Covid-19/China reitera que quando
tiver vacina será um “bem público global”
Bissau, 10 Nov 20 (ANG)
– O vice-primeiro-ministro chinês, Han Zheng, afirmou hoje em Macau que quando
o país desenvolver uma vacina contra a covid-19, esta será um “bem público
global”.
Assim que a China tiver
a vacina, esta “será disponibilizada como um bem público global”, garantiu Han
Zheng, na abertura da Conferência do Fórum Internacional de Ciência, Tecnologia
e Inovação (ISTIF), realizada em Macau e organizada pelo Fórum Boao, conhecido
como o “Davos Asiático”.
O responsável chinês
frisou ainda que quando houver uma vacina chinesa tal “significa a derrota da
covid-19”.
Ainda no seu discurso, o
vice-primeiro-ministro chinês garantiu que Pequim quer trabalhar com todos os
países no mundo com vista ao controlo da pandemia, defendendo que “juntos” será
possível o desenvolvimento de um tratamento e de uma vacina.
Estas afirmações em
Macau acontecem um dia depois de a autoridade sanitária do Brasil ter anunciado
que suspendeu os ensaios clínicos da vacina Coronavac, do laboratório chinês
Sinovac, contra o novo coronavírus, após um incidente “grave” com um voluntário.
A Coronavac está
igualmente a ser testada na China, Turquia, Bangladesh e Indonésia.
Em comunicado, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que decidiu interromper o
ensaio clínico da vacina Coronavac “após a ocorrência de um evento adverso
grave”, em 29 de Outubro.
A Anvisa não deu mais
informações sobre o incidente, referindo apenas que a categoria de “evento
adverso” pode incluir a morte, efeitos secundários potencialmente fatais,
incapacidade ou invalidez persistente ou significativa, hospitalização ou outro
“evento clinicamente significativo”.
“Com a interrupção do
estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado”, precisou a agência,
acrescentando que vai “avaliar os dados observados até o momento e julgar o
risco/benefício da continuidade” dos testes.
A suspensão dos ensaios
clínicos da Coronavac, que envolve nove mil voluntários, ocorreu um dia depois
de o gigante farmacêutico norte-americano Pfizer anunciar que a sua vacina
contra a covid-19 alcançou 90% de eficácia nos testes.
As vacinas candidatas da Pfizer e Sinovac estão em ensaios da Fase 3, a última fase antes de receberem aprovação regulamentar. ANG/Inforpress/Lusa
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