Reajustadas as pensões e subvenções vitalícias dos
ex-titulares de cargos públicos civis e militares
Bissau, 17 Jun 14 (ANG) – O
Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) Ibraima Sori Djaló escusou-se a
comentar a actualização das Pensões e Subvenções dos ex-titulares dos órgãos de
soberania feita pelo Governo de Transição, e já publicadas no Boletim Oficial.
Em declarações à Agência de
Notícias da Guiné – ANG, Ibrahima Sory Djaló alegou que o diploma não passou no
hemiciclo, pelo que cabe ao Governo e o Presidente da Republica de Transição
darem resposta sobre as duvidas que se levantam em relação ao assunto.
“Eu não sei nada sobre o
assunto. Fui informado, por via telefónica, e a pessoa me disse que decidiram
aprovar um Diploma no Conselho de Ministros e que fixou pensões aos titulares
dos órgãos da soberania, na qual eu estou incluído e eu limitei a responder “tudo
bem´”, explicou Ibraima Sorri Djalo.
O Conselho de Ministros
teria aprovado a fixação de uma pensão de 3.142 milhões de Francos CFA para os ex-Presidentes
da República, incluindo os que desempenharam função no período de transição, e
que correspondem a 100 por cento do vencimento de um Chefe de Estado em
exercício.
O mesmo Diploma, publicado
no Boletim Oficial de 6 de Maio deste ano, à que a Agência de Noticias da
Guiné-ANG teve acesso, fixou ainda o valor de 75 por cento do referido montante
como pensão dos ex. Presidentes da ANP, aposentados ou falecidos, incluindo
igualmente o actual, em regime transitório.
O documento detalha ainda
que os ex-Primeiros-Ministros e os ex-presidentes do Supremo Tribunal de
Justiça vão ganhar o correspondente à 55 por cento do vencimento do Presidente
da República em exercício.
Os ex-presidentes da
Assembleia Nacional Popular, os ex-Primeiros-ministros e os ex-Presidente do
Supremo Tribunal de Justiça, no activo beneficiarão de uma subvenção vitalícia
correspondente a 34 por cento do salário do Presidente de Republica.
As pensões e subvenções dos
ex-ministros e ex-secretários de Estado que exercerem funções durante um
mandato ou cinco anos alternados, dos ex-Procuradores gerais e dos
ex-Presidentes do Tribunal de Contas foram igualmente reajustadas.
O diploma define como
mandato, o período de vigência de um governo constitucional (quatro anos) ou de
um governo de transição, exercido desde o inicio até ao fim ou que tenha sido
interrompido por uma alteração da Ordem Constitucional.
O cálculo para a fixação das
pensões dos ex-ministros e ex-secretários de Estado far-se-ão tendo como referência
o valor da pensão do Primeiro-ministro que é de 1.728.100 fcfa (um milhão e
setecentos e vinte e oito mil e cem francos cfa).
Para os ex-ministros,
ex-Procuradores-gerais da Republica e ex-presidente do Tribunal de Contas a
pensão de reforma correspondem a 80 por cento da pensão do Primeiro-ministro.
Para os ex-secretários de
Estado a pensão corresponde a 60 por cento da do Primeiro-ministro.
Para os beneficiários no activo
( ex-Primeiro-Ministro, ex-Procuradores-gerais da Republica e os ex-Presidentes
do Tribunal de Contas) a subvenção vitalícia corresponde a 70 por cento da do
Primeiro-ministro. E para os ex-secretários de Estado a subvenção vitalícia é
de 50 por cento da do Primeiro-ministro.
O Diploma estabelece ainda o
reajustamento das pensões e subvenções vitalícias dos ex- titulares dos mais
altos cargos militares, nomeadamente, os chefes de Estado Maior General das
Forças Armadas, Vice-chefes de Estado Maior, chefes de Ramos, Inspectores-gerais
e os Presidentes do Tribunal Militar Superior.
Para os ex-chefes de
Estado-Maior General das Forcas Armadas, a pensão de reforma corresponde a 70
por cento da do Primeiro-ministro (1.728.100fcfa).
E para o ex-Vice-Chefes do
Estado-Maior General das Forças Armadas, ex-Inspectores e ex-Chefes de
Estado-Maior dos Ramos, ex-Presidentes do Tribunal Militar Superior as pensões de
reforma correspondem a 50 por cento da do Primeiro-ministro.
Para os beneficiários no
activo, a subvenção vitalícia é de 60 por cento da do Primeiro-ministro para os
ex-chefes de Estado-Maior General das Forcas Armadas, e de 40 por cento da do
Primeiro-ministro para os ex-vice-chefes de Estado-Maior das Forças Armadas,
ex-chefes de Estado-Maior dos Ramos, ex-Inspectores-gerais das Forcas Armadas e
os ex-Presidentes do Tribunal Militar Superior.
Nas disposições finais, o
governo de transição refere que a regulamentação da aplicação do diploma será
feita por despacho do ministro das finanças.
ANG/
LPG/JAM/SG
Senhores intelectuais tribalistas na diaspora a ser dos golpistas. Não publicam nenhuma opinião que contrasta a verdade tribalista e golpista que vocês defendem. Mas a Guine não é dos balantas, manjacos ou fulas. A Guine é dos Guineenses. Sejam intelectuais guineenses na diaspora que é o mais decente.
ResponderEliminarEspero que o novo governo e parlamento revogue esta falta de vergonha e oportunismo desta gente. Pensão vitalícia de gente jovem num país pobre, que depende da ajuda internacional para o OGR, só por ter exercido cargos no estado? Isto mostra a falta de patriotismo destes golpistas, políticos e militares que na verdade só pensam se se servirem da Guine, em vez de servirem á Guine. Espero sinceramente que esta traição seja revista e reprovada pelo governo, parlamento e o presidente eleitos para defender o povo.
ResponderEliminarEstou totalmente de acordo contigo Ndji.
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