segunda-feira, 3 de junho de 2013

PRT acusa PAIGC e PRS de bloquear formação do Governo inclusivo

Bissau, 03 Jun.13 (ANG) – O Presidente da República de Transição, acusou o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS), de estarem a bloquear o processo de criação de um Governo inclusivo.

Manuel Serifo Nhamajo que falava à imprensa domingo, dia 2 do corrente mês, momentos antes de deixar o país, rumo à Abuja (Nigéria), para tratamento médico, sustentou que, infelizmente na luta política, muitos põem o interesse partidário acima do nacional, acrescentando que, se não, já teriam ultrapassado todos os imbróglios.

“É aquela história de dizer as pastas gordas pressupõe que as pessoas têm outras intenções. Servir não significa buscar as melhores ou piores pastas. Há sim, as instituições que devemos pegar e contribuir com o nosso saber para que o país possa beneficiar das nossas competências”, sublinhou.

Segundo o Presidente da República de Transição, o Primeiro-Ministro de Transição, realiza hoje, segunda-feira, uma reunião com o PAIGC e o PRS, apresentando-lhes novas propostas.

Serifo Nhamajo fez questão de salientar que o acordo para distribuição de pastas assinado no mês passado entre as duas maiores forças políticas não vincula nem o chefe de Estado nem o Governo.

“Há apenas um partido que continua a reclamar mais pastas. Como sabem que, houve um acordo entre os dois partidos, o PAIGC e o PRS e que é um acordo legítimo que aplaudimos mas que não engaja nem o Presidente da República nem o Governo. É uma base para a reflexão e busca de consensos alargados”, declarou Manuel Serifo Nhamajo.

Aconselhou que as referidas propostas devem ser analisadas e partilhadas de forma equitativa.

“Há uma proposta que foi remetida ao PAIGC para ocuparem sete pastas, e o PRS seis, estas propostas é que estão agora a ser negociadas. Como árbitro estou a espera que os partidos mandem os nomes para que o Primeiro-Ministro me remeta a proposta como manda os preceitos legais para eu promulgar”, informou o Presidente da República de Transição.

As duas forças políticas recusaram as propostas do primeiro-ministro segundo as quais o PAIGC devia designar quatro ministros e o PRS três.

Em acordo celebrado antes as duas formações políticas haviam concordado em que o PAIGC ficaria com oito ministérios e três secretarias de estado e PRS seis ministérios e três secretarias de Estado.


ANG/ÂC

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