Líbia/ Haftar suspende
funções militares para presidenciais
Num
comunicado, o "homem forte" do leste da Líbia, indicou como
substituto o general Abdelrazzak al-Nadhouri, que permanecerá em funções pelo
menos até 24 de Dezembro.
Desde
a queda do governo de Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tem sido atormentada
pela violência e lutas entre potências rivais no leste e oeste do país.
O
anúncio oficial ocorre duas semanas após a aprovação de uma polémica lei
eleitoral que permite a Haftar concorrer à presidência e regressar ao exército
caso não seja eleito.
A
polémica lei eleitoral foi ratificada pelo presidente do Parlamento líbio,
Aguila Saleh, aliado de Haftar, sem ser submetida a votação, o que desagradou
aos caciques do oeste da Líbia.
O
artigo em causa define que um soldado pode candidatar-se à presidência,
"na condição de renunciar às suas funções três meses antes da
votação", indicando ainda que, "caso não seja eleito, pode regressar
ao seu posto [militar] e receber os seus salários em atraso".
Terça-feira,
o Parlamento líbio, com sede no leste do país, aprovou uma moção de censura ao
governo de Abdelhamid Dbeibah, com sede em Tripoli (oeste), o que poderá pôr em
risco a realização das eleições legislativas e presidenciais de Dezembro,
cruciais para o futuro do país.
Depois
do fim dos combates entre as duas partes, em 2020, foi formado, em Março deste
ano, um Governo unificado e de transição, liderado por Dbeibah, com o objectivo
de completar a transição política que perdura há 10 anos.
A
formação desse gabinete, conseguida após um processo político patrocinado pelas
Nações Unidas, veio trazer um vislumbre de esperança.
No
entanto, a retoma das negociações entre os vários partidos líbios e a formação
deste governo de unidade foram gradualmente dando lugar a divisões e
incertezas, pondo em dúvida a realização das votações.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário