Bissau
06 Maio 15 (ANG) – O Primeiro-ministro defendeu terça-feira que a Liberdade de
Imprensa deve ser vista como uma acção positiva que incentiva o debate de
ideias , promovendo a paz, com a
finalidade de redimir as tensões e conflitos internos, e não o contrario.
Reconhece
que o jornalista tem o direito de ter a sua opinião, mas adverte que nunca deve
fazer com que o consumidor da sua opinião pense que aquilo que ele está a
transmitir é uma informação objectiva.
O
Primeiro -ministro sustentou que as notícias têm que ser objectivas e reais,
porque o comunicador jornalista tem que ser sempre capaz de alertar os
consumidores das suas informações sobre a diferença de uma noticia objectiva e a
sua opinião.
“ O comunicador jornalista deve ser claro
quando está a emitir a sua opinião. Deve saber distinguir se esta é a sua
opinião ou não. Saber informar se presenciou aquilo que aconteceu ou não e ser
capaz de mencionar a fonte”, aconselhou o chefe do executivo guineense.
Domingos
Simões Pereira avisou que aquilo que é notícia tem que ser objectiva, real e
desprovido de qualquer outro sentimento.
O chefe do governo referiu ainda que os
jornalistas só podem ser profissionais quando respeitam o moral e a ética no
exercício das respectivas funções.

Simões Pereira lembrou citando dados da
organização “Reporteres sem Fronteiras” que entre os 180 países, a Guiné-Bissau
ocupa a posição numero 81 do ranking da Liberdade de Imprensa, sendo o país
lusófono que mais lugares subiu.
“Contudo,
o lugar que a Guiné- Bissau ocupa, ainda se encontra no fundo da tabela pelo
que é preciso trabalhar ainda mais para melhorar a tendência, disse tendo convidado
a comunicação social quer públicos, como privados e comunitários a assumirem as
suas responsabilidades tendo o governo como parceiro, exercendo com isenção,
sem calunias, manipulação e difamação”, aconselhou .
A
conferência alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa foi promovida pelo
Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (SINJOTECS) com a
colaboração do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz no país
(UNIOGBIS) e a Universidade Lusófona da Guiné (ULG).
ANG/MSC/SG
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