quinta-feira, 6 de junho de 2013

“O Governo de Transição não tinha dispositivos legais para realização das eleições gerais”, diz o MPCM

Bissau, 06 Jun.13 (ANG) – O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, da Comunicação Social e dos Assuntos Parlamentares, afirmou que, o Governo de Transição não conseguiu cumprir a sua principal missão, de realizar as eleições gerais no período de um ano, devido a interposição de várias conjunturas.

Fernando Vaz que falava hoje em entrevista exclusiva à Agência de Noticias da Guiné (ANG), disse que, uma das principais entraves a realização das eleições, tem a ver com a ausência da Assembleia Nacional Popular por um período de sete meses depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

 “Isso quer dizer que, mesmo se o Governo de Transição queria avançar com o processo eleitoral, seria impossível porque não teriam quem elegesse o Presidente da Comissão Nacional das Eleições (CNE), os outros órgãos da sua direcção, quem fizesse a adequação das leis eleitorais, preconizado no Pacto de Transição, assim como recenseamento biométrico entre outros”, esclareceu o Porta-Voz do Governo de Transição.

Fernando Vaz, frisou que, para realização das eleições gerais, todos os referidos factores são indispensáveis e não foram feitos até a data presente, acrescentando que, não pretende dizer com isso, que a culpa é da Assembleia Nacional Popular, mas a ausência do seu funcionamento dificultou muito a viabilização do processo eleitoral.

“O Governo de Transição funcionou por um período de sete à oito meses e em quatro e cinco meses que restavam, eram completamente impossível eleger o Presidente da CNE, estruturar toda a máquina e fazer as eleições”, explicou.

O Porta-Voz do Executivo de Transição disse que com a vontade de realizar as eleições, acabaram por fazer a cartografia, e encontraram algumas empresas que tinham manifestado interesse em fazer o recenseamento biométrico e fez-se o concurso e foi escolhido um vencedor e o processo depois parou por vários motivos.

ANG/ÂC
 




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