sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Burkina Faso/Presidente Roch Marc Christian Kaboré reeleito com 57,8% de votos

Bissau, 27 Nov 20 (ANG) - O Presidente cessante Roch Marc Christian Kaboré foi proclamado vencedor na primeira volta da eleição presidencial no Burkina Faso com 57,8% de votos.

O resultado foi avançado, na quinta-feira, pela Comissão Nacional Eleitoral Independente.

 A oposição ainda não reagiu, mas no início da semana considerou que a votação foi "fraudulenta" e ameaçou "não aceitar resultados marcados por irregularidades".

O Presidente Kaboré, muitas vezes acusado de não ter feito nada em relação aos ataques jihadistas, conseguiu vencer à primeira volta desta eleição, considerada a mais “aberta” da história de Burkina Faso. Este país pobre da África Ocidental palco de vários golpes de Estado, desde a sua independência.

Uma vitória confortável para o Presidente cessante, que evita uma segunda volta face a um candidato que contaria com o apoio da oposição.

A oposição ainda não reagiu, mas no início da semana considerou que a votação de domingo foi "fraudulenta" e ameaçou "não aceitar resultados marcados por irregularidades".

As eleições gerais -presidenciais e legislativas- realizaram-se no domingo, 22 de Novembro, num ambiente de segurança reforçada, com Burkina Faso a viver um dos momentos mais sombrios desde a independência. O país tem sido palco de vários ataques perpetrados por grupos jihadistas, que mataram pelo menos 1.200 pessoas nos últimos cinco anos.

Os partidos da maioria presidencial apelaram, na terça-feira, a "respeitar os resultadosda votação, considerando que "as lacunas apontadas, embora lamentáveis, não são de uma magnitude susceptível de impactar significativamente o resultado da votação".

Uma manifestação da oposição, inicialmente marcada para quarta-feira de manhã, em frente ao centro de compilação dos votos, acabou por ser cancelada.

Estas eleições ficam marcadas pelas ameaças da oposição em não reconhecer os resultados e ainda pelo facto de uma quinta parte do território não ter votado, por questões de segurança, deixando de fora 350 mil pessoas. ANG/RFI

 

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