sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Medicamentos/Senegal declarado primeiro país da África franófona a atingir o nível de maturidade 3

Bissau, 13 Dez 24 (ANG) – O Senegal tornou-se o primeiro país da África Ocidental e o 7º país de África a atingir o nível de maturidade 3 (NM3) da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou quinta-feira a Agência Reguladora Farmacêutica (ARP). .

“O Senegal é o primeiro país a atingir o nível de maturidade 3 na África Ocidental e o 7º em África”, disse Ndèye Maguette Diaw, chefe do departamento de logística e controlo técnico-regulatório da 'ARP.

Ela participou de uma sessão de informação e compartilhamento organizada para anunciar oficialmente a novidade.

A Sra. Diaw informou que a OMS enviou uma carta de felicitações ao diretor do ARP para notificá-lo de que o Senegal atingiu o nível de maturidade 3.

O Senegal atingiu este nível após uma pré-visita, uma autoavaliação, uma avaliação formal e uma avaliação-monitorização apoiada pelo plano de desenvolvimento institucional para manter o nível de maturação.

Segundo Diaw, “os desafios do NM3 incluem a segurança sanitária e a protecção dos pacientes, que garantem a protecção da saúde das populações senegalesas com um sistema de resposta resiliente”.

Ela também cita o fortalecimento dos medicamentos para garantir a disponibilidade de produtos de qualidade, seguros e eficazes.

Este nível de maturidade também apresenta desafios económicos na medida em que haverá um aumento da produção local graças a um ambiente regulatório favorável, bem como a redução da dependência da importação de medicamentos.

“Este nível de maturidade do Senegal garantirá o fortalecimento institucional e a liderança regional, mas também a integração africana”, assegurou. Ele testemunha que o Senegal tem um sistema regulatório “estável”.

Congratulando-se com esta notícia, o Ministro da Saúde e Acção Social, Ibrahima Sy, considera-a “boa e memorável notícia”. “O Senegal obteve um desempenho notável”, sublinhou.

“Esta é uma avaliação rigorosa e intransigente das nove funções regulatórias da APR”, acrescentou.

“Estamos orgulhosos desta conquista, mas temos desafios a superar, nomeadamente manter o nível de maturidade 3 e atingir o nível de maturidade 4. Convido as partes interessadas a trabalharem de mãos dadas para ajudar as agências reguladoras a fortalecerem a solidez e a credibilidade”, continuou o ministro.

Ele acredita que tal abordagem nos permitirá avançar em direção à soberania farmacêutica.

A Ministra da Saúde convidou os agentes da ARP a familiarizarem-se com esta ferramenta de avaliação, a fim de manterem os esforços para atingir o nível de maturidade 4.

O Senegal junta-se aos países que atingiram o nível de maturidade 3, tal como outros países africanos como o Egipto, Gana, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Ruanda e Zimbabué. ANG/FAAPA

             França/ François Bayrou é o novo primeiro-ministro

Bissau, 13 Dez 24 (ANG)  – O centrista François Bayrou foi nomeado primeiro-ministro da França pelo  presidente da república, Emmanuel Macron, foi anunciada ao início da tarde desta sexta-feira, dez dias após a queda do governo de Michel Barnier na sequência de uma moção de censura.

A esquerda ameaçou, logo, voltar a censurar o chefe do executivo.

François Bayrou é autarca de Pau, nos Pirinéus, sudoeste da França.

De 73 anos ele é presidente do Modem, Movimento democrata, de centro.

Tinha ocupado ao longo de um mês, entre Maio e Junho de 2017, o cargo de ministro da justiça. Foi obrigado a demitir-se devido a um escândalo sobre supostos empregos fictícios em relação a assistentes parlamentares no Parlamento Europeu.

Foi ilibado em Fevereiro passado, mas o Ministério público recorreu dessa decisão.

Ele chega agora ao cargo de primeiro-ministro, o sexto em sete anos de Emmanuel Macron na presidência... sem nenhuma maioria absoluta na câmara baixa do parlamento, com três grandes blocos: a esquerda, o centro e a direita, e a extrema direita.

Bayrou é tido como um aliado exigente do chefe de Estado, não obstante ele próprio ter tentado a corrida presiencial por várias vezes, mas em 2017 acabaria por apoiar Macron num contexto de subida da extrema direita.

Ao apoiar em 2012 François Hollande, socialista, contra Nicolas Sarkozy, de direita, teria feito algumas inimizades à direita, campo do qual era próximo.

As suas relações com Marine Le Pen, de extrema direita, são tidas como de cortesia. A esquerda já ameaçou o novo primeiro-ministro com uma moção de censura por este não ser oriundo deste quadrante político, o mais votado nas eleições legislativas de Julho passado.ANG/RFI


quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Regiões/Um grupo de  47 jovens finalizaram os seus cursos em diferentes áreas profissionais

Canchungo, 12 Dez 24 (ANG) – O Projeto Sangue Novo que atua em Canchungo, com apoio da SOS Holanda e SOS Guiné-Bissau acaba de formar 47 jovens nas áreas de culinária, cabeleiria e corte e costura.

Em declarações ao Correspondente da ANG na região de Cacheu, o Oficial do projeto Sangue Novo, Demba Baldé disse que  acabam de cumprir, mais uma vez, um dos seus objectivos que é  formar jovens para serem autónomos nos seus trabalhos de luta contra a fome e pobreza.

Demba Baldé informou que durante seis meses os formandos aprenderam as teorias e práticas dos cursos de Culinária, Cabeleireiro, Corte e Costura, de forma satisfatória, graças ao empenho dos formadores.

Dos 47 jovens, 18  formaram-se em Cabeleiria,  14 na Culinária e 15 na Corte e Costura, entre os quais 8 meninas e 7 rapazes.

Os cursos foram financiados pela SOS de Holanda e implementado pela SOS da Guiné-Bissau em parceria com o Projeto "Sangue Novo" em Canchungo.

Demba Baldé pediu aos pais para continuarem a investir nos estudos dos seus educandos e aos Empresários do setor de Canchungo, para darem  oportunidades de trabalho aos formandos.

Os formandos se  comprometeram a aplicar na prática os conhecimentos  adquiridos e obedecer as regras das empresas onde vão estagiar durante os próximos três meses. ANG/AG/ÂC

Moçambique/Presidente do 'Podemos' quer envolvimento de outros segmentos na verificação dos votos

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) - O novo ciclo de protestos convocados por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido 'Podemos' terminou quarta-feira em Moçambique.

Entretanto, o presidente dessa formação defende a necessidade de haver outros intervenientes no processo de verificação de editais dos resultados intermédios das eleições gerais de 9 de Outubro pelo Conselho Constitucional.

Albino Forquilha pede ao Conselho Constitucional a reposição da verdade eleitoral.

Seriedade e integridade em busca da verdade eleitoral é o que o presidente do partido extraparlamentar 'Podemos' espera do Conselho Constitucional e sugere o envolvimento de outros segmentos da sociedade.

“Será difícil aferir que houve uma verdade eleitoral, se efectivamente for apenas o Conselho Constitucional a validar os resultados que ele próprio trabalhou sozinho, sem que haja a participação dos outros, porque estamos a falar que é efectivamente de transparência que precisamos nesse processo”, disse o dirigente partidário.

Albino Forquilha pede também ao Conselho Constitucional, se for o caso, a recontagem dos votos. Contudo, ao referir que o órgão vai analisar “as discrepâncias” nos resultados anunciados das eleições gerais de Outubro na próxima semana, mas que não está a fazer recontagem dos votos, Lúcia Ribeiro, Presidente do Conselho Constitucional, garantiu que se está a trabalhar pela verdade eleitoral.

Cerca de duas semanas depois de ter indicado em comunicado que poderia eventualmente emitir a sua decisão por volta do dia 23 de Dezembro, o Conselho Constitucional não deu indicações de datas para o anúncio dos resultados. Não temos ainda a data. Ainda não temos a data, mas saber-se-a”, disse a presidente do Conselho Constitucional.

Entretanto, a vida voltou à normalidade em Moçambique, findo ontem o período de sete dias de manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane suportado pelo partido 'Podemos', que rejeita a vitória nas eleições gerais de 9 de Outubro atribuída à Frelimo e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo, pela Comissão Nacional de Eleições.ANG/RFI

França/Síria em plena transição ainda sofre de combates armados no seu território

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) - Combates armados ainda não acabaram na Síria que está a iniciar o processo de reconstrução após a queda do regime de Bashar al-Assad. E isto apesar de ter sido nomeado um primeiro-ministro responsável pela transição na terça-feira, 10 de Dezembro de 2024


O novo primeiro-ministro responsável pela transição na Síria, Mohammad al-Bashir, afirmou na quarta-feira, 11 de Dezembro, que a coligação que derrubou o regime de Bashar al-Assad garantirá os direitos de todas as comunidades: "Garantiremos os direitos de todos os povos e de todas as crenças na Síria". O anúncio foi feito pelo responsável do governo de transição até 1 de Março de 2025, al-Bashir deu uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Serra. Apelou também aos milhões de sírios exilados para que regressem a casa.

Apesar de um cessar-fogo em Mambij, no norte do país, continuam os bombardeamentos turcos, depois de ter sido anunciada uma trégua entre as forças pró-curdas e os rebeldes pró-turcos. Por último, segundo a agência Sanad da Al-Jazeera, os combatentes da oposição estão a entrar em confronto com um grupo leal a Al-Assad em Deraa, no sul do país, na fronteira com a Jordânia.

Por seu lado, a França apela a Israel para que se retire da zona tampão no oeste da Síria, entre a sua fronteira e a fronteira libanesa. Numa altura em que a Alemanha apela a Turquia e Israel a não dificultar a transição pacífica da Síria.

Anthony Blinken, chefe da diplomacia americana, vai-se deslocar a Aqaba, na Jordânia, na quinta-feira, 12 de Dezembro, e a Ancara, na sexta-feira, 13 de Dezembro, para discutir a situação na Síria. ANG/RFI

        África do Sul/ “África precisa de justiça climática”, diz António Guterres

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) - África precisa de justiça climática, estando o continente na linha da frente da crise climática, embora cause apenas emissões mínimas, disse quarta-feira em Pretória, o secretário-geral da ONU, António Guterres.

“África está a aquecer mais rapidamente do que a média global (…). O mundo inteiro deve ajudar o continente a construir economias verdes ancoradas nas energias renováveis”, disse Guterres, que participou numa reunião de sherpas e economistas do G20.

Descrevendo como "absurdo" o facto de África abrigar 60% dos melhores recursos solares do mundo, mas apenas 2% dos investimentos globais em energia solar, ele disse que era necessário que a comunidade internacional garantisse que os recursos minerais são activos essenciais de África, que pode alimentar a revolução das energias renováveis ​​em todo o mundo, beneficia em primeiro lugar os africanos.

O Painel de Especialistas das Nações Unidas em Minerais Críticos para a Transição Energética identificou um conjunto de princípios e recomendações para capacitar as comunidades, criar responsabilização e garantir que a energia limpa promova um crescimento equitativo e resiliente, com valor máximo valor acrescentado para os países produtores, em vez de exportar matérias-primas de valor muito baixo, disse ele.

Na mesma linha, Guterres declarou que “devemos limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius para evitar que esta crise fique ainda mais fora de controlo”.

A este respeito, indicou que até ao próximo ano os países terão de apresentar novos planos nacionais de acção climática, alinhados com o objectivo de 1,5 graus, defendendo que estes novos planos devem cobrir todas as emissões e toda a economia, acelerar a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis combustíveis e contribuir para os objetivos de transição energética acordados na COP28.

Os países desenvolvidos devem também apoiar as economias emergentes, proporcionando-lhes as capacidades tecnológicas e o know-how necessários para reduzir significativamente o consumo de combustíveis fósseis e acelerar a revolução das energias renováveis ​​de uma forma rápida e equitativa, argumentou, observando que isto envolve a criação de modelos inovadores de desenvolvimento internacional. cooperação, como a Parceria para uma Transição Energética Justa.

O Secretário-Geral da ONU explicou também que isto também implica que os países desenvolvidos respeitem os seus compromissos financeiros, mantendo a sua promessa de duplicar o financiamento da adaptação e contribuindo significativamente para o Fundo de Perdas e Danos.

Além disso, falou da injustiça do actual sistema financeiro global, que impõe custos de serviço da dívida aos países, ao mesmo tempo que lhes nega o acesso a financiamento de baixo custo suficiente para combater a pobreza, a desigualdade e a fome e promover os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

“O aprofundamento da injustiça do caos climático, que em grande parte não foi causado pelos africanos, está a alimentar inundações, tempestades, fome e secas mortais em toda a África”, disse Guterres. ANG/FAAPA

 

Marrocos/”Copa do Mundo FIFA 2030 em Marrocos será “uma grande celebração da humanidade”, diz Infantino

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) – A Copa do Mundo de 2030 em Marrocos, país-sede oficialmente designado ao lado de Portugal e Espanha, será “uma grande celebração da humanidade”, prometeu o presidente da FIFA, Gianni Infantino, destacando a jornada de os Leões do Atlas na Copa do Mundo do Catar 2022, a reputação global dos “únicos e fantásticos” torcedores marroquinos e as boas-vindas incomparáveis ​​oferecidas o Reino.

Em entrevista divulgada pela FIFA ao final de seu último congresso extraordinário que designou oficialmente os países-sede das Copas do Mundo de 2030 e 2034, Infantino afirma que a Copa do Mundo de 2030 será “uma celebração incrível do futebol, com o chute de “mandar três jogos comemorativos para a América do Sul, antes de passar para dois continentes que tanto representaram e representam para o futebol: Europa e África”.

“Marrocos, Espanha e Portugal: que mensagem de unidade, que mensagem de importância para todas as pessoas que se preparam para avançar. Estamos reunindo continentes, continentes que estiveram separados por muito tempo, e hoje eles estão se unindo e organizando juntos uma Copa do Mundo (da FIFA)”, afirmou.

“Teremos uma Copa do Mundo (FIFA) brilhante em 2030 no Marrocos – obviamente, Marrocos, semifinalista da última Copa do Mundo da FIFA no Catar”, garantiu o dirigente da FIFA.

“Todo mundo conhece apoiadores marroquinos. Parabéns ao Marrocos, Dima Mahgrib. Eles são absolutamente únicos e fantásticos”, observou ele.

Infantino disse também estar convencido de que “as pessoas que vão a Marrocos serão bem-vindas como em nenhum outro lugar”, acrescentando que será “uma grande celebração da humanidade, do futebol, da unidade e da alegria do povo marroquino em Marrocos e em todo o mundo é certamente, neste momento, extremamente elevado.”

“É também a primeira vez que Marrocos sedia uma Copa do Mundo (FIFA), depois de ter tentado várias vezes se candidatar. Parabéns, mais uma vez, a Marrocos”, concluiu o Presidente da FIFA. ANG/FAAPA

Marrocos/Fórum Africano para indústria pesqueira e aquicultura termina mais uma edição em sucesso

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) – A Federação Nacional das Indústrias de Processamento e Desenvolvimento de Produtos Pesqueiros (FENIP) assinou em Dakhla uma edição de sucesso do fórum africano para a indústria pesqueira e da aquicultura “Seafood 4 Africa 2024”.

Organizado de 4 a 6 de dezembro, este fórum, subordinado ao tema “Parcerias para uma economia azul e um comércio intra-africano sustentável”, destacou as indústrias pesqueiras e o seu papel no desenvolvimento sustentável e na integração regional.

Este evento reuniu mais de 4.000 visitantes ao salão de exposições e mais de 500 participantes em conferências, bem como delegações representativas de 15 países africanos, além de uma série de decisores, especialistas e representantes de organizações profissionais.

Este fórum foi também concebido como um espaço de intercâmbio aprofundado, com conferências temáticas, sessões de trabalho e uma sala de exposições dedicada às indústrias pesqueiras e aos equipamentos técnicos das cadeias de valor.

“Seafood 4 Africa” também permitiu que os participantes discutissem temas como a melhoria da governação das pescas, a inovação e a investigação científica, a promoção de investimentos e financiamento e a descarbonização das indústrias pesqueiras.

Os palestrantes também debateram formas de desenvolver tecnologias inovadoras para a aquicultura sustentável como um pilar da economia azul em África, enfatizando a necessidade de contribuir para a integração regional através do comércio intra-africano de produtos pesqueiros.

Estes debates fazem parte das orientações estratégicas de Sua Majestade o Rei Mohammed VI, nomeadamente através da iniciativa Blue Belt anunciada durante a COP22 em Marraquexe, bem como da estratégia “Halieutis”, fonte de inspiração para políticas sustentáveis ​​e inclusivas.

Falando neste fórum, o presidente da FENIP, Hassan Sentissi El Idrissi apresentou uma visão ambiciosa e propostas concretas, inspiradas nas Altas Diretrizes Reais, para catalisar o crescimento da economia azul africana e maximizar os benefícios a favor das populações.

Sentissi El Idrissi, neste sentido, defendeu a criação de uma bolsa de pescas africana, o estabelecimento de um crédito marítimo continental, o desenvolvimento de uma indústria africana de fabrico de equipamento marítimo e o estabelecimento de estaleiros navais de nova geração, bem como o criação de um centro africano de formação, excelência e investigação.

“Seafood 4 Africa 2024” foi organizado em parceria com o Ministério da Indústria e Comércio, a Secretaria de Estado do Comércio Externo, o Ministério da Agricultura, Pescas Marítimas, Desenvolvimento Rural e Água e Florestas, a Secretaria de Estado das Pescas Marítimas e a Comissão Marroquina Agência para o Desenvolvimento de Investimentos e Exportações (AMDIE).

Este fórum foi marcado pela assinatura de duas convenções destinadas a reforçar a cooperação regional no sector das pescas e da aquicultura e a impulsionar o comércio intra-africano de produtos do mar.

Além disso, foram atribuídas distinções aos intervenientes mais inovadores e empenhados na área das indústrias pesqueiras e da aquicultura, em reconhecimento do seu contributo para o desenvolvimento do setor. ANG/FAAPA

UEMOA/Canadá vai disponibilizar fundos para formação profissional na Guiné-Bissau

Bissau, 12 Dez 24(ANG) – O Comissário para o Desenvolvimento da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA) revelou, quarta-feira, que a Agência de Cooperação do Canadá vai disponibilizar um milhão e quinhentos mil euros para a formação de  quadros profissionais guineenses  e para a melhoria das capacidades institucionais da universidade Amílcar Cabral, de Bissau.

Mamadú Serifo Jaquité, fez esta revelação em declarações à imprensa, à saída da audiência com o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, à quem apresentou o programa de Cooperação UEMOA/Canadá para a Guiné-Bissau, em vigor até 2030.

Disse que, para o efeito, uma missão da Agência de Cooperação do Canadá se encontra no país  a manter  encontros com diferentes instituições parceiras do sector profissional, bem com a Câmara do Comércio, Universidades entre outras instituições nacionais.

Segundo Jaquité, no âmbito dessa cooperação, os centros de formação profissional da Guiné-Bissau vão poder estabelecer parcerias com os seus similares do Canadá.

“A presença da cooperação canadiana aqui na Guiné-Bissau vai permitir as instituições de formação profissional, nomeadamente o Centro de Formação Industrial(CENFI) e a Escola Nacional de Formação Profissional(ENAFOR), estudarem mecanismos de cooperar com as suas congêneres do Canada”, informou.

Aquele responsável acrescentou  que, em relação a  Universidade Amílcar Cabral,  um trabalho bastante adiantado, já teria sido feito pela  UEMOA , e que deverá servir de base para que esta universidade seja uma das beneficiárias desse programa de cooperação. ANG/ÂC//SG

 

 

Sociedade/AFASC-BLONDA condena  confronto entre agricultores para  posse de campos de cultivo  em Empada

Bissau, 12 Dez 24 (ANG) – A Associação dos Filhos e Amigos da Secção de Caur de Baixo (AFAC-BLONDA), Setor de Empada, Região de Quinará, sul do país, em comunicado assinado pelo seu Secretário Executivo, Iaia Cassamá, condenou  o confronto para  posse de campos de cultivo entre os agricultores da Aldeia de “Caur de Baixo” e de “Caur Morador”, ocorrido recentemente e que culminou com a morte de dois cidadãos e no registo de 18 feridos .

Cassamá diz que essa violência põe em causa a convivência  cultivada pelos seus antepassados.

Apela as  autoridades competentes para  assumires as suas responsabilidades constitucionais na resolução urgente da crise a volta do campo de cultivo de  Nhanguê.

De acordo com o documento, a AFASC-BLONDA pede uma investigação judicial para que os responsáveis por essas mortes e feridos possam ser traduzidos à justiça.

“Apelamos ainda as partes desavindas a se absterem do recurso à violência, para a resolução da disputa”, refere o comunicado.

Iaiá Cassamá convida a todos os populares do setor de Empada em particular os das Aldeias de “Caur de Baixo” e de “Morador”, a promoverem o diálogo franco, aberto, no respeito escrupuloso aos Direitos Humanos e pelas leis da República.

A Associação dos Filhos e AMigos da Secção de Caur de Baixo (AFASC-BOLONDA), do Setor de Empada, Região de Quinará, é uma organização legalizada  em 2009, e tem entre os objetivos, contribuir para a melhoria de condições de vida das populações locais, promover a cultura cívica da cidadania na base de espírito de solidariedade e de interajuda. ANG/LLA/ÂC//SG           

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

     Cabo Verde/ Ministério Público vai investigar Presidência da República

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) A Procuradoria-Geral da República de Cabo Verde anunciou a abertura de instrução para averiguar “indícios” de “ilícitos criminais” após ter recebido um “relatório de auditoria financeira e de conformidade à Presidência da República”.

Em causa está a eventual prática de crimes de abuso de poder, participação ilícita em negócios, peculato e recebimento indevido de vantagem, segundo o comunicado da PGR.

O processo de investigação aberto pelo Ministério Público está relacionado com o pagamento de salários pela Presidência da República à primeira-dama, Débora Carvalho, e outros pagamentos considerados ilegais. De acordo com o comunicado do Ministério Público, o relatório aponta indícios de práticas ilícitas que podem configurar crimes como abuso de poder, participação ilícita em negócios, peculato e recebimento indevido de vantagens, previstos no Código Penal.

A PGR anunciou também anunciou que deduziu acusação contra um funcionário da Presidência da República por um crime de desvio de dados, “na sequência de divulgações nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social da ordem de pagamento de salários” à primeira-dama. Na instrução, o Ministério Público contou com “um relatório de inquérito realizado pela Comissão Nacional de Proteção de Dados, dando conta de factos suscetíveis de indiciarem a prática de ilícito criminal”.

A polémica sobre o salário da primeira-dama começou em Dezembro do ano passado após a circulação nas redes sociais de informações indicando que Débora Carvalho recebia na Presidência da República um salário mensal de 310 mil escudos, cerca de 3 mil euros. A auditoria financeira teria detectado outros pagamentos considerados ilegais.

José Maria Neves anunciou, há dois meses, a substituição do chefe da Casa Civil da Presidência, Jorge Tolentino Araújo, na sequência das polémicas com o salário da primeira-dama.Os casos levaram o chefe de Estado a pedir auditorias por parte do Tribunal de Contas e da Inspeção Geral das Finanças.

O conselho de administração da Presidência da República defendeu, em Outubro, que há despesas irregulares detectadas pelo Tribunal de Contas herdadas de gestões anteriores.

Em Agosto, um outro relatório, da Inspeção Geral de Finanças (IGF), tinha concluído que o salário de 7,4 milhões de escudos ilíquidos (67,6 mil euros) pagos durante dois anos à primeira-dama era irregular. Entretanto, o Presidente cabo-verdiano assegurou que os montantes apurados já foram devolvidos aos cofres do Estado.

A Presidência também acusou o Governo de ter quebrado uma "longa tradição" de lealdade e cooperação institucionais ao "barrar" um anteprojeto de lei - apresentado em Maio de 2022 - com dispositivos para regular questões sobre o estatuto da primeira-dama.ANG/RFI

 

Senegal/Chefes  da marinha de    quatro países da África Ocidental reunidos em Dacar

Bissau, 11 Dez 24 (ANG)  – Uma conferência de chefes do pessoal naval e da guarda costeira dos países da zona G, partes interessadas na Arquitetura de Segurança Marítima de Yaoundé, foi inaugurada terça-feira na capital senegalesa, noticiou  a APS.

A reunião prevista para dois dias visa consolidar a cooperação operacional no domínio da segurança e proteção marítima na área que reúne Senegal, Cabo Verde, Gâmbia e Guiné-Bissau, indicaram os organizadores em comunicado de imprensa.

As discussões centrar-se-ão no reforço do quadro sub-regional para a partilha de informações operacionais e na organização de patrulhas marítimas conjuntas em 2025.

A edição deste ano é organizada pela Marinha do Senegal, em parceria com o Ministério da Defesa Britânico e a Embaixada Britânica no Senegal.

Na abertura dos trabalhos, o Contra-Almirante Abdou Sène, Chefe do Estado-Maior da Marinha Senegalesa, recordou a realização de uma reunião deste tipo entre funcionários de segurança de Estados com interesses económicos e questões de segurança comuns.

“O tráfico ilícito de todos os tipos que passa pelo nosso espaço comum afecta a segurança das nossas populações, sem excepção, e constitui ameaças às nossas respectivas economias”, sublinhou o chefe da marinha senegalesa.

''Todos os nossos países dependem do mar'', disse.

Séne insistiu no facto de a Arquitectura em movimento a partir de 2013 se ter tornado o quadro operacional para dar mais energia aos  esforços dos  países membros no domínio da segurança marítima.

''Esta arquitectura tem o mérito de construir um mecanismo de segurança colectiva baseado numa consciência comum e partilhada das questões marítimas cobrindo uma vasta área que se estende de Cabo Verde a Angola'', argumentou, garantindo que proporciona uma abordagem verdadeiramente estratégica para enfrentar problemas comuns. questões marítimas.

“Todos os nossos países dependem do mar para o comércio, a agricultura e a pesca e, claro, para a sua segurança. Estamos começando a entender que a segurança marítima tem tanto a ver com a proteção do ambiente marítimo quanto com as ameaças tradicionais à segurança”, disse Tom Harper, um oficial da Marinha britânica.

A Arquitectura de Yaoundé é composta pelo Centro de Coordenação Inter-regional (ICC), a estrutura de coordenação e partilha de informação que liga o Centro Regional de Segurança Marítima para a África Central (CRESMAC) e o Centro Regional de Segurança Marítima para a África Ocidental (CRESMAO).

O seu desenvolvimento começou a partir de uma cimeira realizada em Junho de 2013 entre os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e da Comissão do Golfo da Guiné (CGG). ANG/FAAPA


Regiões
/Governo autoriza exploração de madeiras à duas serrações da região de Gabu

Gabú, 11 Dez 24 (ANG) -  O Governo, através Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural autorizou que duas serrações explorassem madeiras  em Gabu e Canjufa no sector de Pirada.

A revelação foi feita hoje ao correspondente da ANG na região de Gabu pelo responsável pela administração e  Finanças da Repartição Regional dos Serviços de Floresta e Fauna, da região de Gabu.

Mamadu Marena confirmou  a legalidade da operação das duas indústrias madeireiras, citando o despacho da Direção Geral de Floresta e Fauna do Ministério de Agricultura.

Aquele responsável promete acompanhar  as ações das duas serrações para o cumprimento  rigoroso das normas estabelecidas nas suas licenças, nomeadamente a obrigação de  repovoamento florestal nas zonas afetadas pelas cortes.

Este ano,  segundo aquele responsável, registaram-se  poucas apreensões resultantes de cortes clandestinos de madeiras em todos os setores  da Região.

“Isso foi possível, graças a realização de uma campanha de sensibilização, sobre a proteção e conservação da floresta, através de programas Radiofónicos envolvendo  parceiros nomeadamente a Brigada de Ação Fiscal l(BAF) , Brigadas de Proteção Nacional de Ambiente (BPNA), Guarda Nacional, Serviço de Informação de Estado (SIS) e as  comunidades rurais”, acrescentou Mamadu Marena.

As atividades de exploração de madeiras haviam sido suspensas pelo Governo devido a exploração descontrolada à que as florestas guineenses haviam sido submetidas apõs o golpe de Estado de 2012. ANG/SS/LPG/ÂC//SG

 

Diplomacia/Presidente da República considera de positiva sua visita à França

Bissau 11 Dez 24 (ANG) – O Presidente da República considerou, terça-feira, de positiva a sua visita oficial à França, por possibilitar a assinatura de vários acordos de cooperação entre os dois países.

O chefe de Estado efetuou entre os dias 7 e 10 do corrente mês, uma visita oficial à França, no decurso da qual participou  na cerimónia solene de reabertura da catedral de Notre Dame de Paris.

Úmaro Sissoco Embaló em declarações aos jornalistas à sua chegada ao aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, disse que a França não só dá apoio orçamental à Guiné-Bissau, assim como  ajuda na formação de quadros através de concessão de bolsas de estudos.

“Abordamos com o Presidente francês a possibilidade de reabertura dos serviços do  Consulado da França no país, o que vai ser uma realidade em breve e também a superação de vistos nos passaportes oficiais guineense”, disse.

O Presidente da República salientou que, desde a sua chegada ao poder em 2020 ,este país europeu passou a ser o primeiro em termos da cooperação bilateral com a Guiné-Bissau.

 “Este processo foi iniciado em 2022 e foi interrompido, mas agora foi retomado e penso que já no próximo ano vamos ter superação de vistos nos nossos passaportes oficiais que são diplomáticos, especiais e passaportes de serviço”, informou.

Embaló anunciou a visita do Presidente Emanuel Macron à Bissau, no primeiro semestre de 2025, tendo prometido mais detalhes da visita num balanço que será feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Umaro Sissoco Embaló  realçou que a margem da visita teve encontro com vários presidentes incluindo o recém eleito Presidente dos Estados Unidos da América a quem manifestou a abertura da Guiné-Bissau em cooperar com aquela Nação.

O Chefe de Estado disse que o diálogo vai continuar internamente para encontrar melhores soluções para o país, tendo lamentado a publicação de uma carta dirigida à ele pelo Presidente da Coligação Pai Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, frisando que só o Tribunal é que pode mandar repor a Assembleia Nacional Popular mais ninguém.

Sissoco Embaló questionou do porque de a Coligação vencedora das últimas eleições legislativas não recorrer à justiça quando viu o seu Governo ser deposto quatro meses depois de ser empossado.

Embaló garantiu que as eleições presidenciais serão, sem falta,  feitas  em Novernbro de 2025, uma vez que o seu mandato vai terminar no dia 04 de Setembro do próximo ano , e diz que , por ser em época das chuvas as eleições só terão lugar em  Novembro, e que quem não estiver de acordo que vai ao tribunal e se o tribunal  dizer o contrário ele vai cumprir a decisão.

Questionado sobre  o espancamento de alguns cidadãos guineenses pela sua segurança em França, Embaló disse que o trabalho da segurança é de proteger o Presidente da República e isso acontece em todo lado.

“Se houver uma ameaça  ao chefe de Estado e as seguranças agirem, fizeram bem uma vez que estão a fazer seu trabalho. Se encontrarem uma pessoa nas ruas da França e começaram a o bater ali haveria consequências. Doravante será assim”, disse o chefe de Estado . ANG/MSC/ÂC//SG

Comunicação social/Jornalista “Aliu Baldé” vence  11ª edição do concurso “Jornalismo e Direitos Humanos” na categoria de imprensa escrita

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) – O Jornalista do “Jornal Nô Pintcha” Aliu Baldé, com o tema "Educação Sexual nos Currículos Escolares”, venceu o prémio “Jornalismo e Direitos Humanos 2024”, na categoria de imprensa escrita, cujo concurso  promovido pela Liga Guineense dos Direitos Humanos já vai na sua 11ª edição.

 A jornalista da Radiodifusão Nacional e Correspondente da RDP-África Fátima Tchuma Camará, foia vencedora da categoria imprensa radiofónica, com o tema “Água um Direito Humano”, e na mesma categoria Mamadu Dansó, da Rádio Voz de Quelelé, foi outro vencedor, com o tema, “Violência Policial Ameaça Direitos”.

Falando à imprensa no ato da entrega de prémios, o Presidente da LGDH Bubacar Turé disse que a premiação dos trabalhos jornalísticos visa enaltecer e encorajar a tarefa  dos profissionais de imprensa, que têm contribuído para a defesa dos direitos e liberdades fundamentais, através de programas de sensibilização sobre os direitos humanos.

“Só uma imprensa livre consegue a participação ativa e consciente dos cidadãos no controlo e na responsabilização dos decisores públicos encarregues de gestão do bem comum", dissê  o ativista.

Para o vencedor da categoria de imprensa escrita, o jornalista do Jornal “Nô Pintcha”, Aliu Baldé há muito trabalho para fazer, para que o direito humano seja respeitado no país.

“Enquanto guineense, vou continuar a dar o meu melhor para que os direitos humanos sejam respeitados no país”, disse.

O tema “Educação Sexual no Curriculum Escolar”, apresentado, segundo Aliu, é uma forma de fazer as meninas  começarem a aprender na escola como se cuidar dos atos sexuais, para que mais tarde não venham a cair em erros.

É a segunda vez que  Aliu Baldé vence o prémio da categoria, o primeiro foi em 2021.

O  prémio “Jornalismo e Direitos Humanos” é patrocinado pela União Europeia (UE), Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa (Camões) e a Associação para a Cooperação Entre os Povos (AECEP).ANG/LLA/ÂC//SG     

Emigração/”As dificuldades dos guineenses na Líbia aumentam cada vez mais”, revela porta-voz dos repatriados

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) - O porta-voz dos repatriados e Secretário da Associação dos Emigrantes guineenses na Líbia revelou na terça-feira que as dificuldades dos mesmos aumentam cada vez mais naquele país do Magreb.

Amadu Baldé  falava no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na qualidade de porta-voz de um grupo de 50 repatriados da Líbia que chegaram o país no dia 10 do mês em curso.

Aquele responsável contou que não tinha a intenção de estar na Guiné-Bissau neste preciso momento mas que  acabou por vir devido a falta de documentos necessários.

“As dificuldades dos emigrantes guineenses na Líbia aumentam cada vez mais, sabemos que movimentar sem documentos é complicado. Por isso, o Estado deve prestar mais atenção ao seu povo que vive naquele país”, disse Baldé.

Sublinhou que o desejo de  regresso dos emigrantes é cada vez maior  pelo que sugere que o Estado  crie  condições para o regresso e reintegração dos emigrantes.

“Não vale a pena morrer fora do país a procura de melhores condições de vida se a  nossa terra tem condições naturais para albergar o seu povo. É necessário que o Governo  crie mais projetos que possam  beneficiar os jovens em prol do desenvolvimento e bem estar social”, defendeu.

Por sua vez, o Diretor-geral das Comunidades, Luís Mendes manifestou a sua satisfação por os emigrantes terem regressado com saúde ao país.

 “A emigração é uma situação bastante complicada, cada um sai do país da sua forma. Existem outros que optam por vias clandestinas o que obviamente acaba por ter consequências graves”, disse Luís Mendes.

O Diretor-geral informou que, este grupo da Líbia constitui o quarto que voltou o país nos últimos tempos, acrescentando que o passo a seguir será o de registar estes repatriados da Líbia  na Secretaria de Estado das Comunidades, com a finalidade de lhes seguir no futuro.

Luís Mendes revelou  ainda que o Governo está a trabalhar no sentido de resolver os problemas de emigração, mas diz que  não é fácil solucioná-los rapidamente.ANG/AALS/ÂC//SG

Marrocos/Cimeira Financeira de África 2024 encerra com assinatura de 20 memorandos de entendimento

Bissau, 11 Dez 24 (ANG) – Os trabalhos da Cimeira Financeira de África (AFIS-2024) terminaram terça-feira em Casablanca, com a assinatura de 20 memorandos de entendimento.

Organizada pela primeira vez em Marrocos sob o tema “Chegou a hora dos poderes financeiros africanos”, esta edição de dois dias reuniu 1.200 participantes, cerca de 40 ministros e governadores de bancos centrais, e 72 países representados.

As discussões durante o AFIS 2024 destacaram soluções concretas para construir um sistema financeiro africano inclusivo, sustentável e inovador, capaz de responder aos desafios da transição climática e da transformação digital.

Assim, foi destacada a importância de modelos de financiamento sustentáveis ​​e inovadores para acelerar o desenvolvimento de infraestruturas, energias renováveis ​​e resiliência climática. Os actores africanos e internacionais exploraram ferramentas estratégicas, tais como fundos de depósito e a integração de tecnologias financeiras, para mobilizar os recursos necessários para o crescimento económico.

Estas discussões também destacaram iniciativas de harmonização regulamentar no âmbito da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA), essenciais para a construção de um ambiente financeiro integrado.

As mesas redondas abordaram temas-chave, incluindo as oportunidades oferecidas por ativos alternativos, moedas digitais do banco central (CBNCs) e inteligência artificial. Estas soluções visam modernizar os pagamentos transfronteiriços, promover a inclusão financeira e transformar os sistemas agrícolas através de inovações AgriTech.

Além disso, o aumento das obrigações verdes e dos investimentos de impacto foi identificado como uma importante alavanca para impulsionar o financiamento sustentável e reforçar a segurança alimentar no continente.

Ao mesmo tempo, as perspectivas associadas às poupanças africanas e aos pagamentos integrados foram apresentadas como motores essenciais para impulsionar a economia e consolidar a autonomia financeira de África.ANG/FAAPA