Saúde Pública/OMS divulga guia para combater sedentarismo
Bissau, 30 Nov 20 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde,
OMS, afirma que até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas
se a população global fosse mais ativa .
Com muitas pessoas em casa devido à Covid-19, as
novas diretrizes da agência sobre atividade física e
comportamento sedentário mostram que qualquer pessoa,
de qualquer idade, pode ser ativa fisicamente.
As novas diretrizes recomendam pelo
menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana
para adultos, incluindo pessoas que vivem com condições crônicas ou
deficiências, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e
adolescentes.
Segundo as estatísticas da OMS, um
em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não praticam
atividade física suficiente. Em todo o mundo, este custo pode ser
de US$ 54 bilhões em assistência médica direta e US$ 14 bilhões em perda
de produtividade.
As diretrizes incentivam as mulheres a
manter a atividade física regular durante a gravidez e após o
parto. Também destacam os valiosos benefícios à saúde da atividade física
para pessoas que vivem com deficiência.
Os idosos, com 65 anos ou mais,
devem realizar atividades que enfatizem o equilíbrio e a coordenação, bem
como o fortalecimento muscular, para ajudar a prevenir quedas e melhorar a
saúde.
A atividade física regular é fundamental
para prevenir e ajudar a controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer,
bem como reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, reduzir o declínio
cognitivo, melhorar a memória e impulsionar a saúde do cérebro.
Em comunicado, o diretor-geral da
OMS, Tedros Ghebreyesus, explicou que
“ser ativo fisicamente é fundamental para a saúde e o bem-estar,
ajudando a adicionar anos de vida.”
Segundo ele, “cada movimento conta,
especialmente agora com as restrições da pandemia de
Covid-19.” Tedros disse ainda que as pessoas devem procurar se mover
todos os dias, com segurança e criatividade.
Toda atividade física é benéfica e pode
ser realizada como parte do trabalho, esporte e lazer ou transporte, mas
também através da dança, brincadeira e tarefas domésticas cotidianas, como
jardinagem e limpeza.
O diretor de Promoção da Saúde da OMS, Ruediger Krech, disse que “se alguém precisa
passar muito tempo sentado quieto, seja no trabalho ou na escola, deve fazer
mais atividade física para combater os efeitos prejudiciais do comportamento
sedentário.”
Também essa semana,
a OMS está pedindo que os países africanos
aumentem sua preparação para a campanha de vacinação contra
a Covid-19.
Uma nova análise da agência
concluiu que o continente não está pronto para o maior
esforço de imunização de todos os tempos.
Segundo a análise, a região
africana tem uma pontuação média de 33% de prontidão para a implantação da
vacina, o que está bem abaixo da referência desejada de 80%.
Em comunicado, a diretora-regional da
OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que
“o planejamento e preparação farão o sucesso deste esforço sem
precedentes.” Segundo ela, é preciso “liderança ativa e engajamento dos mais
altos níveis de governo com planos e sistemas de coordenação nacionais sólidos
e abrangentes.”
Até o momento, apenas 49% dos
países identificaram as populações prioritárias para vacinação e têm
planos para alcançá-las.
Apenas 24% têm planos adequados de
recursos e financiamento e somente 17% têm ferramentas de coleta e
monitoramento de dados prontas. Cerca de 12% dos Estados-membros
tem planos de comunicação para aumentar a confiança e a
demanda.
Moeti contou
que “o desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz é apenas o
primeiro passo.” Ela disse que “se as comunidades não estiverem
convencidas de que uma vacina protegerá sua saúde,
não se avançará muito.”
Lançar a imunização no
continente africano para populações prioritárias deve ter um custo de
cerca de US$ 5,7 bilhões, excluindo o custo adicional de 15% a 20% para
materiais de injeção e entrega de vacinas.
Todos os 47 países da Região Africana da
OMS receberam a Ferramenta de Avaliação da Prontidão da Vacina da OMS,
que inclui um roteiro para os países planejarem a introdução da
vacina.
A ferramenta cobre 10 áreas principais,
como planejamento e coordenação, recursos e financiamento, regulamentos de
vacinas, prestação de serviços, treinamento e supervisão, monitoramento e
avaliação, entre outros.
Até esta sexta-feira, tinham sido
confirmados mais de 60,5 milhões de casos em todo o mundo e mais de 1,4 milhão
de mortos.
Falando a jornalistas, em Genebra, o
diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que "todos os países foram
afetados, mas nem todos os países foram afetados igualmente."
Segundo a agência, quase metade de todos
os casos e mortes ocorrem em apenas quatro países. Além disso, quase 70% dos
casos e mortes ocorrem nos 10 Estados-membros mais afetados. ANG/ONU NEWS