quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

França/Primeiro-ministro apresenta  renúncia a Macron após moção de censura que derrubou seu governo

Bissau, 05 Dez 24 (ANG) - O premiê francês, Michel Barnier, esteve no Palácio do Eliseu na manhã desta quinta-feira (5) para apresentar sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron, que fará um discurso à população francesa às 20h no horário local.

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, chegou ao Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, por volta das 10h nesta quinta-feira (5) e teria deixado o local cerca de uma hora depois, sem dar declarações.

O premiê apresentou sua renúncia e a demissão do seu governo ao presidente Emmanuel Macron, como como prevê o artigo 50 da Constituição francesa após a aprovação de uma moção de censura pela Assembleia Nacional.

Por 331 votos a favor, acima da maioria absoluta de 288, os deputados franceses derrubaram nesta quarta-feira (4) o governo de Barnier e rejeitaram seu orçamento para 2025. O primeiro-ministro passou apenas 91 dias no cargo.

A moção de censura teve o apoio de parlamentares de esquerda e de extrema direita.

O presidente francês, Emmanuel Macron, se dirigirá ao povo francês nesta quinta-feira, às 20h, em um discurso solene.

A censura enfraquece ainda mais Macron, embora não afete seu mandato, que termina em 2027. Após a dissolução da Assembleia Nacional em junho e a convocação de novas eleições, ele decidiu nomear Barnier, de 73 anos, como primeiro-ministro em setembro em nome da "estabilidade".

A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, pediu ao presidente francês nesta quinta-feira, em entrevista à rádio France Inter, que nomeie um primeiro-ministro "rapidamente".

Ela se encontrará com Macron ao meio-dia no horário local. O presidente prometeu "tranquilizar os franceses" na quinta-feira à noite, após seu discurso. "As instituições francesas são sólidas. O presidente deve lembrar isso", disse Braun-Pivet.

Para a presidente da Assembleia, a censura do governo foi "um fracasso coletivo". "Não conseguimos construir juntos o que era necessário, mas esta Assembleia tem que funcionar, não temos escolha".

Uma nova dissolução da casa não é possível antes de julho de 2025 e por isso a deputada pede "meios para trazer estabilidade e fornecer um orçamento ao país".

Braun-Pivet pediu ao presidente que inclua "todos os líderes partidários" em suas consultas, incluindo os membros do Reunião Nacional (RN), de extrema direita. "Ouvir o que os franceses queriam nos dizer ao votar no Reunião Nacional não significa negociar com o Reunião Nacional", alertou.

A adoção da moção de censura tornou o governo de Barnier o mais curto da chamada Quinta República francesa, iniciada em 1958. Fontes afirmam que Macron estaria disposto a nomear um novo primeiro-ministro "rapidamente", antes mesmo da cerimónia de abertura da catedral de Notre-dame, prevista para o fim de semana, mas, "ainda não há nada decidido".ANG/RFI/AFP

Coreia do Sul/Partido governista  se opõe a pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol

Bissau, 05 Dez 24 (ANG) - O partido que governa a Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira (5) sua oposição ao processo de impeachment contra o presidente Yoon Suk Yeol, após a breve imposição de uma lei marcial. 

A medida, inédita desde a democratização do país em 1987, durou apenas algumas horas até o voto contrário do Parlamento, mas provocou uma crise política que ameaça o futuro do presidente conservador.

Yoon também é alvo de uma investigação policial após uma denúncia apresentada pela oposição por "insurreição". O crime não é levado em conta na imunidade presidencial e pode ser punido com a prisão perpétua ou pena de morte.

A manobra de Yoon surpreendeu os aliados de Seul e gerou indignação entre a população e os políticos da oposição, que rapidamente apresentaram uma moção de destituição e o acusaram de "violar a Constituição e a lei".

A votação do Impechment está prevista para sábado às 19h locais (7h de Brasília).

A oposição tem a maioria no Parlamento e precisa do apoio de pelo menos oito deputados do Partido do Poder Popular (PPP, legenda do presidente) para alcançar os dois terços necessários para a aprovação da iniciativa.

O líder da bancada parlamentar do PPP, Choo Kyung-ho, afirmou que vai trabalhar para "evitar a aprovação da moção de destituição. Ele acrescentou que isso não significa "defender a lei marcial inconstitucional do presidente”.

"Todos os 108 deputados do Partido do Poder Popular permanecerão unidos para rejeitar a destituição do presidente", completou o líder parlamentar do PPP.

Se a iniciativa for aprovada, o presidente será suspenso e substituído pelo primeiro-ministro enquanto a Corte Constitucional analisa o caso para emitir um veredito no prazo de 180 dias. Caso o tribunal confirme a destituição, novas eleições presidenciais serão convocadas em até 60 dias.

Desde sua chegada ao poder em 2022, o ex-promotor de Justiça enfrentou várias crises que afetaram sua popularidade.

Na noite de terça-feira, após semanas de discussão em torno do orçamento, o presidente impôs a lei marcial alegando ameaças das "forças comunistas da Coreia do Norte" e de "elementos antinacionais" dentro do país.

 A ordem civil foi suspensa por algumas horas. Um decreto do comandante das Forças Armadas proibiu atividades e partidos políticos, "a falsa propaganda", as greves e as "aglomerações que incitam a agitação social".

 As forças de segurança blindaram a Assembleia Nacional, helicópteros militares pousaram no teto do Parlamento e quase 300 soldados tentaram isolar o local, onde os deputados da oposição conseguiram entrar depois de enfrentar as forças de segurança.

Os opositores votaram contra a lei, o que em tese obrigava constitucionalmente Yon a revogar a lei marcial. 

Para alívio de aliados internacionais, como os Estados Unidos, que expressaram preocupação com a situação, Yoon fez um discurso em cadeia nacional durante a madrugada para anunciar a saída das tropas e a suspensão da lei marcial.

Desde então, o presidente não faz aparições públicas. Nas ruas, vários protestos exigem sua renúncia ou prisão. Seu gabinete informou que Yoon não fará nenhum pronunciamento durante o dia. Até o momento, o escândalo custou o cargo do ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que teve o pedido de demissão aceito pelo presidente.

A denúncia contra Yoon apresentada pelo Partido Democrata, o principal da oposição, também afeta alguns de seus ministros, além de comandantes militares e da polícia. "Este é um crime imperdoável, que não pode, não deve e não será perdoado", disse o parlamentar Kim Seung-won.

Após horas de confusão e preocupação, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, elogiou a "sólida e resistente" democracia sul-coreana e lembrou "a importância de sua manutenção".

Os Estados Unidos mantêm 28.500 soldados neste país, um aliado importante de Washington na Ásia desde a guerra (1950-1953) que dividiu a península coreana entre um Norte comunista e um Sul capitalista.

Tecnicamente, as duas Coreias permanecem em guerra desde o conflito da década de 1950, que terminou com um armistício, e não com um tratado de paz. As relações tensas entre Seul e Pyongyang pioraram significativamente durante o mandato de Yoon.ANG/RFI/AFP

França/Imprensa  critica 'aposta no caos' feita por Marine Le Pen ao derrubar governo

Bissau, 05 Dez 24 (ANG) - Os jornais franceses repercutem nesta quinta-feira (5) a queda do governo do primeiro-ministro Michel Barnier, destituído por uma moção de censura aprovada quarta-feira por ampla maioria das bancadas de esquerda, extrema direita e algumas siglas independentes na Assembleia de Deputados.

A imprensa critica a escolha da líder de extrema direita, Marine Le Pen, ao apoiar a moção de censura, acreditando que desta forma terá mais poder no novo governo. 

O diário econômico Les Echos vê nesta queda uma "aliança de extremos", que abre um período de forte incerteza política. Hoje à noite, o presidente Emmanuel Macron fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV e, na avaliação do Les Echos, deverá nomear rapidamente um novo primeiro-ministro, o que não mudará a realidade: a falta de maioria parlamentar para apoiar os projetos do poder executivo. Um pacto para ampliar a base governista torna-se absolutamente necessário.  

Todos os jornais cogitam nomes que circulam para o cargo de chefe de governo e dois ou três aparecem no topo da lista: Sébastien Lécornu, político do partido de Macron e que ocupava o cargo de ministro da Defesa até a destituição; François Bayrou, líder do MoDEM, partido de centro da base do governo; e o socialista Bernard Cazeneuve, que já dirigiu o governo durante o mandato de François Hollande (2012-2017).

Libération sublinha que a França não passava por uma crise semelhante desde 1962, quando o Parlamento da época derrubou o então primeiro-ministro Georges Pompidou. O jornal progressista considera que Macron "precisa encontrar, o mais rapidamente possível, uma resposta a essa grave crise política". 

A votação demonstrou que a líder da extrema direita, Marine Le Pen, à frente de uma bancada de 143 deputados, tem poder para desestabilizar qualquer governo. Mas em seu editorial, o Libération questiona se ela não teria cometido o erro fatal que enterra seus planos de chegar um dia à presidência. 

"Enfraquecida pelo risco de inelegibilidade que paira sobre ela (em um processo judicial por desvio de verbas do Parlamento Europeu), Marine Le Pen apostou no caos", aponta o editorial. "Os eleitores do partido Reunião Nacional (RN) exigiam isso, mas a base de Marine Le Pen não será suficiente para ela chegar ao Palácio do Eliseu", continua o texto.

"A líder de extrema direita, que passou os últimos anos tentando construir uma imagem de dirigente respeitável, voltou a demonstrar que é uma política antissistema. Ela empurrou o país para um período de incertezas políticas, econômicas e financeiras, e corre o risco de tornar muito impopular", conclui o editorial do Libération.

Segundo o Le Monde, Emmanuel Macron, que havia sido isolado pela decisão unanimemente criticada de dissolver a Assembleia Nacional em junho, volta a ser o centro do poder, uma vez que cabe ao presidente da República nomear um novo primeiro-ministro. 

Há 15 dias, Macron já antecipava a queda de Barnier e nos últimos dias, em viagem à Arábia Saudita, ele parecia estar tranquilo sobre a decisão a tomar. Políticos da base governista manifestam que o melhor caminho a seguir é atrair o Partido Socialista para o governo, como se esta fosse a única forma de enfraquecer o poder de Marine Le Pen. 

Para o Le Monde, "Macron não tem o direito de errar". ANG/RFI

Suíça/Anistia Internacional acusa Israel de genocídio em Gaza; país rejeita conclusões de relatório

Bissau, 05 Dez 24 (ANG) - A ONG Anistia Internacional acusa Israel de “cometer genocídio” contra os palestinos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em um relatório publicado nesta quinta-feira (5). A ONG pede à comunidade internacional que não seja "cúmplice".

"Israel tratou os palestinos de Gaza como um grupo de sub-humanos, que não merece dignidade  ou o devido respeito previstos pelos direitos humanos, demonstrando sua intenção de destruí-los fisicamente", disse a secretária-geral da organização, Agnès Callamard.

O relatório de 300 páginas é resultado de 10 meses de investigação em Gaza e inclui também a análise dos discursos das autoridades israelenses. O documento demonstra que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos. A ONG se baseia em critérios definidos pela Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio.

"O que estamos dizendo é que o crime de genocídio não é mais um risco provável, mas uma realidade constante", disse Tchérina Jerolon, chefe do programa de conflitos, migração e justiça da Anistia Internacional, à RFI.

"Nossa investigação mostra que as autoridades israelenses cometeram três dos cinco atos proibidos pela Convenção do Genocídio: assassinato, lesões corporais ou mentais graves e criação de condições que levariam a uma morte lenta e caldulada do povo de Gaza."

No relatório, a Anistia Internacional aponta para "ataques deliberados contra civis e infraestrutura civil e uso de armas explosivas em áreas densamente povoadas", além da obstrução da entrega de ajuda humanitária no território e o deslocamento forçado de 90% de sua população.

Desde o início da guerra que teve início em 7 de outubro,44.532 pessoas morreram em Gaza a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas para Gaza, considerados confiáveis pela ONU.

Segundo a ONU, em outubro de 2023, no início no conflito, Israel decretou um "cerco completo" ao território, que tem uma população de quase 2,4 milhões de habitantes, com o slogan "Sem eletricidade, sem água, sem gás". 

O Exército israelense agora está impondo severas restrições à entrega de ajuda e os palestinos estão sujeitos a "desnutrição, fome e doenças", de acordo com a Anistia Internacional. 

Israel rejeita as acusações de "genocídio" e acusa o Hamas de usar civis como "escudos humanos". Desde o ataque do Hamas ao sul do país, que desencadeou a guerra, Israel tem reafirmado seu direito de se defender contra o movimento islâmico palestino.

"Mas sejamos claros: os objetivos militares não são incompatíveis com a intenção genocida", disse a secretária-geral da Anistia Internacional, em entrevista coletiva em Haia, Holanda.

O relatório da ONG cita o exemplo de 15 ataques aéreos realizados entre 7 de outubro de 2023 e 20 de abril de 2024, que mataram 334 civis, incluindo 141 crianças. A organização "não encontrou provas de que os ataques tenham sido dirigidos a alvos militares".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou o documento, que qualificou de "fabricado".   

 "A 'deplorável' e 'fanática' organização Anistia Internacional mais uma vez produziu um relatório fabricado, totalmente falso e baseado em mentiras", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado.   

"O massacre genocida de 7 de outubro de 2023 foi realizado pela organização terrorista Hamas contra cidadãos israelenses. Desde então, eles têm sido submetidos a ataques diários em sete frentes diferentes. Israel se defende contra esses ataques agindo em total conformidade com o direito internacional", diz o comunicado.

O documento também menciona apelos de autoridades e soldados israelenses para a "aniquilação, destruição, queima ou 'desaparecimento' de Gaza". Essas palavras sublinham "não apenas a impunidade sistêmica, mas também a criação de um ambiente que incentive tal comportamento", frisa o documento.

De acordo com o relatório, nenhuma guerra recente matou tantas crianças em tão pouco tempo. Agora "é impossível para a comunidade internacional fechar os olhos", diz Tchérina Jerolon. "Precisamos de medidas concretas para colocar um fim ao genocídio que está em curso. Entre essas medidas está a necessidade de um embargo total às armas que são transmitidas a Israel."

"Os governos devem parar de fingir que não têm poder para acabar com a ocupação, o apartheid e o genocídio em Gaza", disse Callamard. "Os Estados que enviam armas para Israel violam suas obrigações de prevenir o genocídio e correm o risco de se tornarem cúmplices dele", acusou.

A Anistia Internacional também pede a entrega de Benyamin Netanyahu ao Tribunal Penal Internacional(TPI) o mais rápido possível. A ONG também anunciou que publicaria um relatório sobre os crimes cometidos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023.

A organização ainda critica em seu relatório "a incapacidade da comunidade internacional" em achar uma solução para o conflito. "O fracasso vergonhoso da comunidade internacional, por mais de um ano, em pressionar Israel a parar suas atrocidades em Gaza, primeiro atrasando os apelos por um cessar-fogo e depois continuando as transferências de armas, é e continuará sendo uma mancha em nossa consciência coletiva", ressalta a secretaria-geral da ONG.

Das 251 pessoas sequestradas em território israelense, 97 ainda são mantidas em cativeiro em Gaza, 35 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelense. ANG/RFI

Regiões/Responsável dos serviços veterinários de Gabu considera de negativa campanha de vacinação de animais na Província Leste

Gabú, 05 Dez 24 (ANG) - O responsável regional dos serviços veterinários de Gabu fez um balanco negativo da campanha de vacinação dos animais realizada na zona Leste.

Euclides João Correia, em declarações ao correspondente regional da ANG de Gabu disse que  a baixa percentagem de  animais  vacinados está na origem de aparição de várias doenças que estão agora a atacar os seres humanos.

 “Digo que a baixa percentagem de vacinação dos animais na região de Gabu tem contribuído na aparição de várias doenças, porque os seres humanos acabam por consumir a carne de animais doentes ou não vacinados”, explicou Euclides.

O técnico disse que  entre 700 mil gados bovinos, 600 mil caprinos e 400 mil cães, a cobertura vacinal foi de apenas 5 à 6 por cento.

Euclides Correia acusa os donos de  animais de falta de colaboração com a iniciativa de vacinação  e compra de medicamentos para  tratamento dos seus animais.

Por outro lado, aquele responsável regional  defende a necessidade de  promulgação do Código Veterinário já aprovado pelo Conselho de Ministros, com a finalidade de ter uma Lei obrigatória de vacinação de animais, como ação preventiva da saúde humana no País.

“Outra prática de criadores de gados que está a criar problemas de saúde à população é a compra de medicamentos nos países vizinhos ou feiras populares, tratamento ambulatório e abate de animais sem controlo”, disse Correia.

Segundo Euclides, existe uma regra para consumo de carne de um animal que acaba de ser vacinado.

“Quando um gado  é vacinado a sua carne não pode ser consumida  antes de um certo período de tempo”, disse o veterinário. ANG/SS/AALS/ÂC//SG

Regiões/ Voz de Paz capacita criadores de gado e agricultores  em matéria de  “mediação de conflito”

Gabu, 05 Dez 24 (ANG) – O projeto Voz de Paz, Iniciativa para Consolidação da Paz  promoveu recentemente, em Gabu, uma ação de formação envolvendo 50 participantes, em matéria de “gestão e mediação de  conflitos” entre criadores de gado e agricultores do leste do país.

De acordo com o despacho do correspondente regional da ANG  de Gabu, que cita os organizadores do evento, a formação se enquadra no Projeto de Prevenção de conflitos de recursos naturais, sobre Pastoralismo e Transumasse, financiado pelo Fundo das Nações Unidas para Consolidação de Paz- PBS, no valor de 2.5 milhões de dólares.

Em declarações à ANG, o ponto focal do projecto, Seco Sori Camará disse que concluíram a formação de mais de 50 individualidades, entre quais, criadores de animais, lavradores, mulheres horticultoras, Jovens, autoridades administrativas e poder tradicional.

O grupo, de acordo com Seco Camará tem agora a responsabilidade de  mediar eventuais conflitos nas suas respectivas  comunidades, respeitando as 10 regras de identificação das causas de conflitos.

Segundo os dados do último recenseamento(2009), a Província Leste que conta com 20 mil gados é a zona de maior conflito  entre criadores de gado e agricultores, havendo casos de perda de vidas humanas, em consequência de brigas entre praticantes das duas atividades.

O projeto é implementado pelos parceiros: Organização das Nações Unidas para Habitação, o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento PNUD, o Fundo das Nações Unidas para População FNUAP, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e Voz de Paz, por um período de três anos, (2022/2025), e faz intervenções   em todos os setores administrativos das  regiões de Bafatá e Gabu. ANG/SS/LPG/ÂC//SG

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Saúde pública/Presidente da República recomenda bom uso do Serviço da Telemedicina lançado no Hospital Militar Principal

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - O Presidente da República recomendou esta quarta-feira o bom uso do Serviço da Telemedicina lançado hoje no Hospital Militar Principal  através do Projeto Novo Horizonte para Especialidades e Telemedicina na Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló fez a  recomendação ao presidir a cerimónia de inauguração do Serviço de Telemedicina , lançado através do Projeto Novo Horizonte, graças as relações de cooperação e amizade entre Guiné-Bissau e Portugal.

O Presidente da República considera o Projeto Novo Horizonte de um “grande passo” para melhorar o Sistema de Saúde da Guiné-Bissau, uma vez que, segundo ele, o mesmo serviço vai cuidar de muitas tarefas, dentre as quais a realização de tac, raio X, mamografia, cardiologia, oftalmologia, dermotologia, ecografia, tomografia, entre tantas.

“Este serviço não irá beneficiar apenas os ministros, mas sim o povo guineense no seu todo. Por isso, devemos dar mais atenção às coisas que podem progredir a nossa sociedade com o objetivo de alcançar o desenvolvimento interno”, referiu o Presidente da República.

Por sua vez, o ministro da Defesa Nacional, Dionísio Cabi revelou que, até ao  momento, teriam  sido  investidos um milhão e cento e treze mil euros para a aquisição dos materiais e equipamentos que vão melhorar, significativamente, a capacidade do Hospital Militar  Principal da Guiné-Bissau.

Cabi disse que o  projeto foi concretizado graças a colaboração do Instituto Marquês de Vale Flôr,  Instituto Camões e os militares portugueses e que, por isso, aproveita a ocasião para endereçar um agradecimento especial aos mesmos pelo apoio prestado.

Dionísio Cabi agradeceu ainda o  apoio prestado pela Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, pela União Europeia, pelo Chefe do Estado da Guiné-Bissau, Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas.

O  Projeto Novo Horizonte terá uma duração de dois anos, com a possibilidade de renovação no futuro, de modo a promover o bem-estar para povo guineense em geral.

“A Telemedicina nos oferece um grande avanço na construção de um futuro mais saudável e próspero para o nosso país, pois vai fazer a diferença na progressão da saúde e bem-estar da população”, disse Cabi. ANG/AALS/ÂC//SG

Saúde Pública/Funcionários contratados do Hospital Nacional Simão Mendes iniciam greve  de três dias

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) – O Sindicato de Base dos trabalhadores do Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), iniciou hoje uma greve  de três dias (quarta, quinta e sexta-feira) em diferentes serviços de atendimento do referido hospital, onde apenas laboram  funcionários contratados.

Os grevistas  reivindicam     melhorias das condições de trabalho.

Em conferência de imprensa, o Presidente de Sindicato de Base do Hospital Nacional Simão Mendes (SB-HNSM) Buraima Sambu, disse que, tendo em conta as dificuldades que o maior Centro Hospitalar do país enfrenta nos últimos tempos, a Direção do Sindicato que dirige, reuniu com os seus associados, e entendeu que era necessário sentar a uma mesa com o Governo para expor-lhe as suas preocupações.

“Neste sentido, no passado dia 14 de Outubro, entregamos ao Governo o caderno reivindicativo, que  continha 03  exigências, nomeadamente, a criação de melhores condições de trabalho, o pagamento das dívidas salariais de 12 meses, que o Governo contraiu com os funcionários contratados, e por último a construção de um laboratório para o serviço da maternidade”, assegurou Buraima Sambú.

Segundo o presidente do Sindicato de Base dos Funcionário do HNSM, houve  silêncio total por parte do Executivo.

Braima Sambú acrescenta que  dirigiram  uma carta ao ministro da Saúde Pública para, juntos, analisarem a má situação que o HNSM enfrenta.

Em relação a iniciativa diz que  não houve nenhuma resposta por parte do Ministério

“Pedimos ao Governo através do nosso Ministério, para reabilitar as rampas de oxigénio que se deparam com  problemas de fuga de gás, mas não obtivemos qualquer resposta  até hoje”, disse.

O Presidente de Sindicato de Base dos Funcionários do HNSM, disse que, em caso do silêncio e de falta de reação por parte do  Governo, face as suas reivindicações , a  segunda fase de paralisação iniciará na próxima semana, e será uma paralisação total, em que  só deverá  funcionar os Serviços de Urgência.ANG/LLA/ÂC//SG  


Regiões/ “Região de Oio com insuficiência de professores”, diz  Delegado Regional da Educação  

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - O Delegado da Educação da região de Oio, norte do país,  disse que aquela localidade se depara com insuficiência de professores.

Bubacar Demba Camará, lamentou esta situação em  declarações exclusivas, na terça-feira,  à ANG, quando  questionado sobre o funcionamento das escolas públicas naquela região.

Demba Camará  disse que a falta de professores tem a ver com o facto de mais de 400 docentes contratados no ano passado não estarem a  trabalhar no presente ano lectivo.

“Já informamos ao Ministério da Educação Nacional  que  neste momento está a trabalhar para por fim à  esta situação”, disse o Delegado Regional da Educação.

Por outro lado, Bubacar Demba Camara  informou que, este ano, com apoio do Banco Mundial,  todos os professores que lecionam da primeira  à quarta classe receberão um  tablet e  livros.

O Delegado Regional da Educação enalteceu a importância do uso de tablet na educação, e diz que  ajuda os professores a enfrentarem e lidar com as particularidades de assimilação dos conteúdos de cada aluno.

O Delegado Regional da Educação de Oio disse ainda que, no âmbito da administração, conseguiram reparar seis computadores e duas impressoras avariados  para melhorar as condições de trabalho.

Ainda sobre a região de Oio, a ONG Fundação Fê e Cooperação (FEC), financiou um seminário de 15 dias de reforço de capacidades na recolha dos dados para os responsáveis estatísticos da região, que terminou esta semana, com a entrega de computadores aos mesmos e posteriormente motorizada
s.ANG/AD/LPG/ÂC//SG

                
             Namibia
/Nnandi-Ndaitwah  eleita Presidente da República

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - Netumbo Nandi-Ndaitwah foi eleita Presidente da Namíbia na primeira volta das eleições presidenciais da passada quarta-feira, com 57,31% dos votos, anunciou terça-feira à noite a Comissão Eleitoral Independente.

Com a sua eleição, a Sra. Nandi-Ndaitwah, candidata do partido no poder “Swapo”, torna-se a primeira mulher presidente da Namíbia. Swapo governou esta nação da África Austral de três milhões de pessoas durante 34 anos.

O líder do principal partido da oposição, os Patriotas Independentes pela Mudança (IPC), Panduleni Itula, ficou em segundo lugar com 25,50% dos votos. Numa declaração à comunicação social, o Sr. Itula indicou que contesta os resultados eleitorais.

A votação da última quarta-feira foi estendida até a madrugada de quinta para quem já estava na fila. Alguns cidadãos tiveram que esperar 12 horas na fila devido a problemas logísticos.

Confrontada com críticas dos partidos políticos e dos eleitores devido às longas filas, a Comissão Eleitoral da Namíbia (ECN) decidiu alargar o horário de votação.

A Namíbia é actualmente liderada pelo Presidente interino Nangolo Mbumba, que assumiu o poder em Fevereiro passado após a morte do antigo Presidente Hage Geingob, mas não se candidatou às eleições.

Um relatório governamental de 2021 concluiu que 43% da população vivia em “pobreza multidimensional”, uma medida que tem em conta o rendimento, bem como o acesso à educação e aos serviços públicos, entre outros factores.

De acordo com dados do Banco Mundial, a Namíbia ocupa o segundo lugar no mundo em termos de desigualdade de rendimentos, depois da vizinha África do Sul. Ambos os países passaram décadas sob o domínio da minoria branca. ANG/FAAPA


Coreia do Sul/Partidos de oposição pedem impeachment de presidente  após imposição de lei marcial

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - Os partidos da oposição no parlamento da Coreia do Sul anunciaram nesta quarta-feira (4) que apresentaram um pedido de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, após a sua tentativa fracassada de impor a lei marcial no país. 

A calma voltou às ruas da capital Seul, mas a confusão sobre a situação política permanece.

A aplicação da lei marcial, revogada durante à noite no Parlamento e levantada oficialmente esta manhã pelo presidente, é um grave erro político na opinião de muitos deputados.

O Parlamento sul-coreano decidirá posteriormente a data da votação desta moção de destituição de Yoon Suk Yeol, que poderá ocorrer já na sexta-feira (6), indicaram os seis partidos da oposição, durante uma coletiva de imprensa conjunta.

Confrontado na Assembleia Nacional, dominada pela oposição que bloqueia a política governamental, especialmente o orçamento, além de ser alvo de repetidos escândalos, Yoon Suk Yeol parece querer se agarrar ao poder enquanto puder, no momento em que enfrenta um baixo índice de popularidade.

A inesperada iniciativa do líder conservador de decretar a lei marcial no país, a primeira vez em mais de quatro décadas, mergulhou a Coreia do Sul em uma grave crise, colocando em xeque o futuro do presidente. Os pedidos de renúncia vêm da oposição e também de sindicatos, além de gerar fortes críticas dentro de seu próprio partido.

"Se [Yoon] não renunciar imediatamente, o Partido Democrático iniciará imediatamente os procedimentos de destituição", ameaçou a oposição.

A maior organização sindical do país convocou uma "greve geral por tempo indeterminado" até que o presidente renuncie.

Até mesmo Han Dong Hoon, líder do Partido do Poder Popular, de Yoon, pediu ao presidente que explicasse "de forma direta e detalhada essa situação trágica" e afirmou que "todos os responsáveis devem prestar contas".

A agência estatal de notícias sul-coreana Yonhap relatou nesta quarta-feira que os principais assessores do presidente colocaram os cargos à disposição.

Yoon Suk Yeol, um ex-procurador que assumiu a presidência em 2022, decretou a lei marcial na terça-feira (3) à noite sob o argumento de uma ameaça da Coreia do Norte e de "forças antiestatais".

Porém, às 04h30 desta quarta-feira (16h30 de terça-feira em Brasília), Yoon fez um pronunciamento pela televisão para anunciar a retirada dos militares e a sua aceitação do pedido da Assembleia Nacional para suspender a lei marcial.

A notícia foi celebrada pelos manifestantes que se concentravam em frente ao Parlamento, entoando slogans como "prisão para Yoon Suk Yeol".

"Este ato de imposição sem uma causa legítima é, por si só, um crime grave", declarou Lim Myeong-pan, de 55 anos. "Ele abriu o caminho para sua própria destituição", acrescentou.

Yoon apresentou uma série de razões para justificar a lei marcial, a primeira desde a instauração de um regime democrático no país, em 1987.

"Para salvaguardar uma Coreia do Sul liberal das ameaças apresentadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e eliminar os elementos antiestatais que roubam a liberdade e a felicidade do povo, declaro a lei marcial de emergência", disse ele, em discurso televisionado. "A nossa Assembleia Nacional se tornou um refúgio de criminosos, uma fortaleza para uma ditadura legislativa que busca paralisar o sistema judiciário e administrativo e derrubar a ordem democrática liberal", continuou.

O presidente não deu detalhes, contudo, sobre as ameaças vindas de Pyongyang, mas lembrou que o país continua tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte, que possui um arsenal nuclear.

Embora tenha sido de curta duração, a imposição da lei marcial levou ao deslocamento de tropas militares, à proibição de todas as atividades políticas e colocou os meios de comunicação sob controle governamental.

A Constituição da Coreia do Sul determina que a lei marcial deve ser suspensa se a maioria do Parlamento assim solicitar.

A Casa Branca afirmou que não foi informada "com antecedência" das intenções do presidente sul-coreano, mesmo tendo cerca de 28.500 soldados americanos posicionados no país para lidar com a Coreia do Norte e seu programa armamentista.

"Saudamos o anúncio do presidente Yoon de rescindir a ordem com a qual decretou a lei marcial de emergência, de acordo com a Constituição", reagiu o secretário de Estado americano, Antony Blinken. "Esperamos que as desavenças sejam resolvidas de maneira pacífica", acrescentou.

A crise impactou os mercados. A bolsa de Seul abriu com perdas de 2% e a moeda sul-coreana, o won, caiu ao nível mais baixo em relação ao dólar em dois anos.

Alan Yu, ex-diplomata americano na Ásia e pesquisador do Center for American Progress, considerou a manobra como um movimento desesperado de "um líder ineficiente e profundamente impopular". "É quase um movimento desesperado para dar a volta por cima, mas que não deu certo", disse.

Em entrevista à AFP, Vladimir Tikhonov, professor de estudos coreanos na Universidade de Oslo, considerou improvável que "a sociedade civil sul-coreana possa continuar reconhecendo Yoon como um presidente legítimo".ANG/RFI/AFP

 

Copa 2026/ Calor extremo na América do Norte, com previsão de quase 50°C, será risco para jogadores

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - Um estudo divulgado pela Scientific Reports alerta que as altas temperaturas previstas durante a Copa do Mundo de Futebol de 2026, que será realizada simultaneamente nos Estados Unidos, México e Canadá, podem representar um risco para a saúde dos atletas.

Segundo a pesquisa, os termômetros podem se aproximar dos 50°C em alguns locais de competições, criando o que os cientistas chamam de "estresse térmico".

Após uma edição 2022 realizada em Dezembro no catar a próxima Copa do Mundo de futebol masculino retoma seu calendário habitual, com competições no meio do ano. O próximo Mundial acontece entre 11 de junho de 19 de julho de 2026, em pleno verão no hemisfério norte.

Um dos motivos para a mudança de calendário na edição passada eram as altas temperaturas no emirado onde,mesmo com muito ar-condicionado, uma Copa realizada durante o verão às margens do deserto poderia representar um risco para os atletas.

No entanto, especialistas já se questionam sobre o forte calor previsto também durante o próximo evento. Espera-se que dez das dezesseis cidades que sediarão a competição nos Estados Unidos, Canadá e México poderão registrar temperaturas superiores a 46°C. Os locais mais expostos são Arlington e Houston, no Texas, e Monterrey, no México, onde os termômetros podem chegar aos 49,5ºC entre 14h e 17h.

Os jogadores de futebol estarão expostos a um “risco muito alto de ‘estresse térmico’ por calor extremo” nessas dez cidades, alertou o estudo da Scientific Reports, uma revista publicada pelo Nature Group. Segundo as previsões, apenas seis estádios da competição não seriam afetados por esses extremos: Toronto e Vancouver, no Canadá, Tlalpan, no México, e Seattle, Boston e Santa Clara, nos Estados Unidos.

Diante desses dados alarmantes, os cientistas propõem que as partidas sejam remarcadas para outros horários do dia. O objetivo é evitar o chamado "estresse térmico", que pode se manifestar por desidratação e cansaço extremo. O calor em excesso durante um jogo de futebol também pode provocar dores de cabeça, vômitos e câimbras musculares nos atletas.

Nos estádios de Arlington, Houston e Monterrey, os jogadores também podem perder mais de 1,5 kg de suor por hora, com a desidratação extrema afetando a capacidade de desempenho em campo. Os jogadores de futebol terão ainda que se aclimatar à altitude nos estádios mexicanos de Guadalajara (1.570 metros) e Tlalpan (2.240 metros).

A Copa de 2026 será um novo teste para a FIFA diante dos fenômenos de mudanças climáticas, com temperaturas cada vez mais elevadas. Principalmente porque a instituição já prevê as duas próximas edições do evento em zonas quentes do globo: 2020 entre Espanha, Portugal e marrocos, e 2034 na Arábia Saudita. ANG/RFI

 

        Arábia Saudita/ Ministério do Interior bate recorde de execuções

Bissau, 04 Dez 24 (ANG) - O Ministério do Interior da Arábia Saudita anunciou ter executado mais quatro pessoas na terça-feira (3) por crimes comuns, levando o número de execuções no país a um novo recorde em 2024: 303 desde o início deste ano.

Segundo a ONG Anistia Internacional, em 2023 a Arábia Saudita executou 170 pessoas. A organização contabiliza desde 1990 o número de mortes relacionadas à rígida aplicação da lei islâmica nesta rica monarquia do Golfo, país que mais elimina detentos, depois da China e do Irã.

Para Taha al-Hajji, diretor jurídico da Organização de Direitos Humanos Europeia Saudita (ESOHR, sigla em inglês), baseada em Berlim, esses números são "incompreensíveis e inexplicáveis". Até o final deste ano, a média pode chegar a uma execução por dia, avaliam especialistas. 

No entanto, o governo francês não comenta a situação. Sem mencionar o desrespeito dos direitos humanos no país em que negocia neste momento importantes parcerias, Macron se disse disposto nesta terça-feira a apoiar a diversificação econômica de Riad.

"Sempre fomos um parceiro confiável (...) e queremos consolidar esses investimentos e parcerias", afirmou durante um fórum de negócios franco-sauditas no segundo dia de sua visita ao país. De acordo com ele, várias companhias francesas estão prontas para acompanhar o programa Vision 20230 de abertura e diversificação da monarquia, principalmente no setor de energias renováveis e de inteligência artificial. 

Primeiro exportador mundial de petróleo, a Arábia Saudita é constantemente criticada por recorrer à pena de morte, uma política considerada excessiva e em contradição com os esforços de Riad para veicular uma imagem mais aceitável do regime ao mundo. 

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que dirige a nação com mão de ferro, declarou à revista The Atlantic em 2022 que havia limitado a pena máxima a crimes mais graves. Ele também é acusado de ser o responsável pela morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em 2018, crítico do regime

Na época, a França chegou a condenar o assassinato e a exigir "uma investigação exaustiva" de Riad.

Quatro anos depois, Macron recebia com grande pompa o príncipe herdeiro em Paris, suscitando forte indignação de militantes de defesa dos direitos humanos. 

"Os números não mentem e contradizem completamente as declarações [de Bin Salman]", afirma Lina al-Hathloul, responsável da comunicação da organização de defesa dos direitos humanos ALQST, baseada em Londres. Segundo ela, Riad acredita que a pena de morte é necessária para "a manutenção da ordem pública".

Entre as 303 pessoas executadas neste ano pela Arábia Saudita, 103 foram mortas acusadas por participação no tráfico de drogas e 45 por "incidentes relacionados a terrorismo". A ONU advertiu o país em 2022 por esse tipo de condenação, que contradiz o direito internacional. 

Desde a chegada de Bin Salman ao poder, em 2015, mais de mil pessoas foram condenadas à pena de morte, segundo um relatório da ONG britânica Reprieve. Em março de 2022, 81 cidadãos chegaram a ser executados em um único dia, suscitando uma imensa indignação internacional. 

  ANG/RFI/ AFP

Marrocos/Abertura dos trabalhos da 5ª edição do África Investment Forum

Bissau, 04 Dez 24 (ANG)  – Os trabalhos da 5ª edição do Fórum de Investimento em África (AIF), colocado sob o Alto Patrocínio de Sua Majestade o Rei Mohammed VI, começaram quarta-feira em Rabat, reunindo partes interessadas essenciais para facilitar o financiamento e implementação de projetos de alto impacto no continente.

A sessão de abertura foi marcada pela presença do Conselheiro de Sua Majestade o Rei Mohammed VI e Presidente Honorário do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Omar Kabbaj, da Ministra da Economia e Finanças, Nadia Fettah e do Presidente do BAD, Akinwumi Adesina .

O AIF 2024, sob o tema “Aproveitar parcerias inovadoras para expandir”, posiciona-se como uma plataforma essencial, abrindo caminho para investimentos estratégicos que apoiam a transformação económica de África e proporcionando acesso direto a oportunidades de transação em todo o continente.

Desde o seu lançamento em 2018, o AIF atraiu quase 180 mil milhões de dólares em juros de investimento para projectos de grande escala nos sectores da energia, infra-estruturas, saúde e agricultura, fortalecendo assim o seu estatuto como a principal plataforma de investimento em África para investidores globais.

O seu principal evento anual, Market Days, constitui um espaço privilegiado dedicado a destacar, discutir e promover oportunidades de investimento em África.

A participação nos AIF Market Days 2024 proporciona uma oportunidade única de ligação a uma ampla rede de decisores, investidores e promotores de projectos envolvidos no cenário de investimento em evolução em África.

O evento oferece networking exclusivo, acesso a projetos financiáveis ​​em diversos setores, uma apresentação de iniciativas emblemáticas como "Mulheres como campeãs de investimento" e "Esporte como catalisador de negócios", bem como sessões de negociação em tempo real e painéis de especialistas sobre tendências de investimento e desafios em África. ANG/FAAPA

Cultura/ CCFBG vai organizar um festival para comemorar 20º da sua reabertura  e 70 da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Bissau, 04 Dez 24(ANG) – O Centro Cultural Franco Bissau Guineense (CCFBG) organiza nos dias 13, 14 e 15 de Dezembro um festival para comemorar 20 anos da sua reabertura e 70 anos de Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A informação vem expressa num comunicado à imprensa enviado hoje à ANG, segundo o qual  o referido evento será gratuito e vai ser homenageado com a rica cultura da Guiné-Bissau nomeadamente atividades para todas as idades e será realizada na praça Che Guevara vulgo rotunda de Baiana.

Segundo o comunicado, o evento será  marcado com a realização de concertos musicais com a participação de cantores e cantoras de  todas as gerações incluindo As One, Amy Injai, Cotche T, J Maica, Rui Sangara, Vida Gomes, Binhan, com performances de humor, teatro, dança e artes plásticas

De acordo com o programa, durante os três dias de festival de cultura, gastronomia e artesanato,  haverá barracas, feira de artesanato, moda e produtos locais, exibição de filmes e oficinas educativas, destacando temas culturais e sociais.

O festival será animado com um palco para cerca de mil pessoas em frente ao CCFBG e é patrocinado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento(PNUD) e seus parceiros: embaixada de França, Ministério da Cultura, Juventude e Desportos, Orange, Ecobank, Bissau Games, Super Bock, Câmara Municipal de Bissau, EAGB e TMGGroup.ANG/JD/ÂC//SG