Crime/Associação diz haver um esquadrão de morte ao serviço
de Paul Kagame em Moçambique
Bissau, 16 Set
21 (ANG) - A Associação dos Refugiados Ruandeses de Moçambique denuncia a
existência de um esquadrão de morte ao serviço do regime do presidente
ruandês, Paul Kagame.
A reacção surge após o assassinato de um terceiro
cidadão ruandês em três meses no país.
Karemandingo Revocat, comerciante de 49
anos, que foi assassinado com vários tiros à queima roupa, na
segunda-feira, no bairro da Liberdade no município da Matola, não é o primeiro
cidadão ruandês morto em território nacional e já vinha sendo alvo de
ameaças, diz o presidente da Asscoiaçõa de refugiados ruandeses em
Moçambique.
"Começou a sentir ameaças desde 2016 e as
ameaças que vem do governo de Kigali ate hoje, essas ameaças nunca pararam",
disse Cléophas Habiyaremye, presidente da associação dos refugiados
ruandeses em Moçambique.
Habiyaremye denuncia ainda a existência em
Moçambique de um esquadrão de morte ao serviço do regime de Paul Kagame.
"Esse esquadrão da morte de Kigali é eficaz.
Não tem outra razão, quando você é refugiado, não quer ser dirigido para este
esquadrão da morte, você é considerado inimigo", acrescentou.
O presidente da associação dos ruandeses
refugiados em Moçambique recorda que o governo tem obrigações.
"Esse governo de Moçambique assinou a convenção
de Genebra sobre a protecção dos refugiados, eu acho que tem que assumir as
suas responsabilidades", insistiu Cléophas Habiyaremye.
Em comunicado, o Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados já veio lamentar a morte de Karemandingo
Revocat. ANG/RFI
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