sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Dia Mundial de Turismo/Empresário Adnane Yahya aconselha Governo a adoptar políticas e leis que favoreçam o desenvolvimento de turismo no país

Bissau,27 Set 24(ANG) – O empresário guineense Adnane Yahya disse hoje que o Governo deve adoptar políticas e leis que irão favorecer os  operadores do sector no desenvolvimento de turismo no país.

Em entrevista exclusiva à ANG, no âmbito da celebração do Dia Mundial do Turismo que se assinala hoje, 27 de Setembro, Adnane Yahya frisou que a efeméride devia ser marcada de realização de um programa que conta com participação dos operadores privados do sector.

“A data podia ser assinalada com  a realização de  uma jornada de pelo menos uma semana, contando com a participação de todos, e que contempla a realização de visitas aos Museus históricos,  Casa de Escravos em Cacheu entre outros”, disse Yahya igualmente proprietário do Restaurante Papa Loca.

Questionado sobre o que deve ser feito para que a Guiné-Bissau seja um destino privilegiado de turismo, como Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e outros, aquele empresário respondeu que devem saber diferenciar o tipo de turismo que pretendem para a Guiné-Bissau.

“A título de exemplo, não se pode comparar o turismo que se pratica em Cabo Verde com o da Guiné-Bissau. Em Cabo Verde o turismo que se pratica é de praia e pesca, ou seja mais agressivo, onde aspessoas utilizam o sistema de pulseiras, e as grandes empreendimentos hoteleiros podem receber até 2 mil turistas”, salientou.

Adnane Yahya disse que a Guiné-Bissau ainda não atingiu o nível deste tipo de turismo, por vários motivos, frisando que, um dos factores, se deve a falta de adopção de políticas e leis que permitem os operadores do sector trabalhar para o desenvolvimento de turismo.

Perguntado sobre quais são as maiores dificuldades com que os operadores turísticos deparam no seu dia-à-dia, aquele responsável salientou que, antes devemos saber diferenciar o tipo de turismo que temos, ou seja se é um turismo externo ou local.

“Na minha opinião o principal potencialidade turistico do país é a ilha dos Bijagós sem menosprezar outros sitios que devemos levar em conta, através de visitas de forma a permitir ao povo guineense desfrutar das suas potencialidades”, frisou.

Adnane Yahya  informou que, existem Parques de Orango, de Cantanhez, e entre outros que podem servir de destinos turísticos, mas enquanto não dispomos de capacidades organizacionais não podemos fazer nada.

“Ou seja uma empresa privada ou pública, podia ser usada de forma a facilitar as referidas viagens para que as pessoas possam ter acesso aos referidos locais”, sublinhou.

Disse que, ao nível internacional, para um turista visitar a Guiné-Bissau necessita de vistos, acrescentando que em comparação com o Senegal nenhum turista precisa de vistos pelo menos os provenientes de paises europeus.

O empresário frisou que, por isso o destino para a Guiné-Bissau ou seja as elevadas taxas aeroportuárias que continua ainda muito caro e mesmo para os países da sub-região, constituem estrangulamentos para o desenvolvimento do nosso turismo.

“Outro aspecto do constrangimento, tem a ver com as infraestruturas, por isso eu sempre defendo a organização de visitas de equipas de jornalistas estrangeiros ao país, de forma  a virem fazer reportagens sobre as potencialidades turisticas do país e enumerar as nossas dificuldades e como corrigi-las”, salientou.

Com o tema "Turismo e Paz", a ONU Turismo, organização que substituiu a Organização Mundial de Turismo(OMT),  escolheu a Geórgia como anfitriã para a comemoração oficial do Dia Mundial do Turismo deste ano, colocando em evidência o papel das viagens e do turismo em prol da harmonia global.

O dia é dedicado a uma reflexão sobre o papel fundamental do turismo na promoção da paz mundial, o grande desafio reside no modelo de desenvolvimento e implementação de políticas e estratégias de turismo capazes de contribuir de forma mais incidente para a paz, para a qualidade de vida das populações e para a conservação do planeta.ANG/ÂC

RDC/HRW acusa M23 e Ruanda de bombardear "indiscriminadamente" campos de deslocados

Bissau,27 Set 24(ANG) - A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou nesta quinta-feira a rebelião do M23 e o exército ruandês de "bombardearem indiscriminadamente" desde o início do ano campos de deslocados perto de Goma, no leste da República Democrática do Congo onde, segundo esta organização, a população também é alvo de violências do exército congolês.

Depois de uma relativa acalmia, a partir de Novembro de 2021, o M23 ("Movimento de 23 de Março"), grupo armado maioritariamente tutsi que Kinshasa acusa dde ser apoiado pelo Ruanda, tomou o controlo de vastas extensões de território no leste da RDC, região rica em minerais e palco de contínuos confrontos há três décadas.

As violências protagonizadas pelo M23 com o suposto apoio de forças ruandesas provocou uma crise humanitária sem precedentes com quase 7 milhões de deslocados internos, muitos dos quais encontraram refúgio em campos nos arredores de Goma, no leste da RDC.

"Desde o início de 2024, o exército ruandês e o grupo armado M23 bombardeiam indiscriminadamente campos de deslocados e outras áreas densamente povoadas perto de Goma", afirma em comunicado a delegação da HRW no Quénia.

De acordo com esta ONG de defesa dos Direitos Humanos, existem dados sobre cinco ataques "claramente ilegais", em que bombardeamentos atingiram civis.

A Human Rights Watch menciona nomeadamente um ataque que causou oficialmente 35 mortos no campo de Mugunga no passado dia 3 de Maio.

Washington acusa "as forças armadas de Ruanda e do M23" de estar na origem dos disparos, uma acusação que Kigali qualificou de "ridícula" e "absurda".

A HRW aponta também um dedo acusador sobre o exército congolês. Segundo a ONG, as tropas congolesas e seus aliados "colocaram os deslocados em maior risco ao colocar artilharia nas proximidades".

Por outro lado, esta organização também denuncia ataques e abusos das tropas congolesas e seus aliados nesses mesmos campos.

"Soldados congoleses e uma coligação de milícias responsáveis por abusos conhecidos como ‘Wazalendo’ (os patriotas, em swahili) abriram fogo dentro de campos de deslocados, matando e ferindo civis", refere a HRW que também denuncia casos de violações de mulheres dentro e fora dos campos de deslocados.

Já no passado mês de Agosto, um estudo da Médicos Sem Fronteiras indicava que mais de uma em cada dez mulheres jovens afirmava ter sido violadas nos campos de deslocados de Goma.

"Ambas as partes mataram habitantes dos campos, cometeram violações, travaram o fornecimento de ajuda humanitária e cometeram outros abusos", resume a HRW.

Uma situação perante a qual o Presidente congolês Félix Tshisekedi reclamou ontem na Assembleia Geral da ONU "sanções direccionadas" contra o Ruanda, evocando "uma grave violação da soberania nacional" congolesa.

Muito embora Kinshasa, os Estados Unidos e a França tenham acusado em diversas ocasiões o Ruanda de apoiar o M23, o Conselho de Segurança da ONU limitou-se até agora a condenar o "apoio militar estrangeiro" dado ao M23.

Refira-se, por outro lado, que estas acusações surgem numa altura em que Angola afirma que a RDC e o Ruanda estão prestes a chegar a um consenso.

Na passada terça-feira, na tribuna da Assembleia Geral da ONU, o Presidente angolano que está a mediar as negociações entre os dois países afirmou que "foi colocada sobre a mesa uma proposta de um acordo de paz formulada pela República de Angola, envolvendo a República Democrática do Congo e a República do Ruanda, cujos termos vêm sendo discutidos pelas partes a nível ministerial". Esta proposta de acordo, contudo, não envolve os rebeldes do M23.ANG/RFI

 

    Guerra Médio Oriente/Israel efectuou novos ataques contra o Hezbollah

Bissau,27 Set 24(ANG) - O exército israelita efectuou novos ataques nesta sexta-feira, 27 de Setembro, contra o Hezbollah no Líbano, ignorando os apelos para um cessar-fogo e antes do discurso do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, diante da Assembleia das Nações Unidos, em Nova Iorque.

Pelo quinto dia consecutivo, o exército israelita atacou alvos do Hezbollah, no sul do Líbano, fazendo vários feridos, avançou a agência de notícias libanesa.

O exército israelita disse que bombardeou “infra-estruturas- ao longo da fronteira entre a Síria e o Líbano- usadas pelo Hezbollah para transferir armas da Síria para o Líbano”. O Hezbollah confirmou os disparos contra o sector Kyriat Ata-na Baía de Haifa- que abriga muitas indústrias, incluindo da defesa.

O movimento islâmico lançou rockets contra Tiberíades, na Galileia, a cerca de trinta quilómetros a sul da fronteira, em resposta aos ataques "selvagens" de Israel contra localidades e civis libaneses. Por seu lado, Israel referiu ainda que foram interceptados quatro drones disparados do Líbano em direção à área fronteiriça de Rosh Hanikra.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que fala hoje na Assembleia-Geral da ONU, continua a ignorar os apelas para um cessar-fogo. Os Estados Unidos e a França, acompanhados por vários países ocidentais e árabes, lançaram um apelo a um cessar-fogo de 21 dias, que foi rejeitado por Israel na quinta-feira, 26 de Setembro, prometendo combater o Hezbollah "até à vitória".

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, afirmou que seria "um erro" para Benjamin Netanyahu recusar a proposta de cessar-fogo no Líbano e o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que se encontrou com o ministro dos Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, sublinhou mais uma vez que “o agravamento vai tornar mais difícil o regresso dos cidadãos israelitas e libaneses a casa".

De acordo com a ONU, desde segunda-feira, os bombardeamentos israelitas mataram mais de 700 pessoas, muitas delas civis e provocaram mais de 90 mil de deslocados internos. Mais de 31 mil refugiados entraram na Síria, de acordo com Beirute.ANG/RFI

   Russia/Vladimir Putin aligeira regras para a utilização de armas nucleares

Bissau,27 set 24(Ang) - O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma nova doutrina militar para a utilização de armas nucleares por parte de Moscovo, abrindo a possibilidade de ripostar com estas armas em caso de ataque aéreo "massivo" ou a países sem poder nuclear, mas com apoio de países com este tipo de armamento, numa referência clara à Ucrânia.

Numa reunião de Defesa que passou em directo na televisão russa, o Presidente Vladimir Putin anunciou que a doutrina militar russa deverá mudar, alargando as ocasiões em que o Estado russo pode utilizar o seu armamento nuclear contra um inimigo.

Desde logo, estas armas vão poder agora ser utilizadas como resposta a um ataque aéreo "em massa" ao território russo e também vão poder ser utilizadas contra países que não têm qualquer poder nuclear, mas são apoiadas por países que têm essas capacidades.

Os dois casos aplicam-se à Ucrânia, numa altura em que o país está a ripostar, tendo ocupado já várias cidades e aldeias russas junto à fronteira.

As reacções a este anúncio já se fizeram sentir, com a União Europeia a considerar esta possível mudança de "imprudente e irresponsável", segundo o porta-voz para a política externa do bloco, Peter Stano. Entretanto, Moscovo veio explicar que se tratou de "uma advertência" ao Ocidente e um "sinal de alerta" para quem apoiar ataque não-nucleares à Rússia.

Face a isto, os Estados Unidos anunciaram que vão aumentar a assistência à Ucrânia em 8 mil milhões de dólares, consistindo sobretudo em armamento militar e munições de longo alcance. O Presidente Volodymyr Zelensky vai encontrar-se ainda esta semana com Joe Biden na Casa Branca.

Ainda em Nova Iorque, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, reuniu-se tanto com o seu homólogo ucraniano, Andriï Sybiga, como com o seu homólogo russo, Sergueï Lavrov. Na agenda destes encontros com Pequim estará a possível resolução da invasão russa da Ucrânia.ANG/RFI


Saúde Pública/ UNICEF anuncia chegada a Guiné-Bissau de 353,500 de 1 milhão de doses de vacinas contra sarampo rubéola

Bissau,27 set 24 (ANG) – O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou, em comunicado, a chegada a Guiné Bissau de 353,500 de 1 milhão doses de vacinas contra sarampo rubéola, no âmbito da parceria com o Ministério da Saúde Pública.

O comunicado, enviada a redação da ANG, informou que a aquisição e transporte das referidas vacinas contra sarampo rubéola para a Guiné-Bissau foi feita pelo UNICEF, com o financiamento da ALIANÇA Global para as Vacinas GAVI.

“O primeiro lote destas referidas vacinas chega amanhã ao país, dia 28 de Setembro, às 12:45 no voo TAP, transportando uma quantidade de 353,500 doses de vacinas Sarampo Rubéola (cerca de 1.2 toneladas).

Informou que,  o segundo lote chegará ao pais no  dia 1 de Outubro e o terceiro  no dia 5 de Outubro”, lê-se no documento. ANG/LPG/ÂC

Justiça/PGR anuncia que já remeteu ao Supremo Tribunal “cópias de provas” de alegados crimes de corrupção cometidos por Domingos Simões Pereira

 Bissau,27 Set 24(ANG) - O Procurador-Geral da República guineense (PGR), Bacar Biai, anunciou quinta-feira que o Ministério Público remeteu para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) “cópias de provas” de alegados crimes de corrupção cometidos pelo presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira. 

 

Numa conferência de imprensa, Biai afirmou que estava a “esclarecer os guineenses” sobre os contornos de um caso que ficou conhecido como “resgate aos bancos”, um empréstimo de cerca de 36 mil milhões de francos CFA, contraídos pelo Governo, em 2015, quando era liderado por Simões Pereira. 

 

O empréstimo feito a dois bancos comerciais de Bissau foi contraído para saldar a dívida que o Estado teria para com 99 empresas e pessoas individuais, indicou o Procurador guineense, no que disse ser uma operação fraudulenta. 

 

Bacari Biai precisou que Domingos Simões Pereira, enquanto primeiro-ministro, deu orientações ao então ministro das Finanças, Geraldo Martins, para contrair o empréstimo em questão. 

 

Ainda relacionado com o mesmo processo, o Ministério Público acusa Simões Pereira da prática de 10 crimes: dois de administração danosa, dois de abuso de poder, cinco de peculato e um crime de violação de normas de execução orçamental. 

 

O Procurador afirmou ser falso que se considere que o processo “de resgate aos bancos” foi encerrado pela justiça, quando em 2018, Geraldo Martins, na época único suspeito do caso, foi absolvido pelo tribunal que o julgou. 

 

Bacar Biai afirmou que do processo derivaram "quatro processos autónomos”, sendo que alguns envolvem o nome de Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro guineense entre julho de 2014 e agosto de 2015. 

 

Por ser atualmente presidente do parlamento, o processo contra Simões Pereira foi remetido para o Supremo Tribunal de Justiça, que o deverá julgar na plenária do órgão, disse uma fonte do Ministério Público. 

 

“Este processo contra Domingos Simões Pereira não tem nada de perseguição política. É um processo puramente técnico-jurídico. Existem provas até de sobra para avançar com a dedução de acusações contra Domingos Simões Pereira”, declarou o Procurador. 

 

Bacar Biai garantiu que é “imparcial e isento”, que toda a sua atuação é feita enquanto fiscal da legalidade e convidou qualquer pessoa a constituir-se assistente para averiguar o processo, se assim quiser, conforme prevê a lei do país. 

 

Domingos Simões Pereira convocou para a passada sexta-feira uma reunião da Comissão Permanente do parlamento, na qual foi discutida a situação do Supremo Tribunal de Justiça, que se encontra sem quórum, o que levou ao anúncio, por um dirigente da ala do Madem-G15 próxima do Presidente guineense, da sua alegada destituição e substituição pela 2.ª vice-presidente do órgão. 

 

O chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, havia advertido Simões Pereira de que haveria consequências se mantivesse a questão do STJ na agenda da reunião. 

 

Um grupo de deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), liderado por Simões Pereira, disse ter sido impedido de entrar nas instalações da Assembleia Nacional Popular, tendo sido invocadas, pela polícia, "ordens superiores" nesse sentido.ANG/Lusa

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Educação/ Escola do Ensino Básico Unificado na tabanca de Capunha, no sector de Bula, depara com falta de carteiras escolares 

Bissau, 26 set 24 (ANG) -   O Director da Escola de Ensino Básico Unificado na tabanca de Capunha, no sector de Bula, região de Cacheu, solicitou  ao Governo guineense liderado por Rui Duarte Barros o fornecimento, de um conjunto de carteiras  para escola, devido a sua  falta.

O pedido de  Inácio Pinto Bassuca foi feiro hoje, no final da visita efetuada à aquela comunidade por uma delegação da Emabixada dos Estados Unidas da América, que financiou a construção da referida escola, no âmbito do projecto “Mereece”, na qual revelou que este estabelecimento do ensino, depara com falta de carteiras para alunos desde jardim e até para algumas salas do quinto nível de escolaridade.

A visita serviu para os financiadores constatar “in loco” os trabalhos feitos e ouvir a perceção que os beneficiários têm em relação ao projecto.

Informou que, antes da chegada do projecto, a escola funciona apenas até terceira classe, mas agora com o projecto aumentaram mais três níveis ou seja atualmente leccionam até sexto ano.

Aquele responsável, informou que, depois, quem quer prosseguir com os estudos é obrigado a percorrer diariamente cerca de três quilómetros até ao centro do sector de Bula para o efeito, por isso pediu a construção de mais três salas de aulas para aumentar o nível de escolaridade para o  sétimo e nono ano, por forma a minimizar o sofrimento dos alunos que pretendem continuar estudos.

“Antes do projeto, a referida escola funciona em apenas com um período devido a falta de alunos e graças ao projecto Mereece passa a funcionar com dois períodos, das 08 da manhã até 12 horas e no período da tarde das 14 às 18 horas”, salientou.

O Conselheiro para Área de Agricultura da Embaixada dos Estados Unidos para a Guiné-Bissau e Senegal residente em Dakar, Thom Wright disse que o seu país  investe nas pessoas e o projecto é destinado para a formação dos jovens para terem um futuro melhor.

Afirmou ter constatado o impacto positivo do projecto junto da comunidade da tabanca de Capunha, razão pelo qual espera que a parceria vai continuar.

Instado sobre o pedido do director da escola em aumentar mais  turmas, tendo em conta a distancia que é percorrida pelos alunos  depois da conclusão do 6º  ano, disse que o foco do projeto é para assegurar a permanência das crianças junto das suas comunidades.

“Vamos ver a possibilidade de ajudar a comunidade nesse sentido, só que não posso garantir, mas veremos como podemos ajudar, até porque é muito cansativo,  um aluno deslocar essa distância tendo em conta que diminui a capacidade de aprendizagem”, frisou.

Adiantou que,  ao sair da casa começa logo a pensar na distância e o mesmo acontece quando sai da escola, e que isso não é bom ou não facilita o processo de aprendizagem do aluno. Thom Wrigh.

Thom Wrigh  enalteceu a apropriação do projeto pelos membros da comunidade por meio de contribuições das mesmas com alimentos cultivados localmente, gestão da qualidade dos alimentos e de enfraestruturas escolares que  impulsionou a eficácia do projeto.

O Conselheiro da Agricultura da Embaixada dos Estados Unidos encorajou os membros da comunidade a prosseguir com os trabalhos tem que tem vindo a fazer para o bem dos seus filhos.

Disse que, está satisfeito com os resultados obtidos pelo projeto junto da comunidade, tendo em conta o aumento do número de alunos e de não ter  registado ao longos dos dois anos da implementação do projecto, nenhuma abandono escolar pelas crianças.

O Director do projeto Mereece, Aruna Mané disse que o objetivo da visita é para fazer com que os financiadores constatarem “in loco” os trabalhos feitos e ouvir perceção  que a comunidade tem do projeto, porque muitas vezes, lidam com os doadores, escrevem e enviam relatórios, mas nada melhor de que ouvir a avaliação que os beneficiários fazem do projeto.

“Ouvimos da comunidade o impacto positivo do projeto, mudança que provoca sobretudo no aumento no número de alunos de 80 para 300, a nível do 3º  ano para 6º  ano depois é bastante significativo na vida desta e outras abrangidas pelo projecto”, sustentou.

Aruna Mané informou que, 100 mil crianças recebem diariamente refeições fornecido pelo projecto nas cinco regiões onde é implementado, nomeadamente Cacheu, Bafatá, Oio,Gabú e Quinara.

Acrescentou que, as refeições alimentares é um componente essencial do projeto, mas também há outros aspectos de formação de professores, comitê de gestão e fornecimento de materiais escolares e de criação de bibliotecas já em curso.

Disse que, a distribuição de materiais didáticos melhorou significativamente os recursos de ensino, proporcionando um ambiente de aprendizagem enriquecido e diversificado para crianças no ensino fundamental.

Acrescentou que esses livros não só forneceram recursos essenciais para o ensino e a aprendizagem, mas também desempenharam um papel decisivo na melhoria da qualidade do ensino primário na Guiné-Bissau.ANG/LPG/ÂC

 

Caso ANP/Movimento da Sociedade Civil condena a tentativa da subversão constitucional e regimental do parlamento

Bissau, 26 Set 24 (ANG) - O Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia Desenvovimento(MNSCPDD) condenou a tentativa da subversão constitucional e regimental, tendente à reconfiguração da Mesa da ANP eleita para o período de vigência da XIª Legislatura.

A condenação do Movimento da Sociedade Civil consta no comunicado á imprensa feito no dia 26 do corrente mês, assinado pelo seu Presidente Fodé Caramba Sanha,  em jeito da reação do acontecimento registado no dia 20 de Setembro do ano em curso, que restringe o acesso dos deputados com as funções de membros da Comissão Permanente à sede da ANP.

 “A tal situação instalada veio ser justificada pelo secretário de Estado da Ordem Pública na veste do Secretário Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), José Carlos Macedo Monteiro, alegando de lhes terem sido negado a substituição dos membros da sua formação política pelo Presidente da ANP, Domingos Simões Pereira, a fim destes poderem participar na reunião da Comissão Permanente, por não reconhecimento da atual direção do seu Movimento politico resultante de um congresso extraordinário.

No mesmo comunicado, a organização repudia com toda veemência todas as formas de violência, na resolução de qualquer diferendo, sobretudo de natureza política que requer o diálogo da sindicância das instâncias judiciais, em especial Supremo Tribunal da Justiça.

O MNSCPDD considera que, toda gente independentemente do seu estatuto social deve submeter-se às leis vigentes no País, descartando qualquer recurso que não compadece com as disposições legais.

Exortou, o Ministério Público para proceder o inquérito competente com vista a responsabilizar o mentor de perturbação da ordem pública no reduto das instalações de ANP, gerando pânico na cidade de Bissau.

Igualmente exortou as Forças de Ordem e Segurança a não imiscuírem  nos assuntos políticos, resguadando no seu papel de garante da ordem e segurança a tranquilidade público, com vista a proporcinar um ambiente de sã convivência para a edificação da paz e estabilidade.

Ainda apela a população, para materem calmos e serenos, velando na labuta do seus dia-à-dia para combater inimigos comuns, nomeadamente pobreza, fome e o obscurantismo que assola a sociedade e igualmente a comunidade internacional, os parceiros da cooperação bilateral e multilateral e países amigos para continuarem assistir a população guineense.

"Manifestar o interesse, a disponibilidade e prontidão do Movimento para facilitar o diálogo aberto, franco e sincero entre os atores nacionais com os propósitos de convergirem sob os desígnios nacionais, sem prejuízo de doses das diferenças ideológicas que carcterizam o pluralismo político e a disputa do exercício democrático",  lê-se no comunicado.ANG/MI/ÂC

Caso Resgate dos Bancos/PGR garante não ter algo contra pessoa de Domingos Simões Pereira e que trabalha apenas com base na justiça

Bissau, 26 Set 24 (ANG) -  O Procurador Geral da República(PGR),  garantiu esta quinta-feira não ter algo contra a pessoa de Domingos Simões Pereira (DSP) e que trabalham apenas com base nas leis com a finalidade de fazer funcionar a justiça no seio dos guineenses.

Bacar Biai falava em conferência de imprensa para esclarecer a opinião pública sobre o caso de Resgate Financeiro ou seja o assunto que envolve o líder do parlamento e do PAIGC Domingos Simões Pereira e do ex. primeiro-ministro Geraldo Martins.

De lembar que, em Junho de 2015, o antigo governo liderado por Domingos Simões Pereira que teve como ministro das Finanças Geraldo Martins supostamente contraíu secretamente um crédito na ordem de 34 mil milhões de francos CFA para a limpeza da carteira de créditos privados mal parados.

O Ministério Público acredita que o Estado guineense foi lesado em vários milhões de francos CFA.

O "resgate aos bancos" tinha como único suspeito Geraldo Martins 
antigo primeiro-ministro e ex-ministro das Finanças, que acabou absolvido e cujo processo foi arquivado em 2018.

 “Não queria falar, mas infelizmente sou obrigado a pronunciar uma vez que, existe os casos de difamação, calúnia, injúrias e ameaças contra a minha pessoa e minha família, esta razão me obriga a esclarecer a opinião pública sobre o caso que envolve Simões Pereira e Geraldo Martins”, revelou aquele responsável.

Bacar Biai informou que, não existe documento algum no Ministério das Finanças que comprova o problema de Resgate Fnanceiro que começou em 2016 e que devido isso a justiça não podia ignorar a situação, lhe cabia simplesmente fazer o seu trabalho para o bem da sociedade em geral.

“Muito embora dizem que na vida cada pessoa tem um preço, mas felizmente não tenho preço até o preciso momento. Eu temo à Deus, tenho honestidade, dignidade e sou um exemplo para os meus filhos de modo que, não posso compatuar com a corrupção ou injustiça. Trabalho apenas de acordo com as leis”, garantiu.

O PGR lançou um apelo aos guineenses no sentido de acompanhar de perto o processo de Resgate Financeiro junto da instância competente com finalidade de saber se o assunto é meramente político ou se porventura trata de corrupção contra a comunidade em geral.

Sublinhou que, muitos dizem que ele trabalha sob a orientação ou comando do Presidente da República, quando na realidade obedece apenas as Leis no exercício das suas funções.

Biai disse ainda que, não se pode negar os casos de corrupção no seio do Ministério Público e que até no caso de Simões Pereira houve arquivação do processo por um grupinho de magistrados que  na sua opinião  foram indiciados.

Questionado se por acaso é  legal efetuar medida de coação contra um Deputado da Nação, respondeu que, na altura Domingos Simões Pereira estava a exercer funções governativas e que um Deputado pode sofrer punição judicial em caso de uma pena maior.

Perguntado sobre a recente situação política que decorreu na Assembleia Nacional Popular (ANP) no qual um dirigente do Madem-G15 na pessoa de José Carlos Monteiro  anunciou a 2ª vice presidente da ANP Adja Satu Camará para assumir o cargo de Presidente do hemicíclo, alegando que Domingos Simões Pereira não reúne condições para continuar como líder do parlamento guineense.

O PGR disse que, o Ministério Público não tem nada a ver com isso e que cabe a pessoa que entende ser injustiçada recorrer a justiça para que possam fazer algo a respeito. ANG/AALS/ÂC

Desporto/Vice-Presidente da FFGB exige a aplicabilidade efetiva de orgãos independentes na instituição

Bissau, 26 Set 24 (ANG) – O Vice-Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), exigiu recentemente a Direção da mesma, a aplicabilidade efetiva de orgãos independentes, para garantir mais transparência na instituição.

Em conferência de imprensa, Rivaldo António Imbulna Cá, a quem o Presidente da FFGB Caíto Teixeira atribuiu absolutos poderes de decisão no seu último despacho publicado, defendeu que as comissões independentes criadas devem funcionar, para que seja aplicada a máxima tranparência na maior instituição que gere o futebol nacional.

“Asseguro-vos de que, caso a minha exigência não for aceite pela Direção da FFGB, vou abandonar o Presidente Teixeira, e o Comité Executivo da mesma”, revelou o Vice-presidente da FFGB.

Acrescentou por outro lado que, já estava de saída das funções, mas o motivo que lhe fez continuar, tem a ver com o pedido feito pelo Presidente da FFGB Caíto Teixeira, por ser a pessoa que trabalhou os instrumentos de aplicabilidade efetiva, razão pela qual, deve ajudar os colegas a trabalharem com este  instrumento.

“A Comissão Eleitoral,  da Disciplina, Ética, e da Governança e Auditoria da FFGB, devem ser independentes na plenitude dos seus funcionamentos, porque são veículos motores da transparência desportiva”, explicou Rivaldo António Imbulna Cá.

Mostrou por outro lado que, se estes orgãos funcionarem com a independência nas suas plenitudes, todas as denúncias dentro do organismo, terão credibilidade perante a FIFA, e assim como das autoridades judiciais.

Garantiu ainda que não será o motivo de perturbação dentro das estruturas da FFGB, caso contrário de desrespeito as suas palavras, é afastar do cargo para não prejudicar o desporto nacional.ANG/LLA/ÂC

            CMB/Governo entrega lote de fardamentos à Polícia Municipal

Bissau,26 Set 24(ANG) – O Governo através do Ministério da Administração Territorial e do Poder Local, procedeu hoje a entrega de lote de fardamentos, constituídos de fardas, botas, boinas e cinturões à Polícia Municipal.

Ao presidir o acto da entrega do referido material, o ministro da Administração Territorial e do Poder Local, Aristides Ocante da Silva começou por felicitar a actual direcção da Câmara Municipal de Bissau(CMB), pelos esforços que estão a empreender para mudar a imagem da edilidade camarâria.

“O gesto trata-se de fazer a diferença em fazer mais e melhor em várias vertentes, nomeadamente de saneamento, ordenamento e embelezamento e de fiscalização e de pôr ordens ao nível da cidade de Bissau”, disse.

O governante sublinhou que, existem esforços que estão sendo feitos e que todos já constataram que a imagem da cidade de Bissau tem estado a mudar.

“Enquanto departamento do Governo que tutela a CMB, vamos dar todo o nosso apoio as iniciativas que visam a melhoria de condições de habitabilidade dos seus munícipes”, frisou.

O ministro da Administração Territorial e do Poder Local salientou que a entrega de fardas à Polícia Municipal é fundamental, tendo em conta que não podem continiar a fazer os seus trabalhos sem fardamentos, como um meio que os identifica como autoridade.

“Penso que, agora com a entrega de fardas, a Policia Municipal vai estar à altura de cumprir com a sua missão, na base de rigor e disciplina e fazer com que a cidade de Bissau seja de referência ao nível nacional e da sub-região”, disse.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau, José Medina Lobato sublinhou na ocasião que, doravante os elementos da Policia Municipal  vão passar a ser identificados no âmbito dos serviços de abordagem às populações.

Informou que, os fardamentos foram adquiridos no quadro de várias deligèncias feitas junto dos seus parceiros, graças à orientação do Governo e do Presidente da República de forma a melhorar a imagem não só da cidade de Bissau mas também das condições de trabalho da Câmara Municipal de Bissau de forma a responder as demandas dos munícipes.ANG/ÂC

Política/Quinze partidos políticos assinam acordo de coligação para  próximas eleições legislativas no país

Bissau, 26 Set 24 (ANG) -  Quinze partidos políticos do xadrez político do país, assinaram esta quarta-feira, 25 de setembro, um acordo político denominado, coligação Plataforma Republicana “NÓ CUMPU GUINÈ”, para concorrer às próximas eleições legislativas antecipadas marcadas para 24 de novembro do ano em curso e igualmente para apoiar a candidatura do atual Presidente da República Umaro Sissoco Embalo para um segundo mandato.

O acordo político tem como objetivo estabelecer princípios e normas que regulam e definem os compromissos pré e pós-eleitoral assumidos pelas partes signatárias, criando uma coligação eleitoral que conduzirá à vitória eleitoral nas próximas eleições legislativas e assegurará uma governação assente na estabilidade política e promoção do desenvolvimento, bem como criará as condições políticas eleitoralistas que assegurem a reeleição do Presidente Umaro Sissoco Embaló ao cargo do Presidente da República.   

O referido acordo foi assinado pelo Movimento para a Alternância Democrática (MADEM G-15) da ala de Adja Satu Camará Pinto, Partido da Renovação Social (PRS) da ala de Félix Blutna Nandungue, Resistência da Guiné-Bissau (RGB), Partido da Nova Democracia (PND), Congresso Nacional Africano (CNA), Partido Africano para a Liberdade e Desenvolvimento da Guiné (PALDG), Partido Luz da Guiné-Bissau (PLGB), Partido Africano para Paz Estabilidade Social (PAPES),  Movimento Patriótico (MP), Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), Partido Unido Social Democracia (PUSD), Partido da Nova Guiné Democrática (PNGD), Partido Republicano Guineense (PRG), Manifesto de Povo (PMP) e o Partido da Reconciliação e Trabalho (PRT).

Após a assinatura do referido acordo, o Presidente do PRS da ala dos Inconformados, Félix Blutna Nandungue, em nome da coligação, disse que a celebração do acordo entre as formações políticas do país demostra claramente que é possível os guineenses se entenderem, porque todos os partidos já perceberam que para desenvolver a Guiné-Bissau é preciso que haja união.

“Queremos exortar as outras formações políticas para fazerem a mesma coisa, deixar de lado as guerras para se unirem e trabalharem para o desenvolvimento do nosso país, queremos pedir aos guineenses para terem confiança na Plataforma Republicana “Nó Cumpu Guiné”, por causa das pessoas que fazem parte da coligação e sinal de que estão a ser dados passos importantes para o desenvolvimento da nação guineense para uma paz duradoura”, sublinhou.

O político assegurou que os dirigentes que fazem parte da coligação irão trabalhar arduamente para servir o país e a população guineense, dando-lhes a  dignidade que merecem como qualquer povo do mundo, e que  tudo será demonstrado na prática nos trabalhos que vão ser desenvolvidos futuramente.

“Devemos trabalhar para mostrar ao povo guineense que somos capazes de fazer algo de bom para desenvolver a Guiné-Bissau e que os responsáveis do recém  criada Plataforma Republicana Nó Cumpu Guiné não estão lá para trabalhar pelo interesse próprio, mas sim para o povo guineense que tanto precisa e almeja o desenvolvimento”, disse.ANG/MI/ÂC

China/ teste de míssil intercontinental no Oceano Pacífico inquieta vizinhos

Bissau,26 Set 24(ANG) - A China levou a cabo pela primeira vez em vários anos o lançamento-teste de um míssil intercontinental no Oceano Pacífico, com os seus vizinhos como Japão, a Nova Zelândia e até a Austrália a dizerem que não foram avisados desta movimentação bélica.

O teste do míssil intercontinental chinês decorreu na manhã de quarta-feira por volta das 08:44, hora de Pequim, e caiu na parte Sul do Oceano Pacífico. Apesar de há várias décadas não acontecer um teste deste género por parte do regime chinês, as autoridades chinesas desvalorizaram este acontecimento.

O Ministério da Defesa chinês já veio dizer que se tratou de um lançamento-teste de "rotina" e que já estava previsto "no plano anual de treinos" das Forças Armadas do país. O Ministério lembrou ainda que este foi um lançamento que obedeceu ao direito internacional e não visou qualquer país. A partir dos anos 80, estes lançamentos tinham apenas lugar no território chinês.

O míssil lançado pela China foi um ICBM, com alcance superior a 5.500 quilómetros utilizado para transportar armas nucleares. Neste lançamento, segundo as autoridades chinesas, a cabeça do míssil não conteria qualquer arma nuclear. A China tem actualmente 500 ogivas nucleares, mas pretende aumentar o seu arsenal para 1.500 até 2030.

Este não foi o entendimento do Japão, que rapidamente veio dizer que não foi previamente avisado deste ensaio. Tóquio questiona ainda esta corrida ao armamento por parte de Pequim. Também a Austrália pediu explicações à China e disse estar preocupada com a possibilidade de cálculos errados que pudessem levar este míssil a cair no seu território.

Já a Nova Zelândia declarou que a queda deste míssil, no Pacífico do Sul, foi uma movimentação "inesperada" e "preocupante". Os países do Pacífico pensam reunir-se brevemente para discutir sobre estas manobras chinesas.ANG/RFI


Russia/Deportação de crianças por Moscovo foi operação “planeada e sistemática”

Bissau, 26 Set 24(ANG) - A
“deportação forçada e adoção” de crianças ucranianas na Rússia, após a invasão da Ucrânia, foi “um processo planeado e sistemático”, denunciaram hoje associações em Paris, acusando o partido presidencial Rússia Unida de desempenhar um “papel decisivo”.

A Ucrânia exige o regresso de cerca de 20.000 menores “deportados ou deslocados à força” para a Rússia desde o início da sua agressão ao país vizinho, a 24 de fevereiro de 2022 - um número que muitos observadores consideram subestimado.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em março de 2023 um mandado de captura para o Presidente russo, Vladimir Putin, e a sua Comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, pelo crime de guerra de “deportações ilegais”.

As organizações não-governamentais (ONG) francesas Russie-Libertés e Pour l’Ukraine, pour leur liberté et la nôtre!, esta última reunindo mais de uma centena de académicos, anunciaram que tinham apresentado uma nova comunicação (o equivalente a uma queixa, embora estas comunicações raramente resultem numa investigação) ao TPI, depois de terem identificado cerca de 35 responsáveis ligados ao Governo russo, para os quais pedem mandados de captura.

As duas ONG pedem também a reclassificação de tais acontecimentos como crime de genocídio.

Uma investigação de um ano, assente em particular numa análise das contas da plataforma digital Telegram dos responsáveis russos acusados, mostra o “envolvimento” do partido Rússia Unida através de “uma vasta rede de cúmplices”, afirmou um dos advogados das ONG, Emmanuel Daoud.

“Quando se ataca crianças, se altera o seu estatuto civil, se organiza a sua transferência para, em seguida, as ‘reeducar’ através de programas de doutrinação, é porque há um desejo de aniquilar uma parte da população ucraniana ou, no mínimo, uma intenção genocida”, argumentou Daoud.

As ONG sustentam igualmente que “se trata de uma iniciativa coletiva, apoiada e reivindicada pela Rússia Unida”, sob o pretexto de “missões ditas humanitárias” para dar acolhimento às crianças em causa.

Estas acusações foram repetidamente rejeitadas pelas autoridades russas, que asseguram estar a proteger as crianças dos combates e afirmam estar dispostas a entregá-las aos seus familiares na Ucrânia, se estes o solicitarem.

As autoridades de Moscovo explicaram ainda que criaram um programa especial, à chegada das crianças, sendo algumas delas enviadas para campos onde a tónica é colocada na educação patriótica.

Segundo Kiev, apenas algumas centenas de crianças foram até agora repatriada.ANG/Inforpress/Lusa

 Conflito Médio Oriente/Papa condena "terrível escalada" da violência no Líbano

Bissau,  26 Set  24 (ANG) - O Papa Francisco denunciou quarta-feira a “terrível escalada” da violência no conflito entre Israel e o movimento xiita Hezbollah no Líbano, qualificando-a de inaceitável, e apelou à comunidade internacional para fazer todos os esforços para encerrar o conflito.

“Estou triste com as notícias vindas do Líbano, onde intensos bombardeamentos causaram inúmeras vítimas e destruição nos últimos dias. Espero que a comunidade internacional faça todos os esforços possíveis para colocar um fim a esta terrível escalada”, declarou o Papa.

“Expresso o meu apoio ao povo libanês que já sofreu muito no passado recente”, acrescentou Francisco, apelando à oração “por todas as pessoas que sofrem por causa da guerra”.

Desde segunda-feira que intensos ataques israelitas têm como alvo redutos do Hezbollah, o poderoso movimento xiita pró-iraniano, no sul e leste do Líbano, assim como nos subúrbios a sul de Beirute.

O Hezbollah disparou hoje um míssil balístico contra Israel, afirmando que tinha como alvo a sede da Mossad, o serviço de informações israelita, perto de Telavive, uma novidade segundo o exército israelita.

Os chefes da diplomacia do Egito, Iraque e Jordânia acusaram também hoje Israel de estar a "empurrar a região para uma guerra total", condenando os ataques israelitas.

As autoridades libanesas aumentaram para 564 o número de mortos em dois dias de ataques aéreos israelitas contra o Hezbollah, responsável pelo lançamento de centenas de 'rockets' contra o norte de Israel.

Os militares israelitas afirmam que vão fazer "tudo o que for necessário" para afastar o Hezbollah (Partido de Deus) da fronteira do Líbano com Israel.

Israel e o Hezbollah têm intensificado a troca de tiros desde o início da guerra entre os israelitas e o grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza, em outubro de 2023. O movimento libanês, pró-iraniano, apoia o Hamas no conflito contra Israel.

Desde a segunda-feira, os ataques israelitas levaram milhares de pessoas a fugirem do sul do Líbano, bloqueando a principal autoestrada para Beirute, no maior êxodo desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.ANG/Inforpress/Lusa

   EUA/Confirmada deslocação de Joe Biden a Angola de 13 a 15 de Outubro

Bissau,26 Set 24(ANG) - O Presidente dos Estados Unidos da América(EUA) deve deslocar-se ao país africado de 13 a 15 de Outubro, nesta que será a primeira viagem de Biden a África desde que chegou à Casa Branca, em Janeiro de 2021.

Em recta final de mandato, o Presidente norte-americano, Joe Biden, vai visitar Angola, de 13 a 15 de Outubro, com o objectivo de reforçar as parcerias económicas e assinalar a criação da primeira rede ferroviária transcontinental de acesso livre em África.

De acordo com Washington, "de 13 a 15 de Outubro, o Presidente Joe Biden deslocar-se-á a Luanda, Angola, onde se vai reunir com o Presidente angolano, João Lourenço, para discutir uma maior colaboração nas prioridades partilhadas, incluindo o reforço das parcerias económicas, que mantêm as nossas empresas competitivas e protegem os trabalhadores".

No decurso desta viagem será formalizado o projecto da "Parceria para as Infra-estruturas e o Investimento Globais", que engloba Angola e o G7 (grupo dos sete maiores economias ocidentais), que pretende criar a primeira rede ferroviária transcontinental de acesso livre em África. O projecto é conhecido como o Corredor do Lobito, por começar na cidade angolana do Lobito, e visa ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Índico, passando pela República Democrática do Congo e pela Zâmbia. 

No passado mês de Maio, Angola e os EUA assinaram, em Dallas, acordos de financiamento para o desenvolvimento do Corredor do Lobito, no valor de 1,3 mil milhões de dólares.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre indicou ainda que os dois estadistas deverão abordar o reforço da democracia e do envolvimento cívico, a intensificação da acção em matéria de segurança climática e de transição para as energias limpas e, ainda, o reforço da paz e da segurança.

"A visita do Presidente Biden a Luanda celebra a evolução da relação entre os EUA e Angola, sublinha o compromisso contínuo dos Estados Unidos para com os parceiros africanos e demonstra como a colaboração para resolver desafios partilhados é benéfica para o povo dos Estados Unidos e de todo o continente africano", acrescentou.

O democrata tinha prometido visitar África em 2023, um continente onde se desenrola uma luta de influência entre os gigantes chinês, russo e americano, todavia a promessa só agora se concretiza. Esta será a primeira viagem de Joe Biden a África desde que chegou à Casa Branca, em Janeiro de 2021.

Antes da ida a Angola, o presidente americano em fim de mandato passa pela Alemanha, de 10 a 13 de Outubro, para "reforçar os sólidos laços entre os Estados Unidos e a Alemanha, como aliados e como amigos", além de "expressar os seus agradecimentos à Alemanha pelo seu apoio ao esforço de guerra da Ucrânia contra a agressão russa", assim como à NATO, refere o comunicado da Casa Branca.

Donald Trump, candidato republicano à presidência norte-americana, que Joe Biden deveria enfrentar antes de se retirar da corrida em Julho, tinha, quando era Presidente, criticado fortemente Berlim, acusando-o de não gastar o suficiente na defesa e tinha mesmo ordenado o regresso de soldados americanos das bases na Alemanha, uma decisão que Joe Biden reverteu.ANG/RFI