São
Tomé e Príncipe/ João Cravid nomeado novo Chefe de Estado-Maior das
Forças Armadas
Bissau,05 Dez 22(ANG) - O Conselho Superior de Defesa de São Tomé e
Príncipe nomeou um novo chefe de Estado-Maior das Forças Armadas depois da
demissão no passado dia 01 de Dezembro do seu antecessor, Olinto Paquete, na
sequência do assalto ao quartel-general militar do Morro na semana
passada no âmbito do qual morreram quatro pessoas acusadas de tentativa de
golpe de Estado.
João Cravid, coronel do
exército no activo, é a escolha do executivo para exercer as funções do Chefe
do Estado-Maior das forças armadas de São Tomé e Príncipe, depois de Olinto
Paquete ter colocado o cargo à disposição.
João Pedro Cravid, que
exerceu a função de juiz do Supremo Tribunal Militar também frequentou o
Palácio do Povo durante 10 anos, onde foi ajudante de campo do ex-presidente da
República Miguel Trovoada.
O anúncio da nomeação de
João Cravid foi feito pelo Presidente da República que é também o comandante
supremo das Forças Armadas, no termo da reunião do Conselho Superior Nacional
de Defesa convocada de urgência pelo Chefe de Estado. "Sob proposta do governo, a escolha dos
conselheiros recaiu na pessoa do senhor João Pedro Cravid, coronel do exército
no activo que reunia as condições para o exercício do cargo de Chefe de
Estado-Maior" anunciou o Chefe de Estado são-tomense.
Carlos Vila Nova referiu que
é preciso prosseguir as investigações para apurar as causas do que sucedeu no
dia 25 de Novembro e disse que continua atento ao desenrolar dos
acontecimentos. "Continuarei
atento ao desenrolar das investigações que prosseguem com vista ao apuramento
da verdade, sobretudo as circunstâncias em que aconteceram as mortes e a
responsabilização de todos os culpados" declarou Carlos
Vila Nova.
Em questão está
designadamente a morte de quatro pessoas em circunstâncias ainda por
esclarecer, na sequência daquilo que foi classificado pelas autoridades
são-tomenses como uma "tentativa de golpe de Estado", acontecimentos
em torno dos quais se adensaram questionamentos depois de terem sido divulgadas
na quarta-feira imagens mostrando designadamente um detido – que acabou por
morrer –, deitado no chão, ensanguentado e com as mãos amarradas, a ser
agredido por um militar com um pau, na presença de vários outros soldados.ANG/RFI
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