Recursos haliêuticos/Celebrado Dia Mundial das Pescas
Bissau,23 Nov 20(ANG) – O
ministro das Pescas afirmou que o sector representa uma componente fundamental
da economia da Guiné-Bissau porquanto contribui na segurança alimentar das
populações da faixa litoral e da parte continental do país.
O governante sublinhou que,
o lema do ano em curso, escolhido pelo Ministério das Pescas para
comemorar a data é “Pesca Responsável,
Base de Aumento da Produção Pesqueira e Desenvolvimento”, disse.
Malam Sambú salientou que o
referido lema é relevante na perspetiva de consciencializar os actores que
actuam directamente na actividade pesqueira, tanto na área industrial como
artesanal, sobre a necessidade de promover e consolidar práticas pesqueiras responsáveis e
sustentáveis para a preservação dos ecossistemas marinhos.
Disse que a Guiné-Bissau assim
como a maior parte dos Estados ribeirinhos africanos vive e depende, em grande
medida, do mar e dos seus recursos, frisando que a configuração do seu
território explica exactamente essa ligação intrínseca com o mar.
“Senão vejamos: a linha da
costa da Guiné-Bissau tem cerca de 280 quilómetros de cumprimento e ao longo
dessa linha , o país dispõe das maiores
áreas de plataforma continental na África Ocidental, cobrindo aproximadamente
45 mil quilómetros dos 150 mil da sua Zona Económica Exclusiva”, explicou.
Malam Sambú disse que, em
relação aos outros países da África Ocidental, a referida Plataforma
Continental é excecionalmente vasta com a profundidade de 20 metros e que
alongam até 80 quilómetros de mar dentro.
Aquele responsável afirmou
que os ecossistemas marinhos nas águas da Guiné-Bissau são apropriados para
alimentar e apoiar os recursos haliêuticos diversos e abundantes.
Referiu que, de acordo com os estudos científicos, os
estuários e ilhas ao longo da linha costeira do país, suportam níveis
significativos da biodiversidade marinha nomeadamente no arquipélago dos
bijagós.
O governante destacou que as
suas águas ricas suportam diversas faunas marinhas incluindo espécies de peixes, crustáceos e
moluscos, cinco espécies de tartarugas, mamíferos marinhos, golfinhos, tubarões,
crocodilos entre outros.
Para o técnico do Ministério
das Pescas, Mário Dias Sami a prática de
pesca ilegal ou não regulamentada deve
agora constituir crime para aqueles que as praticam.
Segundo esse quadro sénior
do Ministério das Pescas, a Guiné-Bissau é dos países que desde cedo pensou em
políticas de repouso biológico, cuja implementação se evidenciou com o
lançamento do Projecto de
Desenvolvimento do Rio Grande de Buba.
Dias Sami sublinhou que, foi
á partir daí que o projecto gestão da biodiversidade da zona costeira da
Guiné-Bissau criou as zonas de reservas de pesca, nomeadamente no Rio Grande de
Buba, do Rio Cacine e Cacheu.
“Portanto, nós designamos
essas zonas como áreas ecologicamente frágeis e sensíveis porque são zonas de
reprodução e crescimento dos peixes”,
explicou Dias Sami.ANG/ÂC//SG
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