quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Brexit/Ursula Von Der Leyen não garante que se chegue a acordo com o Reino Unido

Bissau, 26 Nov 20 (ANG) – A  presidente da Comissão da União Europ
eia avisou quarta-feira que "nenhum eventual acordo comercial pós-Brexit é equacionável se afectar a integridade do mercado único.

O aviso surge quando faltam menos de 40 dias para o Brexit entrar formalmente em vigor, sem acordo entre europeus e britânicos à vista.

"Faremos tudo o que está ao nosso alcance para chegar a um acordo. Estamos dispostos a demonstrar criatividade", declarou Ursula Von Der Leyen esta quarta-feira perante os eurodeputados ao evocar as negociações entre a União Europeia e o executivo de Boris Johnson que continuam sem perspectiva de solução, quando falta pouco mais de um mês para a efectivação do Brexit.

Os principais pontos de discórdia continuam a ser as condições em que os barcos pesqueiros europeus vão ter acesso às águas territoriais britânicas, assim como as regras de concorrência.

Bruxelas reclama a instauração de um mecanismo que permita tomar medidas imediatas e unilaterais no caso de uma das partes mudar subitamente as suas normas nesta matéria, de modo a evitar qualquer situação de concorrência desleal. Londres recusa esta possibilidade. Daí que Ursula Von Der Leyen não tenha garantido  que se possa chegar a um consenso.

Também críticas estão as relações do conjunto dos países da União com a Hungria e a Polónia que desde a semana passada bloqueiam o plano de recuperação orçado em 750 mil milhões de Euros que os 27 elaboraram no passado mês de Julho para fazer frente às consequências da covid-19.

 A Hungria e a Polónia, criticadas por políticas consideradas liberticidas, entendem assim fazer inflectir a posição dos seus parceiros europeus no que tange ao condicionamento da disponibilização dos fundos de apoio ao respeito das regras do Estado de Direito.

Ursula Von Der Leyen, contudo, desafiou Varsóvia e Budapeste a recorrer à justiça europeia se pretende contestar esta regra, a presidente da Comissão Europeia tendo qualificado de "irresponsáveis" os vetos dos dois países.ANG/RFI

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