segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Comunicação Social/"A carteira profissional vai  regulamentar a produção  jornalística na Guiné-Bissau", diz Bastonário de Ordem dos Jornalistas

Bissau, 30 Nov. 20 (ANG) – O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau afirmou que o decreto do governo que cria a carteira profissional vai regulamentar  a produção  jornalística na Guiné-Bissau.

Bastonário de Ordem de Jornalistas
António Nhaga falava no sábado na cerimónia da Convenção 2020 da Ordem dos Jornalistas, na qual foi aprovada a Comissão Ad hoc que vai trabalhar nos preparativos do segundo Congresso Ordinário da Ordem previsto para primeira quinzena de Maio de 2021.

A reunião  serviu igualmente para apresentação do Código Deontológico do jornalismo e nos estatutos da Ordem, entre outros documentos que regem a organização.

Nhaga afirmou que a Carteira Profissional  é e será sempre para além do registo profissional, um documento que assegurará, de uma vez por todas, o exercício da profissão de jornalista em todo o território nacional.

António Nhaga sublinhou que o documento vai transformar os jornalistas guineenses em ramos do mesmo tronco, na luta para a sua colocação nos órgãos de comunicação social.

"Com a carteira profissional dos jornalistas, os cidadãos guineenses saberão doravante explicar e distinguir acto reservado por lei aos jornalistas profissional que têm a capacidade editorial para prática da profissão como uma ocupação principal e remunerável e permitirá também distinguir um estagiário curricular sem capacidade editorial de um estagiário profissional que realizam as tarefas que configuram num posto de trabalho de jornalista”, realçou o Bastonário.

Disse que, o debate das questões sobre o Código Deontológico depois da aprovação do decreto lei é um prova que estão a procurar, cada vez mais, a forma de tornar mais robusto as ferramentas da regulamentação de produção de noticias de qualidade para consolidação da democracia nacional.

"Na verdade queremos um jornalismo de qualidade, de narrativa independente com tempo para pensar, aprofundar e contextualizar factos que narramos na nossa esfera pública nacional”, disse.

Acrescentou que quanto maior for a liberdade económica e tecnológica dos media e jornalistas na Guiné-Bissau maior será o seu poder na consolidação dos sistemas políticos de governação no país.

Ainda disse que, lamentavelmente, hoje os media na Guiné-Bissau não têm instância internas de produção de conteúdos de qualidade para produção humana, e que os jornalistas inorgânicos dão mais destaque à opiniões públicas do que as narrativas independentes dos factos.

Por outro lado, O Bastonário da Ordem dos Jornalistas disse que nesta era de convergências mediática
s, em que os medias sociais assumiram o papel na produção de conteúdo, os jornalistas guineenses têm enormes dificuldades de assumir o papel de ser uma arma importante na luta contra a corrupção e na consolidação de democracia no país.ANG/MI/ÂC//SG             

        

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