“Nô Bambu Guiné” exige paz aos titulares dos órgãos de soberania
Bissau,
11 Jul 16 (ANG) - O Movimento das Mulheres para Paz e Estabilidade denominado
"Nô Bambu Guiné” entregou hoje cartas aos titulares dos órgãos da
soberania, em que pede o fim do ciclo de instabilidade que o país vive.
O
acto decorreu na sede da Assembleia Nacional Popular e nele o governo, a
Presidência da República e a justiça fizeram-se representar.
Na ocasião,
o porta-voz do grupo, Celeste Mendes disse que foram manifestar as suas
indignações face a situação da crise que o país vive nos últimos tempos.
“O
mais preocupante para nós é a ausência de visão para a saída da crise",
lamentou indicando que as instituições públicas ficaram quase paralisadas
devido à situação política vigente.
Por
isso, prosseguiu, a organização tomou a iniciativa de exprimir o seu desagrado,
através da entrega de missivas aos responsáveis máximos do país.
Aquela
responsável considerou de vergonhosa a situação do povo guineense, uma vez que
os governantes nunca colocaram a Guiné-Bissau no primeiro plano.
Para
ilustrar a situação, sublinhou que 60 por cento de guineenses vivem na pobreza
extrema e a esperança média de vida é apenas de 54 anos.
A
porta-voz do grupo disse que a Guiné-Bissau é um dos países da sub-região em
que se registam as mais elevadas taxas de mortalidade materno/infantil.
Celeste
Mendes apelou aos titulares dos órgãos de soberania para analisarem bem a
situação do país e fazerem de tudo para encontrar uma solução que traga a paz e
estabilidade ao povo da Guiné-Bissau.
Também
presente no evento esteve a porta-voz do Parlamento Infantil guineense.
Dalentche
Gomes disse ser um orgulho estar com as suas "mães” nesta "luta pelo
bem do povo guineense e das mulheres, em particular".
“Aprendemos
que o preço alto foi pago para a conquistar da independência da Guiné-Bissau,
mas hoje a luta pelo bem-estar, pela emancipação da nossa classe política será uma
tarefa sem tréguas ”, referiu Dalentche Gomes.
Apela
aos guineenses a não desistirem de lutar para conquistar os seus direitos como
povo, acrescentando que só com sacrifício e dedicação é que se pode conseguir
algo de bom e de melhor. ANG/AALS/JAM/SG
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