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Mais de 80 por cento de aderência à Greve na área de saúde

Bissau, 06 de Jun.  13 (ANG) – A greve do sector da saúde que hoje cumpre o seu segundo dia de paralisação registou, em todo o território nacional, uma aderência de 80 por cento, informou à ANG o presidente da comissão da greve.

Garcia Baticã Sampaio disse que a greve vai continuar até que o governo cumpra pelo menos 50 por cento das revindicações dos sindicatos.

Segundo Sampaio, o Governo já informou aos grevistas que não está na altura de atender as suas revindicação porque o Tesouro Público está limpo.

“Mas esse problema não é dos sindicatos e o governo deve esforçar-se no sentido de reduzir, pelo menos, cinquenta por cento das exigências. Se o governo reduzir as dividas vamos levantar a greve hoje mesmo, mas se esse impasse continuar os sindicatos manterão a greve porque a divida já existe há muito tempo”, disse Sampaio.

 Apesar de exigirem o pagamento de pelo menos 50 por cento das dívidas os grevistas estão dispostos a ceder.

“Dissemos 50 por cento das dívidas, mas o governo pode dizer´, temos 30 por cento ou 25 por cento, como sabem, não há negociações sem cedências das partes envolvidas”, disse.

Falando das consequências da greve ,o presidente da comissão da greve no sector da saúde alegou que o problema de saúde devia estar em primeiro lugar na agenda dos governantes, que deveriam  canalizar todas as receitas para a área de saúde, a fim de garantir melhor assistência às populações .

“Qualquer greve tem as suas consequências e no caso concreto dos hospitais têm mais óbitos nos momentos da greve  do que nos momentos em que não  há greve”, referiu.

Contudo, este responsável da saúde lamentou a situação dos pacientes, sobretudo os mais desfavorecidos dizendo que a greve foi feita contra a vontade dos sindicatos mais que é a única arma de pressão dos sindicatos ao governo.

 Garcia Baticã Sampaio afirmou que os serviços mínimos só serão cumpridos para atender os pacientes que estão num estado muito crítico.

 A greve decretada pelos dois sindicatos da saúde, que teve inicio quarta-feira deverá durar sete dias mas os sindicatos já têm um outro caderno reivindicativo para entregar ao patronato caso esta paralisação de sete dias não surtir efeitos esperados.

A segunda vaga terá mais dias de paralisação. 

ANG-MSC