser mentor da criação do PTG, liderado por Botche
Candé
Bissau,20 dez 21(ANG) – O
Presidente da República refutou as informações que estão a ser veiculadas na
praça pública, segundo as quais terá sido ele
o mentor da recém criada formação política denominada Partido dos
Trabalhadores Guineenses(PTG), cujo presidente é o actual ministro de Estado da
Ordem Pública e do Interior, Botche Candé.
Em declarações à imprensa à
margem da cerimónia de inauguração da fábrica de farinha de trigo, Umaro
Sissoco Embalo disse que foi ele quem, de facto, fundou o Movimento para
Alternância Democrática(Madem G15).
“Portanto, não posso entrar
na história de criação de um outro partido. Contudo todos os cidadãos são
livres de criar o partido. Mas eu tenho o meu partido que é o Madem G15 e gostaria
de ter o Botche Candé neste partido”, disse.
O Presidente da República
frisou que, hoje em dia, por incompatibilidade com as suas funções não pode ter
militância partidária.
“Contudo, não devem esquecer
que o Madem G15 é o meu filho e as pessoas que estão a falar desse partido hoje
em dia, nem sabem como foi fundado. Por isso, não têm legitimidade de falar
sobre o Madem. As pessoas que querem acabar com este partido serão expulsos
dele”, afirmou.
Perguntado sobre o alegado
acordo de exploração do petróleo assinado com o seu homólogo senegalês, Macky
Sall e que foi na semana passada anulado pelos deputados da Nação, Umaro
Sissoco Embalo qualificou de “teatro” a decisão do parlamento guineense.
“A Assembleia Nacional
Popular não tem competência para anular
uma decisão do Presidente da República, essas prerrogativas não existem nem no
seu regimento e nem na Constituição da República”, sustentou.
Umaro Sissoco Embaló disse
que existem mecanismos de como as coisas devem andar, frisando contudo que, o
que assinou com o seu homólogo senegalês, é um acordo de cooperação e não de
exploração do petróleo.
“Quando assinei o referido
acordo com o Presidente do Senegal, peguei o conteúdo do acordo e entreguei-o à
ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros e ela por sua vez entregou-o ao
primeiro-ministro”, disse.
O chefe de Estado salientou
que o primeiro-ministro tinha que agendar a sua discussão no Conselho de
Ministros para ser discutido em Conselho de Ministros tendo em conta que ele
sozinho não é o Governo mas sim todo o colectivo ministerial”, sublinhou.
Acrescentou que, após o documento ser discutido e aprovado em
Conselho de Ministros é que deveria ser remetido ao Parlamento para efeitos de
ratificação.
O alegado acordo de
exploração do petróleo na zona de gestão conjunta entre os dois países,
assinado no passado dia 14 de Outubro de 2020, entre Umaro Sissoco Embaló e
Macky Sall, previa 70 por cento para o Senegal e 30 para a Guiné-Bissau.
Em 1993, os ex. Presidentes da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira e Abdou Diouf do Senegal haviam assinado um acordo de partlha de recursos petrolíferos na referida zona, em que 85 por cento de exploração de hidrocarbonetos seria para o Senegal e 15 para a Guiné-Bissau.ANG/ÂC//SG
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