segunda-feira, 18 de março de 2013



ANP termina 2ª Sessão ordinária sem eleger Presidente da CNE

Bissau, 18 Mar. 13 (ANG) - A segunda Sessão ordinária da oitava legislatura do ano 2012/2013 terminou os trabalhos dia 15, sem ter elegido o novo Presidente da Comissão Nacional Eleições (CNE), conforme previsto.

 O Presidente da ANP, em jeito de balanço de 30 dias de trabalhos afirmou que os deputados conseguiram debater e aprovar a maioria dos projectos-leis, Convenções, tratados e protocolos agendados assim como adoptaram resoluções sobre o sector do ensino.

Ibraima Sori Djalo lembrou que os deputados também abordaram a situação da devastação, por estrangeiros, das florestas um pouco por todas as regiões.

“Conseguimos aprovar a maioria dos pontos agendados, restou-nos apenas a eleição do Presidente da CNE, aprovação da Lei Orgânica da ANP e o projecto de criação de um Pacto de Regime “lamentou o Presidente do hemiciclo guineense.

Entretanto, Sori Djaló referiu, que os assuntos que ficaram de fora poderão ser abordados em sessão extraordinária que poderá vir a ser convocada para o efeito de apresentação, discussão e, eventualmente, aprovação do Programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado (OGE).

ANG/AI

sexta-feira, 15 de março de 2013


Ex-secretário executivo da CPLP apresenta-se a líder do PAIGC 



Bissau, 14 Mar. 13 (ANG/ANGOP) – O antigo secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, apresentou-se quinta-feira em Bissau perante cerca de três centenas de pessoas como candidato à liderança do PAIGC no congresso do partido em Maio.  

Ao som da música tradicional guineense e à beira da piscina de um hotel de Bissau, Simões Pereira começou por se apresentar, lembrando o seu percurso como militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), há 24 anos,
 para logo entrar nos propósitos da sua candidatura.


"Eu sou um produto, cresci no PAIGC, apreendi no PAIGC, sou um recurso do PAIGC. Se o partido entende que hoje precisa de mim, tenho que me colocar à disposição do PAIGC", disse Simões Pereira.  


Secretário executivo da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) de 2008 a 2012, Simões Pereira, engenheiro civil formado na antiga União Soviética e agora a frequentar um doutoramento em ciências políticas numa universidade portuguesa, diz
 ter "as receitas para mudar a Guiné-Bissau" se for eleito presidente do PAIGC e, mais tarde, chefe do Governo.  


Domingos Simões Pereira, conhecido no país por 'Matchu', afirmou que se for eleito presidente do PAIGC irá lutar pela verdade, a promoção do mérito, a mobilização da sociedade para um compromisso com a paz e ainda implementar programas de redução da pobreza, da mortalidade "infanto -materna" e ainda da "transformação radical" do país.  


O político pediu, no entanto, aos militantes do partido para que "façam uma boa escolha" no oitavo congresso, marcado para cidade de Cacheu (norte). 


Para desse modo, sublinhou, possibilitar que o PAIGC possa ganhar as eleições gerais, ainda sem data, mas que a comunidade internacional quer que tenham lugar ainda este ano.   


Simões Pereira disse que pretende ver uma Guiné-Bissau onde os cidadãos não terão medo de dizer o que pensam e não terão medo de dormir devido aos sobressaltos, e um país sem golpes de Estado.  


A este propósito questionou a assistência sobre se já não é tempo de os guineenses darem tréguas à si mesmos. A pergunta recebeu um coro de basta de instabilidade e de vivas ao PAIGC e a Domingos Simões Pereira.   



Além de Simões Pereira já se perfilam como candidatos à liderança do PAIGC nomes como Braima Camará, Aristides Ocante da Silva, Vladimir Deuna, Carlos Gomes Júnior e José Mário Vaz.

ANG  



PR da transição ameaça abandonar funções 


 Bissau, 14 Mar. 13 (ANG/ANGOP) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, avisou quinta-feira que pode abandonar as funções se persistirem as divergências entre os actores políticos do país.
  
Nhamadjo fez esta advertência aos guineenses quando falava na abertura de um encontro promovido pelo Movimento da Sociedade Civil com os militares sobre a busca de diálogo nacional.  
  
No encontro a que assistia o representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, o Presidente de transição guineense disse estar
 cansado de divergências entre os políticos "motivados por interesses egoístas".  
  
Se continuar esta persistência do radicalismo de um lado e de outro (...), então que o guineense arranje desde já um candidato para gerir as próximas etapas da transição,
 porque Serifo Nhamadjo, não fará parte da fragmentação da sociedade guineense", afirmou o Presidente. 
  
Serifo Nhamadjo disse já ter dado conta desta sua intenção ao próprio representante da ONU em Bissau e às várias organizações representativas da sociedade guineense,
 faltando apenas manifestar a sua determinação aos dois principais partidos do país (PAIGC e PRS) na audiência que terá com eles na sexta-feira.  
  
"Ainda tenho mais dois meses do meu mandato, em Abril termina o mandato pelo qual assumi o compromisso de 12 meses. Não quero chegar com a sociedade guineense no
  buraco que estou a ver à frente, quero que todos nós nos juntemos para tapar esse buraco", sublinhou Nhamadjo.  
  
O Presidente de transição avisa que se não houver consensos - sobre a formação de um novo Governo e na elaboração de um novo roteiro para transição - então sim terá que
 deixar as suas funções.  
  
"Serifo Nhamadjo não fará parte da disputa egoísta de chegar ao poder sem ser por caminho mais transparente, mas também não sou o único guineense que pode estar à
 frente da transição", enfatizou o Presidente.  
  
"Estarei sempre disponível se for com o objectivo de atingirmos uma transição pacífica, de dignificação do guineense. Esses pressupostos que lancei são premissas indispensáveis para que esta transição não seja mais uma transição", observou Nhamadjo.  
ANG

quinta-feira, 14 de março de 2013



Jorge Mário Bergoglio é o 266º Papa da Igreja Católica 


Cidade do Vaticano, 14 Mar 13 (ANG/ANGOP) - O argentino Jorge Mário Bergoglio, ontem designado pelo canclave reunido na cidade do Vaticano, em Roma é o 266.º Papa da Igreja Católica. Será o primeiro Sumo Pontífice não europeu e Jesuíta.

O Papa que sucede assim a Bento XVI, escolheu ser designado durante o seu pontificado por Francisco I, segundo anunciou o cardeal francês Jean-Louis Tauran, na varanda da Basílica de São Pedro, após pronunciar as famosas palavras: «Habemus Papam».

Depois do anúncio, o arcebispo emérito de Buenos Aires, de 76 anos, apareceu perante os milhares de pessoas que o aguardavam na Praça de São Pedro, no Vaticano, para saudar os fiéis e fazer a bênção apostólica «Urbi er Orbi».

«Os cardeais foram buscar-me ao fim do mundo», disse o Papa Francisco I, o primeiro Sumo Pontífice sul-americano e o primeiro Jesuíta, dirigindo depois palavras de saudação a Bento XVI.

Francisco I convidou os fiéis a «empreender um caminho de fraternidade, de amor» e de «evangelização», pedindo à multidão um minuto de silêncio: «Rezem por mim e dêem-me a vossa bênção».

Em seguida, deu a sua primeira bênção «Urbi et Orbi» e despediu-se dos fiéis. «Irmãos e irmãs rezai por mim, voltaremos a ver-nos muito rapidamente. Desejo-vos uma boa noite e um bom repouso», terminou o Sumo Pontífice eleito, esta quarta-feira, após o segundo dia de conclave que escolheu, pela primeira vez desde o século VIII, um Papa de fora da Europa.

ANG

quarta-feira, 13 de março de 2013


UNTG ameaça decretar uma greve geral

Bissau, 13 Mar. 13 (ANG) – O Secretario Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG) ameaçou hoje decretar uma greve geral no país, em jeito de solidariedade para com os professores e funcionários do Ministério das Finanças, se as reivindicações destes não forem atendidas.

Em declarações à Agência de Notícias da Guiné-ANG, Estêvão Gomes Có disse ser nessa perspectiva que o secretariado nacional da UNTG se reuniu na semana passada, tendo analisado a situação das greves no país, e produzido um comunicado exortando o governo e os sindicatos para se sentarem a mesa a fim de encontrar soluções para os problemas laborais objectos de greves no sector da educação e no Ministério das Finanças.

“Para nós, a greve de trinta dias decretada pelos sindicatos do sector da educação é muito longa, bem como do Sindicato de base dos funcionários do Ministério das Finanças que já realizou várias paralisações mas nenhuma solução foi encontrada,”lamentou o Secretario geral da UNTG.

Estêvão Gomes Có disse que a situação é lamentável porque quando se fala da educação mexe-se com todos os guineenses, porque se as aulas deixaram de funcionar isto preocupa a todos e o mesmo acontece com o Ministério das Finanças, uma instituição onde as receitas são colectadas para o pagamento de salários, por isso, uma situação que igualmente mexe com toda a sociedade guineense.

O Secretario geral da UNTG apelou as partes envolvidas para prosseguirem as negociações como a única forma de resolver os problemas sociais.

 “Apesar de haver vários acordos assinados mas que não foram compridos pelo governo, as partes devem privilegiar o diálogo,”desejou Estêvão Gomes Có.

O Secretario geral da UNTG informou que o conselho permanente da concertação social é um espaço onde se pode solucionar os conflitos sociais, mas que este órgão não tem reunido regularmente. E disse estar convicto de que se este tivesse reunido os problemas dos professores e dos funcionários do Ministério das Finanças teriam sido resolvidos.

ANG; LPG


Governo garante que Tráfico de droga diminui no país

Bissau, 13 Mar. 13 (ANG) - A utilização do nosso território para efeito de tráfico transatlântico diminuiu consideravelmente, afirmou o Ministro da Justiça que cita as estatísticas e relaciona o facto com o empenho do Governo de Transição no combate ao narcotráfico.

Mamadú Saido Baldé que falava terça-feira no acto comemorativo dos 30 anos da existência da PJ afirmou que o esforço imprimido pelo executivo no combate ao flagelo não recebeu nenhum apoio da comunidade internacional.

Contudo, reconheceu que a estrutura geográfica do nosso país caracterizada pela existência de um arquipélago com várias ihlas desabitadas e sem protecção militar, oferece condições favoráveis para a prática de crimes organizados.

Como solução, o Ministro da Justiça apelou a comunidade internacional no sentido de disponibilizar meios materiais e financeiros que permitam capacitar e operacionalizar as entidades vocacionadas no combate ao narcotráfico.

De acordo com Saido Baldé, a PJ enquanto entidade vocacionada para a investigação do tráfico precisa de colaboração das outras estruturas  nomeadamente alguns departamentos governamentais com as quais tem havido uma franca colaboração.

Para o Procurador Geral da República, a PJ é e continua a ser um inestimável auxiliar da justiça, com predominância do Ministério Público.

Segundo Abdú Mané, esta dependência deve ser cada vez mais efectiva de tal forma que possa tornar as partes em perfeita sintonia nos actos de decisão. Por esta razão,  defendeu,  a PJ deve ser apetrechada de meios humanos e materiais para poder combater intransigentemente a criminalidade e a impunidade no país.

Apesar de falta de meios com que se depara ao longo de vários anos, o Director da PJ disse que a sua instituição está em franco crescimento, pois é notório por todos a sua evolução.

Segundo João Biaguê, houve várias tentativas maldosas de dar golpe no que os homens e mulheres da PJ empreendem diariamente, mas a sua eficiência e eficácia são claras e conseguiram contornar a situação.

O Director da PJ afirma ser urgente a instalação dos seus serviços em localidade como Bubabque, Catió, Farim e Gabú com vista a fazer face a crimes que ali ocorrem.

No seu entender, este desafio não é só do Governo e lançou um repto a todos os parceiros no sentido de dar um apoio necessário de forma a que a PJ possa impor-se na luta contra o crime organizado na Guiné-Bissau.


ANG/AMS

 


PJ incenera 3.436 quilogramas de cocaína e 375 de canabís

Bissau, 13 Març. 13 (ANG) - A Polícia Judiciária (PJ) guineense incinerou esta terça-feira na localidade de Ilondé, região de Biombo cerca de 3,5 kg de cocaína e 375 kg de cannabis, conhecida vulgarmente no seio de traficantes e consumidores por “Yamba”. 

A cocaína incinerada foi apreendida por agentes da PJ à 20 de Fevereiro no no Aeroporto Osvaldo Vieira e era transportada por cinco cidadãos estrangeiros que viajaram de Brasil e fizeram trânsito em Portugal.

Antes da incineração, a  droga foi submetida a um teste rápido para provar a sua originalidade, na presença do Director Nacional da PJ João Biaguê,  do Consultor do Departamento das Nações Unidas de Combate à Droga ( ONUDC)  Joaquim Paiva e de representantes de várias instituições que intervém no combate ao narcotráfico e o crime organizado.

Na ocasião, o Director da PJ disse que o acto demonstra a persistência da sua instituição em a trabalhar numa matéria de tal complexidade, como é o caso de droga, sem meios mas que mesmo assim consegue fazer qualquer coisa.

"O acto de  incineração simboliza a comemoração do dia mais alto da PJ, o 30º aniversário da sua existência , por isso fizemos coincidir as coisas “, sublinhou revelando que também serve para desmentir as alegações feitas pelo Jornal “Última Hora”, segundo as quais a a referida droga estaria em parte incerta.

Na opinião de João Biaguê, trata-se de um processo credível e transparente porque a droga foi submetida antes a um teste rápido para comprovar a sua validade na presença dos parceiros da PJ e da própria imprensa que escolheram de forma transparente as cinco cápsulas que foram testadas.

Segundo ele, a droga é uma questão de rede, o seu combate deve ser mediante uma rede e não se pode combatê-la sem apoio de organismos internacionais. Louvou o Governo pelos apoios que tem disponibilizado a PJ, o que muito tem facilitado o seu trabalho no combate a esse flagelo-lo.

"Desde que assumi esse cargo não recebi nenhum apoio do ONUDC”, criticou reconhecendo no entanto que no passado a sua corporação havia beneficiado de viaturas por parte desta organização internacional e da França.

Por seu lado, o Consultor da ONUDC qualificou o acto de “credível”, mas aconselhou as autoridades para que da próxima vez submeterem a droga a testes laboratoriais  porque ali os resultados são mais nítidos.

ANG/AMS


 

terça-feira, 12 de março de 2013


SEAT nega que chineses e russos exploram areia em Varela

Bissau, 12 Mar. 13 (ANG)- O secretário de estado do ambiente e do turismo desmentiu hoje a informação segundo a qual existem empresas chinesas e russas activas na exploração e exportação de areias pesadas na zona de Varela.

Falando em conferência de imprensa, Agostinho da Costa disse que até ao momento, ninguém está a explorar as areias de Varela como está sendo veiculado nos meios de comunicação social.

Por enquanto não forem efectuados estudos e viabilidades de impacto ambiental ninguém tem o direito de iniciar a exploração e exportação das areias naquelas localidades, esclareceu.

“Nem chineses e nem empresas russas estão a trabalhar em Varela, portanto, só é autorizado a exploração de qualquer espaço nacional após a apresentação do certificado de conformidade ambiental. Sem esse documento não é possível”, explicou o SEAT.

Negou ter acesso a documentos ligados a empresas chinesas, cuja operação relacionou com alegado “esquemas” de certos indivíduos, mas confirmou estar na posse de papeladas duma companhia russa que, posteriormente, deverá começar a exploração.

Quanto ao chamado “esquema”, advertiu que irá denunciar qualquer negocio obscuro que possa por em causa o bom nome da sua instituição.

Sobre a desflorestação desenfreada nas regiões do país nomeadamente Quinará, Agostinho da Silva disse que estão a espera de respostas sobre uma carta dirigida ao ministério da agricultura solicitando a realização de um trabalho conjunto para que o seu pelouro possa ter conhecimento de todas as licenças emitidas.


Agostinho da Costa considerou urgente a preparação duma lei sobre crime ambiental. E sublinhou que está à ser trabalhado um decreto lei sobre o crime ambiental que em menos de um mês será apresentado para sua posterior aprovação na ANP.

“Só assim é que podemos punir os infractores, como é o caso dos transmissores de licença de corte de madeiras, pratica não permitido pela lei”, denunciou.


A respeito da proibição de importação, distribuição e comercialização de sacos de plástico, Agostinho da Silva informou que a lei já foi aprovada pelo Conselho de Ministros faltando apenas a sua publicação no boletim oficial para ser porta em prática.

“Estamos convictos de que brevemente será publicado no boletim oficial, porque estamos a seguir o dossier a par e passos”, prometeu o SEAT.


FGS/ANG


Delegação do Irão visita Bissau para implementação de acordos assinados

Bissau, 12 Mar 13 (ANG) - Uma delegação Iraniana encontra-se desde segunda-feira de visita em Bissau, no quadro dos acordos assinados à quando das visitas ao Irão do malogrado Presidente Malam Bacai Sanhá e do actual presidente da Republica de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo.

A informação foi dada hoje pelo Ministro das Finanças, Abubacar Demba Dahaba após uma audiência concedida à delegação do Irão pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Faustino Imbali à qual assistiram outros membros do executivo

A delegação veio recolher informações necessárias sobre diferentes áreas com vista a elaboração de projectos concretos.

Os acordos assinados com Irão na sequência de duas visitas presidenciais guineenses contemplam as áreas de Cooperação Internacional, Comunidades, Finanças, Agricultura, Pescas, Economia e Integração Regional, dos Recursos Naturais, da Energia, da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, da Saúde Pública e Solidariedade Social, do Interior, da Presidência da República e da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura.

De acordo com o programa de visita, a delegação deverá manter encontros com a Direcção da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura, devendo ainda visitar o Centro de Pesquisa e Campo de Produção do arroz em Contuboel na Região de Bafatá, Leste da Guiné-Bissau para além de visitas de cortesia ao Primeiro-ministro e Presidente da República de transição.

ANG/AI/JAM


Jomav anuncia candidatura à presidência do PAIGC

Bissau, 11. Mar. 13 (ANG) – O ex-ministro das Finanças do Governo deposto pelos militares, José Mário Vaz (Jomav) acaba de anunciar a sua candidatura à presidência do PAIGC, cujo congresso está marcado para o próximo mês de Maio.


“Sou feliz e a minha família também o é. Porque não tornar esta felicidade extensiva à toda a sociedade guineense”, questionou Mário Vaz para justificar a razão da sua candidatura.

 “É essa felicidade que gostava que fosse extensiva à toda a família guineense”, manifestou mostrando-se pronto a continuar a servir o país.

“Nasci para ajudar a construir este país, portanto, tudo farei neste sentido para que o guineense possa ser feliz como qualquer outro povo do mundo”, afiançou.

Jomav realçou a importância dos militantes de base na escolha do próximo presidente do partido libertador e exortou para não os menosprezar, porque serão eles, sobretudo devido aos trabalhos que efectuam, a colocar na liderança do partido a pessoa que acharem reunir as condições necessárias.

O ex-ministro das Finanças disse que ganhar o partido e posteriormente vencer as legislativas e governar o país é uma tarefa muito grande, razão pela qual pediu aos delegados ao congresso para estarem conscientes de que o que está em causa é o futuro do país.
“Ao próximo vencedor elevam-se a sua frente dois desafios imediatos: mudar a situação do partido e estimular o crescimento económico para combater o desemprego jovem”.

O candidate destacou a necessidade de haver uma reconciliação da família paigecista, e de se retirar o partido “do bolso do presidente”.

Na sua opinião se estes desafios não forem ganhos os problemas do partido tranferir-se-ão para o país em geral.

Sobre a necessidade de criação de condições para a auto-sustentação do partido, JOMAV promete criar uma empresa denominada “O Combatente”, que deverá gerar rendimentos que servirão de recursos para suportar as despesas do PAIGC.

ANG/JAM


A UE anuncia lançamento de Vistos Schengen em África

Bissau, 11 de Mar.13 (ANG) - A União Europeia (UE) anunciou que vai lançar no dia 14, o Sistema de Informação dos Vistos Schengen (VIS) em todos os países da África Ocidental e Central.
.
A informação consta duma nota de imprensa da UE na qual informa tal medida vai abrangera a Guiné-Bissau, referindo que a partir de 14 de Março de 2013, as Embaixadas da Espanha, da França e Portugal em Bissau procederão à recolha de dados Biométricos (fotografia e impressões digitais) para os pedidos de visto Schengen de curta duração.

O VIS é um banco de dados centralizado, que permite a troca rápida de informações sobre os pedidos de visto de curta duração (até 90 dias) entre os 25 Estados do Espaço Schengen.

Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Suécia e Suíça, são os Estados membros da organização europeia.

A UE garante que o VIS está baseado na utilização das tecnologias biométricas, para garantir uma maior segurança e eficácia na concessão de vistos.

Esta formalidade, segundo a nota, garantirá uma segurança acrescida, no sentido de evitar as usurpações de identidade, Contribuindo para agilizar os procedimentos de pedido de visto e de controlo nas Fronteiras.

Em 2013, o VIS será ainda implementado em todos os restantes países da África, assim Como na América do Sul e na Ásia Central e do Sudeste, promete a UE.

O VIS representa um elemento-chave da política comum de vistos da União Europeia, que, juntamente com outras políticas, permite o estabelecimento europeu de um espaço comum de liberdade, segurança e justiça, incluindo a livre circulação de pessoas dentro do Espaço Schengen.

ANG/LPG

quinta-feira, 7 de março de 2013


CONAEGUIB exige reabertura das aulas nas escolas públicas

Bissau, 28 Mar.13 (ANG) – A Confederação Nacional das Associações dos Estudantes da Guiné-Bissau (CONAEGUIB) exigiu hoje numa vigília a frente da Presidência da República a reabertura das aulas nas escolas públicas.

A exigência consta num manifesto entregue ao Presidente da Republica Interino Manuel Serifo Nhamajo, na qual a CONAEGUIB solicita a sua intervenção sobre a reabertura das escolas públicas evitando assim futuras consequências de anulação deste ano lectivo.

No documento, a confederação pediu que o governo encontrasse uma solução junto dos dois sindicatos dos professores como forma de salvaguardar os interesses dos cidadãos guineenses em particular dos jovens e das crianças que estão a sofrer neste momento.

Por outro lado, pede a Assembleia Nacional Popular o maior engajamento neste processo enquanto órgão fiscalizador do estado.

No manifesto A CONAEGUIB referiu que a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de qualquer país do mundo, por isso quer a reabertura das escolas públicas, para que as ondas de greve no sector sejam esquecidas de vez para sempre.

O presidente da CONAEGUIB Mamadu Lamine Injai disse que o chefe de Estado Manuel Serifo Nhamajo prometeu usar a sua influência para acabar com as greves no sector do ensino público guineense.

“Como sabe, neste processo, o maior prejudicado são os estudantes, porque nós queremos adquirir o conhecimento de modo a poder dar a nossa modesta contribuição para esta nossa querida pátria,”desejou o presidente da CONAEGUIB.

As suas palavras foram reforçadas pelo Presidente da Associação dos Pais e Encarregados da Educação, Armando Mendonça, que disse que o presidente garantiu-os que irá trabalhar no sentido de pôr fim as constantes paralisações no sector do ensino público guineense.

Armando Mendonça revelou ainda que propõem ao presidente a criação de uma comissão nacional que irá se encarregar da gestão das escolas públicas e admite que, se for criada esta comissão não haverá mais greve nas escolas.

ANG/LPG/JD   

“PRID vai adoptar novo conceito político com base em confronto de ideias”, diz o seu Presidente

Bissau, 07 Mar.13 (ANG) – O líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), afirmou que pretendem adoptar um novo conceito de fazer a política na Guiné-Bissau que passará pelo confronto de ideias claras para o desenvolvimento e não por via de insultos.

Afonso Té que falava quarta-feira, aos dirigentes e militantes do PRID, durante uma palestra subordinada ao tema: “Desarticulação da Administração Pública Guineense”, no quadro da celebração do 5º aniversário do partido, disse que chegou a hora dos actores políticos inverterem formas de actuação.

“Não devemos continuar a refugiar-se em actos de intrigas, insultos e difamações, pondo de lado o espaço de ideias do desenvolvimento do país”, aconselhou Afonso Té.

Disse que existem muitos factores positivos que outrora marcavam a convivência dos guineenses. “Actualmente, ao passar por uma escola, não se houve alunos a cantarem o hino nacional”, lamentou.

O Presidente do PRID revelou que a administração pública da Guiné-Bissau está desorganizada, porque o PAIGC, após a independência, não conseguiu desarticular-se da administração colonial que era apenas de estilo de uma província e não propriamente de um Estado.

“O PAIGC ao assumir as rédeas da governação do país, expulsou todos os administradores e Chefes de Postos do sistema colonial e nos seus lugares, colocou os antigos guerrilheiros, ex. Comissários Políticos que na sua maioria são analfabetos sem mínimas noções de administração”, explicou.

Afonso Té frisou que nos anos 70, o Governo decidiu abrir a primeira Escola de Administração, acrescentando que a referida escola, em vez de ficar em Bissau, foi colocada em Cabo-Verde e a única que viria a funcionar-se na capital guineense foi a Escola de Direito.

Aquele político sublinhou que a Guiné-Bissau não pode ter uma administração pública desorganizada e esperando uma Forças Armadas organizadas.

“As reformas nas Forças Armadas devem ser feitas em simultâneas com as da Administração Pública”, considerou.

ANG/ÂC



ANP aprova resolução sobre sector da educação

Bissau, 05. Mar. 13 - A Plenária da Assembleia Nacional Popular (ANP) recomendou na terça-feira, o Governo a adoptar medidas necessárias para pôr fim imediato à greve dos Professores, bem como prestar uma maior atenção ao sector de ensino.

Ibraima Sori Djaló
Numa resolução aprovada por unanimidade com 71 votos, os parlamentares decidiram ainda a criação de uma Comissão parlamentar para coordenar e fazer um estudo diagnóstico do sector da educação com vista a apurar a real situação com que depara.

Deputados decidiram igualmente encetar os bons ofícios junto dos sindicatos dos Professores e Associação dos Estudantes de forma a criar condições propícias à resolução dos problemas que estão na base da greve legítima.

De acordo com presidente da comissão preparatória da resolução, Inácio Correia a resolução vai ser submetido à presidência da República, ao Estado-maior general das Forças Armadas, ao Supremo Tribunal da Justiça e ao próprio Governo de Transição.

Os parlamentares admitem que os níveis do descontentamento acumulados no sector do ensino tem vindo a conhecer um acréscimo acentuado, resultado da falta de atenção e desinteresse dos sucessivos executivos.

A última greve decretada pelos dois sindicatos do sector, nomeadamente SINAPROF e SINDEPROF com a duração de 30 dias nas escolas públicas, acarretam graves riscos a viabilidades do presente ano lectivo, concluíram.

A resolução conclui que o governo demonstra insensível às preocupações e legítimos anseios dos estudantes e revelou-se incapaz de mobilizar recursos para honrar os compromissos anteriormente assumidos no sector do ensino em geral, e em particular com o corpo docente nacional.  

Os parlamentares alegam que, a falta de um programa de Governo e de uma política orçamental, fez com que o executivo não possa ter uma visão estratégica para resgatar o ensino nacional do “buraco sem fundo” em que se encontra.

ANG/AI

   

quarta-feira, 6 de março de 2013


Governo e FNUA assinam acordo para implementação de PTA 2013

Bissau, 05 Mar. 2013 (ANG) – O governo e o Fundo das Nações Unidas para a População e o desenvolvimento (FNUAP) rubricaram hoje o acordo para implementação do Programa de Trabalho Anual (PTA) referente à 2013.

O PTA, cujo orçamento não foi tornado público, cobre as actividades a serem implementadas pela Direcção Geral do Plano e o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ao longo do ano em curso.

O documento foi rubricado pelo Director-geral do Plano, Vasco da Silva, em representação do Ministério da Economia e Integração Regional (MEIR) e pela representante residente do FNUAP na Guiné-Bissau, Violeta Kakyomya.

Na mesma ocasião a representante do FNUAP procedeu a entrega de uma viatura ao MEIR como apoio para o desenvolvimento das suas actividades, em termos de meios de transportes.

Na altura, Vasco da Silva manifestou sua satisfação pelo acto que disse constituir o início de implementação das actividades durante o ano em curso e recordou que o mesmo se inscreve no quadro da cooperação entre o executivo guineense e o FNUAP.

“Quero ainda recordar que se enquadra no ciclo de programação que devia terminar em 2012, mas que se estendeu para mais um ou, eventualmente, dois anos, conforme outras agências, para podermos marcar um único ciclo de intervenções”, sublinhou o DG do Plano.

De acordo com este responsável, o PTA em causa é o resultado de um exercício conjunto feito entre o governo e o FNUAP, em que procederam, primeiramente, ao balanço das actividades desenvolvidas em 2012 e programou-se as actividades para o presente ano.

O acordo do PTA ora firmado, na opinião de Vasco da Silva comporta todos os elementos que possam fazer face as fragilidades identificadas no exercício do ano findo e para poder atingir os objectivos traçados no quadro de programa de cooperação 2008/2012.

Na sua explanação, Violeta Kakyomya classificou o MEIR como parceiro privilegiado da organização que dirige e que coordena os apoios que este disponibiliza para os diferentes sectores de vida do país.

“O PTA que acabamos de rubricar vai apoiar o MEIR para prosseguir no seu trabalho de coordenação dos programas, nomeadamente na colecta de dados, que constitui actividade chave nos trabalhos desenvolvidos pelo FNUAP no país”, salientou prometendo reforçar a capacidade da equipa do MEIR na gestão de programas de desenvolvimento.

Lembrou que o FNUAP intervém em áreas ligadas a saúde reprodutiva, na colecta de dados para o desenvolvimento, pelo que a coordenação do MEIR destes programas é muito importante para o mandato da organização internacional que representa.

ANG/JAM