Diplomacia/Cabo Verde terá “o mais
tardar até Janeiro de 2021” um embaixador residente na Guiné-Bissau – primeiro-ministro
Bissau, 20 Nov 20 (ANG)
– O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse quinta-feira que Cabo
Verde terá, “o mais tardar até Janeiro de 2021”, um embaixador residente na
Guiné-Bissau, garantindo que já há indicações de quem poderá ser o
representante diplomático.
O chefe do Governo fez esta revelação durante a cerimónia de apresentação pública da instalação da referida embaixada, realizada no Palácio do Governo.
“O mais tardar até
Janeiro. Poderemos, eventualmente, faze-lo antes. Já há indicações de quem
poderá ser o embaixador, mas não posso dizer o nome porque isto depois percorre
os seus trâmites, tem que se fazer a acreditação, a nomeação e só depois a
instalação”, afirmou.
Nas suas declarações
proferidas durante o acto, Ulisses Correia e Silva frisou que o arquipélago cabo-verdiano
está assim a retribuir aquilo que a Guiné-Bissau fez, por iniciativa pioneira,
em 2018, quando instalou em Cabo Verde a sua embaixada, a funcionar com um
embaixador residente.
Para o governante, a
instalação da embaixada de Cabo Verde na Guiné-Bissau poder ser vista como uma
ponte para se reforçar a ligação do arquipélago com a Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) e com a Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental (CEDEAO), organizações em que ambos os países estão inseridos.
“Precisamos ter também
espaços que deem o sinal claro da vontade política e de comprometimento com
essas duas organizações das quais nós pertencemos”, prosseguiu Ulisses Correia
e Silva, reafirmando que o seu governo foi o primeiro a criar o cargo de ministro
de Integração Regional, com a intencionalidade de fazer com que políticas
integradas tenham uma “cara de representação”.
Por seu turno, o
embaixador da Guiné-Bissau em Cabo, M’Bala Alfredo Fernandes, referiu-se a
concretização de um projecto que já vinha de há muito tempo, ressaltou que a
história uniu os dois povos em séculos de “dor e de esperança, carregada de
simbolismos e de espírito de unidade”.
“Decidiu-se em bom
momento, em 2011, criar o primeiro Consulado Geral de Guiné-Bissau em Cabo
Verde. Esse consulado geral trabalhou no sentido de ajudar a integrar e
organizar melhor a nossa comunidade residente”, continuou o diplomata,
revelando que, tendo em conta os dados e as fontes estatísticas díspares,
estima-se que esteja a viver em Cabo Verde entre sete e dez mil guineenses.
“Sentem-se em casa. Costumamos dizer que há uma falta administrativa, mas não é falta de apoio social, não é falta de sentirem-se em casa numa terra que os acolheu e onde estão a trabalhar e formar as suas famílias”, finalizou.ANG/Inforpress
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