Bissau 19 Jul. 16 (ANG) - O politólogo guineense, Rui
Jorge Semedo considerou segunda-feira de frágil a consistência e o argumento do
Acórdão nº 4 do Supremo Tribunal de Justiça, sustentando que pode conduzir o
país para um risco imprevisível.
Numa análise feita à Radio Sol Mansi, sobre o referido
acórdão, Rui Semedo disse que o país está
em risco porque, o posicionamento do Supremo Tribunal de Justiça não levará a Guiné-Bissau
à estabilidade parlamentar, nem política governativa, por isso, deve haver diálogo
que incluirá o PAIGC como partido vencedor das últimas eleições legislativas.
“Como cidadão nacional, acho que o Presidente da República
devia redobrar os esforços, sobretudo, aceitar a proposta de incidência parlamentar
apresentada pelo PAIGC em que podia fazer parte o PRS e os 15 deputados que
continuariam a fazer parte da bancada dos libertadores. Essa poderia ser a
solução mais próxima à estabilidade “ , considerou o politólogo.
Semedo disse, por
outro lado, que o posicionamento do Supremo Tribunal de Justiça deu garantias ao governo liderado por Baciro
Djá para funcionar na sua plenitude, uma
vez que o país vivia momentos de indefinição.
Jorge Semedo considerou de perigo a manipulação do poder judicial
por quem quer seja ou a favor de alguém ,“porque pode criar graves problemas a democracia”.
Falando sobre o programa de governação denominado “Terra
Ranka “ que o PAIGC promete defender até as ultimas consequências Rui Jorge
Semedo admitiu que é normal, apesar de que no âmbito politico a governação é
continuidade e no plano jurídico, será mais uma batalha para os libertadores.
O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a
Constitucionalidade da decisão do Presidente de voltar a nomear Baciro Djá,
Primeiro-ministro. No Acórdão tornado publico sexta-feira passada o Supremo
sustentou a sua decisão com o facto de ter havido mudanças no parlamento em
consequência da expulsão de 15 deputados que, em consequência, fez o PAIGC
perder a maioria que detinha.
ANG/ MSC/SG
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